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Cultura e história

Recife recebe exposição internacional “As Meninas do Quarto 28”

Adaptada do livro da jornalista alemã Hannelore Brenner, a exposição internacional “As Meninas do Quarto 28” cumpre temporada no Recife, a partir do dia 11 de agosto, na Galeria Janete Costa, Parque Dona Lindu. Vista por mais de 40 mil pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, a mostra, que chegou ao Brasil após passar por diversos países da Europa e Israel, relata o dia a dia de cerca de 50 meninas que viveram por dois anos no campo de concentração de Theresienstadt, na República Tcheca, durante a 2ª Guerra Mundial. Com entrada franca, fica em cartaz até 29 de outubro. São 50 desenhos e uma réplica de 18m² do quarto em que as meninas judias ficaram aprisionadas, além de painéis com detalhes históricos da época. Das mais de 15 mil crianças, entre 12 e 14 anos, que viveram no campo de concentração, de 1942 a 1944, somente 93 sobreviveram – 15 delas sobreviventes do Quarto 28. “Trouxemos uma exposição para o Brasil que emociona muito. É tocante ver o poder transformador da arte, mesmo para aqueles que viveram numa realidade tão difícil. Por todos os lugares que passou, a mostra teve uma excelente receptividade, tem algo humano que ela transmite e que foi inteiramente compreendido pelos visitantes nas quatro edições que fizemos”, explica Karen Zolko, familiar de uma das meninas que habitou o Quarto 28 e representante da exposição no Brasil ao lado da sócia Dodi Chansky. OS DESENHOS – A situação miserável, desde o racionamento de comida ao onipresente medo de ir para o “Leste” (Auschwitz-Birkenau), não foi capaz de abalar os prisioneiros que encontraram na arte uma maneira de sonhar com um futuro melhor. Coube aos professores, compositores e artistas – todos judeus presos em Theresienstadt – manterem a esperança viva na imaginação daquelas crianças. A artista plástica Friedl Dicker Brandeis foi uma das precursoras nesse trabalho. Deportada para o campo de concentração tcheco em 1942, ela levava na bagagem poucos pertences pessoais e muitos materiais artísticos, pois percebeu logo cedo que a arte seria uma ferramenta fundamental para ajudar os pequenos a lidar com a dor da perda, o medo e a incerteza do futuro. Para isso, dava aulas técnicas de desenho e pintura para a ala infantil do campo. Enquanto contava histórias, as crianças faziam ilustrações com base no que ouviam. As narrativas em nada retratavam o terror vivido diariamente pelos presos nem eram relacionadas à realidade do campo de concentração. Nos quase dois anos em que esteve presa, a artista conseguiu esconder os cinco mil desenhos dos seus alunos antes de ser levada para Auschwitz, em 1944. Dez anos depois, o material foi encontrado e encaminhado para um museu em Praga, na República Tcheca. Das meninas que passaram pelo Quarto 28, foram encontrados cerca de 500 desenhos – 40 foram selecionados para fazer parte da mostra. Em 2013, a exposição foi escolhida pela União Europeia para a tradicional homenagem realizada anualmente no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Em 2014, a Organização das Nações Unidas também a elegeu para lembrar as vítimas do genocídio cometido pelos nazistas. RELAÇÃO COM O BRASIL – Não foi à toa que Hannelore Brenner, a idealizadora e detentora dos direitos da exposição e autora do livro “As Meninas do Quarto 28”, lançado pela Editora LeYa, incluiu o capítulo “Ecos Tardios do Brasil” em sua obra. A relação entre o país e essa história de amizade e amor à arte está intimamente ligada por conta de Erika Stránská, filha do primeiro casamento do judeu George Stransky. Em 1938, a mãe deixou Erika aos cuidados do pai para sair em busca de melhores condições de vida na Inglaterra. George acabou se apaixonando por Valeria, então primeira bailarina do Teatro de Viena, com quem se casou e teve Monika, sete anos mais jovem que a meia-irmã. As duas costumavam brincar juntas até que Erika e seu pai foram levados para campos de concentração mantidos pelo regime nazista. Ele foi para um campo de trabalho forçado e Erika foi encaminhada para Theresienstadt, mais precisamente para o Quarto 28. Enquanto a mãe e a filha mais nova se refugiaram na pequena Boskov, George conseguiu escapar do campo de trabalho e ir ao encontro delas. Após o final da guerra, ele começou a procurar por Erika, chegando, inclusive, a ir até a Suíça atrás de uma pista de seu paradeiro. Mas acabou descobrindo que sua filha mais velha tinha sido deportada para Auschwitz, onde foi morta numa câmara de gás. Após a tragédia, a família tentou retomar a vida da maneira que podia e, em 1946, mudou-se para São Paulo. Alguns anos depois, a caçula se casou com Gregorio Zolko, criando seu próprio clã: as filhas Sandra e Karen Zolko e os netos André, Adriana e Lara. Em 1974, viajaram para a antiga Tchecoslováquia (que se desmembrou em República Tcheca e Eslováquia) e, durante um passeio pelo Museu Judaico de Praga, visitaram uma exposição de desenhos de crianças feitos durante a 2ª Guerra Mundial no campo de concentração de Theresienstadt. A enorme surpresa se deu quando Monika reconheceu a assinatura da sua irmã, Erika Stránská, em um deles. Começou, então, a busca por detalhes de como teria sido a sua vida. Mas quase nada foi descoberto naquela época devido ao regime comunista que vigorava. Em 2012, incentivada por um amigo, Karen Zolko resolveu mais uma vez procurar informações sobre o paradeiro da meia-irmã de sua mãe. Com a dissolução da Tchecoslováquia e as facilidades da internet, a brasileira conseguiu entrar em contato com o diretor do museu e descobriu que lá não estava apenas um desenho de Erika, mas sim 30 deles. “Montar esse quebra-cabeça era um presente que eu queria dar para a minha mãe. Consegui 70 anos depois, com a ajuda fundamental de amigos e familiares”, conta Karen Zolko. Além de um link para acessar as imagens, o diretor do museu mandou uma lista de contatos de pessoas que poderiam ajudar com mais informações sobre a

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Cascabulho lança vinil e faz audição do álbum no Recife

“Soaram as primeiras batidas do tamborim. Foi um prenúncio do improvisado sambista. Em forma de círculo, postaram-se todos e cada um dando vida e voz a agogôs, cuícas e cavaquinhos. E lá permaneceram, sem piscar, a batucar e cantarolar. Esta era a prioridade, o foco. Não havia olhos tampouco ouvidos pra nada mais. Até que o grito de ‘está na mesa’ ecoa na voz de Dona Maria. Era ela, a feijoada, a única capaz de ousar confronto direto com a soberana roda de samba daquele quintal, até então, absolutamente dona da história. E o fez. Chamou pra briga, a danada, e venceu. E em menos de dez segundos, esvaiu-se o círculo e gritou o silêncio para que se formasse a fila em linha reta à mesa em beneficio dos estômagos vazios”. Esta foi a cena que deu nome ao quarto álbum da banda pernambucana Cascabulho,“O dia em que o Samba Perdeu pra Feijoada”, considerado o mais importante da carreira da banda em 19 anos completados de estrada. Não por acaso. O grupo, no novo trabalho, mixado e produzido pelo primoroso JR Tostoi, tendo o projeto gráfico criado pelo guitarrista e artista plástico Neílton Carvalho, mostra o fruto de um processo criativo maduro, criterioso e cuidadoso, parte de um hiato de quase seis anos desde o último CD, quando a banda dedicou-se aos palcos e aprofundou suas referências sonoras em diálogos mais além com o mundo. E “O dia em que o Samba perdeu pra Feijoada” tem um significado muito maior que apenas o quarto disco da banda – é longe de ser mais um. Tem, na sua essência, um Cascabulho denso, original e reinventado, que larga por definitivo os apelos das confrontadas referências iniciais entre a musicalidade Rural e Urbana para aceitar a provocação da música pop, que entra de vez neste caldo como tempero indispensável da panela. Em todas as faixas de “O dia em que o Samba perdeu pra Feijoada”, a percepção não é de negativa quanto à origem, tampouco de recusa desta natureza conflituosa do cascabulho.com.br Rural unido ao Urbano – que deu o devido reconhecimento à banda nos idos do Manguebeat e que continua imexível. A própria faixa que batiza o álbum revela no som e na letra esta sintonia das referências históricas iniciais e atuais, que quando unida a outras como “Santas São”, “Negra Beleza” e “Retratista” (esta última canção de autoria do cantor Otto) surpreende por delatar este novo Cascabulho, que recita versos, brincando como se fossem mantras, acolhendo uma melodia que, agora, desfila muito mais feminina, fluida e comunicativa. Trata-se de uma releitura antropológica, um momento onde se assume esta condição híbrida iniciada em 2008, com o terceiro álbum, “Brincando de Coisa Séria”, quando já era possível flagrar o flerte com estas novas sonoridades do mundo pop. Nele foram iniciadas estas experiências, no entanto, fundamentadas, aprofundadas e cristalizadas somente hoje, motivo de sobra pra um Cascabulho em celebração por um ano inteiro, de álbum novo até a chegada dos 20 anos, e no aguardo dos muitos mais festejos e dos muitos temperos ainda por vir.

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4 álbuns para conhecer a música instrumental pernambucana (dicas do Maestro Spok)

Trazemos hoje a indicação de quatro álbuns para conhecer a música instrumental pernambucana. O nosso roteiro musical foi escolhido pelo saxofonista pernambucano Spok, o maestro da SpokFrevo Orquestra. De clássicos da nossa cultura até produções mais recentes estão nessa lista.   Teatro Instrumental (Antúlio Madureira) O disco produzido em 1993 por Antúlio Madureira foi gravado no Estúdio do Som, no Recife, e tem a maioria do repertório com canções próprias (9 das 11). O trabalho traz ainda duas músicas de Heitor Villa-Lobos (Ária das Bachianas nº 5 e O Trenzinho do Caipira), além da faixa final, que encerra com Frevos para Marimbau: Hino do Elefante de Olinda (Clídio Nigro), Fogão (Sérgio Lisboa), Vassourinhas (Mathias da Rocha). Veja abaixo um vídeo com a música Cavaleiro do Sol, que é o tema de Abertura do Auto da Compadecida.     Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco O álbum é o trabalho do grupo pernambucano criado por Cussy de Almeida ainda na década de 1980. Como diferencial, o grupo misturou violas sertanejas com bandolins, cavaquinho, violão, percussões e contrabaixo. A produção do grupo seria uma continuidade do trabalho realizado pela Orquestra Armorial na década de 70. O disco foi gravado em 1984 e ganhou uma versão em CD no ano de 1997, gravado pela Funarte/Atração Fonográfica/Instituto Itaú Cultural. A produção foi de Maurício Carrilho.   Confira a música Cipó Branco de Macaparana, gravado nesse disco. (Confira mais músicas no YouTube neste link).   Frevos de Rua – Os melhores do Século  Spok indica também a coleção Frevos de Rua – Os melhores do Século, que foi gravada pela Orquestra do Maestro Duda e produzida por Luiz Guimarães.   Confira abaixo uma das músicas em destaque da coleção.       Renato Bandeira e Som de Madeira O álbum mais recente dos indicados por Spok é “De ponta cabeça”, de Renato Bandeira & Som de Madeira. O Quarteto instrumental pernambucano é formado por Renato Bandeira (viola, violão e guitarra), Augusto Silva (bateria), Hélio Silva (baixo) e Júlio César (acordeom). O grupo tem influência da Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco, Banda de Pau e corda, Quinteto Violado, Sivuca, Dominguinhos, Hermeto Pascoal entres outros grandes nomes da nossa música. Confira abaixo o vídeo da música De ponta cabeça. O CD/DVD pode ser adquirido na Passa Disco.     *Rafael Dantas – repórter da Revista Algomais (rafael@revistaalgomais.com.br)

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Período de inscrições da segunda edição do som na arena na reta final

O período de inscrições da segunda edição do concurso Som na Arena está na reta final. Previstas para se encerrarem no dia 15/07, de acordo com o edital do concurso, as inscrições foram abertas no dia 15/06. A primeira edição do Som na Arena ocorreu em 2016 e contou com 120 bandas inscritas, sendo 18 selecionadas para se apresentarem no palco. Em 2017, o esquema se repete: 18 bandas serão selecionadas por uma curadoria especializada e, posteriormente, começam a se apresentar no dia 6 de agosto. O Som na Arena terá duração de seis domingos, desde a primeira eliminatória até a finalíssima. O concurso não restringe estilos: bandas e artistas de quaisquer gêneros musicais podem se inscrever. As apresentações das bandas ocorrem na Arena de Pernambuco, durante o projeto Domingo na Arena. Além da oportunidade de mostrar seu trabalho para um público que beira os sete mil presentes em média a cada domingo, os grupos concorrerão a prêmios. O terceiro colocado ganhará uma apresentação no Domingo na Arena, com cachê de R$1.500. O grupo vice-campeão ganhará duas apresentações em municípios pernambucanos a serem definidos, com cachê de R$2.000 por apresentação. A banda campeã ganhará, além de três shows em cidades do Estado a serem definidas, com cachê de R$3.000 por apresentação, terá também custeada a gravação de um CD com 10 músicas. Para realizarem a inscrição, cantores(as) e bandas devem seguir as instruções do edital, presente no link http://bit.ly/EditalSomnaArenaII (Governo do Estado de Pernambuco)

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Artistas de Noronha participam da 18ª Fenearte

Artistas do arquipélago de Fernando de Noronha estarão presentes na 18ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), considerada a maior da América Latina. O evento vai ser realizado de 6 a 16 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco. Seis artesãos noronhenses ficarão responsáveis pelo estande que vai expor cerca de 400 peças, de mais de 20 artistas da ilha, com trabalhos variando entre R$ 5 e R$ 400. A Superintendência de Cultura da ilha fez a curadoria dos produtos em conjunto com a Associação dos Artistas Plásticos de Fernando de Noronha. Entre os trabalhos expostos estão bolsas, bijuterias, abajures, esculturas, imagens de santos, quadros, peças utilitárias, entre outras. Grande parte do artesanato é feito de material reciclado. “Como o tema desse ano é a arte religiosa, vários artesãos tiveram sua inspiração em produzir peças com essa temática, o que também se reproduz na ambientação do estande e no fardamento da equipe”, diz Daniela Alecrim, superintendente de Cultura, Esporte, Lazer e Eventos do arquipélago. Fernando de Noronha participou de todas as edições da feira, sempre apresentando a rica cultura da ilha. Para a artista plástica e artesã Ariandna Campos participar da Fenearte é motivo de alegria. “A nossa expectativa é positiva em relação a feira, por ser um local onde se pode mostrar para muita gente a cultura noronhense, de pessoas que se dedicam as artes com muito amor”, destaca. Morena, como a artista é conhecida, mora em Noronha há 30 anos e vive dos trabalhos que produz há 46 anos. “Vamos expor trabalhos diversificados, com a especialidade de cada artesão. Essa diversidade sempre chama bastante atenção, sobretudo, para aqueles que nunca foram ao arquipélago”, diz Morena. A Fenearte deste ano tem mais de 5 mil expositores, com trabalhos de todos os estados do país e de 33 países. Compõem a comitiva de Fernando de Noronha os seguintes artesãos: Mary Macedo, Mônica Ferreira, Ida Korossy, Emanuel Almeida, Ariadna Sampaio e Hosana Pereira. (Governo do Estado de Pernambuco)  

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Artesãs do Artesanato Cana-Brava na Fenearte 2017

A produção do Artesanato Cana-Brava, localizada na praia de Ponta de Pedras, em Goiana, é ampliada e diversifica os produtos para apresentar novas linhas exclusivas na 18ª edição da Fenearte, que acontece entre os dias 6 e 16 de julho, no Centro de Convenções. Para encontrar os produtos, as artesãs estarão no estande 182. Além das tradicionais cestas inspiradas no “covo”, uma espécie de caixa retangular utilizada na pescaria artesanal da região, o coletivo, formado unicamente por mulheres, apresenta variadas peças decorativas à base de papel reciclável, e artigos para casa e moda de estamparias influenciados pelo dia-a-dia da praia. As artesãs recebem apoio do laboratório de design da UFPE, o Imaginário, que atua na transformação da atividade artesanal num modo de vida sustentável através de ações geradores de trabalho, renda e inclusão social, com moradores de diversas comunidades de baixo IDH – Índice de Desenvolvimento Humano. Para a coleção deste ano, um dos destaques são as almofadas com estampa peixes e acabamento com detalhes em coco. Nos produtos à base de papel reciclado, resultado de uma pesquisa com materiais encontrados localmente, desenvolvidos pela pesquisadora Suzana Azevedo, colares, frutas e quadros. Com o apoio do laboratório de design desde 2003, a comunidade praieira de Ponta de Pedras, atua diariamente em salas no Centro Cultural José Romualdo Maranhão. O local leva desenvolvimento à região, que é rota de turismo, e serve hoje a diversos grupos produtores de artesanato.A produção do Artesanato Cana-Brava, localizada na praia de Ponta de Pedras, em Goiana, é ampliada e diversifica os produtos para apresentar novas linhas exclusivas na 18ª edição da Fenearte, que acontece entre os dias 6 e 16 de julho, no Centro de Convenções. Para encontrar os produtos, as artesãs estarão no estande 182. Além das tradicionais cestas inspiradas no “covo”, uma espécie de caixa retangular utilizada na pescaria artesanal da região, o coletivo, formado unicamente por mulheres, apresenta variadas peças decorativas à base de papel reciclável, e artigos para casa e moda de estamparias influenciados pelo dia-a-dia da praia. As artesãs recebem apoio do laboratório de design da UFPE, o Imaginário, que atua na transformação da atividade artesanal num modo de vida sustentável através de ações geradores de trabalho, renda e inclusão social, com moradores de diversas comunidades de baixo IDH – Índice de Desenvolvimento Humano. Para a coleção deste ano, um dos destaques são as almofadas com estampa peixes e acabamento com detalhes em coco. Nos produtos à base de papel reciclado, resultado de uma pesquisa com materiais encontrados localmente, desenvolvidos pela pesquisadora Suzana Azevedo, colares, frutas e quadros. Com o apoio do laboratório de design desde 2003, a comunidade praieira de Ponta de Pedras, atua diariamente em salas no Centro Cultural José Romualdo Maranhão. O local leva desenvolvimento à região, que é rota de turismo, e serve hoje a diversos grupos produtores de artesanato.

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Paraíba masculina, cabra macho, sim senhor! (por Marcelo Alcoforado)

O que você faria se visse uma maleta em um canto qualquer de um local público, muito movimentado? O guarda civil Sebastião Thomaz de Aquino fez o que lhe cabia: apanhou a maleta e tentou conduzi-la à seção de achados e perdidos existente no local. Não chegou ao seu destino. Deu alguns passos e a valise simplesmente explodiu. Em volta, o caos. Gritos, sangue, feridos e mortos. Naquela manhã de 25 de julho de 1966, a tragédia não se limitava somente à desclassificação na Copa da Inglaterra, ocorrida uma semana antes. Estava bem mais perto, no Aeroporto dos Guararapes. A maleta continha nada menos do que uma bomba destinada ao general Costa e Silva, então candidato a presidente da República, que viria ao Recife, mas, pelos caprichos da sorte ou por zelo de sua segurança, o avião em que viajava aterrissara em João Pessoa. O saguão do aeroporto parecia filme de terror. A morte levara o poeta e jornalista Edson Régis e o almirante Nelson Gomes Fernandes; e cerca de 15 pessoas estavam feridas, caso do guarda civil que encontrara a maleta. Teve uma perna amputada. O que os zagueiros adversários não conseguiram fazer ao longo da carreira daquele guarda, tirar com pontapés aquele jogador de campo, a luta armada conseguira. Para sempre ele estaria fora de combate. Paraíba foi um centroavante impetuoso, desses que não temem as deslealdades das defesas adversárias. Fez sucesso no Santa Cruz, no São Paulo e no futebol português, isso em um tempo em que as transações de jogadores, especialmente as internacionais, não eram corriqueiras como nos dias de hoje. Não foi um craque, é verdade, mas sempre esteve confortavelmente distante de ser um jogador qualquer. Para começar, tinha uma bomba nos pés, mas uma bomba que só fazia mal às redes adversárias e não às pessoas. Era um chute tão forte que a crônica esportiva o cognominou de O Canhão do Arruda, aludindo ao bairro da sede social e do estádio santa-cruzense. Vestindo a camisa tricolor ele fez nada menos que 105 gols em cinco temporadas, o que não é pouco, e ficou eternizado como um dos maiores nomes da história do time coral. No entardecer do dia 31 de julho, cinco dias após o aniversário da trágica explosão, o guarda civil Sebastião Thomaz de Aquino, 86 anos, foi sepultado. Já o atacante Paraíba, dedicado jogador e torcedor do Tricolor, continua vivo na lembrança dos que o viram jogar e desferir petardos que faziam a torcida explodir, mas só de alegria. Paraíba: cabra macho, sim senhor! 3×1 em cima do Timbu e 3×2 contra o Leão, sagrando-se o primeiro supercampeão do Estado, feito que se repetiu em 1976 e 1983. Na época, os três times da capital investiram forte em reforços e montaram verdadeiras seleções, tanto que, no dia 5/5/1957, o Diario de Pernambuco estampava nas suas folhas uma crônica de Fausto Neto que citava “a corrida louca e desenfreada dos clubes grandes desnorteou financeira e tecnicamente o futebol local”. Além das estrelas da equipe coral, como o treinador argentino Alfredo Gonzalez e os atletas Lanzoninho, Rudimar, Faustino, Mituca, Aldemar, Sidney e Aníbal, outros jogadores também foram importantes na conquista tricolor. O atacante Paraíba, que marcou nove tentos durante a competição, foi um deles. Sebastião Tomaz de Aquino nasceu em Ingá (PB) em 1931. Chegou ao Arruda aos 18 anos de idade e passou cinco temporadas vestindo a camisa tricolor. Logo depois se transferiu para o São Paulo, teve uma passagem pelo Salgueiro (Portugal), e voltou para o Santa, em 1957, quando conquistou seu primeiro título no clube que aprendeu a amar desde criança.

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Exposição internacional “Império Romano” estende temporada no Recife

Julho é período de férias e nada melhor do que aliar diversão e conhecimento no mesmo programa, não é mesmo?! Sucesso de público no Recife, a exposição internacional “Império Romano: a Exibição” estende temporada no RioMar Shopping e fica em cartaz até o dia 30 deste mês. A mostra, que propõe uma viagem no tempo para conhecer uma das mais importantes civilizações do mundo e seu reflexo até os dias atuais, apresenta mais de 80 peças, entre painéis e esculturas, algumas inéditas, feitas por artesãos italianos. Entre os itens expostos, a biga, em tamanho real e com cerca de 80 quilos, e o calendário romano, inicialmente com dez meses – em homenagem a Júlio e Augusto César foram criados os meses de julho e agosto – são os que mais chamam atenção. Ingressos estão à venda e, a partir de três pessoas, todas pagam meia-entrada (R$ 15). Com 750m², o espaço é dividido em seis ambientes: Sala de Vídeo (linha do tempo em painel de 12 metros), Fundação de Roma (história e mito), Construindo Roma (engenharia, arquitetura, maquinário), Costumes (vestimentas, arte, cultura, invenções), Pão e Circo (leis, organização social, poder do estado sobre a sociedade) e Gênio Militar (armas, estratégias). A atração faz um passeio pelo mundo dos gladiadores, das grandes construções e do estilo de vida romana. Peças manuseáveis, uma biga (carro de guerra) em tamanho real, reprodução do Coliseu, roupas e capacetes dos guerrilheiros da época são alguns dos destaques. Um livro didático, para que as descobertas sobre o universo romano continuem em casa, foi desenvolvido especialmente para a exposição e está à venda. Monitores estão espalhados pela mostra para orientar e tirar dúvidas do público. De forma interativa, os visitantes podem participar da construção dos arcos do aqueduto romano e entender como o mecanismo influenciou, por exemplo, os arcos da Lapa, no Rio de Janeiro. Segurar as armas, usar as vestimentas e subir na biga estão entre as atividades da atração. EDUTAINMENT – “Império Romano: a Exibição” é uma realização do RioMar Recife em parceria com a Exhibition Club, pioneira no Brasil no conceito de “Edutainment”, mistura das palavras ‘education’ (educação) e ‘entertainment’ (entretenimento). A Exhibition traz ao País as maiores e mais completas mostras que consigam traduzir educação divertindo, a exemplo de “Da Vinci”, que reuniu mais de 200 mil pessoas no Brasil. “Acreditamos no potencial transformador da arte, especialmente quando a experiência extrapola o modelo tradicional e se transforma em oportunidades de aprendizagem. Em ‘Império Romano: a Exibição’, os visitantes são transportados para a Roma Antiga e aprendem com as grandes conquistas da humanidade”, explica Denielly Halinsky, gerente de Marketing do RioMar Recife. Para Érico de Angelis, diretor da Exhibition Club, lazer e educação sempre caminham juntas. “Mais que uma exposição, pensamos em mudar vidas. Por isso investimos tanto em estrutura e capacitação através de nossos educadores, que estão em cada sala de nossas exposições.” SERVIÇO “Império Romano: a Exibição” Diariamente – até 30 de julho RioMar Shopping – Av. República do Líbano, 251, Pina, Recife | Piso L3 Classificação: Livre Informações: www.riomarrecife.com.br e www.exporoma.com.br Telefone: (81) 98614-4183 HORÁRIOS De segunda a sábado, das 10h às 22h Domingos e feriados, das 14h às 20h INGRESSOS R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) A partir de três pessoas, todos pagam meia-entrada À venda no site www.exporoma.com.br ou na bilheteria do RioMar Agendamento para grupos a partir de 15 pessoas, com visita guiada, através do telefone (81) 98614-4183 ou pelo e-mail grupos@exhibitionclub.com.br.

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Décima edição do concurso Arte Livre para estudantes de Pernambuco

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – CEDCA/PE convoca estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio, de escolas públicas e privadas do Estado para participarem da 10ª Edição do Concurso Arte Livre. O objetivo desse concurso é ampliar a discussão sobre os direitos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, de forma a fortalecer o protagonismo infantojuvenil. A edição 2017 é dividida em três categorias: desenho, texto e vídeo. Este ano o Arte Livre, que contempla os 184 municípios mais o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, terá como tema “Conselho Tutelar: Defensor dos Direitos da Criança e do Adolescente”. Nessa perspectiva os alunos irão desenvolver trabalhos relacionados ao tema, em uma das três categorias. Esses trabalhos deverão ser entregues na sede o CEDCA/PE, até o dia 15 de agosto, para que os avaliadores possam definir os três primeiros colocados de cada categoria. Também serão premiados as escolas e os professores orientadores. Os interessados em participar podem acessar o site www.cedca.pe.gov.br, onde encontrará o regulamento, ou ligar para o número 3184.7002/7003, para obterem maiores informações sobre o concurso. ARTE LIVRE – Na 9ª Edição o tema foi Trabalho Infantil não é Legal”. Nesta edição, o concurso contou com a participação de 6.249 estudantes de 192 escolas públicas e privadas do Estado de Pernambuco, situadas em 40 municípios. Foram encaminhadas ao CEDCA/PE 6.249 produções, sendo 4.374 da categoria desenho, 1.869 da categoria texto e 06 trabalhos encaminhados na categoria vídeo. Serviço: Local para entrega dos trabalhos Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente R. das Ninfas, 65, Boa Vista – Recife/PE CEP: 50070-050 (Governo do Estado de Pernambuco)

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Projeto Música na Igreja apresenta concerto na Madre de Deus

O projeto Música na Igreja, que oferece concertos musicais em templos históricos da cidade, retoma as atividades com um concerto da Orquestra do Centro Social Dom João Costa. A igreja que recebe o projeto é a Madre de Deus, um dos mais preciosos espaços históricos do Recife e do Brasil. O evento é no próximo domingo (2), às 17h e é aberto ao público. O projeto é da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer do Recife. A orquestra é formada por crianças e adolescentes que participam de ações no Centro, que funciona no Alto do José do Pinho. São 45 anos de trabalho social no local, com foco no resgate da cidadania. Os 40 integrantes do grupo executarão músicas como “Zeal” de Matt Conaway, Morte de Vaqueiro, de Luiz de Gonzaga e A padroeira, em homenagem aos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida. No mesmo dia, os jovens da orquestra também conhecerão o Museu Cais do Sertão. Além mergulhar na história do local, os músicos terão acesso ao vasto de acervo musical disponível no Museu, inclusive ligado a uma das músicas que executarão no concerto. A igreja – A Madre de Deus foi construída na segunda metade do século XVII e também integra o projeto Recife Sagrado, projeto da Seturel que abre as portas dos principais templos do centro da cidade com mediadores bilígues, que apresentam os locais aos visitantes. Serviço: Música na Igreja Local: Igreja Madre de Deus – Rua Madre de Deus, s/n, Bairro Do Recife Dia: 02/07 Hora: 17h

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