Arquivos Cultura E História - Página 353 De 364 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Médicos Sem Fronteiras realiza atividades gratuitas no Recife

De 27 de agosto a 11 de setembro, diversas atividades gratuitas estarão espalhadas por Recife com o objetivo de conectar as pessoas à ajuda humanitária que Médicos Sem Fronteiras realiza em mais de 70 países.  Conexões MSF é um projeto que reúne exposições, filmes, intervenção artística, oficinas e conversa.  A diversidade de atividades, espalhadas por 12 locais da cidade do Recife pelo período de 16 dias, visa atrair pessoas com os mais diversos interesses, para que voltem seus olhares ao universo da ajuda humanitária e sintam-­se verdadeiramente conectadas a ele e às realidades que o compõem. Veja a programação para hoje: Galeria Janete Costa (Parque Dona Lindu), Data: de 27/08 a 02/10, Horário: de quarta a sexta­-feira, das 12h às 20h | Sábados e domingos, das 14h às 20h. Exposição fotográfica com imagens convidam o público a enxergar verdadeira e profundamente situações negligenciadas vividas por pessoas que enfrentam a invisibilidade. O trabalho de Médicos Sem Fronteiras envolve, além da oferta de ajuda médico-­humanitária a essas populações, comunicar as crises esquecidas com as quais atua. Essa exposição fotográfica traz a invisibilidade como questão, o silêncio como meio e a sensibilização como resposta. A curadoria é de Vanessa Poitena.  19h, no Teatro Luiz Mendonça, Parque Dona Lindu.  A diretora de Comunicação de MSF-Brasil, Alessandra Vilas Boas, e a psicóloga Ionara Rabelo abrirão, oficialmente, o evento Conexões MSF no Recife, após a exibição a céu aberto do filme “Affliction – O Ebola na África Ocidental”. Com moderação do jornalista Francisco José, a conversa será pautada pelo trabalho da organização e suas atividades na cidade, além da participação mais do que especial dos cordelistas Davi Teixeira e Meca Moreno.     A partir de 8h, na Praça da República, o muro personalizado pelo artista Rafa Mattos estará esperando você para completar a frase “para mim, ajuda humanitária é...”. Haverá também workshop da Bike Anjos para aprender a pedalar e customização de bicicletas pela Reciclo Bikes. Todas as atividades são gratuitas.  Às 11h, os ciclistas partem para um trajeto de nível fácil, com duração de 1 hora, por pontos do Recife Antigo do Coração para divulgar a presença do Conexões MSF na cidade.  

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14º Festival A Letra e A Voz segue com programação nesta quinta (25)

O segundo dia do 14º Festival Literário do Recife – A Letra e A Voz, nesta quinta-feira (25), traz para o público uma programação variada, que conta com duas mesas de debates, lançamento de três livros de produção feminina, e a performance artística Pérolas Negras. Todas as atividades trazem temas que reforçam a ideia do Festival de oferecer o “microfone” para as mulheres, já que existe uma produção literária latente e relevante feita por elas no país, e, sobretudo, em Pernambuco. As atividades seguem até o dia 28 de agosto com mesas de diálogo, recitais e a tradicional Feira do Livro. Às 17h, abrindo a programação, tem início a mesa de debates Conversa com a poesia, com Socorro Nunes (CE), Clarissa de Figueirêdo (PE) e Mariana Tabosa (PB). A conversa será mediada pelo pernambucano Pedro Américo de Farias, licenciado em Letras e pós-graduado em Educação de Adultos. Logo após, às 18h, acontecem os lançamentos de três produções literárias: O que ficou da fotografia, de Socorro Nunes; Tempos de Alice, de Clarissa de Figueirêdo e A mulher-fósforo, de Mariana Tabosa. Na sequência, o público confere a performance artística Pérolas Negras, com Anastácia Rodrigues. Formada em Letras, pós-graduada em Linguística e cantora com larga atuação em óperas e recitais, Anastácia Rodrigues faz sua estreia com performance individual, remontando “um antigo desejo de dar corpo e voz às mulheres invisíveis, fortes e segregadas, transformadoras de suas realidades desiguais, resistindo ao esquecimento”, conta. A performance tem a direção de Sônia Guimarães. Finaliza a programação desta quinta (25), a mesa De quem é a escrita? Do homem, da mulher ou da gente?. Os debates serão conduzidos pela arte-educadora, poeta e atriz paraibana de Umbuzeiro, Silvana Menezes, e pela gaúcha Carol Bensimon, escritora e mestre em Escrita Criativa pela PUC-RS. Quem faz a mediação é a pernambucana Mariane Bigio, comunicadora social e pós-graduada em Cultura e Comunicação.

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Renomado roteirista Doc Comparato traz seminário de roteiro ao Recife

“O roteiro é a crisálida, enquanto o filme é a borboleta. É possível fazer de um bom roteiro, um filme ruim, mas é impossível fazer um bom filme com um roteiro ruim”, defende Doc Comparato, renomado roteirista e dramaturgo, que apresenta seu Seminário Da Criação ao Roteiro, em Recife, entre os dias 5 e 9 de setembro, 5 a 9 de setembro, das 9h às 12h, no Recife Office Rooms, em Boa Viagem, sob a batuta da Art & Sonhos Produções. Com mais de trinta anos dedicados ao audiovisual, Luiz Felipe Loureiro Comparato ou mais comumente Doc Comparato nasceu no Rio de Janeiro. Médico de formação, recebeu uma bolsa de estudos nesta área na Inglaterra, nos anos 70. Já de volta ao Brasil, se dedicou ainda por dez anos tanto ao ofício da saúde, em paralelo à escritura de livros e roteiros, entre os quais materiais para várias séries e minisséries da Globo, Record e Emissoras de Televisão da América Latina e Europa, até que em 1980, após convite do cineasta Bruno Barreto, para escritura do roteiro de ‘’Beijo no Asfalto”, Doc decide mergulhar de vez no cinema, literatura, teatro e televisão. Entre seus trabalhos estão o best-seller Roteiro, livro didático sobre o assunto, traduzido para países da América Latina e Europa; assim como Da Criação ao Roteiro – considerado clássico da bibliografia sobre roteiros no Brasil, também traduzido para aquelas localidades. No currículo do carioca, se destacam ainda as primeiras séries brasileiras: Plantão de Polícia, Quarta Nobre, Mulher e A Justiceira, bem como minisséries produzidas para TV, como Lampião e Maria Bonita (1982), primeira minissérie latino-americana, e O Tempo e O Vento (1985) – esta última baseada na obra homônima de Érico Veríssimo. Transeunte entre as artes literárias e cinematográficas/televisivas, Doc – que já trabalhou ao lado de grandes mestres da escrita mundial como os Prêmios Nobel de Literatura, José Saramago e Gabriel Garcia Márquez (com este último na série Me Alugo para Sonhar para a TVE espanhola, também disponível em livro), confessa que nem sempre um bom roteirista saberá escrever um bom livro ou um autor de teatro não será, necessariamente, um bom roteirista. “No roteiro e no teatro a palavra é explícita. Na literatura o uso da palavra é implícito. Cada um tem sua técnica, sua linguagem, seu jeito de atingir o público, por isso tento dominar as técnicas específicas empregadas em cada suporte e retransmiti-las da melhor maneira possível”, pontua. Doc acrescenta: “A literatura é o princípio de tudo. Basta dizer que o roteiro é escrito, ele não é dito, nem exibido. O roteiro é apresentado no papel, o que faz dele, de certa forma, um gênero literário. O que define um bom roteirista, por sua vez, é a capacidade de contar uma história com clareza, técnica e emoção. E principalmente com a imagética: pensar em imagens. ” Pela primeira no Recife, Comparato apresenta o seminário Da Criação do Roteiro, dividido em cinco encontros e já ministrado em alguns países da Europa e América Latina, que abordará as etapas que constroem o roteiro. “Falaremos sobre a ideia, conflito, personagens, ação dramática, tempo dramático e unidade dramática. A perspectiva é fazer com que os alunos descubram que o roteirista tem que vencer uma série de obstáculos como: Qual é a minha ideia? Que conflito vou explorar? Quem vai viver essa história? Quando? Onde? Como vou construir essa história? Por que que estou contando isso? Aonde vou chegar?”, detalha. Confira a pequena entrevista cedida pelo roteirista: Como você avalia o atual cenário de produção cinematográfica/televisiva no Brasil e no mundo? No atual cenário existe muita opção, já que existem diversas mídias para exibição desses materiais. Mas, tanto hoje como no passado, está valendo a assertiva do cineasta russo Serguei Eisenstein que disse que 70% da produção cinematográfica é ruim, 20% são bons, e apenas 10% dos filmes produzidos são realmente imperdíveis. (risos) Como o cinema pernambucano se encaixa nesse cenário? Atualmente os melhores e mais originais filmes produzidos no Brasil são oriundos do cinema pernambucano. Não por acaso, nas últimas três edições do Festival do Rio, o prêmio de Melhor Filme ficou com produções de Pernambuco, como O Som ao Redor, Sangue Azul e Boi Neon. Acho que o cinema pernambucano está vivendo um grande momento, mas precisa de mais investimento. Acho importante para o Brasil que exista um núcleo de produção cinematográfica fora do eixo Rio-São Paulo. Isso está oxigenando a produção nacional, e principalmente o reconhecimento da profissão de roteirista.

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Aurora Filmes sedia a Mostra Lula Magalhães

Os amantes da sétima arte, e em especial do terror, terão lugar de encontro para apreciação de curtas sobre a temática, além de poderem participar de um debate logo após a exibição dos filmes, sobre o andamento e o futuro do audiovisual em Pernambuco. O local marcado será na produtora Aurora Filmes, das 15h às 19h, na rua da Aurora, 987, Santo Amaro, área central do Recife. Segundo Lula Magalhães, cineasta, roteirista e fotógrafo, a realização dessa Mostra é fazer com que seus trabalhos tomem divulgação no Estado e atraia outros parceiros e um público que certamente não conhece, nem tem noção deste tipo de produção no Recife. Ainda de acordo com Magalhães, o evento destina-se aos profissionais e estudantes de cinema, publicidade, rádio e TV, fotografia, roteiro e afins. Porém, a Mostra estará aberta a quem curte o estilo terror e querem dialogar sobre os novos caminhos para o cinema independente no Brasil. Mais informações pelo e-mail: lulamagalhaes1984@outlook.com Telefones de Contato: (81) 3091-9338/3031-9396

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Salve o dia do ator! (por Romildo Moreira)

Uma frase de Hermilo Borba Filho que encontramos em seu livro Diálogo do Encenador, diz: “O teatro é mais que uma arte de comunidade, é uma arte de comunhão”. Todas as vezes que o pano se abre começa o mistério. Nós nos damos ao público, “este monstro de mil cabeças”, que se integra conosco através da corrente dionisíaca”. – Entre esses mil monstros citados por Hermilo existe o mistério do ator, com seus monstros que também se manifestam de forma variada a cada representação. E esse mistério que conduz a arte da representação, ou o ofício do ator em cena, é o mais visível na arte de fazer teatro, visto que ele está física e energeticamente carregando toda uma criação comunitária diante de uma plateia e sendo veículo de uma comunhão; o espetáculo. Neste 19 de agosto, dia do ator, é bom lembrar de saudarmos, aplaudirmos e referenciarmos todos eles, homens e mulheres que dedicam as suas existências à arte da interpretação, contribuindo com a reflexão, a visão mais ampla do mundo e sobre a própria existência humana com seus conflitos e anseios, através dos seus corpos, de suas vozes e de suas verdades cênicas doadas generosamente (porque é vida) a uma plateia.   Ainda recorrendo a Hermilo Borba Filho na obra acima citada, encontro: “... uma coisa é a peça escrita, como obra literária, e outra o espetáculo resultante dessa obra. Já pensou por quantas transformações ela passa?...” – É disso que tratamos quando falamos no ator em cena, esse mostro sagrado e profano ao mesmo tempo, submisso às intemperes e fúrias de Dionísio e Baco, mas íntegro em sua condição de ator no palco.   – Aqui faço um chamado, como ator que também sou ao público em geral: vamos ao longo dessa semana aplaudir, ao vivo, esses artistas que contrariam, a cada entrada em cena, uma frase célebre de Bertolt Brecht que sabiamente sentencia em outro contexto: Infeliz a terra que precisa de herois. – Para estar em cena hoje, o ator precisa ser heroi. Lembremos então dos apelas de duas atrizes queridas para continuar trabalhando como atrizes, Joana Fomm e Augusta Ferraz. – Resta-nos então irmos ao teatro e aplaudir cada um deles, por isso sugiro as peças que estão em cartaz no Recife, coincidentemente duas delas são obras dos dramaturgos citados neste artigo. Vejamos então:   Puro Lixo, de Luiz Reis, com direção de Antônio Cadengue, no Teatro Hermilo Borba Filho, aos sábados e domingos. No elenco os atores: Eduardo Filho, gil Paz, Marinho Falcão, Paulo Castelo Branco, Samuel Lira e Stella Maris Saldanha. Zumba sem Dente, De Hermilo Borba Filho, com direção de Carlos Carvalho, no Teatro Hermilo Borba Filho, as terças-feiras, às 19h30. No elenco os atores: Mário Miranda, Daniel Barros, Flávio Renovato e Andrêzza Alves. O Mascate, a Pé Rapada e os Forasteiros, com texto e interpretação do ator Diógenes D. Lima, com supervisão artística de Marcondes Lima e Jaime Santos, no Teatro Hermilo Borba Filho, as quartas e quintas feiras, às 20h. Ossos, de Marcelino Freire, com direção de Marcondes Lima, no Teatro Barreto Jr, todas as sextas e sábados, às 20h e domingos às 19h. No elenco os atores: André Brasileiro, Arilson Lopes, Daniel Barros, Ivo Barreto, Marcondes Lima e Robério Lucado. A Receita – Texto e direção de Samuel Santos, com a atriz Naná Sodré, no Teatro Luiz Mendonça, todas as quintas, às 20h. Galileu Galilei, de Bertolt Brecht, com direção de Cibele Forjaz, no Teatro de Santa Isabel, nos dias 19, 20 e 21, às 20h. No elenco os atores: Denise Fraga, Ary França, Lúcia Romano, Théo Werneck, Maristela Chelala, Vanderlei Bernardino, Jackie Obrigon, Luíz Mármora, Silvio Restiffe e Daniel Warren. Então, viva os atores e vamos ao teatro e bom espetáculo!

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Geraldo Maia apresenta novo álbum nesta quinta

O cantor e compositor Geraldo Maia apresentará seu novo álbum, Avia, nesta quinta-feira (18), a partir das 21h, na Creperia Rouge, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife. O trabalho, seu 11º, foi lançado em dezembro do ano passado e apresentado recentemente no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Hoje, o público recifense terá a oportunidade de assistir ao show completo de Avia, com letras de viés político e líricas e um som intimista. Entre os trabalhos, composições de amigos como Marco Polo, Paulo Marcondes, Tibério Azul e Marcelo Pereira. Ao lado do artista, estarão os músicos Breno Lira (guitarra e violão), Mestre Lua (percussão) e Caca Barreto (baixo acústico).

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O que é brega? (por Marcelo Alcoforado)

Brega, aprendemos desde as lições primárias, substantivo e adjetivo de dois gêneros, é termo pejorativo, aplicável a que ou a quem não tem finura de maneiras; é cafona, de mau gosto, sem refinamento, de qualidade reles, inferior... Você acabou de ver algumas definições do respeitabilíssimo dicionário Houaiss, demonstrando que o termo é bem servido de depreciações. Brega, pensando bem, é mesmo uma palavra sem categoria. Para começar, sua origem é obscura, ainda de acordo com o Houaiss. Tão obscura, aliás, que, segundo outra hipótese, brega teria vindo dos prostíbulos nordestinos em que esse tipo de música tão peculiar embalava os romances de vida tão breve quanto o tempo que transcorria do convite ao quarto e, por fim, ao gozo. Há mais hipóteses. Como esta, por exemplo, que atribui a derivação do termo ao "Nóbrega" que dá nome à rua Manuel da Nóbrega, em Salvador – que ficava na região de meretrício da capital baiana. Em algumas histórias licenciosas, aliás, pronunciava-se o nome do padre Nóbrega como palavra paroxítona. De Nóbrega para Nobrega, teria sido um pequeno salto, pois. O brega, contudo, continuava em busca de um lugar de destaque como manifestação musical. Se nas tertúlias a simples menção da palavra causava urticária, quem sabe seus intérpretes pudessem encontrar a aceitação nos saraus musicais... Estava surgido um novo gênero de música brasileira, embora não houvesse, asseguravam os especialistas, um ritmo propriamente brega. Existisse ou não, o fato é que o termo ganhou o status de gênero musical, marcado por romantismo, simplicidade, rimas e palavras fáceis, assim evoluindo e crescendo no gosto popular e produzindo variáveis como o brega pop e o tecnobrega. A música do meretrício pouco a pouco adquiria ares de dama, quase pudicos, deixando de frequentar exclusivamente os pecaminosos bordéis. Era o tempo dos boleros e sambas-canção trinados nas vozes suplicantes dos cantores do momento, como Orlando Dias, Carlos Alberto e Cauby Peixoto. A música pegou, e, para encurtar a conversa, a partir dos anos 1980, o termo brega passou a ser cunhado largamente na imprensa brasileira para designar, preconceituosamente, ressalte-se, música sem valor artístico. Assim, o termo designava música de mau gosto, destinada às camadas populares, com exageros dramáticos que beiravam o histrionismo. Era, por exemplo, o caso da interpretação de cantores da linha romântica como Amado Batista, Wando, Gilliard, Fábio Junior e José Augusto. Em tal cenário, um rapaz de nome artístico Reginaldo Rossi se destacou. Sem vez como imitador servil de Roberto Carlos, assumiu trono e cetro de o Rei do Brega, e o sucesso logo lhe bateu às portas. Dentro da tradicional linha romântica popular, Reginaldo Rossi manteve-se como uma espécie de contraponto nordestino para Roberto Carlos, inclusive se apropriando do título de rei que já acompanhava o monarca da Jovem Guarda. Os ventos benfazejos sopravam continuamente, e a canção Garçom fez do pernambucano uma sensação no Sudeste. O brega passou a ser reavaliado – inclusive gravado por estrelas de primeira grandeza da música nacional, como Caetano Veloso. O centro da atenção aqui, porém, é o Rei do Brega e é dele que se vai falar. Para começo de conversa, foi, orgulhava-se de dizer, o primeiro cantor de rock do Nordeste, no tempo em que comandava um grupo musical batizado The Silver Jets. Antes disso, no entanto, foi professor de física e matemática, e estudou engenharia durante quatro anos, tendo iniciado a carreira artística em 1964, por influência de Elvis Presley, dos Beatles e da Jovem Guarda, segundo disse. Além do mais, foi crooner em boates do Recife, e fez duas incursões na política. Na primeira, candidatou-se a vereador de Jaboatão dos Guararapes, mas conquistou apenas 717 votos. Na segunda, tentou se eleger deputado estadual, contudo, mais uma vez, não teve êxito. Conquistou 14 934 eleitores, contentando-se em ocupar a 93ª colocação no pleito. Mas de que importava o sucesso político se, como artista, o aplauso estava do seu lado?A partir do seu primeiro disco, O Pão, foi sucesso atrás de sucesso. Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme, por exemplo, foi regravada dezenas de vezes por vários artistas. E como isso fosse pouco, ele ressurgiu no Centro-Sul, o que provocou o relançamento de seus discos em CD. Logo ele passou a ser visto como cult e assinou contrato com a gravadora Sony. Foram cerca de 50 discos lançados, entre inéditos e coletâneas, mais de 300 composições gravadas e ele ainda encontrava tempo para fazer uma média de 25 shows por mês, em todo o Brasil. Ademais, ganhou o Prêmio da Música Brasileira 2000, 14 discos de Ouro, 2 de Platina, 10 Platina Duplo e um de Diamante. Foi um longo e alcatifado caminho para aquele rapazola que imitava Roberto Carlos, não é mesmo? O ignorado de ontem passara a ter, a partir do Recife, fã-clubes espalhados pelas principais capitais brasileiras, como Salvador, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Maceió, Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Manaus, entre outras, onde se fez conhecer por O Rei da MBB (Música Brega Brasileira). Bebedor contumaz, jogador compulsivo e fumante inveterado, Reginaldo Rossi baixou hospital no dia 9 de novembro de 2013. Retirou dois litros de líquido acumulados entre a pleura e o pulmão, mas o pior estava por vir. O resultado da biópsia confirmou o diagnóstico de câncer de pulmão, que o levou no dia 20 de dezembro de 2013. Nascido a 14 de fevereiro de 1944, Reginaldo Rossi vivera 69 anos. Com sua voz nasalada, fora, no começo, um improvável cantor que se liberara da imitação de Roberto Carlos para fazer sucesso como o Rei do Brega. Fez. Tanto que hoje, como ontem e como amanhã, em algum lugar do Brasil estarão sendo ouvidos muitos dos seus sucessos, como A Raposa e as Uvas, Garçom e tantas outras melodias, simples, é verdade, mas que embalaram tantos momentos de amor. Muitos dos que ouvem Reginaldo Rossi buscam, com gestos e palavras evasivas, fazer parecer que se trata de um simples momento exótico ou mero divertimento. É não. Na maioria das vezes, isso é só fingimento. Descabido, creia. Afinal, com sua

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Inscrições abertas para oficina de catalogação de acervos

O Museu Murillo La Greca está com inscrições abertas para a segunda turma da oficina de Catalogação de Acervo. A atividade é uma ação educativa, parceira entre o Museu Murillo La Greca e o Museu de Arte Popular do Recife (MAP), e vai oferecer ao público especializado informações teóricas e práticas para o aperfeiçoamento e desenvoltura de catalogação, ensinando noções básicas para as práticas de salvaguarda de acervos. A oficina acontecerá entre os dias 22 e 26 de agosto, das 14h às 17h. As aulas serão ministradas pelo historiador e gestor do Museu de Arte Popular do Recife, Anderson Santos. A atividade é voltada para estudantes universitários dos cursos de História, Museologia, Biblioteconomia, Sistemas da Informação, Artes Visuais, Sociologia, equipes de museus e interessados em geral. As inscrições e todo o material didático são inteiramente grátis. Para participar, os interessados devem preencher a ficha de inscrição, solicitada pelo email educativommlg@gmail.com.

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Pré-estreia de Aquarius acontece neste sábado (20), no São Luiz

A esperada pré-estreia do filme Aquarius, dirigido por Kleber Mendonça Filho e estrelado por Sonia Braga, será realizada neste sábado (20), às 19h30, no Cinema São Luiz. Parte do elenco e da equipe de produção do filme estará presente na ocasião. A partir desta terça-feira (16), 500 entradas estão disponíveis na bilheteria do local para o grande público. A venda dos ingressos acontecerá todos os dias, das 16h às 20h. De acordo com a página do longa nas redes sociais, estão limitados dois por pessoas. A estreia nacional da produção filmada na Zona Sul do Recife está prevista para acontecer no dia 1º de setembro. Aquarius conta a história de Clara, uma jornalista aposentada e moradora do último prédio de modelo antigo da orla de Boa Viagem, que enfrenta as investidas de uma construtora com outros planos para o terreno. O filme esteve em competição na seleção oficial do Festival de Cannes e recebeu o prêmio de Melhor Filme no Festival de Sydney. Assista ao trailer:    

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Fiepe leva empresários a Feira de Alimentos e Bebidas no Peru

Missão empresarial organizada pela Fiepe (Federação das Indústrias de Pernambuco) leva empresários à maior feira de alimentos e bebidas da América Latina. A viagem acontece de 25 de setembro a 1 de outubro, em Lima, capital do Peru, onde será realizada a Expo Alimentaria, considerada o principal ponto de encontro internacional de compradores provenientes dos cinco continentes. O evento oferece aos empresários  oportunidades de negócios, acesso a novos produtos e tecnologias, contato com expositores e visitantes de todo o mundo, stand de apoio aos integrantes na missão, participação em encontros de negócios, visitas técnicas a empresas no Peru, circuito guiado na feira com temáticas específicas, facilidades logísticas, catálogo bilíngue da missão com perfil das empresas e entidades e suporte técnico durante toda a viagem. Até junho de 2016, as exportações nacionais para o Peru somaram US$ 410,4 milhões, 14% acima do registrado no mesmo período de 2015 (US$ 359,8 milhões). Segundo dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), o resultado foi um superávit para o Brasil de US$ 210,9 milhões no primeiro trimestre deste ano, contra um superávit de US$ 38,2 milhões no mesmo período de 2015. O país latino já está na mira de empresários e investidores pernambucanos. Até junho deste ano, houve um aumento de 48,59% no volume de exportação do Estado para o país vizinho. A estabilidade política e o crescimento econômico no Peru são grandes atrativos, proporcionando grandes oportunidades devido ao consequente aquecimento no consumo interno nos últimos anos. Com intuito de promover a inserção das empresas pernambucanas no mercado internacional de forma contínua e sustentável, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) promove missão comercial. Na última edição, o evento reuniu expositores de 16 países, 650 stands espalhados numa área de 23.400 m² do Centro de Exposiciones Jockey e atraiu mais de 43 mil visitantes. Em volume de negócios a Expo Alimentaria 2015 gerou mais de US$ 800 milhões. Durante a feira serão oferecidas inúmeras atrações, dentre elas seminários e convenções, concursos culinários e degustações diversas. As inscrições para a missão comercial estão abertas e podem ser feitas por meio do telefone (81) 3412.8363 ou pelo email fmendonca@fiepe.org.br.

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