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Cultura e história

Fernando Albuquerque lança livro de poesias

Mesmo diante do cenário de restrições gerado pandemia do novo coronavírus (Covid-19) ou mesmo as proposições acerca da taxação dos livros encarados erroneamente pelo Governo Federal como “artigo de luxo”, a editora pernambucana Castanha Mecânica realiza lançamento de novos livros. Está em pré-venda,  o livro “Apaguei a playlist/ comecei a dançar”, que reúne poesias do autor e jornalista pernambucano Fernando de Albuquerque. Com 96 páginas, ilustrações do baiano Márcio Junqueira, edição e design de Fred Caju, o título reúne 13 poemas de tom memorialístico e recebeu menção honrosa no Edital de Chamamento Público, divulgado em dezembro de 2019 pela editora Castanha Mecânica. “Eu pensei em publicar apenas um livro com o edital. No entanto me deparei com três obras instigantes. A de Fernando de Albuquerque me tocou por sua sensibilidade e por ser contextualizada num universo pop contemporâneo com um tom que não dissolve a identidade do autor entre as referências que o livro traz. Estava diante de um livro que precisava publicar”, disse o editor da Castanha Mecânica Fred Caju. A música é o fio condutor que costura a relação do eu lírico construído pelo autor com os 13 personagens que dão título a cada um dos poemas em “Apaguei a playlist/ comecei a dançar”. Relações que envolvem perda, amizade, paixão, sexo e carinho são explorados nos poemas que tem forte viés narrativo, dicção coloquial, recriação da vida cotidiana e opção pelo verso livre. “Para a composição do livro criei um eu lírico que, diante de uma situação limite, começa a realizar um inventário das diversas relações que marcaram sua existência até aquele ponto. Ele começa a avaliar a forma como lidou com essas relações, os sentimentos e as lições guardadas”, disse o autor. Os poemas são povoados por personagens bem realizados, ora com o mínimo de traços, como em “Renato” ou em “O chinês”. No primeiro, um conjunto de inflexões sobre a categoria dos “advérbios” na gramática funciona enquanto pano de fundo para, com muita ironia, o autor relativizar amores furtivos e casos de uma única noite. No segundo, uma série de imagens poéticas sobre cidades e locais como Nova Iorque, Istambul, Pretória e o Atol de Bikini enumeram as condições para o que os idealistas indicam como “amor à primeira vista”. Além das referências musicais inseridas não só nas epígrafes como nos versos, a ironia e a melancolia são polos que vão definindo as composições, nunca como opostos, mas trabalhando para modular as zonas claras e escuras consolidadas na lírica contemporânea. Em “Ismael”, o autor reúne uma série de referências sobre as vivências da infância, a descoberta da sexualidade, o assédio tão comum, quanto criminoso, de adultos, e a primeira paixão. Ou mesmo quando no texto “Thiago” fica latente a necessidade da perda para a reconstrução da própria identidade. “Esse livro é, antes de tudo, um convite para nos despirmos daquilo que se acumulou em nossa consciência e nas nossas rugas. A experiência é o nosso trunfo, a tábua de salvação contra os erros e contra a inoperância de certas condutas. Mas ela não pode, jamais, ser o peso que nos impede de continuar e de nos reinventarmos. Não pode ser responsável pela continuidade e insistência no erro. Assim, o eu lírico criado viaja de forma profunda pelo seu catálogo de bons e maus encontros para logo depois se entregar à catarse”, disse o autor. Editora - A Castanha Mecânica surgiu em 2011 editando e-books livres numa plataforma gratuita. Após dois anos de atividades, passamos a incluir livros digitais também em copyright. E em 2016 foi a vez de inserirmos os analógicos em nosso acervo. Para o livro físico, pensamos em projetos gráficos que interferem na obra como elemento narrativo e provoquem experiências sensoriais e sinestésicas nos leitores. Acreditamos muito no livro como um vetor de transmissão de afeto e como uma arma de luta, por isso, na artesania das nossas edições, buscamos potencializar e reutilizar ao máximo os recursos empreendidos. Esse aceno para o livro de papel, porém, não nos fez recuar com nossa resistência em manter o e-book a um preço acessível. São dois formatos que manteremos coexistindo em nosso catálogo. A travessia nos livros em copyleft nos fez optar por diagramar utilizando apenas softwares livres e tipografias em domínio público ou doadas por seus autores. Apaguei a playlist/ comecei a dançar Editora Castanha Mecânica Fernando de Albuquerque R$ 50 Link: https://pag.ae/7WhXg1o2K

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Uma análise robusta sobre a obra de João Cabral

Neste ano do centenário do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) lança "João Cabral de ponta a ponta". Trata-se de uma edição revisada e enriquecida com material inédito, onde estão reunidos estudos dedicados a toda a obra publicada pelo poeta pernambucano, realizados pelo escritor, professor de Literatura Brasileira da Faculdade de Letras da UFRJ e membro da Academia Brasileira de Letras, Antonio Carlos Secchin. O autor passou mais de 35 anos debruçado sobre as escritas cabralinas. No título de 598 páginas o leitor descobre um ensaio sobre Cabral e Carlos Drummond de Andrade; uma importante entrevista de Cabral concedida a Secchin em 1980; a última palestra do poeta em ambiente acadêmico (na Faculdade de Letras da UFRJ, em 1993); e valiosas imagens com reprodução de dedicatórias importantes e de capas raríssimas de obras do autor. O livro conta ainda com todo o material analítico dos 20 títulos de João Cabral, expostos cronologicamente de acordo com as datas das publicações. Sem falar nos cinco ensaios sobre temas transversais da poesia do autor e de suas relações com outros escritores. Este último material de pesquisa foi publicado em 2014, pela extinta Cosac Naify, sob o título João Cabral: uma faca só lâmina. A obra será lançada dia 26 de agosto, às 17h30, em uma live no canal da Cepe no You Tube, com a participação de Secchin mediada pelo editor do Suplemento Pernambuco (Cepe), Schneider Carpeggiani. Na ocasião o autor pretende falar da concepção do livro, desde as versões iniciais, publicadas em 1985 e 1999, passando pela de 2014, até chegar à forma definitiva, pela Cepe. Inicialmente os livros estarão disponíveis apenas em formato e-book. A impressão está condicionada ao retorno das atividades presenciais da gráfica da empresa pública. “É um orgulho publicar, dentro da programação do centenário de João Cabral de Melo Neto, uma obra que se dedica aos meandros da sua poesia, do primeiro ao último livro. João Cabral de ponta a ponta é a versão ampliada e consolidada das pesquisas de Secchin sobre o poeta; parte do trabalho de uma vida dedicada à literatura. É uma edição para conhecer a poesia cabralina em profundidade, pois o autor traz leituras essenciais da produção tardia de João Cabral, pouco lembrada pela crítica. Na edição da Cepe Editora, temos ainda material inédito, com um novo ensaio, uma entrevista, um depoimento e imagens de exemplares raros colecionados por Secchin. Além de tudo isso, o ensaísta consegue mostrar como ninguém, ao longo do volume, a vitalidade e novidade do poeta pernambucano para os leitores atuais”, resume o editor da Cepe, Diogo Guedes. "Uma vez que Cabral dizia apreciar meu trabalho crítico sobre sua poesia, gostaria de que quem gosta da obra cabralina pudesse conhecer o que sobre ela escrevi, o que agora será possível graças à publicação da Cepe. Mas antes, ou paralelamente a isso, o fundamental é ler a própria obra dele", sugere Secchin. O livro propõe, segundo Secchin, “uma leitura que não privilegie em particular qualquer corrente teórica que se ocupe do discurso poético. Por causa da multiplicidade de direções que o poeta imprimiu à sua obra”, diz Secchin na introdução do livro. Estudioso de vários autores, Secchin admite que enfatizou as pesquisas em João Cabral pela sintonia que se criou entre o escritor e o que ele, como leitor, valorizava: poemas de alto teor criativo simultaneamente claros e complexos. “O poema apenas ‘claro’, muitas vezes, tende a ser ingênuo ou panfletário. E me agrada percorrer a teia de seus versos para constatar que nela o ‘complexo’ jamais se transforma no ‘confuso’”. João Cabral é apontado como concretista, modernista, poeta marginal, integrante da geração de 45... O fato é que percorreu diversos movimentos artísticos, o que o torna atemporal. "Transitar entre vários movimentos artísticos é não congelar no tempo. Autores que respondem canonicamente à demanda de suas épocas correm o risco de desaparecerem com elas, por não terem injetado em seus textos um suplemento de sentido que os capacitasse a suportar demandas vindouras", defende Secchin. No início dos escritos do poeta, em 1938, João Cabral sofre influência do intelectual Willy Lewin, que o apresenta ao surrealismo, estilo que apareceu em seus primeiros trabalhos como forte característica, para logo desaparecer sem deixar rastros, e ser repudiado veementemente pelo autor. Essa fase surrealista e onírica é bem presente em Pedra do sono (1942), seu livro de estreia. “O surrealismo só esteve presente nas produções iniciais do poeta. Logo a seguir, já em 1945, em O engenheiro, ele começa a se libertar da influência surrealista, situando-se resolutamente contra o idealismo de ‘mistérios’ e de ‘essências’ na poesia, em prol de uma arte solar”. A morte está sempre ali, mas nunca é sombria. “É ao ar livre, ou então temperada ou relativizada pelo humor, embora ácido”. Nos detalhados estudos críticos, há espaço também para comentários de outros críticos sobre os livros de João Cabral. Tanto sobre o que os críticos mais falam quanto sobre o que eles preferem ignorar. Poucos críticos destacavam, por exemplo, o caráter de humor de suas poesias, como o próprio João Cabral observava, segundo Secchin. “Um humor cortante, quase agressivo, eu acrescentaria, bem típico de quem maneja uma faca só lâmina”. Título de um dos livros de João Cabral, Uma faca só lâmina (1955) é obra de mais de 300 versos hexassílabos. Outros livros ignorados pela crítica são A escola das facas (1980) , O Auto do frade (1984) e Agrestes (1985). "Considero que muitos se dão satisfeitos com a digamos, fase um de Cabral, que se encerra em 1968: ele entra na Academia Brasileira de Letras e publica, com grande sucesso de público e de crítica, sua Poesias completas . Quando retorna ao verso, em 1975, o contexto cultural já é outro, o da 'poesia marginal', e ele fica numa espécie de limbo, um poeta-'monumento' que pouco teria de novo a dizer. Mas não foi o que ocorreu”. Averso ao poema lírico, Cabral se autodenominava antilirista. "Minha poesia é intelectual, em alguns livros,

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Solistas ipojucanos da Orquestra Criança Cidadã protagonizam recital online

Na próxima quarta-feira (19), a Orquestra Criança Cidadã disponibiliza, em seu canal do YouTube, mais um recital online da série de concertos de curta duração gravada no teatro da CAIXA Cultural Recife. A apresentação, desta vez protagonizada por jovens solistas de instrumentos de cordas do Núcleo do Ipojuca, irá ao ar às 20h. O terceiro recital terá a participação dos alunos: Ivo Gomes Neto (violino), Luanderson Felipe Ferreira (violino), João Lucas de Assis (violoncelo) e Alexandre Vinícius dos Santos (contrabaixo). Eles interpretarão, respectivamente, quatro peças: o “Preludio e Allegro”, de Gaetano Pugnani e Fritz Kreisler; o “Allegro molto ma maestoso” do “Concerto em dó menor no estilo de J. C. Bach”, de Henri Casadesus; o “Arioso” de J. S. Bach; e o "Allegro moderato" do “Concerto em fá maior”, de Antonio Capuzzi. O maestro Márcio Pereira, coordenador pedagógico da Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Ipojuca, enfatiza a determinação dos músicos que encararam o desafio da gravação em take único, como em um concerto ao vivo: "Diante desse distanciamento social, enfrentamos um grande desafio para preparar esse repertório, tendo em vista a ausência dos ensaios. Mas o público pode aguardar muita energia e vontade da parte dos músicos, e tenho certeza que eles irão passar emoção por meio das peças que serão executadas". Os concertos online foram uma das formas que a CAIXA e a OCC encontraram para que o público possa continuar acompanhando as apresentações dos alunos do projeto enquanto presencialmente não é possível. A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã e incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e conta com patrocínio máster da CAIXA Econômica Federal e do Governo Federal. Já a Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Ipojuca tem patrocínio da Prefeitura do Ipojuca. SERVIÇO [MÚSICA] Recital online dos Alunos da Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Ipojuca Local: Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube (https://www.youtube.com/orquestracriancacidada) Data: 19 de agosto de 2020 (quarta-feira) Horário: 20h Duração: 20 minutos Classificação: Livre Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

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Aloisio Magalhães é homenageado em Semana do Patrimônio da Fundaj

Da Fundaj “A comunidade é a melhor guardiã de seu patrimônio.” Era o que costumava dizer o artista plástico e designer Aloisio Magalhães (1927-1982), reconhecido internacionalmente pelas contribuições para a formatação de políticas públicas de preservação dos bens culturais do Brasil. Natural do Recife, foi pioneiro em uma comunicação visual que prezava, sobretudo, pelo reconhecimento da identidade nacional. Em reconhecimento aos seus esforços e feitos, será o homenageado na Semana do Patrimônio da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), entre os dias 17 e 19 de agosto. A iniciativa da Instituição será transmitida via YouTube pelo canal da instituição e contará com a participação de personalidades, exposições virtuais e lançamentos de livros. “Parte de seu acervo pode ser encontrado na Fundação, como os estudos que realizou para desenvolver marcas que até hoje povoam o imaginário do País. Temos o orgulho de salvaguardar, dentre tantas, sua última produção: o álbum de litogravuras de Olinda”, destaca o presidente da Fundaj, Antônio Campos. As paisagens registradas pelo artista fizeram parte do dossiê que levou para Paris, em 1982, quando pretendia convencer a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que a cidade deveria receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Aloisio nunca voltou. Faleceu em Pádua, na Itália, quando estava sendo empossado presidente da reunião dos Ministros da Cultura dos Países Latinos. “Mas a sua intenção foi bem-sucedida e Olinda foi reconhecida pelo seu valioso patrimônio em pedra e cal, e da cultura de seu povo”, ressalta Campos, que abrirá a programação ao lado da superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/PE), Renata Borba, do secretário Estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, e da gerente-geral de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundarpe, Célia Campos. Com o tema Reflexões e práticas em torno do Patrimônio, o Seminário recebe nomes como Joaquim Falcão, membro da Academia Brasileira de Letras e professor titular da FGV, que era amigo do homenageado; e os designers Gisela Abad e Joaquim Redig, que também conviveram com Aloisio. A historiadora Kátia Bogéa, ex-presidente do Iphan, e Clarice Magalhães, filha do homenageado, também estarão entre os convidados. “Temos de cuidar sempre em fazer o melhor trabalho e oferecer ao público uma programação de alto nível. A seleção de bons nomes e o cuidado com as exposições e os lançamentos de livros são partes disso”, comenta o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundaj, Mario Helio. Ele acrescenta que vale a pena destacar as três exposições virtuais e a oficina de Cartemas, todas com temáticas sobre Aloisio Magalhães, além dos lançamentos de dois livros pela Editora Massangana. Um deles, observa o diretor, a publicação Nordeste: identidade comestível, atravessou várias gestões e agora será entregue aos leitores. O outro, Historicismos na arquitetura dos subúrbios recifenses - um recorte da Coleção Ecletismo, cujos originais foram entregues há pouco, será publicado em prazo recorde. Não por acaso, a programação acontece em meio à celebração do Dia Nacional do Patrimônio Histórico (17/08) e do aniversário de nascimento do patrono da Fundaj, o abolicionista Joaquim Nabuco (19/08). Amante das formas e da sua gente Aloisio Barbosa Magalhães ingressou na Faculdade de Direito do Recife, em 1946, onde teve seu primeiro contato com o Teatro do Estudante de Pernambuco e se tornou amigo dos dramaturgos Ariano Suassuna e Hermilo Borba Filho. Conta-se que montou um teatro de bonecos no jardim de casa com calungas vindas da Feira de Caruaru. De lá, lançou-se no mundo. Atuou nas artes plásticas e frequentava o Atelier 17, em Paris, onde também estudou Museologia na Escola do Museu do Louvre. Nos EUA, estudou artes gráficas e programação visual. De volta ao País, nos anos 1960, abriu seu escritório de comunicação visual, explorando a geometria, a tridimensionalidade e o Brasil. Assinou cerca de 70 símbolos empresariais de grande visibilidade entre 1960 e 1975. No mesmo período, foi o pintor premiado e representante brasileiro na Bienal de Veneza. “Trabalhei com Aloisio durante 15 anos. De aprendiz a sócio do seu escritório de design. Ajudei-o a resolver grandes desafios profissionais nesse campo, como o da Petrobrás, da Organização Internacional do Café, da atual União e muitas outros”, recorda o designer e professor de História do Design da PUC-Rio, Joaquim Redig, que participa de bate-papo sobre o homenageado no dia 17, às 14h, ao lado da designer pernambucana Gisela Abad. Redig conta da surpresa ao constatar, durante a preparação de uma de suas aulas, a incidência dos trabalhos do mestre na lista de obras do Design Brasileiro que tiveram relevância mundial. “Na Petrobrás, Aloisio implantou no Brasil um Programa de Identidade Visual antes da Shell, líder mundial no setor do petróleo e sua maior concorrente, fazer o mesmo na Europa. O papel moeda brasileiro que desenhou, além de transformar o Brasil de importador a exportador de dinheiro impresso, foi considerado o mais avançado de sua época no mundo.” Foi com o olhar pelos bens culturais, no sentido mais amplo termo, ‘não mais por valores estéticos ou com características eruditas, mas pelo valor que a sociedade atribui aos mesmos’, que Aloisio marcou sua trajetória profissional. Em 1979 foi convidado a dirigir o Iphan. No ano seguinte, atuou como presidente da Fundação Nacional Pró-Memória, quando iniciou a campanha pela preservação do patrimônio histórico brasileiro. “Foi um privilégio acompanhar esse momento de quebra de paradigma do pensamento da cultura e sua preservação por meio do ideário de Aloisio. Ele tratava a tudo como um projeto e tinha um para a cultura. Para ele um campo permeava outro sem demarcação. Cultura popular, erudita, patrimônio de cal e pedra e imaterial tudo se interligava, não havia itens estanques”, observa Gisela, com quem conviveu na Pró-Memória. Completados 38 anos da sua morte, a influência de Aloisio Magalhães permanece viva e sua produção intacta. O Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Mello Franco de Andrade (Cehibra), da Fundaj, conserva um acervo de 2.897 registros do designer pernambucano. São diversos documentos pessoais, como certidões, agendas, condecorações, cartas e telegramas, cartemas,

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Juliano Holanda ao vivo da Rua da Aurora neste sábado (15/06)

A Rua da Aurora, uma das mais emblemáticas paisagens recifenses, será cenário para a live de um dos mais relevantes artistas pernambucanos da atualidade. O cantor e compositor Juliano Holanda abre as portas e janelas de seu apartamento, de frente para as belezas naturais do Recife, e convida o público a viajar com ele por histórias e canções. É neste sábado (15/08), a partir das 16h, no canal do artista no YouTube. Em clima intimista na sala de casa, a voz e violão, Holanda entoará músicas que marcam sua trajetória artística – composições próprias e com outros parceiros – e, sobretudo, obras mais recentes – canções feitas durante a quarentena e também o single “Eu, Cata-Vento”, lançado em maio passado. É a primeira canção do seu mais novo disco, “Sobre a Futilidade das Coisas”, previsto para sair até o fim de 2020. Além de música, a live conta com uma produção especial da Anilina Produções. A produtora Mery Lemos assina a realização de cenário e direção de arte. Já os fotógrafos Tiago Calanzans e Rafa Medeiros comandam a filmagem em tempo real, proporcionando ao público uma narrativa audiovisual ousada e sensível, unindo poesia, arte e o visual estonteante da Aurora para a primeira grande live oficial de Juliano Holanda. “Tenho participado de encontros virtuais, onde a gente canta e conversa mais informalmente. Mas live assim, com carinho e atenção em cada detalhe, será a primeira vez. Abro minha casa e minha alma para este show”, comenta o artista. A live é gratuita mas conta com opções de contribuição voluntária no site Sympla, a quem estiver interessado em assistir e colaborar. SERVIÇO: Show Live – Juliano Holanda ao vivo na Aurora Quando: sábado, 15 de agosto de 2020 Horário: 16h Onde: no canal do artista no YouTube https://www.youtube.com/http://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpg/julianoholanda Contribuição voluntária pelo link: https://www.sympla.com.br/juliano-holanda---ao-vivo-na-aurora__933169 Realização: Anilina Produções e Trevo LiveStreaming Mais informações: @julianoholanda (Facebook e Instagram)

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Movimento Canavial é finalista de prêmio nacional promovido pelo Iphan

O Movimento Canavial, que atua em defesa da memória e manutenção da arte de grupos, mestres, artistas e produtores culturais no interior de Pernambuco é um dos finalistas da 33ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Com atuação há 16 anos, o movimento concorre com 19 projetos em sua categoria: ações de salvaguarda, saberes, celebrações; ritos e festas que marcam a vivência coletiva; assim como ações de comunicação, difusão e educação. Criado pelo Iphan, desde 1987, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade é o maior evento cultural em reconhecimento aos brasileiros que atuam na gestão, preservação e valorização do Patrimônio Cultural. Este ano, 121 participantes, de todo o país, estão na disputa para etapa final. Os projetos vencedores serão agraciados com título de preservação, valorização e promoção do Patrimônio Cultural Brasileiro, além da premiação de R$ 20 mil. O Movimento Canavial, representado pelo Maracatu Estrela de Ouro de Aliança, tem sua gênese em 2004, com a transformação do Sítio Chã de Camará, na cidade de Aliança, região da Zona da Mata Norte pernambucana, no Ponto de Cultura Estrela de Ouro. Foi lá que a comunidade, antes mesmo de tornar-se Ponto de Cultura, que deu seus os primeiros passos na organização de apresentações sazonais dos grupos da localidade, como o Maracatu Estrela de Ouro, Cavalo Marinho Mestre Batista, Coco Popular de Aliança e a Ciranda Rosas de Ouro. Logo depois, com a oficialização do espaço dedicado às atividades culturais, a comunidade passou a trabalhar os diversos aspectos de sua cultura, educação, saúde, política cultural, trabalho, habitação e sustentabilidade. Entre os projetos destaques do Movimento Canavial, estão o Projeto Usina Cultural Estrela de Ouro, criado em 2004, que retirou do trabalho semiescravo e insalubre diversos mestres da cultura popular e a restauração dos seus brinquedos. Já entre 2005 e 2006 atuou na capacitação e formação de 50 grupos culturais para concorrer a editais públicos e captação de recursos para manutenção de suas atividades. Período em que, também, foi dado início a primeira edição do Festival Canavial, evento que se tornou tradicional no calendário cultural pernambucano, por garantir espaço e visibilidade aos grupos e artistas da cultura popular. “São diversas pessoas que fizeram do movimento um projeto de vida e que mudaram o panorama de uma região a partir de conversas embaixo do pé de jaca no sítio Chã de Camará, em Aliança, Pernambuco” lembra Afonso Oliveira, coordenador do Movimento Canavial. “Lá onde o Mestre Batista, o mestre dos mestres, falecido em 1993, criou o Maracatu Estrela de Ouro de Aliança e o Cavalo Marinho que tem seu nome. É a partir do chamado de seu filho, José Lourenço Batista, que uma parcela considerável dos brincantes e grupos da cultura popular da região” acrescenta. O Movimento Canavial coleciona ao longo de toda a sua trajetória, entre outras importantes conquistas, a criação da Agência de Projetos Culturais – Pontão de Cultura Canavial, que entre 2011 e 2020, já capacitou mais de 100 produtores culturais. Juntos, eles já conseguiram captar mais de R$ 40 milhões em projetos culturais, que são executados na própria região, todos com foco na Cultura Popular. O Movimento Canavial é uma revolução cultural. Ele faz com que as pessoas que antes eram olhadas como quase objetos culturais, sejam protagonistas da sua própria história. Em várias funções: desde a construção de projetos até os espetáculos. Ele constrói com esses sujeitos uma independência revolucionária e mostra que é possível no Brasil temos isso” destaca a pesquisadora e doutora em educação pela Universidade Estadual da Bahia, Isa Trigo. Agora, na etapa nacional, serão selecionadas 12 ações no campo do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cada premiado receberá o valor de R$ 20 mil. As ações finalistas foram selecionadas pelas Comissões Estaduais, compostas por representantes das diferentes áreas culturais de cada Estado, presidida pelo superintendente. Essas ações serão analisadas pela Comissão Nacional de Avaliação, formada pela presidência do Iphan e por 21 jurados que atuam nas áreas de preservação ou salvaguarda do Patrimônio Cultural. O resultado está previsto para o dia 30 de setembro.

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Crítica literária: Molhada até os ossos

* Paulo Caldas Nascida de verdades líquidas, benditas, diretas, intensas, sem cerimônias nem escusas, a poesia de Conceição Rodrigues desnuda opressores, os herdeiros do arcaico, e seus poemas castigam com rigor os parceiros do atraso. Os versos pontiagudos espetam os escudeiros do preconceito, habitantes de antanho. Cada estrofe um rio que não faz curvas, águas turvadas de gosto ácido, livre de mordaças, afogam palavras dissimuladas por requintes etiquetados, falsa moralitude. Assim, o clima inundado com o fel divino, descido das sete saias, é marcado por letras cáusticas, impressas por Cecita Rodrigues, escorre desde os cômodos atapetados, clareadas à luz de cristais, às moradas escurecidas da Ladeira de Pedra e do Beco do Barulho. Molhada até os Ossos tem as orelhas assinadas por Thaís Sales e a produção da Patuá Editora. O projeto primoroso gráfico é assinado por Fabiana Fujita. O livro pode ser adquirido pelo site https://www.editorapatua.com.br/produto/162357/molhada-ate-os-ossos-de-conceicao-rodrigues *Paulo Caldas é Escritor

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Gusttavo Lima e Jonas Esticados cantam em favor do movimento #VidasIndigenasImportam

Transmissão será domingo (16), a partir das 18h30, pelo Youtube. O evento on-line, que faz parte do Circuito DuraMais e é promovido pelo Grupo Dislub Equador, vai levar diversão e também arrecadar fundos para apoiar movimentos indígenas Dando continuidade às comemorações do aniversário de lançamento de um ano do combustível DuraMais, o Grupo Dislub Equador promove domingo (16) a live solidária ‘Embaixador na Amazônia’, com Gusttavo Lima. O cantor sertanejo, músico e compositor mineiro vai embalar o público com hits que marcaram sua carreira. Haverá, ainda, participação especial do forrozeiro Jonas Esticado. Para o show, será montado um palco numa balsa, nas águas do Rio Negro, em estrutura especial, que simulará uma vitória-régia, grande símbolo na flora amazônica. Realizado pela Fábrica de Eventos, o show on-line, que integra o Circuito DuraMais, vai levar diversão e também pretende sensibilizar e arrecadar fundos para o movimento #VidasIndigenasImportam. A transmissão começa às 18h30, pelo canal do youtube da Fábrica de Eventos (https://www.youtube.com/http://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpg/fabricadeeventosmao) e também pelo canal 500 da NET. Outras informações no site: combustivelduramais.com.br.

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Academia Internacional de Cinema oferece bolsas para formação em audiovisual

Estão abertas as inscrições para a etapa Nordeste do Projeto Cinema 360, com cursos online voltados para a formação audiovisual. Ao todo, serão disponibilizadas 90 bolsas integrais para sete diferentes cursos. Na primeira etapa de inscrições, que segue até o dia 27 de setembro, os interessados podem se inscrever nos cursos de Produção Audiovisual, Direção Cinematográfica, Produção Executiva, Edição e Assistência de Direção. Na fase B, que encerra as inscrições em 31 de outubro, os cursos são Trilha Sonora para Cinema e TV e Roteiro Online. As inscrições devem ser feitas através do site da Academia Internacional de Cinema (AIC), instituição responsável pelo Projeto Cinema 360 que já passou pelas regiões Centro-Oeste e Norte. Para concorrer às bolsas, os interessados devem residir na região Nordeste, ter renda máxima declarada de até cinco salários mínimos, ter acesso à internet e computador para as aulas; ter, no mínimo, 17 anos e ter concluído ou estar cursando o último ano do ensino médio. Os cursos serão realizados de outubro de 2020 a janeiro de 2021. Vale ressaltar que, contabilizando todas as etapas nacionais – quatro no total –, o projeto acontece em 360 dias, disponibilizando 360 bolsas para sete cursos diferentes em 24 estados brasileiros. Para a AIC, que além dos conhecidos cursos presenciais em suas unidades do Rio de Janeiro e São Paulo, vem desenvolvendo uma metodologia EAD específica para o ensino audiovisual, com cursos online deste 2017, a realização do Cinema 360 é uma oportunidade de contribuir para a formação de novos profissionais. “Além disso, o projeto nos permite cultivar elementos técnicos para que esses novos profissionais possam expressar conteúdos que reflitam não só suas aspirações pessoais, mas também as suas realidades regionais, já que o audiovisual é uma ferramenta importante de comunicação e representatividade cultural”, diz Flávia Rocha, diretora de comunicação da AIC. As inscrições devem ser feitas através do site: www.aicinema.com.br/projeto-cinema-360/ Mais sobre o projeto – O projeto AIC Online – Formação Audiovisual para todo o Brasil, foi um dos quatro vencedores selecionais em uma concorrência pública do edital SAV/MINC/FSA Nº 13/2018, apoiado pela Agência Nacional do Cinema (ANCINE), Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Ministério do Turismo e Centro Técnico Audiovisual (CTAV/SAV). Segundo Flávia Rocha, diretora de comunicação da AIC, “o incentivo vem precisamente num momento em que se torna cada vez mais evidente a necessidade de se investir em educação à distância, em especial num país de grande extensão territorial e desigualdades sociais como o nosso. Sabíamos que poderíamos fazer a nossa parte, e arregaçamos as mangas. Montamos um programa capaz de ter um impacto real de forma coordenada e com alcance nacional”. O programa é dividido em quatro etapas que cobrem todas as regiões do país, beneficiando residentes de 24 estados Brasileiros, mais Distrito Federal. A primeira etapa começou na região Centro-Oeste, onde mais de 650 pessoas se inscreveram para participar do programa de bolsas e os 90 selecionados já estão estudando. A segunda, contemplando a região Norte, encerrou as inscrições com mais de 515 inscritos e encontra-se na fase de análise dos candidatos. Sobre a AIC – A Academia Internacional de Cinema acaba de celebrar 16 anos de atividades, com uma história que acompanha o crescimento do mercado audiovisual. Com sedes em São Paulo e no Rio de Janeiro, além de Cursos Online, a AIC é reconhecida pela excelência demonstrada em mais de 3200 filmes produzidos por seus alunos. A escola oferece cursos livres no período das férias e durante o semestre, além de cursos técnicos e de formação profissional. A metodologia combina teoria e prática, desenvolvendo nos alunos habilidades para atuar no mercado, com técnica e criatividade. O corpo docente é formado por professores-realizadores. A escola também realiza vários eventos e palestras abertas ao público, proporcionando uma série de discussões sobre o audiovisual. Para saber mais acesse: www.aicinema.com.br

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Lia de Itamaracá apresenta live neste sábado no YouTube

A cirandeira Lia de Itamaracá, 76 anos, está em casa e longe das atividades culturais desde março por causa da pandemia do novo Coronavírus. A artista chegou a participar de algumas lives produzidas por empresas de cerveja e de debates virtuais produzidos por instituições e outros cantores. Já neste sábado, 15, Lia será a anfitriã de sua própria live. A apresentação será às 20h, no canal oficial da cantora no YouTube. O show virtual será guiado pela ciranda, o ritmo mais presente nos repertórios da cantora. No entanto, Lia seguirá com o show da turnê Ciranda Sem Fim, nome do álbum lançado em novembro com o selo Natura Musical. No material, os admiradores da voz marcante da cirandeira mais famosa do Brasil podem conhecer uma artista que vai além de uma brincante de ciranda. A proposta do DJ Dolores, produtor do disco, não é desconfigurar a referência que Lia carrega enquanto Rainha da Ciranda, mas oferecer uma fusão entre novos e antigos sons: um show música romântica, brega e até bolero. Ao contrário dos discos anteriores: Rainha da Ciranda (1977), Eu Sou Lia (2000) e Ciranda de Ritmos (2010), a poesia é obra presente neste álbum atual. Beto Hees, empresário e produtor de Lia lembra que “vai ser possível dançar ciranda em casa”, já que o set de cirandas será maior na apresentação deste sábado pela internet. A live deste sábado terá cerca de 1h30 de duração e será transmitida a partir de um estúdio que fica em Casa Forte, na Zona Norte do Recife. Por causa do distanciamento social e seguindo os protocolos de segurança, apenas 3 músicos estarão com Lia no palco: DJ Dolores, produtor musical da turnê e da live; a percussionista Aisha e o guitarrista Samico. Apesar da banda reduzida, Lia diz que todo o dinheiro arrecadado com as doações será dividido para os músicos que a acompanham e estão sem trabalhar neste momento. O valor também será compartilhado com a equipe técnica da live e produtores. As contribuições, inclusive, já podem ser feitas através de QR Code, Depósito ou Transferência Bancária. Os dados estão nas redes sociais da artista (Instagram e Facebook). As doações serão a principal fonte de contribuição para o projeto do show na internet, uma vez que Lia não conseguiu qualquer patrocínio para a live. “Gostaria de contar ainda com a colaboração de algum patrocinador. Qualquer doação vai nos ajudar a fazer esse show virtual ser ainda melhor. Vai ter muita ciranda pra todo mundo e animação também”, diz. -- Live Lia de Itamaracá – YouTube Sábado – 15/08 20h -- Dados Bancários para doação: Centro Cultural Estrela de Lia Bradesco Agência: 2399-0 Conta Corrente: 24434-1 CNPJ: 08.284.461/0001-45

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