Arquivos Cultura E História - Página 261 De 375 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Lula Gonzaga guarda memória da animação em Gravatá

Além de produtor, Lula Gonzaga realizou diversas oficinas de formação de animadores de maneira itinerante pelo Brasil e até no exterior, mas um problema de saúde o impossibilitou de viajar. Os filhos decidiram então encampar um sonho de ter um espaço para guardar a memória da animação no Estado e fundaram o Museu de Cinema de Animação Lula Gonzaga, na cidade de Gravatá. “Esse espaço é o resultado do sonho do Dom Quixote Lula Gonzaga de expandir a produção e o conhecimento sobre animação. Ele viajava num Gurgel com suas oficinas. Sem poder mais ser itinerante, esse trabalho precisaria ser local”, conta Silvana Delácio,esposa do pioneiro, que recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco. Lá estão expostos equipamentos antigos para a produção dos filmes, como o taumatrópio, o zoetropo e a mesa pedagógica. Só visitando para entender as suas funcionalidades num período sem câmeras digitais ou softwares avançados de edição. Além desses instrumentos, o espaço guarda desenhos, cartazes, bonecos, filmes e livros que remontam essa memória, incluindo muitas referências do curta A Saga da Asa Branca (1979), que contou com narração de Humberto Teixeira e trilha sonora autorizada por Luiz Gonzaga. “Esse é o primeiro museu de animação do Brasil. Há muitas coisas que juntei desde 1970, inclusive equipamentos originais na época em que os filmes eram feitos à mão”. O MUCA já recebeu realizadores, turistas e grupos de diversas faixas etárias interessados em mergulhar no universo da animação, além da possibilidade de realizar oficinas de produção “à moda antiga” que ainda são conduzidas pelo pioneiro. O espaço é aberto nas terças e sábados das 9h às 17h ou por agendamento pelo e-mail: cinemadeanimacao@gmail.com LIVRO   Para quem deseja conhecer mais sobre essa memória, outra dica é a leitura do livro A História do Cinema de Animação de Pernambuco, escrito pelo professor Marcos Buccini. A publicação conta desde a origem dessa atividade no Estado até o ano de 2016. “Uma aluna fez uma monografia sobre A animação no Ciclo do Super 8 em Pernambuco. Depois fiz meu doutorado contando toda a história desde 1968. O livro foi realizado com recursos do Funcultura em 2016. É uma história bem interessante que acompanha a evolução tecnológica e a questão cultural, com o forte regionalismo nessas primeiras produções”, conta o autor. Ao todo, foram 267 obras catalogadas desde o final dos anos 60. Só durante o Ciclo do Super 8 foram produzidas 11 animações no Estado, de acordo com o pesquisador. Buccini realizou mais de 50 entrevistas nesta publicação que foi lançada pela Editora Serafina. Sobre o trabalho dos pioneiros, Marcos Buccini e Rodrigo Carreiro escreveram em um artigo científico que “dos seis realizadores que resolveram encarar a empreitada de produzir um filme animado, somente dois – Lula Gonzaga e Walderes Soares – exploraram as técnicas de animação por um intervalo mais longo de tempo. Os demais tiveram apenas vivências casuais com o cinema de animação. Assim, por conta do isolamento dos agentes realizadores, da multiplicidade de técnicas e materiais em uma produção tão pequena e a falta da continuidade de novos filmes não se criou condições para o amadurecimento, o desenvolvimento e o compartilhamento das informações e dos processos no cinema de animação em Pernambuco", constatam os estudiosos. "Somente em 2000 surge uma nova geração que, estimulada pelas facilidades das tecnologias digitais, dá início a uma produção sólida de animações”.

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Recife e Caruaru recebem curso gratuito de finalização para cinema

Fase decisiva para um resultado final de sucesso de um filme, seja curta ou longa-metragem, a pós-produção ainda é um enigma e pouco debatida. Sabe-se, contudo, que esta última etapa, subsequente às filmagens, envolve uma equipe numerosa e de diversas áreas como: montagem, efeitos visuais, correção de cor, mixagem de som etc, de extrema importância ao produto final. Com o objetivo de suscitar o interesse de novos profissionais para atuarem nessas áreas, bem como o de desvendar os processos técnicos da fase de finalização dos filmes, a Gatopardo Filmes promove o MASTER – Curso de Finalização para Cinema, a ser realizado no Recife, de 4 a 9 de fevereiro, no Apolo 235/Porto Mídia; e em Caruaru, de 11 a 16 de fevereiro, no Armazém da Criatividade. Gratuito, o curso propõe uma imersão de seis dias no workflow da pós, desde a chegada dos arquivos brutos de um filme na ilha de edição até a masterização do arquivo final. Dividido em dois módulos (imagem e som) e uma masterclass, criará um ambiente propício para troca de conhecimento acerca dos processos que ditam o fluxo da pós-produção. O Master é voltado para quem está realizando seus próprios filmes e enfrenta os desafios da finalização, para profissionais iniciantes e estudantes da área de cinema. Com larga experiência em montagem e finalização, Matheus Farias será o responsável pelo módulo I - a imagem, enquanto o módulo II - o som, ficará a cargo de Nicolau Domingues, técnico e editor de som e trilhas sonoras. Completando a vivência, Eduardo Serrano, mestre em montagem, falará sobre sua experiência como montador e finalizador de inúmeros e importantes longas e curtas em uma masterclass, que acontece dia 18.02, no auditório do Apolo 235/Porto Mídia, das 19h às 21h.   “Pernambuco tem excelentes profissionais que atuam na fase da pós-produção de filmes, mas ainda são muito poucos. Existem muitos parâmetros e decisões puramente técnicas que devem ser levados em consideração e isso acaba afastando as pessoas. A intenção é, de maneira didática e com muitos exemplos, aproximar esses conhecimentos dos profissionais e capacitá-los para atuarem na área ou seguirem se especializando em etapas específicas como a correção de cor e a mixagem de som.”, explica Matheus Farias, coordenador pedagógico e um dos facilitadores do curso. De acordo com Farias, é a primeira vez que as duas cidades pernambucanas recebem um curso tão completo e abrangendo todas as etapas da pós-produção de um filme. “Normalmente os cursos são voltados apenas para uma ou duas etapas da finalização, como a montagem, ou a edição de som. Neste, queremos traçar o caminho que os arquivos de um filme realizam logo após serem gravados até a fase de exibição, ou seja, quando o filme é de fato lançado”, completa. O curso tem realização da Gatopardo Filmes (produção de Enock Carvalho e produção executiva de Rose Lima), incentivo do Funcultura Audiovisual, em parceria com o Porto Mídia e o Armazém da Criatividade (Caruaru). As atividades são abertas ao público e gratuitas, mas é necessário se inscrever previamente por meio de um formulário no site www.masterfinalizacao.com. Os selecionados serão anunciados até o dia 30.01. Para as aulas, serão destinadas 20 vagas em cada cidade. Já a masterclass, com capacidade para 80 pessoas, será realizada apenas no Recife e custará R$10 para quem não for aluno do curso, pois é uma atividade complementar. “Caruaru entrou na nossa mira por conta do que o Armazém da Criatividade tem feito por lá, que é fomentar a indústria criativa. Interiorizar a produção e pós-produção de cinema ainda mais é fundamental para o crescimento do mercado aqui no Estado. O Master vem para colaborar neste sentido”, explica Enock Carvalho, produtor do curso. Sobre o CURSO Módulo I - a imagem A proposta desse módulo é esmiuçar algumas das etapas pelas quais os arquivos percorrem durante a finalização de um filme: da captura à montagem, do armazenamento, organização e preparação das mídias à correção de cor e efeitos visuais, a masterização e a exibição. Visa desvendar todos os passos da pós-produção, de forma a criar sistemas e fluxos de trabalho que garantam o controle da qualidade técnica de uma produção cinematográfica. Módulo II - o som Tem como objetivo explorar de maneira abrangente todas as etapas envolvidas na pós-produção de som de um filme desde o recebimento dos arquivos, a preparação para a edição, a mixagem e a entrega do material para exibição. Com o auxílio de plataformas como o software Pro Tools será possível aliar teoria e prática exercitando a preparação de sessões para edição, mixagem e técnicas variadas de sound design, assim como todas as demais etapas envolvidas no processo de pós-produção de som como a composição de trilhas sonoras, foley e dublagem. As aulas incluem teoria e prática, com utilização de softwares profissionais utilizados no mercado, como Final Cut, Pro Tools, DaVinci Resolve, que serão utilizados em exercícios práticos com trechos de filmes. MASTERCLASS Com participação aberta ao público, a masterclass convida Eduardo Serrano para apresentar sua experiência na pós-produção filmes nacionais e estrangeiros, inclusive co-produções com diversos países. Essa atividade complementar tem como propósito mostrar na prática como funciona o mercado de pós-produção no Brasil e quais são as possibilidades de carreira na área, além de discussão de diversos exemplos reais de fluxos de trabalho utilizados em filmes como Boi Neon, Divino Amor, Aquarius e Bacurau. SOBRE OS FACILITADORES Matheus Farias (módulo I - a imagem) Graduado em Rádio, TV e Internet e pós-graduado em Estudos Cinematográficos, Matheus Farias trabalha desde 2011 com montagem de longas e curtas-metragens, séries de TV, trailers e spots para filmes brasileiros, colaborando frequentemente com distribuidoras como a Paris Filmes, Vitrine Filmes e Imovision. É sócio da Gatopardo Filmes, onde dirigiu, roteirizou e montou os curtas Quarto para Alugar (2016) e Caranguejo Rei (2019). Atualmente, está em fase de montagem dos longas O Filme Já Começa na Calçada (Kleber Mendonça Filho) e O Ateliê da Rua do Brum (Juliano Dornelles). Nicolau Domingues (módulo II - o som) Trabalha, desde 2009, com

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Frevo, pop, funk e eletrônico na Quinta do Galo

O Quinta no Galo desta quinta-feira (24) foi o evento escolhido por Nonô Germano para o lançamento do projeto “Frevo de Balada”, que consiste em unir o frevo a hits com nuances de eletrônico, funk e pop. Com essa inovação, o cantor pernambucano espera levar o frevo para as playlist e dia a dia dos jovens. Outro destaque da noite será a estreia do single “Cachoeira de Cerveja”, com clipe gravado recentemente no litoral Sul pernambucano. Realizado na sede do Galo da Madrugada – que completa 41 anos de fundação hoje – o Quinta no Galo com Nonô Germano iniciará a partir das 20h. Dando sequência ao repertório, serão apresentados sucessos do frevo tradicional e de artistas como Jorge e Mateus, Zezé Di Camargo e Luciano, Ivete Sangalo e Marisa Monte, que prometem deixar a noite ainda mais animada. Como de costume, a festa ainda conta com as tradicionais intervenções multiculturais a exemplo de caboclinhos, maracatus, cirandas, blocos líricos e passistas de frevo, e shows de Nanara Belo, Luciano Ferraz, Guga Fraga e Davi Marques. Apesar de puxar por ritmos mais modernos, Nonô busca manter as suas raízes no frevo, valorizando a cultura local e difundindo as suas músicas para outros Estados e países, a exemplo do Canadá, Estados Unidos, Cuba, México e Suíça. Com mais de 30 anos de carreira e uma banda formada por nove integrantes, conhecidos como “A Tropa do Nonô”, o músico é reconhecido por agitar os desfiles do maior bloco do mundo. QUINTA NO GALO - Sucesso de público, o Quinta no Galo foi criado com o objetivo de exaltar a cultura pernambucana, com um apanhado de exibições de manifestações do carnaval local, como maracatus, caboclinhos, blocos líricos, atrações musicais e passistas de frevo. O projeto já contou com shows de Almir Rouche, Maestro Spok, André Rio, Asas da América e outros. SERVIÇO | Quinta no Galo com Nonô Germano Local: Sede do Galo da Madrugada - Rua da Concórdia, nº 984, Bairro de São José. Data: Quinta-feira (24/01). Horário: A partir das 20h. Ingressos: 1º lote: R$30 (inteira) e R$120 (mesa para quatro pessoas). Local de vendas: Galo da Madrugada e http://Sympla.com/galodamadrugada Informações: (81) 3224-2899 | www.galodamadrugada.org.br

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Navios de cruzeiros são recebidos com frevo

No próximo dia 7 de fevereiro mais um navio turístico vai atracar no Recife. Será o Sirena e seus passageiros e tripulação serão recebidos com muita animação e frevo da mesma forma  como aconteceu com os navios Crystal Cruises, Marco Polo e Costa Luminosa nesta semana. A iniciativa é do  Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer e da Empetur, levou para o desembarque de turistas no Porto do Recife. A festa começa logo na descida dos navios, com orquestra e passistas de frevo, levando animação para os visitantes. Dentro do Terminal de Passageiros, mais folia, com personagens do Carnaval do Estado e muito maracatu, convidando os que chegavam a tirar fotos nos painéis montados no hall. Fernando de Noronha, Recife, Olinda e Petrolândia (com suas praias fluviais) eram os destinos retratados. O salão do terminal estava todo ambientado com fitilhos e símbolos da folia de Momo, a exemplo da sombrinha de frevo. Um lounge decorado com móveis rústicos (pufes em sisal e mesinhas em madeira) oferecia totens para carregamento de celulares. “O Governo do Estado preparou essa recepção aos turistas, recebendo-os com algumas das expressões do nosso Carnaval, fazendo jus à hospitalidade do nosso povo e numa demonstração do apreço e do carinho que temos aos turistas. Isso é algo positivo e a gente precisa incentivar para que eles voltem aqui, para que conheçam Pernambuco, conheçam mais do Recife, do nosso litoral e do nosso interior. É um dia de felicidade, hoje recebemos dois navios, que juntos trazem cerca de 3 mil visitantes para nosso Estado. Isso é excelente para o Pernambuco, para a população, gerando emprego e renda para o povo”, comenta o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes. A Temporada de Cruzeiros é responsável por garantir um incremento importante para a alta temporada do turismo em Pernambuco. E a avaliação positiva dos turistas em relação ao Estado reforça a importância das ações voltadas para o público de origem marítima. A mais recente pesquisa da Empetur, realizada nos meses de novembro e dezembro de 2018 (primeiros navios da temporada), revela que o gasto médio dos turistas que desembarcaram foi de R$ 238,15 (com tempo em terra médio de 4,5 horas). Com relação aos atrativos pernambucanos classificados como “Bom e Ótimo” pelos visitantes entrevistados destacam-se a hospitalidade do povo (97,7%), o patrimônio histórico/cultural (84,2%), os atrativos naturais (90,8%) e às informações turísticas (96%). “O terminal de passageiros de Recife foi concebido e construído com o propósito de recepcionar o turista, causando uma boa impressão e fazendo com que eles voltem ao Estado. Pernambuco inicia uma nova fase de governo com olhar focado no turismo e nada mais importante do que o crescimento e incremento dos cruzeiros marítimos”, pontua o presidente do Porto do Recife, Carlos Vilar. ---

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Bruno Lins mostra seu trabalho solo

Vereda Caminho é o disco de estreia da carreira solo do compositor e cantor pernambucano Bruno Lins. Fundador e principal letrista da banda Fim de Feira, agora, Bruno inicia seu trabalho solo com um disco autoral repleto de influências que vão além da sua trajetória enquanto compositor de canções ligadas ao forró. Vereda Caminho inaugura novos trajetos na carreira do artista, com letras fortes, confessionais e urgentes. Bruno flerta com gêneros musicais que transcendem o regionalismo, a exemplo do blues, do reggae, do rock e do folk, sem contundo perder de vista as bases fundamentais da poética e da música do Nordeste. O espetáculo trará Bruno Lins e banda no palco, além de convidados especiais que participaram do disco como Isaar, Larissa Lisboa, Rodrigo Morcego e Henrique Albino. O disco e o show são realizações de Lucivan Max e Theia Produtores Associados e tem o incentivo do Funcultura. Músicos: Bruno Lins, Thiago Rad, Guga Fonseca, Lucivan Max, Marcio Silva, Luccas Maia. Convidados: Isaar, Larissa Lisboa, Rodrigo Morcego e Henrique Albino. Técnicos: Duda Lopes, Alberto Ramsés, Jr Chapa e Eron Villar. Produção: Guilherme Patriota - Theia Produtores Associados SERVIÇO Vereda Caminho - Bruno Lins 20h, Teatro Hermilo Borba Filho Cais do Apolo, 142 - Bairro do Recife Informações: 3355.3321 Ingresso: Gratuito Classificação: Livre 25º Janeiro de Grandes Espetáculos - Festival de Artes Cênicas e Música de Pernambuco De 8 de janeiro a 14 de fevereiro de 2019 Ingressos à venda até a véspera no site www.ingressorapido.com.br e na bilheteria do Teatro de Santa Isabel. No dia, na bilheteria de cada teatro duas horas antes da sessão Informações e programação completa: www.janeirodegrandesespetaculos.com Fotos em www.flickr.com/jgespetaculos

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Aberta oficina de dança popular

O projeto Ações Coordenadas em Dança – Acorda volta para formar a segunda turma do Recife em janeiro. O projeto de dança popular, que conta com o incentivo do Funcultura, também já promoveu oficinas gratuitas nos municípios de Água Preta e Nazaré da Mata. “Na primeira oficina, tivemos muitos alunos dos bairros mais centrais do Recife, Agora, a expectativa é conseguir atingir pessoas da região metropolitana, possibilitando o encontro delas com a própria cultura, por meio da dança Brasílica”, sailenta a bailarina e idealizadora do projeto, Christianne Galdino. Idealizado pelos bailarinos e pesquisadores Christianne Galdino, Pedro Pernambuco e Carmem Queiroz, ao lado da produtora cultural Carla Navarro, o projeto Acorda preserva a dança Brasílica, desenvolvida originalmente pelo Balé Popular de Pernambuco. A metodologia resgata a formação cultural e a história do Nordeste, baseando-se nas manifestações populares, a exemplo do caboclinho, maracatu, frevo, reisado, entre outros ritmos. Dividido em quatro ciclos, o formato contempla os ciclos carnavalesco, junino, afro-ameríndio e natalino, a serem trabalhados na formação. A primeira capacitação do Acorda na capital pernambucana aconteceu em duas etapas, nos meses de setembro e outubro. E a segunda turma está marcada também em duas fases: nos dias 26 e 27 de janeiro, e nos dias 2 a 10 de fevereiro. As aulas acontecem sempre das 9h às 12h e das 13h às 16h, no Espaço Vila, localizado em Santo Amaro. Na última aula da turma, no dia 10 de fevereiro, será realizada uma pequena mostra para que os alunos apresentem o que aprenderam com as oficinas do Acorda. “O projeto tem sido muito bem aceito em todas as cidades por onde passamos. Estamos muito felizes com os resultados. Vimos que as pessoas têm interesse, que há demanda para a dança popular. É preciso manter acesa essa chama e é esse o objetivo do Acorda. Cada lugar que recebeu as turmas contou com suas particularidades, mas em todos houve muita entrega dos alunos e muita procura pelas vagas. A vontade é continuar, fazer novas edições em outras cidades pernambucanas. Estamos avaliando esta possibilidade por se tratar de uma iniciativa apoiada pelo Funcultura”, explicou Chris Galdino. A última turma do Acorda contará com 20 participantes, entre adolescentes a partir dos 14 anos a adultos interessados em dança, sem restrição de idade. O grupo está sendo formado por articuladores presentes no Recife e na Região Metropolitana. A proposta é reunir pessoas de todas as idades com algum interesse em dança ou que tenham presença importante na vida cultural das comunidades, para que funcionem como multiplicadores. “O nosso principal objetivo, de plantar a sementinha da dança popular, foi alçando com sucesso. Não ter colocado idade máxima de participação foi muito bom porque tivemos pessoas mais velhas envolvidas, mães e filhos dançando juntos e isso foi o muito legal”, finaliza a dançarina. PROGRAMAÇÃO RECIFE LOCAL: Espaço Vila (Rua Radialista Amarílio Nicéas, 76, Santo amaro) DATAS: 26 e 27 de janeiro e 2, 3, 9 e 10 de fevereiro HORÁRIO: das 9h às 12h, das 13h às 16h --

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Coração de Pedra está em cartaz no MAMAM até domingo (20)

Quem ainda não viu só tem até o próximo domingo para contemplar a exposição Coração de Pedra, da figurinista pernambucana Carol Monteiro, no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM). Em cartaz desde 6 de dezembro na sala Aquário Oitica do museu, a mostra está ancorada numa preocupação com a sustentabilidade e revela uma rica zona de intersecção entre arte e moda em uma produção fortemente inspirada na paisagem dos sertões nordestinos. A artista utiliza materiais diversos em seu processo criativo. Desde pedras de diferentes tipos e formatos, encontradas na paisagem sertaneja, a fragmentos de ossos de animais e itens garimpados de sucata, que foram reutilizados para compor cada um dos trabalhos. Caçula de uma família de oito filhos, a artista conta que aprendeu desde cedo a não desperdiçar e a prolongar a vida dos objetos. As lembranças da infância em Sertânia, no sertão pernambucano, são povoadas pelas imagens das feiras, das rendas de Renascença e do design preciso e orgânico dos utensílios de barro. O mergulho na pesquisa a conduziu de volta às paisagens da infância em uma jornada de entrega e de redescoberta. “Conheci o sertão pelo olhar da minha mãe, sertaneja, que tinha a delicadeza de chamar minha atenção para a beleza de um aboio e, ao mesmo tempo, para a dureza da vida da gente daquele lugar”, lembra Carol. Reconstruindo paisagens afetivas, a artista cria uma poética de originalidade e força na busca por uma estética peculiar, que faz referência às origens da própria artista. O acesso ao MAMAM é gratuito e o museu está aberto nesta sexta (19), das 12h às 18h, e no sábado (20) e no domingo, das 13h às 17h. SERVIÇO Exposição “Coração de Pedra” Visitação: Até domingo (20) Horário: Das 12h às 18h, nesta sexta, e das 13h às 17h, aos sábados e domingos Local: Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), na Rua da Aurora, 265, Boa Vista A exposição é gratuita e aberta ao público Informações e agendamentos: (81) 3355-6871

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7 fotos da Casa da Cultura Antigamente

A Casa da Cultura, antiga Casa de Detenção, é o destaque da coluna Pernambuco Antigamente. Inaugurado em 1855, o prédio funcionou por mais de 100 anos. Apenas em 1973 teve suas atividades encerradas. O seu projeto é do engenheiro José Mamede Alves Ferreira, que é o mesmo responsável pelo Ginásio Pernambucano e pelo Hospital Pedro II. Nas imagens antigas é interessante perceber o vazio dessa região do Bairro de São José, além da ausência de manguezais às margens do Rio Capibaribe. . . Casa de Detenção, em 1905 (Acervo Josebias Bandeira)   . Casa de Detenção, em 1915 (Acervo Benício Dias) . Casa de Detenção, em 1915 (Acervo Benício Dias) . Imagem da Casa de Detenção, produzida pela Optica Universal . Ponte Nova, Detenção e Estação Central, em 1930 (Foto de Djalma Granja, no Acervo Josebias Bandeira) . Casa de Detenção (Foto da Casa Rodrigues, Acervo Josebias Bandeira) . Praça Joaquim Nabuco e Rua da Detenção (Acervo Josebias Bandeira)

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6 fotos dos casarios às margens do Rio Capibaribe

O Rio Capibaribe guarda algumas das mais belas paisagens da cidade. Publicamos hoje 6 imagens de casarios antigos que estão às margens desse que é o principal rio do Recife. Seu nome vem da língua tupi, que tem significado "rio das Capivaras" ou dos "porcos selvagens". As fotos e as suas legendas são do acervo da Villa Digital, da Fundação Joaquim Nabuco. Clique nas imagens para ampliar. . 1940 - Ilha do Retiro . . Cais Martins de Barros . . Rua do Sol . . Rio Capibaribe, Caxangá, em 1912 . . Rua da Aurora . . Cais José Mariano, em 1905

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Azul, rosa e a dança sem gênero

*Por Beatriz Braga Eu lembro das aulas de dança que tive quando adolescente. Os pares eram feitos entre meninas e meninos. Eu colocava a mão no ombro do meu parceiro, enquanto ele posicionava a dele na minha cintura. Ele conduzia, eu obedecia. Mais ou menos como via na Disney e em Dirty Dancing: homens fortes e imponentes conduzindo mulheres flutuantes e sorridentes pelo salão. Você pode achar essa é apenas a maneira como as pessoas dançam e que não vale a pena refletir sobre isso. Mas na verdade é assim que o mundo funciona. Aprendemos, através dessas “sutilezas”, o que é ser mulher e homem por aqui. Sutilezas como as cores que estipulamos para nossos bebês. Rosa para elas, azul para eles. Um assunto importante o suficiente para ser citado pelo nossa nova ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, no seu discurso de transmissão de cargo: “é uma nova era no Brasil, menino veste azul, menina veste rosa”. A ministra se esforçou em explicar que a frase é uma metáfora. Sim, sabemos, uma metáfora do mundo aplaudido pelo novo governo: rapazes e garotas têm papéis bem definidos na sociedade; o espectro é raso e ir além do heteronormativo não é aceitável. Houve uma repercussão à fala da ministra nas redes sociais - que ótimo. Mas essa reflexão precisa chegar na nossa própria obsessão por gênero nos discursos implícitos do dia-a-dia. A maneira como ainda lidamos com o sexo da criança - a começar antes do seu nascimento - é parecida como a maneira que dançamos: exigimos a representação de papéis pré-definidos. Quando a definição de gênero aparece explícita na fala da ministra, ficamos chocados. Mas já parou para pensar nos rituais? Nos eventos como “chá revelação” tão focados no sexo, nos presentes que oferecemos aos pequenos; nas bonecas e miniaturas de utensílios domésticos para meninas e nos carrinhos para meninos? Em teoria, até que avançamos. Mas na prática, continuamos alucinados pelas regras de gênero e nas expectativas criadas cada vez que o sexo é revelado. O “azul x rosa” é fruto de uma estratégia de marketing bem jogada pela indústria de roupas no pós segunda-guerra que continua nos manipulando até agora. Se comecei o texto dançando é porque um projeto maravilhoso de dois artistas norte-americanos tem algo a nos ensinar sobre as sutis regras que vivemos à mercê. Trevor Copp e Jeff Fox criaram despretensiosamente o Liquid Lead Dance, um modelo de dança de casal no qual o gênero pouco importa. Se a ideia é que em toda dança de par tem quem conduz e quem acompanha, o projeto monta um esquema no qual a condução é trocada pelos parceiros durante a música, num sistema fluido e bem bonito de se ver. Um pede ao outro a licença para conduzir - sendo um casal do mesmo sexo ou não. A melhor parte - segunda a dupla fala nessa palestra (l https://www.ted.com/talks/trevor_copp_jeff_fox_ballroom_dance_that_breaks_gender_roles?language=en) - é que independente das posições assumidas na performance, a presença e a personalidade de cada dançarino permanece intacta. Taí uma metáfora mais legal que da nossa ministra: a liberdade de não ser definido por um papel. “Se pegássemos a dança de salão e a traduzíssemos numa conversa, nós jamais apoiaríamos. Ele (o homem) manda, ela (a mulher) só reage. E nós, como cultura, assistimos e aplaudimos. Estamos aplaudindo nossa própria ausência”, disse Trevor Copp. Assim como a dança, as tradições na educação das crianças são apresentadas na vida cotidiana, não como texto, mas como movimento. Dançamos conforme a música sem refletirmos. “Quando assistirem à dança de salão”, aconselhou Jeff Fox, “não enxerguem apenas o que está lá. Enxerguem também o que não está”. Ao aceitar apenas o homem e a mulher no estereótipo do espetáculo, se exclui os casais formados por homens, só por mulheres; assim como os homens mais sensíveis e emotivos, assim como as mulheres mais altas e agressivas e por aí vai. Quando ouvirem Damares, enxergue o que não está ali. Meninos que vão sofrer por não se identificarem com o ideal de masculinidade; meninas que não se encaixam em vestidos e casinhas de boneca rosas. Não há nenhuma evidência que cores, brinquedos e imposições dessa forma guiem às crianças para serem “menos gay” ou algo assim. Há, por outro lado, evidências do quanto as tradições as fazem odiarem a si mesmas. O Liquid Lead Dance é uma posição política. Eles imaginaram um cenário artístico onde é possível trocar e destrocar de posição com equilíbrio, experimentar, negociar, conversar, ouvir e falar. Aos espectadores, há uma certa estranheza no começo. A estranheza ante talvez a melhor possibilidade da vida: a liberdade de trocar o verbo “ser” pelo “estar”. Imagina um mundo no qual as crianças nascem escolhendo como dançar? E isso mais ou menos começa quando você pensa na maneira que vai lhes dizer o que deve vestir.

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