Arquivos Cultura E História - Página 276 De 375 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

21ª Corrida da Galinha movimenta o agreste pernambucano

A irreverente Corrida da Galinha, festa já tradicional no calendário do agreste pernambucano, realiza a sua 21ª edição entre 01 a 05 de agosto, na cidade de São Bento do Una, com estrutura montada no Parque de Exposições Eládio Porfírio de Macedo. O nome do evento, idealizado em 1992 por um grupo de amigos, encabeçados pelos irmãos Marcos e Marcelo Valença, foi inspirado na fama do município, considerado um dos principais produtores de ovos e frangos do Nordeste e com destaque no cenário nacional do setor. Com o tema “No terreiro dos embargos dos embargos, o Galo nega ser ladrão de galinha!”, a 21ª edição traz uma programação intensa com grandes shows, atividades culturais, exposição de artesanato, Feira de Avicultura do Nordeste e as irreverentes brincadeiras, que são o ponto alto da festa. As famosas competições da Corrida da Galinha são realizadas em uma pista de circuito fechado, chamada de Galinhódromo, com uma arena de capacidade para 5 mil pessoas. Como uma espécie de paródia da Fórmula 1, a corrida apresenta os ícones do circuito automobilístico, com direto a prêmios para os três primeiros e último lugares. O Galinhódromo tem 85 metros de extensão, sendo protegido por uma tela e instalado em local amplo para dar mais espaço e segurança aos pilotos e suas “máquinas voadoras”. A estrutura ainda conta com o espaço Pinto Stop e a Torre de Comando, onde é feita a transmissão da corrida com narração exclusiva do Galão Bueno e seus respectivos comentaristas. E as arquibancadas são cobertas para a proteção dos telespectadores da corrida. Haverá novidades em competições no evento deste ano. Entre elas, A corrida do ovo no saco, prova semelhante a corrida do saco, Beiseovo, uma nova modalidade de beisebol no Galinhódromo, A Escolha do Príncipe dos Frangos, versão masculina da musa do poleiro, O Brasil que você quer, semelhante ao quadro da Rede Globo e até Árbitro de Vídeo, com tecnologia disponível no galinhódromo. Além das tradicionais corridas, há provas para saber quem come mais rápido frango e ovo, concurso de fantasias e imitações. As inscrições são gratuitas e feitas no local do evento. Outro destaque da festa é sua programação cultural, contando com shows gratuitos de artistas nacionais e da terra. Entre as atrações: Gabriel Diniz, Forrozão das Antigas e Trio e Banda Asas da América, na sexta (03/08); Trio e Banda Asas da América, Ricardo França, e Douglas Pegador, sábado (04/08); e Xand Avião e Amor Eterno, no domingo (05/08). Os shows acontecerão das 22h às 0h, num grande palco montado no local. Haverá também atração em trio elétrico parado, na sexta, a partir das 20h, e um arrastão, no sábado, saindo a partir das 18h, próximo ao Terminal Rodoviário em direção ao parque de exposições. E como o artesanato é outro setor que movimenta a economia de São Bento do Una, haverá barracas com exposição de artesanatos locais, onde cada artista terá o seu espaço para comercializar os seus produtos. Haverá ainda o polo da Agricultura Familiar, contando com comidas elaboradas a base dos produtos produzidos por famílias de agricultores locais. Para comer, o público poderá conferir também outros restaurante no parque, que vão oferecer cardápio recheado de comidas elaboradas com frango, galinha e ovos, localizado dentro da feira de avicultura. A Corrida da Galinha traz ainda o Ninho do Conhecimento e da Cidadania. A proposta é vivenciar, no espaço escolar e no Galinhódromo, atividades semelhantes às que são realizadas durante a festa, enfatizando para as novas gerações a importância da festividade na cultura regional e para a economia local. Cerca de 2.400 estudantes da Rede Municipal de Ensino participarão do projeto. Para sua 21ª edição, a expectativa da organização é que 200 mil pessoas circulem pelos cinco dias da Corrida da Galinha, número que é motivo de orgulho para o município. Ele é maior evento da cidade e um dos maiores do interior de Pernambuco, gerando cerca de 700 empregos, entre diretos e indiretos, nesta edição. A festa vai contar com efetivo da Polícia Militar e ambulâncias do hospital municipal e SAMU. Durante os shows um stand de atendimento será montado com ambulância, enfermeiros e técnicos em enfermagem. A estrutura do evento também conta com um parque de diversões e estacionamento. O evento é uma realização da Prefeitura de São Bento do Una, através da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes e concepção do Grupo Asas da América. Mais informações: (81) 3735.1027 e cultura@saobentodouna.pe.gov.br. Feira de Avicultura do Nordeste Outro destaque é a realização da terceira Feira de Avicultura do Nordeste, a única feira específica do segmento da região nordestina, que acontecerá nos dias 02 e 03 de agosto. Com o objetivo de proporcionar oportunidades de negócios, trocas de conhecimento, e potencializar a avicultura e a agroindústria, o evento é realizado pela Prefeitura de São Bento do Uma, contanto com o apoio da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), Sebrae/PE, Granja Almeida e TRX Net. A feira contará com espaço para 70 expositores do setor de agronegócios do Nordeste, Sul e Sudeste. Haverá também uma rodada de palestras ministradas por estudiosos da agricultura e de negócios, médico veterinário e fiscal agropecuário. A estimativa da organização do evento é de que cerca de R$ 30 milhões sejam movimentos este ano. Interessados em expor podem entrar em contato através do e-mail avicultura@saobentodouna.pe.gov.br ou pelo telefone (81) 98240.2209. São Bento do Una Localizado a 206 km do Recife, é composto pelos distritos sede e Espírito Santo, além dos povoados de Jurubeba, Pimenta, Queimada Grande, Manicoba e Gama. Sua população é de 57 mil habitantes e a avicultura industrial é o segmento mais importante do seu agronegócio, sendo o maior produtor de ovos do Nordeste e o quarto no Brasil. Atualmente, são produzidos mais de 7 milhões de ovos por dia e mais de 150 toneladas de frango para abate por semana, contando com mais de 90 produtores e geração de 13 mil empregos. No último ano houve um aumento de 30% na produção do município, incluindo os novos empreendedores que

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"Lisbela e o Prisioneiro" rememora os 40 anos sem Osman Lins e leva tom feminista para o palco

Depois do sucesso estrondoso em maio deste ano, com casa lotada nos dois dias de apresentação, a Cobogó das Artes volta com Lisbela e o Prisioneiro para o palco do teatro Apolo, no centro do Recife. O espetáculo será no dia 20 de julho, às 19h, com ingressos a R$ 30 e R$ 15 e contará com interprete de Libras. Sessenta anos depois da publicação de Lisbela e 40 depois da morte de Osman Lins, o cineasta Adriano Portela (diretor do longa Recife Assombrado – em finalização) decide adaptar Lisbela e o Prisioneiro para a contemporaneidade, e levanta questões bem atuais, como o feminismo e o preconceito. “Para se ter uma ideia, as mulheres são quem mandam em cena. Quase todas as personagens são mulheres, por exemplo, em vez do delegado é uma delegada, no lugar de um carcereiro temos “uma carcereira” e tem até mulher desempenhando papel de homem. Independente da personagem, elas dominam o palco”, pontua Portela. Nesse clima de mostrar a força feminina, uma personagem presta homenagem a uma figura de força em Pernambuco, a delegada Gleide Ângelo. “Estamos tratando tudo com muito respeito e humor e ao mesmo tempo aproveitando para valorizar uma pessoa que tanto vem lutando pelos direitos das mulheres”, afirma Rafaela Quintino, a diretora do espetáculo. A Cobogó das Artes é um projeto social do cineasta Adriano Portela. À frente da Portela Produções e em finalização com o seu primeiro longa-metragem, Portela resolveu ocupar a casa que foi dos seus avós e transformá-la num ponto de cultura na periferia. A Cobogó ofecere oficinas gratuitas das mais diversas modalidades artísticas, já os cursos mais duradouros com preço bem abaixo do mercado. “O curso de teatro, por exemplo, cobramos uma mensalidade simbólica, porque além da manutenção do espaço a verba é toda investida na produção do espetáculo, desde a pauta do teatro a figurino, plano de luz, entre outras despesas, é uma forma de incluir a comunidade no meio artístico”, acrescenta Portela. Lisbela e o Prisioneiro tem o apoio da RC Mídia, por meio do seu diretor, o senhor Carlos Carneiro. O empresário assistiu ao espetáculo e no mesmo dia tomou a decisão de investir. “Uma peça como esta não pode ter apenas duas apresentações, é preciso que o público tenha acesso à cultura, a uma produção de qualidade. Essa reapresentação é só o início de uma caminhada”, pontua Carneiro. Serviço: Dia: sexta 20 de julho Teatro Apolo 19h Ingressos: R$ 30 e R$ 15

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Orquestra Sinfônica do Recife realiza concerto hoje (18) em celebração aos seus 88 anos

A orquestra mais antiga do Brasil em atividade ininterrupta completa 88 anos de história no próximo dia 30 de julho. Para celebrar o seu aniversário, hoje à noite(18), a partir das 20h, a Orquestra Sinfônica do Recife vai realizar uma apresentação especial no Teatro de Santa Isabel. O quinto concerto oficial da temporada 2018 vai mostrar ao público a Sinfonia nº 7 em La Maior, de Beethoven, composta em 1812, além de uma obra do próprio maestro da Orquestra, Marlos Nobre. Atualmente a Orquestra realiza mais de 30 concertos anuais que podem ser oficiais, especiais, multimídias, populares (ao ar livre) e comunitários. O grupo conta com 85 músicos, entre primeiros violinos, segundos violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, flautas, oboés, clarinetes, fagotes, trompas, trompetes, trombones, tubas e percussão. À frente dessa equipe, o recifense Marlos Nobre coleciona títulos e muitos anos de prestígio internacional. Tanto, que a programação da noite será iniciada com uma composição dele: “desde os meus 12 anos comecei a frequentar os concertos da Orquestra no Teatro de Santa Isabel e seguramente isto foi um dos fatores mais marcantes para que eu tomasse a decisão mais importante da minha vida: a de me dedicar inteiramente à composição. Não era uma decisão fácil nem tranquila. Dirigindo a Orquestra Sinfônica do Recife, dedico a esta centenária, o meu Opus 124”. Ainda de acordo com ele, a peça, de abertura festiva, reúne o Maracatu, que fascina o maestro desde sua infância, ao Samba do Rio de Janeiro e às memórias afetivas musicais que ele colecionou em suas andanças pelo Brasil, como o Carimbó do Pará, a Prenda Minha de Porto Alegre. “Tudo misturado em uma fantasia sinfônica alucinante”, afirma. No segundo momento do programa, será executada a Sinfonia nº 7 em La Maior, de 1812. A obra foi composta por Ludwig van Beethoven (1770-1827), quando já sofria de surdez. Para Marlos Nobre, Beethoven expandiu a noção de som e levou a música para novos rumos. Concertos para Juventude Mensalmente, sempre um dia antes do seu concerto oficial, a Orquestra Sinfônica do Recife realiza uma aula-espetáculo para os jovens do Recife. Trata-se do projeto Concertos para Juventude. Na manhã da última terça-feira (17), o Teatro de Santa Isabel recebeu cerca de 50 pessoas do Compaz Ariano Suassuna, situado no Cordeiro, e 50 alunos do Projeto Samuel, desenvolvido pela Fundação AIO de Educação e Assistência Social, que implementa atividades de educação musical para jovens em situação de vulnerabilidade social. A dona de casa Ana Maria Pereira, 69 anos, estuda violão no Compaz Ariano Suassuna, e participou do Concertos para Juventude. “Esta foi a primeira vez que vi uma orquestra, foi lindo, nota dez. Também é a primeira vez que venho ao teatro, é lindo demais”, contou ela com um sorriso no rosto. Já para o representante comercial Luís Fontelles, 58 anos, que também compareceu ao teatro junto ao grupo do Compaz, é muito importante esse tipo de projeto para divulgar a música erudita. “No rádio, não é comum ouvirmos músicas de qualidade, pelo contrário. Sendo assim, é interessante levar a música erudita para as pessoas conhecerem”, comentou ele. Débora Fortunato, 18 anos, estuda clarinete há oito anos no Projeto Samuel e já viu a Orquestra Sinfônica do Recife outras cinco vezes. “A música é algo muito envolvente. Assim, acho esse projeto muito interessante porque estimula as pessoas a conhecerem a música erudita”, explicou. Esther Dos Santos, 16 anos, participa do Projeto Samuel desde os três anos de idade, e lá estuda clarinete desde os 9 anos: “hoje eu conheci instrumentos que nunca tinha visto como o contrafagote, que é um dos instrumentos mais graves de uma orquestra”. Idealizados pelo maestro Marlos Nobre, com o objetivo de popularizar a música erudita, os Concertos para Juventude são gratuitos, mas exigem inscrição prévia. Para participar, é preciso agendar pelo telefone 3355-3323.

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Camilla cumpre a magia da literatura infantil

*Por Paulo Caldas Campo fértil às diversas formas de expressão literária, Pernambuco traz ao público seu mais recente destaque neste segmento. Com “Lápis mágico” (Editora Imeph), Camilla Inojosa dá sequência a difícil, porém gratificante, missão de escrever para crianças. Neste livro, o quarto da sua promissora carreira, de mãos dadas com a criatividade, ela manuseia como pedra de toque um questionamento característico de quem está descobrindo o mundo: “Se a gente pudesse entrar nos desenhos?”. Passeando por esse universo vovô Rubens (referência dupla ao avô da autora e ao célebre Peter Paul Rubens, pintor flamengo amante do estilo barroco) e a neta Maria (relativa à singeleza do perfil da personagem) contracenam com elementos da natureza: árvores, animais e seres que habitam o imaginário infantil e se aproxima do fantástico quando essas figuras assumem vida própria e assim começam a interagir no ritmo de aventura. O vovô Rubens recorre à simplicidade dos presentes despidos de valores materiais, limitados apenas ao lápis e papel, mas que carregados de afeto e magia, transpassam gerações combinando com destreza traços e cores. Camilla tem se destacado ao obter merecido êxito junto ao segmento de público leitor ao qual se atém, e cuja espontaneidade das opiniões não se afasta das trilhas da sinceridade. O livro conta ainda com um primoroso projeto gráfico concebido na Editora Imeph, de Fortaleza, ainda pouco conhecida por aqui. As ilustrações são assinadas por Veruschka Guerra, que não obstante a pouca idade, possui bagagem acadêmica e profissional que a incluem entre os nome já consagrados nesta arte. *Paulo Caldas é escritor

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“Desobediência” mostra transgressora história de amor em uma comunidade religiosa

*Por Houldine Nascimento Quem estiver no Recife terá, neste sábado (14), às 20h40, uma última chance de ver na tela grande o longa-metragem “Desobediência” (Disobedience, Reino Unido/Irlanda/EUA, 2017), em cartaz no Moviemax Rosa e Silva. Este filme dirigido pelo chileno-argentino Sebastián Lelio (“Uma mulher fantástica”) deu o que falar nos festivais por onde passou, especialmente em Toronto, onde estreou em setembro de 2017. Nele, vemos Ronit (Rachel Weisz) retornar a uma comunidade judaica em Londres após muitos anos de ausência. Seu pai, um rabino muito admirado pela congregação, falece. Ela achou no auto-exílio em Nova Iorque, onde ganha a vida como fotógrafa, uma maneira de escapar daquilo que considerava sufocante: o conservadorismo da religião, que a fez renunciar a um grande amor no passado. O regresso surpreende a todos, incluindo o primo Dovid (Alessandro Nivola), prestes a assumir a liderança espiritual da comunidade. O reencontro traz algumas revelações, como o casamento entre o primo e Esti (Rachel McAdams), uma mulher com quem Ronit cresceu e passou por várias experiências. Em paralelo aos acontecimentos da rígida e intransponível comuna judaica, as duas decidem reviver, na surdina, a relação que abalou o local tempos atrás. É assim que Esti sai do torpor e foge do que a aprisionava. A desobediência do título – a que aderem Esti, Ronit e o próprio Dovid mais adiante –, é um respiro dos três protagonistas. Uma obra sutil em sua transgressão, “Desobediência” expõe ao espectador aspectos contraditórios de seus personagens e, por consequência, da vida. Para construir seu primeiro longa falado inteiramente em língua inglesa, Lelio tomou o romance homônimo da inglesa Naomi Alderman como ponto de partida. O filme ratifica o talento dele na direção. Além disso, exibe as virtudes das duas Rachels como atrizes, tanto em cenas quentes como em inserções mais delicadas. Mas quem chama atenção é Nivola, mesmo com uma participação menor do que as duas colegas. Ele é o que há de melhor nesta produção e confere ao seu personagem várias camadas. É um ator que está na estrada há algum tempo, mas aos poucos se afirma como um nome interessante e ao qual devemos estar cada vez mais atentos. *Houldine Nascimento é jornalista

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Espetáculo "A Vaca Minuciosa" será apresentado na Galeria Hora Center

O espetáculo infantil "A Vaca Minuciosa", musical e contação de histórias da obra de Pochyua Andrade, será apresentado amanhã (14/07), às 10h, na Galeria Hora Center, no bairro do Espinheiro. O evento integra a programação Férias Criativas, da loja Zepellin Brinquedos Educativos. A obra é encenada pelo músico e escritor Pochyua Andrade e por Viví Souza. A contribuição é voluntária. A história, que nasce do livro com o mesmo nome do espetáculo, conta o olhar do mundo a partir da perspectiva de uma vaquinha, que tem ares de filósofa. SERVIÇO Musical: A Vaca Minuciosa 14 de julho, às 10h Local: Galeria Hora Center (Rua da Hora, 345 - Espinheiro)

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Raimundo Carrero em romances que se entrelaçam

Em comemoração aos 70 anos de um dos maiores escritores de Pernambuco, Cepe Editora lança edição definitiva da tetralogia de Raimundo Carrero, Condenados à vida, dia 21 de julho, durante o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), no qual o autor é homenageado. No dia 4 de agosto, é a vez do Recife receber o lançamento na Fundaj. A pré-venda já começou! Os mesmos personagens circulam de maneiras diferentes por quatro romances do escritor salgueirense Raimundo Carrero, 70 anos. Em comemoração à data redonda que completou em dezembro passado um dos maiores escritores pernambucanos, a Cepe Editora reuniu na tetralogia Condenados à vida o já esgotado Maçã Agreste (1989), O amor não tem bons sentimentos (2007), Somos pedras que se consomem (1995), e Tangolomango (2013). O lançamento ocorrerá dia 21 de julho, durante a 28ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns, onde Carrero será homenageado. Pré-venda já foi iniciada! Foi a partir de Maçã Agreste que Carrero começou a narrar as histórias da família Cavalcanti do Rêgo - Dolores, Ernesto, Leonardo, Raquel, Guilhermina, Jeremias, Matheus, Ísis e Biba. Parentes que se relacionam e se destróem sexualmente, tendo a cronologia da decadência da elite nordestina da cana de açúcar diante da industrialização como pano de fundo. E que, ao praticarem relações incestuosas, mostram o desejo de não se misturarem com classes ‘inferiores’. “Na nossa família não precisamos nem de outros beijos, nem de outros abraços”, diz trecho do livro. O declínio moral e econômico combina com a decrepitude visual do centro e dos subúrbios do Recife, cidade-cenário da narrativa. “A crítica corrosiva ao falso moralismo, à instituição familiar, à religião e à sociedade vai permeando as psicoses, taras e idiossincrasias dos personagens, que vão se revelando, cada um à sua maneira, em um ambiente de assassinato, estupro e luxúria ”, resume Carrero. O autor confessa que esses perfis foram criados com inspiração na realidade. A experiência de 40 anos como jornalista deu a Carrero o repertório para construir quadros aparentemente absurdos de família, mas que se encontram nos jornais diariamente. “Reuni recortes e transformei em episódios literários”. Na obra, destaque para o prefácio inédito do também escritor, jornalista e crítico literário carioca José Castello, que anteriormente resenhou quase todos os livros dessa tetralogia, com exceção de Maçã Agreste, considerado por Carrero sua obra mais importante e, no entanto, menos conhecida. “A leitura desses quatro grandes romances de Carrero dilacera. Rasga a proteção íntima que costumamos usar para nos defender do mundo. A verdade é: eles nos atordoam. Enquanto relia os quatro livros, senti, muitas vezes, uma mistura desconfortável de espanto e horror”, descreve Castello em seu prefácio. Membro da Academia Pernambucana de Letras, Raimundo Carrero é um dos escritores mais premiados do País. Já ganhou o Prêmio Jabuti, mais importante prêmio literário do Brasil; dois troféus da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA); e dois prêmios Machado de Assis da Biblioteca Nacional. Em Pernambuco é vencedor dos prêmios José Condé e Lucilo Varejão. Seus livros já foram traduzidos para o francês, português, espanhol, romeno e búlgaro.   Serviço Condenados à vida (tetralogia de Raimundo Carrero) Preço: R$ 80 (livro impresso com capa especial de acetato) E-book: R$ 24

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Arquivo Público de Pernambuco inaugura exposição do cronista Hermilo Borba Filho

“Hermilo, um cronista dos anos 1970” é a nova exposição do Arquivo Público de Pernambuco. A abertura será nesta quarta-feira, 18 de julho, às 18h30, no Arquivo, na Rua do Imperador, 371, Santo Antônio, com a realização de uma mesa redonda, composta por Leda Alves, Joca Souza Leão e Juareiz Correya. Coube ao Arquivo louvar o viés cronista de Hermilo, já que é a instituição que guarda em sua Hemeroteca todas as edições de jornais em que Hermilo publicou suas crônicas. Entre 1971 e 1976, a imprensa escrita de Pernambuco veiculava semanalmente crônicas de Hermilo Borba Filho, especialmente nos jornais Diário de Pernambuco e Jornal da Cidade. A pesquisa para as crônicas que serão expostas foram feitas a partir do livro Hermilo Borba Filho: Louvações, Encantamentos e Outras Crônicas, organizado por Leda Alves, Juareiz Correya e Jaci Bezerra. O temário eleito por Hermilo em suas crônicas é bastante rico: debruça-se sobre as cenas cotidianas do Recife nos anos 1970; sobre sua terra natal, Palmares; sobre a cultura pernambucana e suas expressões no teatro, música, folguedos populares, entre outros assuntos. A exposição reúne imagens do autor e edições de jornais pernambucanos com suas crônicas que circularam nos anos 1970. O Arquivo Público de Pernambuco é a instituição que guarda em sua Hemeroteca todas as edições de jornais em que Hermilo publicou suas crônicas, veiculadas semanalmente, entre 1971 e 1976, especialmente nos jornais Diário de Pernambuco e Jornal da Cidade. Ou seja, o visitante terá acesso aos jornais da época que difundiram o cronista Hermilo Borba Filho. A exposição, que ficará aberta ao público até o dia 31 de outubro, tem o apoio cultural da CEPE, Companhia Editora de Pernambuco.   Serviço: Exposição “Hermilo, um cronista dos anos 1970 Período: 18 de julho a 31 de outubro de 2018.   Abertura: Quarta-feira, 18 de julho, 18h30 Mesa Redonda com Leda Alves, Joca Souza Leão e Juareiz Correya. Local: Arquivo Público Estadual Rua do Imperador Pedro II, 371, Santo Antônio, Recife

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Exposição Caleidoscópio chega ao Recife

A partir do próximo dia 9 de junho, o Museu do Trem, no centro do Recife, vai receber a exposição Caleidoscópio que reúne três artistas de diferentes gerações numa mostra conjunta. Daniel Santiago, representante da geração 1960, Gil Vicente, dos anos 1970, e Marcelo Silveira, da década de 1980. Apesar de terem despontado na cena artística em momentos distintos e trabalharem com uma poética também diferente, pode-se buscar pontos de convergência e diálogo entre eles. A mostra, que tem curadoria de Joana D´Arc Lima, e é patrocinada pelo Funcultura, fica em temporada até 29 de julho. A exposição já passou por Petrolina e Garanhuns e encerra sua circulação agora no Recife. Os três artistas guardam entre eles uma conversa, uma proximidade e uma cumplicidade notadamente revelada nessa exposição pelo ato de produzir imagens com base no gesto de criação lúdico e experimental. Em suas trajetórias e experiências de formação, as biografias desses criadores se entrelaçam na dinâmica do campo artístico em Pernambuco, convivem juntos, estabelecem proximidades e distancias, similitudes e diferenças, se tocam em muitos fazeres das artes visuais contemporânea e da história da arte brasileira. Frequentaram os mesmos espaços de formação da cidade do Recife em épocas diferenciadas, exphttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam juntos, ocuparam os espaços de exibição, enfim, habitam o mesmo território. Todos os três, à sua maneira, produziram em alguns dos seus trabalhos invenções lúdicas e maneiras de brincar com os materiais, com formas, espaços e com os participantes, o que a curadora chamou de poética lúdica. Nessa esteira interpretativa consideramos que o brincar tem uma analogia direta com as imagens produzidas pelo caleidoscópio. "As múltiplas visões, possibilitadas pela transformação contínua de combinações e encontros de formas, cores e composições, numa rede de relações harmônicas, se assemelham à forma de encarar a vida sob a perspectiva das possibilidades, da sensibilidade, da criação, da invenção e reinvenção do mundo. A ideia de caleidoscópio, como brinquedo de adulto e criança ao mesmo tempo, com suas infinitas combinações, cai bem com a ideia de conhecimento, como algo plural (que também contêm o singular) dos diversos pontos de vista de uma mesma realidade. Brincar – por que não dizer? – é uma forma mais bela de se ver o mundo!”, explica Joana D´Arc. O mote para a exposição foi a potencialidade do caleidoscópio, que forma imagens virtuais à medida que o objeto é manipulado manualmente. Trata-se de um instrumento óptico que serve para criar efeitos visuais simétricos com o auxílio de um conjunto de espelhos e vidros coloridos. “Imagens fragmentadas, fraturadas, irreais, obtidas por meio da manipulação do outro e ou do gesto dos artistas interessam estar presentes nessa exposição. Juntar, justapor, manipular, inventar, enganar o olhar, construir um fractal – estrutura geométrica complexa cujas propriedades, em geral, repetem-se em qualquer escala – são gestos que resultam em trabalhos que estarão presentes na exposição”, detalha a curadora. O artista Daniel Santiago criou o seu próprio caleidoscópio (uma escultura de madeira com espelhos, 120 x 50 cm). A obra é um objeto interativo que o público poderá manusear produzindo uma sorte de imagens. Um vídeo apresenta ao público um experimento de Daniel, que colocou uma câmara fotográfica dentro do caleidoscópio e transformou-a no seu personagem central, na sua Câmera Atriz, como foi batizada a obra. Gil Vicente vai expor a série de desenhos recentes Espelho Meu, a série Cartemas (que se inspira em Aloísio Magalhães e traz a ideia do duplo) e uma coleção de pequenos objetos escultóricos. Marcelo Silveira acompanha os colegas e também propõe um trabalho que aposta na variação das imagens, algo que está no cerne do conceito de Caleidoscópio, porém perturbando o espaço físico da mostra. Ele apresenta uma obra inédita composta de 18 portas que se entrelaçam e formam um grande círculo, formando um espaço que só pode ser alcançado pelo olhar que sorrateiramente espreita por meio de brechas. Novamente aqui a força do olhar e do movimento do corpo são colocados em movimento na busca de ver o que não se pode alcançar com os pés. Também Marcelo Silveira construirá uma" espécie de caleidoscópio" dentro do espaço expositivo. Uma grande parede espelhada será composta por ele, numa tentativa de transformar o espaço físico que abrigará a mostra num grande caleido que captura os movimentos dos visitantes e os demais trabalhos dos artistas presentes. Uma pequena instalação com placas de acrílico (quase um penetrável) será instalada no espaço, provocando sempre o olhar e o movimento do corpo. O formato final dessa montagem é sempre uma surpresa, pois a exposição Caleidoscópio tira partido do espaço físico. Certamente o resultado será diferente das montagens feitas em Petrolina e em Garanhuns. “As múltiplas visões, possibilitadas pela transformação contínua de combinações e encontros de formas, cores e composições, numa rede de relações harmônicas, se assemelham à forma de encarar a vida sob a perspectiva das possibilidades, da sensibilidade, da criação, da invenção e reinvenção do mundo”, pondera Joana D´Arc. Etimologicamente, a palavra caleidoscópio se originou a partir da junção dos termos gregos kallós (“belo”, “bonito”); eidos (“imagem”); e skopeo (“olhar para”, “observar”). Assim, o significado original da palavra grega seria “ver belas imagens”. A partir dessas referências, a proposta da mostra é reunir processos criativos e poéticas de três artistas para sobrepô-las em suas identidades comuns e nas suas diferenças. Segundo a curadora, as ideias de sobreposições de poéticas, o fazer junto, a cooperação, o fundir-se, o associar-se e o separar-se serão operados enquanto movimentos de criações coletivas. “Todas essas dimensões que permitem as invenções coletivas e as visibilidades individuais serão ampliadas para o público visitante, que será entendido como participador das obras construídas ampliando, por meio de seu toque e gesto, sentidos de cada um dos trabalhos expostos. Um jogo entre artista, participador, funcionários. Achamos que a arte, em seu horizonte maior, serve para aproximar, juntar, sobrepor, separar e abrir conversas. Por isso Caleidoscópio nos parece importante no contexto atual da contemporaneidade”, detalha Joana D' Arc. Caleidoscópio – Daniel Santiago, Gil Vicente e Marcelo Silveira Curadoria: Joana D´Arc Lima Vernissage: 9 de

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Exposição 'Caleidoscópio' participa da ação Um dia de Férias - Museu do Trem

No próximo sábado, dia 14 de julho, a exposição Caleidoscópio participa da ação Um dia de Férias- Museu do Trem, das 10h às 16h30, na gare do museu. A proposta, desse dia de atividades é aproximar o público do espaço, fazendo-o interagir tanto com o acervo da instituição, quanto com a exposição temporária. Para isso, foram organizadas três oficinas, para os mais variados públicos.  O artista Marcelo Silveira comandará a oficina Calidoscópio, cujo objetivo é produzir o objeto calidoscópio. Essa atividade pretende diversificar as possibilidades de percepção do espaço do museu, em seus mais variados olhares. O artista vai propor que sejam espalhados espelhos nos espaços do museu, de modo que revelem detalhes e imagens que num primeiro momento não são perceptíveis. Quem participar da oficina poderá mergulhar no universo trabalhado pela mostra Caleidoscópio que passei justamente pelas múltiplas possibilidades de uma imagem. A programação conta com uma oficina de confecção de fantoche em caixa de leite, com colagem e pintura, ministrada pela equipe do educativo do museu, e voltada para crianças. E também uma outra de Frottage, técnica que consiste em extrair do relevo de uma superfície sua forma. Nesta atividade, o acervo de placas do museu estará disponível para que, por meio do uso da Frottage, seja possível a construção textual da experiência vivida com a visita, dando ao público a possibilidade de registrar suas impressões. Além das oficinas, ao longo do dia, acontecerão diversas visitas guiadas, tanto para a exposição do museu quanto para a mostra Caleidoscópio. Haverá também a possibilidade de visita especial para deficientes auditivos, toda em libra. A proposta é que após o recorrido pelo espaço expositivo eles também possam participar da oficina de Frottage e deixar suas impressões sobre a experiência.   Serviço Caleidoscópio – Daniel Santiago, Gil Vicente e Marcelo Silveira Curadoria: Joana D´Arc Lima Visitação: Até 29 de julho de 2018 Museu do Trem: Rua Floriano Peixoto, s/n, São José Horário: Terça a sexta, das 9h às 17h, sábados das 10h às 17h, e domingo das 10h às 14h.    

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