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Cultura e história

“A Morte Habita à Noite” representa Pernambuco no 30º Cine Ceará Festival

A Morte Habita à Noite, primeiro longa-metragem do diretor pernambucano Eduardo Morotó, fará sua estreia nacional, no próximo dia 05 de dezembro, como filme de abertura da 30º edição do Cine Ceará - Festival Ibero Americano de Cinema, representado Pernambuco na mostra competitiva. O evento acontecerá de 05 a 11 de dezembro, em formato híbrido, presencialmente no Cine-teatro São Luiz, em Fortaleza, e virtualmente com transmissão pelo streaming Canal Brasil Play. Inspirado livremente na obra do escritor Charles Bukowski, o filme retrata a vida de Raul. O protagonista é interpretado pelo ator carioca Roney Villela, que faz um escritor decadente que ressignifica o amor e a morte a partir do encontro com Cássia, uma jovem desgarrada e cheia de vida que está em busca de uma figura paterna. Quem dá vida à Cássia é a atriz pernambucana Endi Vasconcelos, que faz sua estreia no cinema concorrendo ao Prêmio de Melhor Atriz, no Cine Ceará. Este ano, Endi também disputou na categoria de Melhor Atriz pelo filme no Inffinito Brazilian Film Festival, de Miami, nos Estados Unidos, que ocorreu virtualmente entre os meses de setembro e outubro. No festival, Roney Villela conquistou o prêmio de Melhor Ator. A Morte Habita à Noite aborda o reconhecimento, na construção de um afeto inesperado, entre essas duas figuras do universo marginal. Outros nomes importantes do elenco são as atrizes Mariana Nunes e Rita Carelli, além das participações de Pedro Gracindo, Nínive Caldas e Everaldo Pontes. O longa-metragem foi rodado no final de 2017, com cenas gravadas na região central do Recife, e teve sua estreia mundial em fevereiro de 2020, na 49º edição do renomado Festival de Cinema de Rotterdam, na Holanda, dentro da Secção Bright Future, dedicada às primeiras obras de novos realizadores. Após o período mais agudo de paralisação ao redor do mundo em decorrência da pandemia da Covid-19, o filme voltou a circular em outros importantes festivais internacionais, sendo selecionado para mostra competitiva do 32º Festival de Viña Del Mar, o mais antigo do Chile, realizado entre 02 a 11 de novembro. No ano que vem, A Morte Habita à Noite participará do tradicional Festival do Novo Cinema Latino-Americano de Havana, em Cuba, que terá sua 42º edição realizada em março de 2021. O filme é uma produção da Enquadramento Produções e Plano 9 Produções, em coprodução com a Baraúna Filmes e distribuição Nacional da Vitrine Filmes. Natural de Caruaru, no interior do Estado, o diretor Eduardo Morotó já conquistou mais de oitenta prêmios na sua carreira com seus curtas-metragens, onde se destacam os filmes “Quando Morremos à Noite” e “Todos Esses Dias Em Que Sou Estrangeiro”.

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Festival Varilux de Cinema Francês movimenta salas do Shopping ETC

Na capital Recife, o Festival Varilux de Cinema Francês está com sete salas disponíveis para o evento nacional, dessas, quatro estão na rede Moviemax, no Shopping ETC Rosa e Silva, e recebe até o próximo dia 3 de dezembro a exibição de longas-metragens, alguns são inéditos e recentes.Comédia dramática, comédia romântica, animação e documentário são alguns dos gêneros das produções participantes. Com uma edição anormal devido à pandemia provocada pela Covid-19, o evento estará na rede exibidora que segue rígido protocolo recomendado pelas autoridades sanitárias a fim de oferecer segurança tanto ao público quanto aos profissionais envolvidos na sua realização. No reencontro tão aguardado com a filmografia francesa nos cinemas, os espectadores poderão se deliciar com trabalhos de diretores, astros e estrelas consagrados e de representantes da nova geração. Como atividade paralela gratuita, será oferecida uma mostra com oito filmes de cineastas integrantes da Nouvelle Vague. Confira algumas opções da programação do Festival Varilux Moviemax, no Shopping ETC Rosa e Silva: "Verão de 85", "Notre Dame", "DNA", "Minhas férias com Patrick", "Gagarine", "Apagar o Histórico", "Meu Primo", "Belle Epoque" , "A Boa Esposa", e "Mais que Especiais." Sobre o Festival Varilux de Cinema Francês 2020: Um clássico e 17 longas-metragens inéditos e recentes (2019/2020) da cinematografia francesa integram a seleção do Festival Varilux 2020 que será realizado nos cinemas de todo país e realizado Bonfilm, produtora. Entre eles, um documentário e 17 longas de ficção com gêneros como comédia, drama e animação. Ainda não há um número definido de cidades e de cinemas participantes. SERVIÇO: Festival Varilux de Cinema Francês 2020 Onde: Moviemax - Shopping ETC Rosa e Silva Quando: até 3 de dezembro de 2020 Ingressos e programação: http://moviemax.com.br/fv20/

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Livro do ano do Prêmio Jabuti reconstrói a memória de uma diáspora ancestral

O livro Solo para vialejo da poeta pernambucana Cida Pedrosa, traz o ineditismo de ser o primeiro título pernambucano eleito Livro do Ano pelo Prêmio Jabuti, desde a criação da categoria, em 1991. Publicado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), o poema épico-lírico, de 128 páginas, narra o retorno de Cida às origens, numa viagem do mar ao Sertão. “Solo para Vialejo é o meu Canto Geral (referência a uma das obras mais importantes sobre os povos da América e suas lutas, escrito pelo poeta chileno Pablo Neruda)”, disse a autora. A Câmara Brasileira do Livro (CBL), que promove o evento, entregou duas estatuetas na cerimônia do 62º Prêmio Jabuti, uma à Cepe Editora e outra à autora. Cida também foi agraciada com o valor de R$ 100 mil pela escolha de sua obra como Livro do Ano, título que venceu ainda na categoria Poesia, na qual concorria. “Solo para Vialejo é minha entrega total à literatura. É minha grande viagem de volta à Bodocó (cidade em que nasceu, no Sertão do Araripe) e a mim mesma. A Cepe está construindo um belo trabalho de grande importância para os escritores de Pernambuco e de fora do Estado. É um trabalho de resistência”, ressalta. Para o presidente da Cepe, Ricardo Leitão, o anúncio feito na cerimônia virtual da 62ª edição do Prêmio Jabuti, realizada nesta quinta-feira (26), tem um significado especial. “É uma grande alegria para a Cepe, uma editora pública e fora do eixo do Sudeste, ter uma publicação premiada pelo Jabuti. Apesar de Cida Pedrosa ser uma poeta que nunca saiu de Pernambuco, ela conseguiu transformar sua poesia em uma temática internacional. O prêmio é um reconhecimento ao grande talento dela. À editora só coube colocar nas páginas do livro o seu grande dom”, destaca. Tanto o lançamento quanto a premiação de Solo para Vialejo aconteceram em datas especiais para Cida. Foi publicado pela Cepe em 18 de outubro de 2019, no dia do aniversário da escritora. E, nesta quinta-feira (26), ela comemorava o aniversário de 23 anos do filho Vladimir Pedrosa (estudante de medicina e também poeta), quando teve a obra premiada pelo Jabuti. O título traz referências estéticas da poesia moderna à cultura pop. Trata-se de uma viagem de retorno às memórias da escritora que recorda a diáspora ancestral do negros e negras, índios e índias, homens e mulheres oprimidos que saíram do litoral para o Sertão após a devastadora chegada dos brancos SOBRE A AUTORA Aos 56 anos, Cida Pedrosa acaba de ser eleita vereadora do Recife pelo PcdoB. Foi uma das militantes do Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco e titular das secretarias da Mulher e do Meio Ambiente na capital pernambucana. Nasceu na cidade de Bodocó, Sertão do Araripe, de onde saiu aos 14 anos, em 1978, para morar no Recife. Dos seus dez livros publicados Solo para Vialejo (2019) é o segundo editado pela Cepe. O primeiro foi Gris (2018).

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“Há um engarrafamento de filmes que não vão conseguir estrear nos cinemas.”

Este ano foi de emoções nada convencionais para o cineasta pernambucano Camilo Cavalcante. Depois de levar três anos para concluir o longa-metragem King Kong en Asunción, ele viu sua obra ser a grande vencedora do Festival de Cinema de Gramado, um dos mais importantes do País. A premiação, realizada em meio à pandemia, teve uma plateia remota que aplaudiu os premiados em transmissão pela TV ou no computador. Além de ganhar o Kikito de melhor filme, conquistou o Prêmio do Júri de melhor longa, melhor trilha sonora (para Shaman Herrera, que dividiu a estatueta com Salloma Salomão, do filme Todos os Mortos) e melhor ator para Andrade Júnior. Detalhe: o artista faleceu em 2019. Com o respaldo dos Kikitos e de mais três prêmios conquistados no Labrff (Los Angeles, Brazilian Film Festival), Camilo parte agora para a batalha do lançamento da obra em 2021. O momento é difícil, já que a Covid-19 atrasou a estreia de várias produções, levando, segundo o cineasta, a um “engarrafamento ou engavetamento” de filmes. Nesta conversa com Cláudia Santos, ele comenta o impacto da Covid-19 na sétima arte, a dificuldade de sobrevivência dos que trabalham na cadeia produtiva do audiovisual, o crescimento do streaming e a volta do drive-in. Apesar dos obstáculos, Camilo fala dos planos para as próximas produções e afirma que a pandemia pode render roteiros futuros para o cinema. Qual o impacto que a pandemia está provocando no cinema brasileiro? A pandemia provocou realmente um grande impacto porque todas as produções, num primeiro momento, foram paralisadas, com isso também acabou havendo atraso em alguns editais e nas estreias nos cinemas. Já é difícil para o cinema autoral – o independente – conseguir espaço nos nas salas de exibição, conseguir vitrine e, agora, com a pandemia, muitos filmes que tiveram destaque em festivais, em mostras ao longo do ano passado e deste ano não conseguiram ser exibidos. Há um “engarrafamento ou engavetamento” de produções, que não vão conseguir estrear, pelo menos nos cinemas. Além disso, o prejuízo é imenso para os trabalhadores da indústria cinematográfica, da indústria audiovisual, porque, com essa paralisação, todo o setor travou e, portanto, ficou muito difícil a própria subsistência para os técnicos e para todo mundo que trabalha na área. Não é à toa que foram realizadas diversas vaquinhas, diversas cotas, para buscar auxílio, enquanto não chega efetivamente a Lei Aldir Blanc, que está a passos lentos. É uma lei emergencial que já deveria ter entrado em vigor. Mas, enfim, está começando agora a inscrição de projetos e eu espero que isso seja, pelo menos, uma saída para a subsistência de milhares de profissionais da área, enquanto as produções não são retomadas. Como vê a atuação da Ancine (Agência Nacional do Cinema) e da Secretaria de Cultura do Governo Federal? Desde o governo Temer, começou a haver um desmonte da cultura de uma forma geral no Brasil. Com o Governo Bolsonaro, então, foi extinto o Ministério da Cultura, que virou uma secretaria que não tem atuado, na verdade, de nenhuma maneira em prol da arte, nem dos artistas. É uma gestão apática. Na Ancine está havendo uma sabotagem, uma paralisação, que começou também no Governo Temer mas tem se agravado agora. Para piorar a situação, além da pandemia, mas mesmo antes dela, projetos que já foram aprovados há dois, três anos, ainda não tiveram seus recursos liberados por causa desse entrave na Ancine. Isso é uma calamidade para o setor, para as produtoras e, consequentemente, para toda a cadeia de realização de uma obra audiovisual. A Lei Aldir Blanc já vem sendo discutida há algum tempo, mas foi só agora que começou a ser implementada. Acho que é de suma importância porque é realmente emergencial a situação. O streaming foi uma solução possível para cineastas e o público? Essas plataformas já vinham se consolidando há algum tempo e acho que agora, com a pandemia, foi um momento de total consolidação mesmo, inclusive muitos festivais ao redor do mundo foram realizados por streaming, que foi a única solução possível para o público encontrar as obras e os cineastas poderem exibir seus filmes. Acredito que durante um bom tempo ainda vai se desenvolver cada vez mais, não só como como plataforma de veiculação, como já vem acontecendo mas, também, como plataforma de produção de filmes, de séries. Acho que a questão é: que abrangência isso terá? Que tipo de filmes que as plataformas se interessam em produzir ou coproduzir? Seria interessante que quanto mais abrangente fossem, melhor, tanto em forma, em regiões, em ideias, em conteúdos originais, que não ficassem bitoladas somente num certo tipo de eixo narrativo, mas que possam abranger narrativas realmente diversas. Mas, sem dúvida que o streaming é a hora e o momento das plataformas. King Kong en Asunción conquistou quatro Kikitos, entre eles o de Melhor Filme do 48º Festival de Cinema de Gramado. Lembro que na última entrevista que você concedeu para nós, em 2017, você falou sobre essa produção. Ela demorou três anos? Foi muito difícil a sua conclusão, a pandemia chegou a atrapalhar? Quando o filme será exibido? Pois é, o King Kong en Asunción foi um projeto muito cultivado, muito amadurecido, daí a demora, além do fato de a gente ter paralisado a produção por falta de recursos financeiros, aguardando a liberação de parcelas da Ancine. Mas foi muito importante esse tempo também para maturar a montagem. Foi um processo bem demorado e bem curtido. A pandemia atrapalhou um pouco porque a finalização de imagem foi feita em São Paulo e a gente precisou adiar a viagem por causa da pandemia. Foi muito importante a premiação em Gramado nesta edição histórica, que foi transmitida pelo Canal Brasil, e importante também para o ator Andrade Júnior, que faleceu no ano passado, e para toda a equipe. Afinal de contas, foi um projeto como você falou, que a gente demorou muito tempo pra fazer, em razão das próprias condições de ter sido filmado na Bolívia, no Paraguai, no Brasil, que envolve a equipe desses

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Teatro do Parque tem programação de reabertura divulgada

Da Prefeitura do Recife O prefeito Geraldo Julio visitou o Teatro do Parque, que passou por um minucioso e grandioso trabalho de requalificação e restauro de suas estruturas e está pronto para voltar à cena cultural da cidade. Na visita, o prefeito anunciou a programação de três dias para reabertura do teatro, que será entregue ao público a partir do próximo dia 11 de dezembro. A celebração contempla várias linguagens, começando na sexta (11), com um concerto da Banda Sinfônica do Recife, e segue no sábado (12) e no domingo (13), com exibição de filme e espetáculo teatral. "Uma alegria que não existem palavras para descrever a reinauguração do Teatro do Parque. Ele está totalmente restaurado, voltando às condições históricas de 1929, mas com toda a modernidade que a gente trouxe de equipamentos, a parte de cenografia, está tudo muito bonito, feito com muito carinho e muito cuidado. Peças que foram fabricadas e encontradas também em leilões de antiquário, recuperação, fabricação de novos equipamentos, sempre preservando a parte histórica, levando a 1929", comentou o gestor municipal. "Uma emoção muito grande, um teatro histórico da nossa cidade, muito bonito, que faz parte da vida dos recifenses e um cinema também de grande qualidade. Eu estou muito feliz. A área externa também, o parque do Teatro do Parque também está muito bonito. Durante o dia, a noite, a iluminação cênica também, está tudo muito bonito. A alegria, como eu disse no início, não tem palavras que descrevam", complementou ele. Nos próximos dias, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, lançará o edital de ocupação da pauta do teatro, que, aos 105 anos de idade, vai poder voltar a contar e ostentar toda a beleza de sua história e arquitetura, sem ter nenhum de seus capítulos cobertos por tinta, descaso ou gesso. A grandiosa intervenção realizada pela Prefeitura do Recife no equipamento histórico combinou obras civis com um delicado trabalho de restauro de toda a estrutura predial, bem como de elementos decorativos, para devolver as características do projeto arquitetônico original de 1929 à casa de espetáculos, que se sagrou unanimidade entre públicos de todos os estilos e preferências estéticas, idades e perfis socioeconômicos. “Trata-se da obra mais importante para a cultura do Recife em muitos anos. Estamos devolvendo à cidade nosso maior teatro municipal, com mais de 800 lugares, preparado para todas as linguagens e acessível a todos os públicos”, celebrou Diego Rocha, presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife Passado e futuro dividirão espaço nas novas instalações do Teatro. Do ponto de vista técnico, o Parque será alçado à condição de uma das mais bem equipadas casas de espetáculo da capital pernambucana, com maquinário cênico de última geração, climatizado, com acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção ou deficiência, câmeras, sistema e cortina de prevenção contra incêndio. Entre outras intervenções, foram recuperados alicerces e sistema de drenagem do prédio histórico, já bastante danificados, além de retiradas as tubulações de refrigeração aparentes e muitas camadas de gesso e pintura, que escondiam a beleza do projeto arquitetônico, devolvendo à casa de espetáculos as características de 1929, com direito a murais laterais do palco recuperados, pisos e cores nas paredes e colunas reproduzidas com rigor histórico, em respeito à beleza e à história do equipamento cultural presente nas memórias afetivas de muitas gerações de recifenses. Um dos únicos teatros-jardim do Brasil, o Parque ganhou ainda um projeto de paisagismo especial e convidativo ao público. Além de ser um espaço que promoverá o encontro de pessoas, o jardim do Teatro será uma extensão do palco, podendo ser cenário para apresentações ao ar livre. Importante ressaltar que o trabalho de recuperação da estrutura predial do teatro, executado pelo Gabinete de Projetos Especiais, em articulação com a Fundação de Cultura Cidade do Recife, foi fundamental para que toda a obra de reforma e restauração pudesse acontecer. A primeira fase da obra teve como objetivo sanar os problemas mais urgentes encontrados na estrutura da edificação para cessar a degradação crescente que vinha acontecendo. Todo o madeiramento, além de telhas, calhas e rufo do telhado tiveram que ser substituídos. Tubulações e fiações das instalações elétricas também precisaram ser completamente refeitas, além das instalações hidrossanitárias e do sistema de drenagem do teatro. Depois começou o trabalho de pesquisa histórica para identificação dos registros mais antigos da aparência do Teatro ao longo de sua existência, que levou em consideração fotografias e documentos, além dos elementos encontrados no próprio prédio, encobertos por muitas décadas de intervenções superficiais e pouco cuidadosas. O resultado das prospeções foi a escolha do ano de 1929, quando o Parque ganhou status de cine-teatro, como referência para a requalificação do prédio. Só a partir daí, o restauro foi iniciado, em paralelo às obras civis. Em seguida, foram executadas obras complementares, relativas à subestação, instalações elétricas, acústica, paisagismo e climatização, dentre outras intervenções já concluídas. Também já foram instalados os equipamentos de luz, som e cênicos. As cadeiras, que passaram por serviços de restauro, foram devolvidas à plateia, assim como os seculares lustres de cristal foram recolocados nos corredores que contam tantas histórias.

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"Apagar o Histórico” estreia pelo Festival Varilux de Cinema Francês

“Apagar Histórico”, de Gustave Kervern e Benoît Delépine, chega às telas de cinema do Brasil. Vencedora do Urso de Prata na última edição do Festival de Berlim (Filme que abre novas perspectivas), a comédia já foi vista por mais de 500 000 expectadores na França e é um dos destaques da programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que acontece desde 19 de novembro e segue até 03 de dezembro. O elenco é formado por um grupo de espirituosos anti-heróis. Os atores Denis Podalydès (Bertrand), Blanche Gardin (Marie) e Corine Masiero (Christine) protagonizam personagens descentrados, mas movidos pelo desejo profundo de retomar o controle, de lutar contra robôs e algoritmos impostos pelo sistema. Eles dão vida aos três vizinhos residentes em um loteamento no interior da França e que se descobrem vítimas das novas tecnologias digitais. Marie é mãe, divorciada, apreciadora de bebidas alcoólicas e alvo de chantagem devido a um vídeo de conteúdo sexual. Bertrand é chaveiro, viúvo e precisa defender a filha de uma perseguição nas redes sociais. Christine, motorista de carros de aluguel, se mostra inconformada ao constatar que as notas dadas por seus clientes se recusam a melhorar e ela precisa aumentar o número de avaliações positivas para garantir seu emprego. Juntos, mas cada um com suas particularidades e exageros, eles decidem declarar guerra aos gigantes da Internet, mesmo que isso pareça uma batalha perdida. Uma realidade incontrolável e também incompreensível para a grande maioria das pessoas conduz a trama, que diverte e faz pensar sobre o quanto somos vítimas ingênuas e inábeis diante das promessas e desenvolturas do mundo digital. O trailer pode ser conhecido pelo link:https://youtu.be/vsuPVtUwcFA

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Novo Cine PE 2020 tem início hoje (23/11)

Em um ano totalmente atípico devido à pandemia de COVID-19, o NOVO CINE PE - Festival do Audiovisual será um pouco diferente. Prevista inicialmente para o mês de maio, a 24ª edição do festival ganhou nova data e será realizado exclusivamente pelo Canal Brasil na televisão e na internet – por meio da plataforma de streaming Canais Globo (antigo Canal Brasil Play) –, além da TV Pernambuco, uma vez que ainda não é recomendável a realização de eventos presenciais de grande porte. O formato multiplataforma vai possibilitar que ainda mais pessoas possam ter acesso ao conteúdo do festival, democratizando ainda mais o acesso ao cinema. De 23 a 25 de novembro, a programação do horário nobre do Canal Brasil será ocupada pelos longas-metragens selecionados para a mostra competitiva do NOVO CINE PE 2020, sendo dois por noite, a partir das 18h, com exibição simultânea no streaming Canais Globo. Já os 31 curtas escolhidos para as mostras competitivas de curtas-metragens Nacional e Pernambuco ficarão disponíveis online, para assinantes da plataforma Canais Globo, durante os três dias de festival, o que vai possibilitar que os cinéfilos assistam às películas nos horários que lhes forem convenientes. As mostras competitivas de curtas ainda serão exibidas na TV Pernambuco, com data a ser divulgada. Dos 941 filmes inscritos para as mostras competitivas, número que representa um crescimento de discretos 5,37% em relação ao número de 2019, que foi de 892 filmes, seis longas, sendo três na categoria ficção e três na categoria documentário, estarão juntos na Mostra Competitiva de Longas-Metragens, oito títulos na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos e vinte e três na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais. Os seis longas nacionais selecionados para a mostra competitiva foram as ficções “O Buscador” (RJ), de Bernardo Barreto; “Mudança” (RS), de Fabiano de Souza; e “Mulher Oceano” (SP), de Djin Sganzerla; e os documentários "Nós, que ficamos” (PE), de Eduardo Monteiro; “Memórias Afro-Atlânticas” (BA), de Gabriela Barreto; e “Ioiô de Iaiá” (RJ), de Paula Braun. Para Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais foram selecionadas 23 produções do Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. (Veja abaixo a lista completa de selecionados e detalhes). A missão de selecionar os curtas e longas das mostras competitivas do NOVO CINE PE 2020 ficou nas mãos dos curadores Edu Fernandes, crítico e programador do circuito Cine Materna, e Nayara Reynaud, crítica de cinema, repórter, criadora e editora-chefe do site cultural Nervos (SP). Vale a pena destacar o crescimento da participação de produções pernambucanas. De acordo com Edu Fernandes, foram mais filmes avaliados e com alto grau de qualidade. “Por essa razão, a Mostra Nacional de Curtas abriga mais produções pernambucanas do que nos últimos anos, para poder contemplar as realizações locais que precisam ser vistas. Outro desdobramento dessa maior participação dos produtores locais é a alegria de voltar a ter um longa pernambucano em competição no NOVO CINE PE, algo que não acontecia há alguns anos”, comemora o curador. A ideia dos curadores para a edição 2020 foi compor um retrato o mais diverso possível da produção nacional de cinema, com filmes das cinco regiões do país. De acordo com Edu, “o público pode esperar, de alguma forma, se ver na tela. Os temas e abordagens dos filmes da seleção dialogam com diversos assuntos da pauta que a sociedade vem discutindo. Ainda nesse assunto, a mostra de longa tem uma paridade de gêneros entre os diretores e diretoras. Não foi algo que determinamos no começo do processo de curadoria, acabou acontecendo assim e considero mais um aspecto a se comemorar nesta edição do festival”. O Júri Oficial de cada categoria das mostras competitivas será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, que serão responsáveis por indicar os vencedores para as seguintes categorias do Troféu Calunga: categoria de longa-metragem (Melhor Filme de longa-metragem, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem); categoria de curta-metragem (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem). Além das categorias selecionadas pelo Júri Oficial, o público irá selecionar os premiados pelo Júri Popular, por meio do aplicativo oficial do festival, e os críticos da Abraccine também escolherão os melhores filmes nas categorias competitivas das Mostra de Curtas Nacionais e Mostra de Longas Metragens, através do Júri da Crítica. Sobre as dificuldades para a realização do NOVO CINE PE 2020, ano marcado pela pandemia de COVID-19, a diretora e idealizadora do festival, Sandra Bertini, conta que os desafios foram muitos. “Foi um ano desafiador para todos os profissionais que trabalham com eventos presenciais. Tivemos que mergulhar para criar um modelo que atendesse aos realizadores dos filmes, público, patrocinadores e produtores do evento, seguindo todas as normas de segurança. Alteramos o projeto na Lei de Incentivo à Cultura, já que o projeto aprovado antes era no modelo presencial. Mas o mais fácil mesmo foram os realizadores dos filmes. Conversei com todos e 100% deles abraçaram a proposta. Muitas vezes me emocionei com tamanho apoio”, relata Bertini. Embora o formato seja diferente em 2020, a produção do NOVO CINE PE fez questão de seguir com a cerimônia de apresentação dos curtas e longas direto do Cinema São Luiz, um dos últimos grandes cinemas de rua do país, tradicional palco do Festival Audiovisual, para manter o clima. A cerimônia foi gravada e será exibida sempre antes dos longas. Quem assume a apresentação do festival pelo segundo ano consecutivo é a atriz pernambucana Nínive Caldas. Com 10 anos de carreira, Nínive é integrante do “Coletivo Angu de Teatro” e já participou de filmes nacionais e internacionais. O NOVO CINE PE 2020 terá ainda espaço para a formação com seminários realizados de forma on-line e temáticas girando em torno da interrogativa "Como encarar o desafio de empreender e fazer novos

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Semana do Livro traz programação inédita para homenagear Clarice Lispector

Após dois anos de sua primeira edição, a Semana do Livro de Pernambuco volta a ser realizada este ano como parte integrante da e.Bienal, a plataforma digital da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. O projeto acontece, digitalmente, nos dias 9 e 10 de dezembro, com uma edição especial comemorativa pelos 100 anos de Clarice Lispector. A programação intitulada “Clarice Viva” é totalmente voltada à vida e à obra da escritora ucraniana, que passou a infância no Recife e fez da capital pernambucana cenário de algumas de suas maiores obras, como Felicidade Clandestina. Os dias escolhidos para a realização do projeto também foram estratégicos: o dia 9 marca o falecimento da homenageada. O dia 10, seu nascimento. A edição comemorativa reunirá um time de escritores, pensadores, profissionais da cadeia do livro e da literatura para uma celebração à arte literária de Clarice Lispector. Entre os nomes confirmados na programação, o do escritor e historiador estadunidense Benjamin Moser, conhecido internacionalmente por sua biografia de Clarice Lispector, obra que lhe rendeu, inclusive, o Prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural, em 2016, pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil; o da arquiteta pernambucana Amélia Reynaldo, que trará um apanhado da história do centro do Recife sob a luz das obras de Clarice; o de Eliane Robert Moraes, professora da Universidade de São Paulo (USP) que falará sobre o interesse da autora pelas formas de vida reduzidas à essência, e Marilene Felinto, jornalista e escritora, falando sobre suas leituras da obra de Clarice Lispector e da evocação que ela faz da infância no Recife. Realizado e produzido pela Vox Produções, Ideação e Cia de Eventos, a Semana do Livro tem curadoria assinada por Schneider Carpeggiani, jornalista e crítico literário, com larga experiência no setor. “A ideia dessa série de lives é tanto aproximar o Recife de Clarice Lispector, como trazer nuances pouco faladas de sua obra. Em um ano em que Clarice vai estar, com toda justiça, no centro do debate, nosso esforço é, justamente, buscar o inusitado. Esperamos que a programação traga perspectivas novas, ou, ao menos, pouco discutidas sobre sua obra. Que agrade aos iniciados e consiga atrair iniciantes para sua literatura”, explica Schneider. Assim, a programação, que busca debater, com leveza e interatividade, a obra de Clarice Lispector nos contextos literário, filosófico e histórico, começa com o "Primeiro beijo" e segue até “A paixão segundo GH”, obra-prima da autora, escrita em 1964, ano do Golpe. “Não iremos esquecer da política que aparece no seu trabalho", completa o curador. Além de tudo isso, há ainda a preocupação em promover uma troca direta entre escritores e o público, incentivando à leitura e a valorização da produção literária local e nacional. “A II Semana do Livro está sendo idealizada para servir como um verdadeiro encontro cultural. Nesta edição virtual acreditamos que vamos atingir um público ainda maior, já que vamos estar nas redes e a obra de Clarice é reconhecida internacionalmente”, explica Guilherme Robalinho, da Vox Produções. Outro ponto a destacar é a parceria entre a produção e a Secretaria de Educação do Recife, já que a programação vai servir como projeto de formação para professores da rede municipal. A participação do público na Semana do Livro é gratuita e o projeto oferece acessibilidade com intérprete de libras durante as lives. Os interessados devem acessar o site da Bienal Internacional do Livro para acompanhar o evento: www.bienalpernambuco.com/semanadolivro.

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Crítica literária: Sob a luz da estrela guia

*Por Paulo Caldas Seguindo uma estrela guia de farto brilho, mãe-professora de nome Flávia Suassuna, ponto feérico deste universo maurício, veio à luz a coletânea "Fios da Teia". São tramas de emoções tecidas com fios de ficção. No tear perpassam narrativas intimistas e infinitas sobre a natureza, o amor e cenas do cotidiano, criadas por mãos hábeis, entrelaçadas em novelos de prosa e verso. Além da estrela guia, o leitor pode contemplar outras tantas já admiradas a olho nu nesta constelação de bardos à mancheia, postadas no firmamento das escritas. Com a criação visual que traz a assinatura de Eliseu Vieira, articulação de Zeca Q Lemos e orelhas de Graça Melo, "Fios da Teia" recebeu o tratamento gráfico da Livro Rápido Editora Gráfica. Os exemplares da coletânea podem ser adquiridos pelo telefone 81 99978-4237 *Paulo Caldas é Escritor

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Festival No Ar Coquetel Molotov anuncia 17ª edição para janeiro

O No Ar Coquetel Molotov já tem a data de sua próxima edição marcada para acontecer. Em constante transformação, o próximo CQTL MLTV acontece de 11 a 23 de janeiro de 2021. Essa nova grade de propostas e experimentação em festival e entretenimento decanta como um formato imersivo e sensorial híbrido onde dinâmicas virtuais unem música, arte, mundo 3D, workshops, mentorias, oficinas e uma série com shows inéditos de mais de 20 artistas nacionais e internacionais. Uma das maiores inovações, porém não a única, é que o festival vai criar uma série conceitual gravada entre elementos naturais como a vegetação, as montanhas, o som dos animais, o açude do espaço Criatório, estúdio de gravação/ateliê localizado em Gravatá. “Se encontrar no meio dessa paisagem bucólica, é um gatilho para ressignificar velhos pensamentos, moldar novas idéias, iluminações e descobertas que também acontecem em um festival de música. Esse tipo de energia que vamos traduzir com essa série. Transportar as pessoas para uma experiência inesquecível, a qual sempre poderão revisitar. Não é somente mais uma live”, comenta Benke Ferraz (produtor e guitarrista do Boogarins) que assina direção musical da série que tem produção audiovisual da Bateu Castelo e gravação de áudio pela Fábrica Estúdios. "Em agosto conseguimos juntar cerca de 10 mil pessoas para experimentar um formato inédito, o Coquetel Molotov.EXE, que nos rendeu a indicação para Prêmio Inovação na Web pelo WME Awards e a capacidade de multiplicar ainda mais as nossas possibilidades", conta Ana Garcia, diretora do CQTL MLTV. "E enxergando a velocidade em que esses formatos digitais podem ser rapidamente saturados, resolvemos tentar equalizar as pontas das lanças investindo em desde um mundo virtual 3D até uma série de YouTube de conteúdo altamente experimental e perene. Algo ficará online, disponível até mesmo para as próximas gerações. E tudo isso mantendo as atividades formativas e encontros". Fomentador e constante divulgador das mais diversas cenas artísticas pernambucanas, o No Ar em sua 17º edição, anuncia a primeira de suas novidades nesta 17ª edição: a Convocatória, que irá promover mentorias para carreiras artísticas em início de construção. A ideia é a de impulsionar o cenário independente de Pernambuco, através de um edital próprio, onde os novos artistas terão a oportunidade de se inscrever para participar de capacitações envolvendo produção musical, oportunidades de visibilidade e inserção no mercado da música a nível local e nacional com instrutores do calibre de Ana Morena (Festival DoSol), Benke Ferraz (Boogarins), Marina Amano (Listo Music) e Mazili Benning (PE Squad). Todas as informações e o formulário de inscrições da convocatória podem ser acessados de 18 a 29 de novembro, através do: https://coquetelmolotov.com.br/novo/convocatoria-de-talentos-musicais-para-mentoria-e-qualificacao/ Aprovado na Chamada Pública de Projetos de Residência Artística do Programa Pontes, uma parceria entre o Oi Futuro e British Council, o festival No Ar Coquetel Molotov vai promover ainda uma imersão que envolve um workshop junto a um processo imersivo de criação coletiva.

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