Arquivos Cultura E História - Página 332 De 374 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Alceu Valença será tema de documentário produzido com exclusividade para o Curta!

Autor de canções consagradas como “Anunciação”, “Tropicana” e “Coração Bobo”, Alceu Valença chegará às telas do Curta! em documentário inédito e exclusivo com produção da TV Zero. O filme, em início de produção, mescla materiais de arquivo de diversas fontes reunidas ao longo dos seus 40 anos de carreira com reflexões do cantor pernambucano. Alceu atualmente divide sua agenda entre a turnê do disco “Estação da Luz”, espetáculo formado por grandes sucessos do artista, e a do projeto “Grande Encontro: 20 anos”, com Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. A produção vai retratar a trajetória de Alceu, além de contextualizar a importância de sua obra na história cultural do país. Amiga de longa data de Alceu, Paola Vieira, diretora e roteirista do documentário, conta que a motivação para o filme surgiu da relação mútua de confiança entre os dois. “O carinho e a amizade que temos ajudaram na idealização do projeto. O fato de eu me emocionar com o trabalho dele faz com que eu queira fazer um filme melhor, capaz de emocionar as pessoas”. O filme está sendo produzido com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (PRODAV 01/2013), gerenciado pela Ancine. Sobre o Curta! Dedicado às artes, cultura e humanidades, o Curta! é um canal independente que acolhe a experimentação e se orgulha de ser um parceiro dos realizadores, artistas, criadores e produtores independentes. Com o compromisso de transmitir 12 horas por dia de programação nacional independente, os principais segmentos temáticos da programação são música, dança, teatro, artes visuais, meta-cinema, filosofia, literatura, história-política e sociedade. O Curta! pode ser visto nos canais 56 da NET, 56 na Claro TV, 76 na Oi TV, na GVT e Vivo como canal opcional à la Carte, 132 e 664, respectivamente. Siga as redes do canal nos endereços: www.facebook.com/CanalCurta, twitter.com/CanalCurta e www.youtube.com/http://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpg/canalcurta. Saiba mais em http://www.canalcurta.tv.br.

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Ilustradora Anabella López lança livro infantil em Recife

No domingo, 3 de setembro, às 16h, a ilustradora Anabella López lança na Livraria Cultura do Paço Alfândega (Recife), o seu mais novo livro “Outros Mundos”. Na ocasião, além de autografar a obra, a autora promoverá uma oficina de arte para as crianças. “Outros Mundos” é um livro de imagem com traços e cores viscerais e que por meio das ilustrações, propõe um profundo questionamento sobre quem somos e quem podemos ser. Na obra, Anabella ainda apresenta o resultado de sua pesquisa sobre alteridade, com citações de grandes pensadores como Paul Sartre, Santo Agostinho, Michel Foucault e Fernando Pessoa. Lançamento do livro Outros Mundos Quando: 03 de setembro Horário: 16h Local: Livraria Cultura – Paço da Alfândega Endereço: R. Me. Deus, S\N. Recife Antigo, Recife – PE. Entrada gratuita

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Paulinho da Viola e Marisa Monte celebram clássicos do samba nesta sexta feira (1º)

Histórico acontecimento da música brasileira que mobilizou o público no primeiro semestre, o reencontro de Paulinho da Viola com Marisa Monte em show inédito passa essencialmente pela nobreza do samba. Ambos são cantores, compositores e músicos que interpretam, fazem e tocam samba, entre outros ritmos. O encontro acontece nesta sexta (1º), no Classic Hall, em Olinda. A casa abre às 21h. O show começará com a reprodução ao som do vinil, do álbum Portela, passado de glória antes dos artistas entrarem no palco. Desfrutar da audição de sambas como Levanta cedo (Rufino), Se tu fores na Portela (Ventura), Desengano (Aniceto da Portela), Sofrimento de quem ama (Alberto Lonato) e Vaidade de um sambista (Francisco Santana) é a chave para entrar no reino do samba habitado pelo show Paulinho da Viola encontra Marisa Monte. Alguns dos sambas desse disco de 1970 serão revividos por Paulinho com Marisa no bloco mais informal do show. Como se estivessem numa roda de samba, os cantores puxam o fio da memória que os faz lembrar de clássicos como Quantas lágrimas (Manacéa, 1970) e Sentimentos (Mijinha, 1973). Títulos do cancioneiro da própria Marisa que giram ao redor do universo do samba, casos de Carnavália (Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, 2002) e De mais ninguém (Marisa Monte e Arnaldo Antunes, 1994) também estarão no roteiro do show. À venda do terceiro lote estão quase esgotadas e ainda podem ser adquiridas nas lojas Figueira Calçados dos Shoppings Tacaruna, Recife, e da Rua do Hospício, além da bilheteria do Classic Hall e do site https://www.bilheteriavirtual.com. Os ingressos variam de R$240 (cadeira setor) e R$3 mil reais (camarote 1º piso para 10 pessoas). SERVIÇO PAULINHO DA VIOLA ENCONTRA MARISA MONTE Realização: MULTI ENTRETENIMENTO E TIME FOR FUN Data: 1º de setembro, sexta-feira Local: Classic Hall – Av. Agamenon Magalhães, 680 – Recife, PE. Duração: Aproximadamente 1h40. Classificação etária: 16 anos Abertura da casa: 21h Show: 22h30

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Gastronomia e Jardinagem na 7ª edição do Parada Criativa

Com o objetivo de impulsionar o talento autoral local e estimular a economia colaborativa, o Parada Criativa, uma parceria do Plaza Shopping com a Casa Viva, chega a 7º edição com novos empreendedores e produtos. Neste sábado (02/09) e domingo (03), o Piso L4 do mall irá receber 20 marcas com um mix de produtos que vai de joias, decoração, moda, paisagismo, acessórios e artes plásticas, até opções gastronômicas com produtos veganos. As grandes novidades desta edição são a marca pernambucana de perfumaria Neroli Aromas; a Jake Cabacinhas, que trabalha com artigos de decoração feitos em cabaça e biscuit; e o ateliê baiano Santo de Barro, com santinhos feitos artesanalmente em argila e que apresentará pela primeira vez o seu trabalho fora da Bahia. A empresa familiar Maria’s Atelier trará artigos de papelaria, como agenda, fichário, caderno, blocos e nécessaires, artigos para casa e personalizados para festas. Thais Nakano, a administradora da Neroli Aromas, tem boas expectativas. “O Parada é uma vitrine para conquistar novos clientes e estou animada”. Outra novidade é a presença da paisagista e designer floral Tita de Paula, da Dona Jardineira, que embelezará o espaço com seus arranjos e temperos no sábado (02). No domingo (03), a florista Thaisa Gaspar, da Bureau de Flores, toma conta do local com mais flores e sugestões para presentear e decorar. Ao longo das sete edições, mais de 15 mil pessoas já visitaram a Parada Criativa, e mais de 50 marcas e artistas já participaram do evento. “É a oportunidade que eles esperam para mostrar seus trabalhos e se aproximar do público consumidor”, afirma Vivian Lima, curadora do evento. Todos os produtos são desenvolvidos por cada participante, os artistas e executores de seus próprios produtos. A artista Luciana Benevides, designer da LB Biojóias, explica como é o processo de criação para o evento. “Como a produção é pequena, e feita de forma manual, preciso de tempo para preparar uma bela coleção para o Parada Criativa”, afirma. O evento ainda terá a participação da Temperia, com especiarias e geleias artesanais; da Tout Joalheria e da Maria Duarte, com joias em prata; da Loja João Sem Nome; da AP13 e da Coisar, ambas com objetos de decoração. A LB Biojóias, participa com acessórios que levam pedras e elementos naturais; a Estilo Xilo, com objetos diversos inspirados na cultura nordestina e xilogravura; a Manilharia, com acessórios masculinos; além de a Bela Bordadeira, da designer Ana Rios e a Imagine Personalizados, com diversos produtos feitos especialmente para o consumidor. No segmento da gastronomia, a Sabor Vegan, vai oferecer uma linha de antepastos e molhos, geléias alcoólicas e brownies isentos de conservantes químicos, lactose, glúten e proteína animal. SERVIÇO: Parada Criativa – 7ª edição Local: Plaza Shopping Data: 02 e 03 de setembro Horário: Sábado (10h às 22h) e no domingo (12h às 20h)

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Re-circo retorna a Recife com atrações gratuitas para todas as idades

Pela segunda vez, Recife será palco do Re-Circo, o Circo da Reciclagem, que mistura atrações culturais com educação ambiental para todas as idades. Assim como em 2015, o evento é gratuito e tem o apoio da Universidade Universo, que vai receber o picadeiro com mágicos, palhaços, malabaristas e muitos outros espetáculos culturais que vão animar o bairro da Imbiribeira nos dias 02 e 03 de setembro. O evento é uma realização da MRS, produtora cultural. Quem passar pelo Re-Circo poderá ver os espetáculos “Bonecos que surgem do lixo”, “Água” e “Boi Marinho”, além do Balé Popular de Recife. O evento conta também com oficinas para crianças com foco na reutilização de materiais, atividades de recreação e brincadeiras, além dos shows de mágica e circense que vão entreter o público. O evento, que no sábado vai dividir espaço com o Pimp My Carroça, movimento que luta para tirar os catadores da invisibilidade, tem como objetivo levar atrações culturais e artísticas, de qualidade, gratuitamente, para regiões carentes. “Estamos muito felizes em poder voltar para Recife, e para o bairro da Imbiribeira, oferecendo para a população a oportunidade de aproveitar tantas atrações gratuitas. . O patrocínio da Ball Embalagens, por meio da Lei Rouanet, é importante para que projetos como esse ganhem vida e possam levar cultura e educação ambiental para aqueles que mais precisam”, comenta Soraya Galgane, diretora da MRS Para Thaís Moraes, Gerente de Comunicação e Relacionamento com a Comunidades da Ball Embalagens para Bebidas América do Sul, patrocinadora do projeto, além de um prazer, é muito importante desenvolver projetos com tamanho valor cultural para comunidade onde atuamos. “A Ball apoia projetos que buscam levar educação ambiental para as comunidades, de forma que possamos, cada vez mais, aprender a consumir de forma mais consciente, reutilizar materiais e descartá-los corretamente. Só assim, teremos um planeta cada vez melhor”, completa Thaís. Esta é a 6ª edição do evento, que além de Recife, já passou por Jacareí (SP), Bragança Paulista (SP), Cuiabá (MT) e Brasília (DF). Ainda este ano vai para Salvador (BA). A realização de todas estas edições, com atividades inteiramente gratuitas para a população, só é possível graças à Lei Rouanet. Responsável pela produção e distribuição de grande parte dos projetos culturais realizados hoje no país, a lei é administrada pelo Ministério da Cultura. SERVIÇO Data: 02 e 03 de setembro. Local: Estacionamento Faculdade Universo - Av. Mal. Mascarenhas de Morães, 2169. Bairro Imbiribeira. Horário: das 14h às 19h. Evento gratuito, aberto ao público PROGRAMAÇÃO SÁBADO 14h00: Oficina “Mascarando Histórias” e Recreação com brinquedos recicláveis 15h00: Oficinas de confecção de brinquedos e de instrumentos musicais 15h45: Espetáculo “Bonecos que Surgem do Lixo – Mamulengo Jurubeba” 16h30: Cenas Clássicas de Palhaço 17h00: Show de Mágica 17h30: Acrobacias aéreas 18h00: Balé Popular do Recife DOMINGO 14h00: Recreação com Bolhas de Sabão Gigantes e Oficina de confecção de instrumentos musicais 15h00: Espetáculo “Água” 16h00: Show de mágica 16h30: Show de malabares 17h15: Acrobacias aéreas 18h00: Espetáculo “Boi Marinho”

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Prefeitura do Recife estreia o Projeto Discutindo Saberes

Para promover cidadania por meio de conversas e trocas de conhecimento, a Prefeitura do Recife, através das secretarias de Cultura, Saúde e Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, inicia, amanhã (29), o Projeto Discutindo Saberes. A ação, que terá periodicidade mensal, vai promover rodas de diálogo sobre temas que se fazem cada vez mais urgentes para a humanidade. No primeiro dia de atividades, o projeto estreia convidando estudantes, profissionais da saúde e da cultura e população em geral para conversar sobre Racismo e Adoecimento Psíquico. A roda de conversa começa às 14h, com facilitação da psicóloga Maria de Jesus Moura, no Núcleo de Cultura Afro-Brasileira, localizado no Pátio de São Pedro. A programação é gratuita e terá, em média, duas horas de duração. Para participar, é preciso fazer a inscrição pelos telefones 3355-3100 ou 3355-3199. Serviço Roda de conversa do Projeto Discutindo Saberes Tema: Racismo e Adoecimento Psíquico Quando: Terça-feira, 29 de agosto Horário: 14h às 16h Local: Núcleo de Cultura Afro-Brasileira Inscrições gratuitas: 3355-3100 ou 3355-3199 (PCR)

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Aberta a convocatória para o 22º Festival de Dança do Recife

Estão abertas as inscrições para grupos, companhias e bailarinos interessados em participar do 22º Festival Internacional de Dança do Recife, realização da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Este ano, o evento chega aos palcos da cidade entre os dias 21 e 29 de outubro. A convocatória, regulamento e formulário de inscrição já estão disponíveis no site da Prefeitura do Recife, no link: http://www2.recife.pe.gov.br/pagina/secretaria-de-cultura. Os interessados têm até o dia 22 de setembro para entregar presencialmente suas propostas, contendo release do espetáculo, sinopse, ficha técnica e histórico, CD com fotos, currículo do grupo e DVD com apresentação na íntegra, entre outros documentos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, no Pátio de São Pedro, Casa 10 – 1º Andar, Bairro de São José. A lista dos aprovados será divulgada no dia 30 de setembro. O Festival – O Festival Internacional de Dança do Recife chega a sua 22º edição como um dos mais expressivos do setor no Brasil, reunindo diversos ritmos da dança cênica. Além de apresentações nos Teatros de Santa Isabel, Teatro Apolo, Teatro Hermilo, Teatro Barreto Júnior e Teatro Luiz Mendonça, este ano o Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha, e o Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro, também receberão espetáculos pela primeira vez. Serviço: Inscrições para o 22º Festival Internacional de Dança do Recife Quando: Até o dia 22 de setembro Onde: 1º andar da Casa 10, do Pátio de São Pedro, Bairro de São José Informações: (81) 3355.3137 Convocatória: http://www2.recife.pe.gov.br/pagina/secretaria-de-cultura (PCR)

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O teatro hoje está muito empresarial

Dramaturgo, roteirista, compositor e ator, João Falcão adora se arriscar em projetos ousados. Pernambucano nascido numa usina, costuma sair do eixo Rio-São Paulo para voltar a produzir na sua terra. Foi assim em 2000, quando, depois de dirigir montagens de sucesso com atores do porte de Marieta Severo, se aventurou estrear A Máquina no Recife. Com linguagem inovadora, a peça foi protagonizada por desconhecidos jovens atores que logo ganharam o estrelato: Lázaro Ramos, Vladimir Brichta e Wagner Moura. Ele está de volta à terra, onde estreia um espetáculo com a ainda pouco conhecida mas promissora cantora Isadora Melo. Na conversa com Cláudia Santos, ele comenta as dificuldades de patrocínio para a arte e fala de sua carreira. É verdade que desde pequeno você faz encenações? Não, pelo contrário. Minha mãe encenava uns pastoris no final de ano na Usina Tiúma, onde nasci, próximo de São Lourenço da Mata. Era para eu fazer o papel de Simão Pastor, mas ela me desescalou. Disse: “meu filho você não serve pra isso não” (risos). Mas ela cantava muito e me influenciou. Morei junto com meus 12 irmãos lá até os 13 anos na usina. Era um local bem rural, havia grande canavial, uma vila de operários e vários engenhos. Meu pai era médico e atendia a vila e os engenhos também. Como começou a trabalhar com teatro? Vim para o Recife para cursar a Escola Técnica e lá comecei a participar dos festivais de música. Fiz parcerias e participei de algumas bandas com amigos. Depois estudei na Faculdade de Arquitetura, que era um centro de artes, lá também tinha os cursos de licenciatura em educação artística, música, artes cênicas. E a turma de artes cênicas e música se juntou para fazer um grupo de teatro. Comecei a me interessar por essa área. Nessa época, minha namorada era bailarina da Academia de Mônica Japiassu e me disse que estavam precisando de alguém que tocasse. Eu fui e encenamos Morte e Vida Severina, com direção de Rubem Rocha Filho. Acabou que ele me deu um personagem. Era uma montagem interessante. Simultaneamente, no grupo da faculdade a gente queria encenar Flitcs, do Ziraldo. Escrevemos para a Sbat (Sociedade Brasileira de Atores) solicitando perrmissão dos direitos autorais. Quando chegou o texto e a autorização todos queriam atuar. Aí eu disse eu quero dirigir. Todo mundo aprovou porque não era uma função que ninguém queria. Nesse ano um monte de coisas foi acontecendo: atuei em Toda Nudez Será Castigada, foi a época do incêndio no Teatro Valdemar de Oliveira, houve um grande movimento da classe teatral pra não deixar que o espaço virasse outra coisa. Qual foi a primeira peça que você escreveu? Chamava-se Muito pelo Contrário. Era sobre o Recife e Olinda e essa coisa da cultura contemporânea. Fez muito sucesso. Falava sobre nós, gente daqui. Depois disso não parei mais. Fiz várias peças: Pequenino Grão de Areia, Ver Estrelas, etc. A música sempre esteve presente, mas comecei a escrever mais música para o teatro. O teatro que faço sempre foi muito musical. Você chegou a fazer televisão aqui? Não. O que eu fiz foi publicidade, onde comecei a descobrir outra coisa que é a linguagem do audiovisual. Aprendi a linguagem de câmera, de corte, de montagem. Era uma época (anos 80) em que havia muito equipamento aqui porque as pessoas faziam campanhas políticas e quando terminava a campanha não tinha trabalho pra tantas produtoras que se formavam. Naquela época 90% dos comerciais criados eram produzidos em São Paulo. Como eu vinha do teatro, conhecia os atores, fazia uma coisa mais ousada. A gente arriscava: “vamos fazer uma coisa com alguma dramaturgia, encenação, interpretação”, e deu muito certo. Fizemos comerciais com a nossa cara, com nosso sotaque. Fiquei um tempão fazendo comercial de tv e fazia teatro esporadicamente. Comecei trabalhando na agência, depois montei uma produtora de publicidade. Até que o Guel (Arraes) leu umas peças minhas e perguntou se eu não queria colaborar no roteiro de algumas coisas que ele fazia. Vocês se conheciam do Recife? Não. Conheci o Guel no Rio. Eu respondi a ele que tinha a minha vida aqui no Recife. Ele propôs que eu ficasse uma semana no Rio e passasse o resto do mês aqui mandando textos. Trabalhávamos eu,aqui, ele no Rio e o Jorge Furtado no Rio Grande do Sul. A gente se encontrava uma vez por mês, ficávamos 5 dias juntos e voltávamos pra casa pra escrever. Vocês escreviam para quais programas da Globo? Fazíamos Brasil Especial, uma série de adaptações da literatura pra TV. Fizemos O Alienista, Coronel e o Lobisomem, Suburbano Coração, O homem que sabia Javanês e Comédia da Vida Privada, do Veríssimo, que inspirou uma série, que durou uns três anos. Durante esses três anos comecei a ir mais pra lá e aí Guel me convidou para morar lá. Eu disse que não queria. Mas aí ele disse que eu poderia aprender mais sobre televisão e ele queria aprender sobre teatro comigo. Eu disse que ia pensar, já era casado, tinha duas filhas. Mas eu sempre tive essa coisa de aventureiro. Aí fui pro Rio. E fiz muita coisa lá no teatro: Uma noite na Lua, com (Marcos) Manini; Burguês Ridículo também com ele, A Dona da História, com Marieta (Severo) e com Andrea (Beltrão), fiz também de novo com Manini e Marieta Quem tem medo de Virgínia Wolf. E como foi que você concebeu A Máquina? Eu queria voltar para o Recife com uma certa experiência que eu tinha, de alguma maneira trabalhar por aqui e encontrar as pessoas. Foi quando eu fiz A Máquina, no Armazém 14. Peguei um monte de jovens atores que eu tinha conhecido. E foi incrível. Eu sabia que ia ser um evento que seria um acontecimento e que queria que essa experiência fosse partilhada aqui, onde tenho muitas raízes. Você tinha a expectativa de que seria sucesso de público? Eu não sabia que ia acontecer tão popularmente, mas sabia que era uma coisa importante. Na época me

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Plaza Shopping recebe exposição “Meu pai, Meu herói”

Para marcar o mês dos pais, o Plaza Shopping, em Casa Forte, recebe até 30 de agosto, no piso L4 do mall, a exposição “Meu Pai, Meu herói”, da fotógrafa Andrea Leal. A ação tem o objetivo de mostrar a importância da relação da figura paterna com seus filhos e retratar momentos especiais. Para realização do projeto, a idealizadora promoveu, durante todo o mês de julho, ensaios fotográficos com 11 pais, em ambientes que os representassem em suas atividades do dia a dia, profissionais e de lazer, juntamente com seus filhos. As fotos retratam momentos leves, especiais e encantadores, tudo isso recheado de muita emoção, focando nas virtudes, valores e, acima de tudo, na paixão única existente entre a relação de pais e filhos, sendo esse o foco da mostra. As lentes da fotógrafa capturaram momentos simples, de amor genuíno e, por isso, o resultado não poderia ter sido outro: fotos lindas, carregadas de sentimento. "Para esse projeto, pensei em retratar a ligação especial que os filhos têm com os pais, de admiração mesmo. Pelo menos em algum momento da vida, as crianças veem o pai como um herói", justifica Andréa. Consagrada, a fotografa é especialista em registrar retratos de bebês, crianças e famílias. Todos os personagens, que terão suas histórias contadas no evento, foram selecionados cuidadosamente, e por isso renderam boas histórias para essa exposição. Tem pai músico, blogueiro, homoafetivo, com dificuldades de locomoção e visual, pai adotivo e muitos outros que dedicam suas vidas à oferta de amor e cuidado aos filhos. A exposição “Meu pai, Meu herói” ficará exposta no piso L4 do Plaza Shopping até 30 de agosto e a entrada é gratuita. SERVIÇO Exposição “Meu pai, Meu herói” Local: Piso L4 do Plaza Shopping Data: até  30 de agosto Horário: De acordo com funcionamento do shopping Entrada: Gratuito

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Exposição Carimbos, de José Cláudio, entra em cartaz no Mamam

Celebrando o pintor, desenhista, gravador, escultor, crítico de arte e escritor José Cláudio, um dos mais ilustres e produtivos representantes da arte pernambucana, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), equipamento da Prefeitura do Recife, estreia a exposição Carimbos, na próxima quarta-feira (30). Apresentando ao público uma reunião inédita de quase 100 trabalhos realizados pelo artista entre 1968 e 1972, a mostra retrata a fase mais experimental da trajetória de José Cláudio, quando ele articula gestualidade, musicalidade e artes gráficas e se integra ao movimento do poema/processo do final da década de 1960, tornando-se referência fundamental para a poesia visual brasileira. Com curadoria de Clarissa Diniz, a exposição, realizada com recursos do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), fica em cartaz até 29 de outubro e revela uma faceta pouco conhecida da vigorosa e célebre obra do artista, resultado do encontro quase casual de José Cláudio com os carimbos. A descoberta se deu quando José Cláudio trabalhava como desenhista na Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) e ilustrava os mais diversos tipos de materiais, publicações e plantas. Certa vez, precisando fazer grandes mapas rurais de Pernambuco, desenvolveu carimbos feitos em borrachas de apagar para facilitar a ocupação de manchas de plantações de cana ou coqueirais, por exemplo. A técnica – retomada de sua infância – passou a interessá-lo como artista e, no final dos anos 1960, José Cláudio realiza diversas experiências com carimbos, articulados com grafismos e outras técnicas de frotagem. A série é peça importante na história da arte em Pernambuco, na esteira das ricas investigações que se dão especialmente entre os anos 1940 e 1970 na interface entre artistas, poetas e a indústria gráfica. Para além de Pernambuco, contudo, os Carimbos de José Cláudio fizeram parte do intenso movimento do poema/processo, liderado por Wlademir Dias Pino e Álvaro de Sá, entre Rio de Janeiro, Natal, Recife, Cuiabá, Belo Horizonte e Salvador. Dentro desse contexto, circularam em publicações e livros de artista do período, tornando-se uma referência fundamental para os artistas da arte correio e do poema visual dos anos 1970. Além de trabalhos da coleção particular do artista, a exposição reúne obras de colecionadores privados, alguns dos quais foram cúmplices da produção dos Carimbos ainda durante a década de 1970, como Paulo Bruscky e José Luiz Passos, além de outros que recentemente tiveram acesso e estão contribuindo para a valorização deste ainda pouco conhecido período da obra de José Cláudio, como Daniel Maranhão e Thomaz Lobo. Configurada como um espaço de experimentação da técnica do carimbo, com mesas e materiais para a investigação do público, a exposição contará também com atividades educativas realizadas diariamente pelo EducAtivo Mamam. Serão oferecidas ainda oficinas gratuitas para mediadores do Mamam e de outras instituições e vivências de mediação inclusiva e acessível em museus, com o intuito de sensibilizar os mediadores para atendimento inclusivo. Reproduções táteis das obras estão sendo elaboradas para que cegos e pessoas com baixa visibilidade possam ter melhor acesso às obras. Estará disponível também agendamento de grupos para visitas guiadas com atendimento em libras e áudio-descrição. O projeto contará ainda com uma publicação, a ser editada em parceria com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), que conterá generosa documentação fotográfica da série e textos da curadora Clarissa Diniz, do artista José Cláudio e da pesquisadora Fernanda Porto. A publicação será lançada na última semana da exposição, junto com debate aberto ao público. Suplemento Pernambuco ­- No mesmo dia 30, o Mamam inaugura também a exposição Uma capa é uma capa é uma capa é uma capa, que comemora os dez anos do Pernambuco, suplemento literário do Diário Oficial do Estado, publicado pela Cepe Editora. A mostra reúne 30 capas memoráveis da publicação, que conjuga, como poucas, design e conteúdo literário. Na mostra, cujo título parafraseia o famoso verso de Gertrude Stein, “uma rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa”, estão expostas capas assinadas por Fabio Seixo, Hallina Beltrão, Hélia Scheppa, Janio Santos, Jéssica Mangaba, Karina Freitas e Pedro Vasconcelos. SERVIÇO Exposição Carimbos, de José Cláudio Abertura: 30 de agosto de 2017, a partir das 19h Visitação: 31 de agosto a 29 de outubro, de terça a sexta, das 12h às 18h, e sábados e domingos, das 13h às 17h Local: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam (Rua da Aurora, 265, Boa Vista) Informações: (81) 3355-6871 Entrada gratuita Exposição Uma capa é uma capa é uma capa é uma capa Abertura: 30 de agosto de 2017, a partir das 19h Visitação: 31 de agosto a 19 de novembro, de terça a sexta, das 12h às 18h, e sábados e domingos, das 13h às 17h Local - Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam (Rua da Aurora, 265, Boa Vista) Informações: (81) 3355-6871

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