Desafio do financiamento das Startups

Um dos obstáculos para que as inovações das startups cheguem ao mercado é a falta de financiamento. Pesquisa do Sebrae indicou que o principal motivo para o fechamento desses negócios é a dificuldade de acesso ao capital. Os especialistas indicam, porém, que esse é um cenário em mudança. Só no ano passado o volume captado estimado foi de R$ 13 milhões, por meio de 38 empresas, de acordo com o Mapeamento de Negócios Inovadores, elaborado pela Manguez.al.

A boa notícia é a chegada de um novo fundo de investimentos, o ONEVC, que tem forte presença de Pernambuco em seu DNA. Entre os sete sócios fundadores, três são pernambucanos. Inicialmente, dispõe de US$ 20 milhões para serem investidos no Brasil e nos Estados Unidos. “Com este montante, pretendemos criar um portfólio de 25 a 30 empresas, podendo dobrar nossas apostas naquelas que estejam despontando em crescimento e tenham maior potencial de retorno. Investimos entre US$ 250 mil e US$ 700 mil por empresa”, explica o sócio Arthur Brennand.

Três vertentes de negócios estão na mira da ONEVC: aqueles focados no consumidor final; companhias de software, principalmente, para o setor corporativo; e companhias de tecnologia de ponta, como drones, inteligência artificial, blockchain e robótica etc. “Além disso, focamos em investimentos no estágio inicial, que é um momento da empresa no qual os fundadores buscam levantar a primeira rodada institucional de investimento. Normalmente, já levantaram, no passado, algum capital com investidores anjo ou com pessoas próximas, amigos e familiares. Nós investimos nelas e as ajudamos a crescer”, explica o sócio Pedro Sorrentino.

Nos últimos cinco anos, os investidores já realizavam esse trabalho como pessoas físicas, tendo alcançado um retorno de quase oito vezes o capital investido (para cada R$ 1 investido foram retornados R$ 7,8). Uma das empresas beneficiadas pelo grupo foi a Gympass, um tipo de “Netflix das academias”, em que o usuário paga uma única mensalidade e pode frequentar qualquer academia do País que faça parte do seu plano. Outra startup de crescimento exponencial apoiada pelo grupo é a Rappi, que faz qualquer tipo de entrega em poucos minutos. “É uma empresa colombiana que vem crescendo em um ritmo muito acelerado e está expandindo suas operações para mais de oito cidades no Brasil e chega ao Recife neste ano”, adianta Brennand.

OPORTUNIDADES
O C.E.S.A.R. é outra instituição que também faz investimentos e conta com recursos para aportar em 33 novas startups. “Optamos fazer o primeiro financiamento, acelerar a empresa na base. Estamos em busca de boas oportunidades”, explica Sérgio Cavalcante. Ele avalia que o cenário de captação dos investimentos iniciais melhorou bastante, mas o gargalo permanece quando a empresa precisa de recursos na ordem dos R$ 30 a R$ 40 milhões.
O Criatec, oferecido pelo BNDES há 10 anos, é um caminho já trilhado por algumas startups na captação de investimento. Hoje cinco empresas do Nordeste, sendo quatro pernambucanas, são apoiadas pela instituição estatal. “O Criatec é diferente de um crédito normal. O fundo é um sócio das empresas. O banco de investimentos não aporta só os recursos, mas também muito aprendizado sobre governança e gestão”, explica Ana Luiza Ferreira, sócia da consultoria Guimarães Ferreira e gestora do Fundo de Venture Capital Criatec 2 para o Nordeste, que conta com R$ 40 milhões para serem investido na região.

 

 

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