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A força das associações: um pilar da democracia brasileira

A importância que nem sempre se vê *Por João Paulo Neves Baptista Rodrigues Recentemente, tive a honra de assumir a presidência do Comitê de Business Affairs da Amcham Pernambuco, em sucessão ao exímio profissional – e cidadão – Francisco Cunha (o nosso querido e conhecido “Chico”). Naquele momento, homenageamos o trabalho que Chico desempenha em diversos fóruns – com dedicação, visão e senso público. Para quem já participa ativamente de associações, conselhos, fóruns ou entidades de representação, a relevância desse tipo de espaço e o exercício da atividade associativa são evidentes. No entanto, essa clareza nem sempre se estende para fora desse círculo. É possível encontrar percepções – distorcidas – de que a participação associativa é perda de tempo, de que não gera valor concreto. Este artigo nasce, portanto, com duplo propósito: de um lado, prestar homenagem às pessoas que, como Chico Cunha, exercem com altruísmo e responsabilidade o papel de liderança associativa; de outro, trazer à luz a estrutura constitucional e institucional que garante – e valoriza – o direito de associação no Brasil. Um direito fundamental, com raízes históricas profundas e com importância crescente para o funcionamento da democracia e da sociedade contemporânea. 1. O Direito Associativo e sua Previsão Constitucional O direito de associação está expressamente previsto na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, incisos XVII a XXI. Trata-se de um dos direitos fundamentais assegurados aos cidadãos brasileiros. Essa previsão não é fruto do acaso. Resulta de uma longa trajetória histórica de luta pela organização coletiva da sociedade brasileira. Desde os tempos do Império, passando pela Primeira República, até os movimentos sociais e sindicais do século XX, o associativismo foi – e segue sendo – ferramenta indispensável para a defesa de interesses comuns, sobretudo em contextos de repressão ou exclusão política. A Constituição de 1988 reconhece essa importância ao estabelecer, com clareza, a liberdade associativa como instrumento legítimo e estruturante da vida democrática. Trata-se de uma conquista civilizatória: a possibilidade de cidadãos se organizarem, de forma livre e autônoma, para atuar na defesa de direitos e no fortalecimento de seus segmentos sociais ou econômicos. 2. O Valor Atual das Entidades Associativas Mais de três décadas depois da promulgação da Constituição, o associativismo continua se mostrando essencial – talvez mais do que nunca. Em uma sociedade cada vez mais complexa, polarizada e marcada por interesses diversos, é por meio das associações que empresas, setores e cidadãos conseguem exercer sua voz de forma organizada, legítima e eficaz. As associações funcionam como pontes entre o estado e os diferentes segmentos sociais. Elas organizam pleitos, qualificam o debate público, produzem conteúdo técnico e representam interesses legítimos em fóruns institucionais. A atuação associativa garante que políticas públicas possam ser formuladas e implementadas com mais equilíbrio, ouvindo diferentes perspectivas e minimizando distorções. Além disso, o ambiente associativo é espaço de construção de consensos, de cooperação e de geração de valor coletivo. Não se trata de uma arena de confronto, mas de articulação – um terreno fértil para o exercício da cidadania ativa e da democracia representativa. 3. Representatividade, Influência e Conteúdo: Muito Além do Lobby A relação entre cidadãos, empresas e associações não é uma relação de troca direta ou de ganho imediato. É, acima de tudo, uma relação de influência legítima. Participar de uma entidade representativa é participar de um processo maior: é fazer parte de um ecossistema de advocacy, representatividade setorial, produção de conteúdo qualificado e construção de redes de relacionamento. Em sua essência, essa atuação está voltada para o fortalecimento coletivo, para o debate público responsável e para a construção de soluções que considerem as diferentes realidades e necessidades de seus representados. 4. Conquistas Concretas da Participação Associativa Ao longo dos anos, a participação associativa foi decisiva para importantes avanços no ordenamento jurídico e institucional do País. Quatro exemplos ajudam a ilustrar esse impacto: - A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) construída com intensa participação da sociedade civil organizada, incluindo associações de tecnologia, direito e defesa do consumidor; - O marco legal das startups, que resultou de articulações de diversas entidades do ecossistema de inovação, promovendo segurança jurídica e fomento ao empreendedorismo; - A reforma da Lei das Licitações, influenciada por entidades empresariais e jurídicas que atuaram com seriedade e compromisso na modernização da contratação pública; e - Mais recentemente, no setor elétrico, a promulgação do marco legal do hidrogênio verde. Essas conquistas não seriam possíveis sem a atuação coordenada de representantes associativos que souberam dialogar com o poder público, propor soluções e defender interesses coletivos de forma transparente e técnica. 5. Um Chamado à Participação Ativa É essencial que cada vez mais cidadãos e empresas compreendam o valor da participação associativa. A estrutura legal brasileira não apenas permite, como incentiva e valoriza, o associativismo como ferramenta de ação democrática, de formulação de políticas públicas e de fortalecimento institucional. A história, a Constituição e os resultados bem demostram que é por meio da ação associativa, e por perfis como o de Chico Cunha, que empurramos setores – e o Brasil – na direção correta.  João Paulo Neves Baptista Rodrigues é presidente do Comitê de Business Affairs da Amcham Pernambuco, e diretor Institucional do Grupo Neoenergia.

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Primeiros passos nos investimentos: opções seguras e rentáveis para iniciantes

Especialista da Sicredi Recife orienta quem quer sair da poupança e ampliar os ganhos com alternativas acessíveis e protegidas Uma pesquisa realizada pela ANBIMA em parceria com o Datafolha revelou que, embora 33% dos brasileiros consigam economizar, grande parte ainda desconhece os diferentes tipos de investimento disponíveis no mercado. O levantamento também mostra que cerca de 32 milhões de pessoas ainda usam apenas a poupança, por ser considerada simples e segura. No entanto, essa escolha limita o potencial de rendimento. “Quando você só utiliza a poupança como forma de investimento, deixa de explorar outras alternativas que podem trazer melhores resultados”, afirma Thiago Borges, gerente de Investimentos da Sicredi Recife. Para quem está começando, é fundamental entender os conceitos básicos e identificar os produtos que oferecem mais segurança e previsibilidade. Segundo Thiago, os investimentos podem ser divididos em renda fixa e renda variável. A primeira garante um retorno definido no momento da aplicação, enquanto a segunda envolve mais risco, mas pode proporcionar maiores lucros. “Você aplica seu dinheiro e recebe uma porcentagem de lucros por um período”, explica o especialista. Entre as opções mais indicadas para iniciantes estão os fundos de renda fixa, que aplicam em títulos públicos ou papéis de instituições sólidas, oferecendo baixa volatilidade e alta previsibilidade. O CDB (Certificado de Depósito Bancário) também é destaque por unir rendimento fixo e segurança do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Já os fundos de investimento permitem diversificação com a gestão de um profissional, embora alguns exijam valor mínimo de entrada. Outra alternativa interessante é a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que financia o setor agro e possui isenção de imposto de renda para pessoas físicas, o que eleva sua rentabilidade líquida. Já as ações são recomendadas para quem tem tolerância ao risco e visão de longo prazo, uma vez que esse tipo de aplicação exige mais estudo e acompanhamento do mercado. “Essa opção requer estudo e acompanhamento do mercado, porque apresenta alta volatilidade”, pontua Borges. Para quem busca um plano de longo prazo voltado à aposentadoria, a Previdência Privada também entra como alternativa. Com dois tipos principais — PGBL e VGBL —, ela oferece benefícios fiscais e é voltada para diferentes perfis de declaração de imposto de renda. “É uma opção flexível que oferece vantagens fiscais e permite a escolha entre diversos fundos de investimento”, finaliza Thiago.

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Febraban alerta para risco de lavagem de dinheiro nas apostas esportivas

Presidente da entidade cobra maior regulação do setor e critica empresas que atuam “nas sombras” (Com informações da Agência Brasil) O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, fez um alerta contundente sobre o uso das apostas esportivas online — conhecidas como bets — como ferramentas para lavagem de dinheiro pelo crime organizado. Durante seminário realizado em Brasília, ele defendeu uma atuação conjunta entre o setor privado e o Estado para conter os riscos financeiros e sociais relacionados à atividade. De acordo com Sidney, os jogos de aposta online representam um canal vulnerável à ação de organizações criminosas. “Os jogos on-line de apostas são um canal de risco para lavagem de dinheiro. Estado e o setor privado precisam agir com firmeza para não permitir que o crime organizado os use para ampliar seus tentáculos e suas operações financeiras”, declarou, durante o evento promovido pelo Instituto Esfera Brasil e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O dirigente da Febraban também criticou a fragilidade regulatória e os impactos sociais do setor. “Há muito a ser feito sob o ponto de vista regulatório e de fiscalização. O poder público precisa separar joio do trigo e cuidar da saúde mental das pessoas”, afirmou, referindo-se ao crescimento de vícios em jogos, alimentado por excesso de publicidade e pela falta de controle. Sidney ainda reforçou que, embora as apostas tenham sido legalizadas por decisão legislativa, muitas empresas do setor atuam de forma pouco transparente. “Vemos um bombardeio de publicidade, enquanto empresas se movimentam nas sombras, até para ganhar em cima de pessoas com vulnerabilidade”, completou.

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Tesouro Direto investe R$ 4,5 milhões em startups com foco em inclusão e educação financeira

Seleção prioriza empresas que atuam com inteligência artificial, educação pública e uso social do Tesouro Direto Garantia O Tesouro Direto vai destinar R$ 4,5 milhões para até 14 startups com soluções voltadas à educação financeira e inclusão social. A iniciativa faz parte da segunda edição do programa Tesouro Direto Impacta e busca apoiar negócios inovadores que enfrentem desafios estruturais nas áreas de educação, tecnologia e finanças acessíveis. As inscrições vão até 28 de junho, pelo site www.tdimpacta.com.br. Com apoio da Artemisia, organização referência em aceleração de negócios de impacto, o programa selecionará empresas em estágio de tração ou escala, com faturamento mínimo de R$ 1 milhão nos últimos 12 meses e potencial de atuação em grande escala. Além dos recursos financeiros, as startups receberão capacitação online gratuita para desenvolver e adaptar suas soluções a desafios específicos. Entre os desafios propostos estão: formar professores de escolas públicas em educação financeira; criar assistentes educacionais com uso de inteligência artificial; e ampliar o uso social do Tesouro Direto Garantia em áreas como habitação e microcrédito. As empresas deverão propor Provas de Conceito (POC) ou parcerias estruturadas, com foco na personalização e escalabilidade das soluções. Os recursos para o TD Impacta vêm da taxa de custódia de 0,2% ao ano paga pelos investidores do Tesouro Direto à B3. Pelo contrato vigente, 20% da arrecadação anual com essa taxa – limitada a R$ 50 milhões – deve ser revertida para projetos sociais e sustentáveis. Na primeira edição do programa, R$ 5,2 milhões foram destinados a 40 startups. Serviço📌 Inscrições para o Tesouro Direto Impacta🗓 Até 28 de junho de 2025🌐 www.tdimpacta.com.br💼 Público-alvo: startups com impacto social e foco em educação financeira

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PIB Pernambuco

Pernambuco já recebeu R$ 15,8 bilhões do Novo PAC no primeiro quadrimestre de 2025

Investimentos federais impulsionam renda, educação e infraestrutura no Estado Os investimentos do Governo Federal em Pernambuco vêm gerando impactos significativos na qualidade de vida da população e no fortalecimento da economia local. Entre 2023 e meados de abril de 2025, R$ 15,8 bilhões já foram executados no estado como parte do Novo PAC, que prevê, até 2030, R$ 44,2 bilhões em ações estruturantes. Esses recursos têm sido aplicados em diversas frentes, como saúde, educação, habitação e segurança hídrica, com reflexos diretos na geração de emprego e no aumento da renda domiciliar dos pernambucanos. Um dos principais destaques é o crescimento recorde do rendimento mensal real domiciliar per capita em Pernambuco, que atingiu R$ 1.412 em 2024, alta de 32,2% em relação a 2022. O índice de desemprego também caiu no estado, acompanhando a ampliação de programas como o Bolsa Família, que beneficia mais de 1,5 milhão de famílias, e o Pé-de-Meia, que alcançou 258,3 mil alunos do ensino médio. "Temos visto isso com o aumento dos investimentos no Nordeste e, em especial, em Pernambuco, com impacto sobre os indicadores. A queda no desemprego e aumento na renda são resultado de decisões e políticas públicas”, destacou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. A educação pública também avança com a construção de seis novos campi dos Institutos Federais em municípios como Goiana, Araripina e Bezerros, totalizando 8.400 vagas. Além disso, dados do Censo Escolar mostram crescimento expressivo nas matrículas em tempo integral em todas as etapas da educação básica, resultado de iniciativas como a ampliação da jornada escolar e a construção de novas unidades de ensino. A infraestrutura educacional ainda é reforçada por obras e entregas de veículos escolares em dezenas de municípios. Na área de infraestrutura, Pernambuco já conta com 219 obras do Novo PAC concluídas e outras 376 em execução. O estado foi contemplado com projetos de mobilidade, saúde, habitação e segurança hídrica, como a ampliação da capacidade de bombeamento do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, que beneficiará 237 municípios do Nordeste. A previsão é que a obra impacte positivamente a vida de mais de 8 milhões de pessoas, promovendo acesso à água em regiões do Agreste e Sertão. Programas sociais e de saúde também receberam reforços. O Mais Médicos ampliou o número de profissionais em quase 100% desde 2022, com destaque para áreas de maior vulnerabilidade. Já o Farmácia Popular beneficiou cerca de 965,5 mil pernambucanos até o fim de 2024, enquanto o Desenrola atendeu quase 200 mil pessoas no estado. Esses investimentos federais, aliados à gestão integrada com estados e municípios, sinalizam uma mudança estrutural na oferta de serviços públicos e nas condições socioeconômicas da população de Pernambuco.

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ALTO DO MOURA 22

Pesquisa revela que 84% dos recifenses mantêm viva a tradição do São João

Estudo da UniFafire aponta que festas juninas seguem enraizadas na cultura local, com forte valorização de elementos tradicionais. Caruaru, na foto acima, é o principal destino para quem vai viajar Mesmo diante das transformações sociais e culturais das últimas décadas, o São João continua sendo celebrado por 84% dos moradores da Região Metropolitana do Recife. A informação é de uma pesquisa inédita do Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFafire), que entrevistou 851 pessoas em diversas áreas da capital entre 29 de maio e 6 de junho. A maioria dos recifenses, segundo o estudo, opta por comemorar a data com a família, dentro de casa ou em eventos locais. O levantamento revela que apenas 27,65% dos entrevistados planejam viajar no período junino, reforçando o caráter intimista e comunitário da festa. “O São João é tido como um momento de reunião familiar, de fortalecimentos de laços comunitários e de valorização das tradições regionais”, afirma o coordenador da pesquisa, João Paulo Nogueira. Entre os que pretendem viajar, Caruaru lidera com 27,25% das preferências, seguido por Gravatá (16,04%) e praias (7%). Cidades como Bezerros, Campina Grande e Arcoverde também foram mencionadas, embora com percentuais mais discretos. Os elementos culturais tradicionais seguem predominando: 42,30% dos entrevistados preferem festas com forró pé de serra, quadrilha e fogueira. Já os grandes shows com artistas nacionais são preferência de apenas 9,75%. As celebrações em família, escolhidas por 20,45%, reforçam o perfil afetivo e seguro da festa. “Os números reforçam que, apesar das transformações sociais e da modernização dos formatos festivos, a essência do São João permanece viva no imaginário popular”, pontua Nogueira. A culinária típica também mantém seu protagonismo: o milho verde, assado ou cozido, lidera com 24,32% das preferências, seguido por canjica (22,68%) e pamonha (18,45%). Itens como bolo de milho, munguzá e pé de moleque completam a lista, reforçando a ligação afetiva dos sabores com a infância e as memórias familiares. “Esse conjunto de preferências reforça o vínculo emocional das pessoas com sabores que remetem à infância, à casa da avó e às celebrações comunitárias”, acrescenta o coordenador. O uso de roupas típicas também permanece relevante: 58,66% dos entrevistados afirmaram manter esse costume, sendo que 34,39% usam sempre e 24,27% ocasionalmente. “O uso da roupa típica é mais do que uma escolha estética. É um gesto simbólico que reforça a identidade cultural nordestina e contribui para a valorização das raízes populares”, conclui Nogueira.

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Banco do Nordeste alcança R$ 1 bilhão em crédito com programa de inclusão produtiva

Em Pernambuco, "Acredita no Primeiro Passo" já movimentou R$ 110 milhões com quase 12 mil contratos. Foto: Fernando Cavalcante O Banco do Nordeste (BNB) ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em crédito concedido por meio do programa federal Acredita no Primeiro Passo, voltado a empreendedores inscritos no Cadastro Único (CadÚnico). A iniciativa, operacionalizada pelo Crediamigo, promove a inclusão produtiva por meio de microcrédito com juros reduzidos, orientação ao cliente e operações simplificadas. A conquista foi celebrada na sede da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEPB), em Campina Grande, nesta sexta-feira (20), em cerimônia que também renovou o acordo de cooperação entre o BNB e o governo da Paraíba. Com menos de um ano de funcionamento, o programa já beneficiou mais de 112 mil clientes, sendo 68% mulheres, em toda a área de atuação do banco – que inclui o Nordeste, além de partes de Minas Gerais e Espírito Santo. Em Pernambuco, o "Acredita no Primeiro Passo" já contabiliza 11.916 operações e R$ 110 milhões em crédito, com valor médio de R$ 9.230 por contrato. O programa é destacado como uma política pública eficaz de acesso ao crédito e geração de renda em regiões historicamente desassistidas. "O Acredita no Primeiro Passo é uma iniciativa do governo federal para a qual o presidente Lula tem um olhar especial, justamente por ter como foco garantir acesso ao crédito para quem mais precisa. O Banco do Nordeste tem orgulho de ser o maior operador dessa política pública, que já superou R$ 1 bilhão em operações contratadas em menos de um ano. Esse resultado mostra que estamos promovendo inclusão produtiva de verdade, apoiando o empreendedor, gerando renda e movimentando a economia das comunidades onde atuamos,” declarou o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara. Durante o evento, também foi lançada a Carreta BNB – Unidade Móvel de Atendimento, que atuará como agência itinerante nos principais eventos apoiados pelo banco, com atendimento personalizado e foco em áreas estratégicas da instituição.

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CDL Recife celebra 65 anos destacando força do comércio local

Com mais de 8 mil associados, entidade reforça papel estratégico no desenvolvimento econômico da capital pernambucana. Fotos: Janaína Pepeu/Secom A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife comemorou, nesta quinta-feira (19), seus 65 anos de atuação como uma das principais entidades de representação do comércio na capital e em Pernambuco. A celebração reuniu autoridades e lideranças do setor produtivo para marcar mais de seis décadas de contribuição ao fortalecimento do varejo local e à promoção da atividade econômica. Compromisso com os lojistas Com um universo de mais de 8 mil estabelecimentos associados, a CDL Recife tem papel ativo na defesa dos interesses dos lojistas e na articulação de parcerias institucionais. “Os 65 anos chegam com muita representatividade. Nós trabalhamos com o lojista, que é o nosso principal foco. Agradecemos as parcerias do Governo do Estado, principalmente a Polícia Militar, por meio da segurança, parceiro em todos os momentos”, afirmou o presidente da entidade, Fred Leal, que entregou um quadro comemorativo à governadora Raquel Lyra. Comércio como motor da economia Presente à cerimônia, a governadora destacou a força do setor de comércio e serviços em Pernambuco, bem como os investimentos públicos em infraestrutura e recuperação do Centro do Recife. “Pernambuco é terra de mascates, o comércio sempre foi um serviço muito forte na nossa região. Apesar de todas as adversidades, nosso setor de serviço e de comércio cresce, acompanhando aquilo que vem acontecendo no nosso estado ao longo dos últimos tempos”, declarou Raquel Lyra. Investimentos e crescimento do PIB Os dados recentes reforçam o bom momento vivido pelo setor. Apenas em 2024, Pernambuco investiu mais de R$ 2,8 bilhões, o que impulsionou um crescimento de 4,7% no Produto Interno Bruto (PIB), o maior dos últimos 15 anos. O ambiente favorável, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, é resultado da aproximação com o setor privado e da modernização de processos que impactam diretamente o ambiente de negócios.

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Copom eleva juros básicos da economia para 15% ao ano

Taxa Selic está no maior nível desde julho de 2006 (Da Agência Brasil) Apesar do recuo recente da inflação, as incertezas em relação à economia fizeram o Banco Central (BC) elevar os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano. Embora houvesse divisões, a decisão surpreendeu parte do mercado financeiro, que esperava a manutenção em 14,75% ao ano. Em comunicado, o Copom informou que deverá manter os juros em 15% ao ano nas próximas reuniões, enquanto observa os efeitos do ciclo de alta da Selic sobre a economia. No entanto, não descartou mais altas, caso a inflação suba. “Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, destacou o texto. “O comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, acrescentou o BC. Essa foi a sétima elevação seguida dos juros básicos. A Selic está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Esse deve ser o último aperto monetário, antes da interrupção no ciclo de alta, no segundo semestre. De setembro do ano passado a maio deste ano, a Selic foi elevada seis vezes. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual e uma de 0,5 ponto. Inflação A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial, recuou para 0,26%, mesmo com a pressão de alguns alimentos e da conta de energia. Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação. Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em junho de 2025, a inflação desde julho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em julho, o procedimento se repete, com apuração a partir de agosto de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano. No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 5,1% a previsão do IPCA para 2025, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de junho. As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,25%, quase 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,5%. O comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. A autoridade monetária prevê que o IPCA acumulado em 12 meses chegará a 4,9% em 2025 (acima do teto da meta) e 3,6% no fim de 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses. O Banco Central aumentou levemente as estimativas de inflação deste ano e manteve a do próximo. Na reunião anterior, de novembro, o Copom previa IPCA de 4,8% em 2025 e de 3,6% em 12 meses no fim do segundo trimestre de 2026. Crédito mais caro O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2025. O mercado projeta crescimento melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,2% do PIB em 2025. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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Educação e Aprendizado: A Revolução do Conhecimento com IA

Como a inteligência artificial está transformando o ensino, desafiando modelos tradicionais, levantando dilemas éticos e abrindo caminhos para uma educação mais inclusiva — ou mais desigual. *Por Rafael Toscano A inteligência artificial está mudando a maneira como aprendemos. E não se trata apenas de tecnologias novas em sala de aula, mas de uma transformação mais profunda: uma mudança na própria lógica do ensino. Em vez de um modelo único, centrado no professor como transmissor de conteúdo, começa a emergir um modelo adaptativo, centrado no aluno — um aprendizado sob medida, moldado por algoritmos que aprendem com o estudante. Sistemas de IA já conseguem identificar onde um aluno está com dificuldade, adaptar o conteúdo, mudar o ritmo e até sugerir novas abordagens de ensino. Essa personalização, que seria inviável para um único professor em uma sala cheia, torna-se possível com o apoio de plataformas inteligentes. O resultado? Um aprendizado mais eficiente, mais envolvente e mais respeitoso com as individualidades. Mas isso levanta uma pergunta importante: a quem pertence esse aprendizado? Quando a IA coleta dados sobre o desempenho dos alunos, seus hábitos de estudo, seus erros e acertos — como essas informações são usadas? A privacidade dos estudantes, especialmente de crianças e adolescentes, precisa ser tratada com o máximo cuidado. A promessa da personalização não pode se tornar uma ferramenta de vigilância. Além disso, há o risco de dependência tecnológica. Um aluno que só aprende com mediação algorítmica talvez tenha dificuldades em desenvolver habilidades que envolvem diálogo, escuta, improvisação — competências humanas que nascem do convívio. É fundamental lembrar que educar não é apenas transmitir informação, mas formar cidadãos, com senso crítico, empatia e capacidade de conviver com o diferente. A IA pode ser uma excelente aliada, desde que usada com responsabilidade. Pode corrigir automaticamente provas, gerar planos de aula, sugerir recursos pedagógicos e até simular experimentos complexos. Com isso, libera o professor para o que mais importa: o contato humano. O papel do educador, nesse novo cenário, não desaparece — ele se transforma. Ele deixa de ser apenas fonte de informação e passa a ser guia, curador, facilitador da aprendizagem. A IA também abre caminhos incríveis para a educação inclusiva. Alunos com deficiências visuais podem contar com softwares de leitura inteligente. Estudantes com dificuldades de aprendizagem podem ter conteúdos adaptados ao seu ritmo. E em comunidades remotas, tutores virtuais podem oferecer apoio que antes era impensável. A tecnologia, nesse contexto, é ponte — não barreira. Mas para que essas promessas se cumpram, é preciso enfrentar um problema estrutural: o acesso desigual à tecnologia. A revolução da IA na educação corre o risco de aprofundar desigualdades se apenas alguns puderem se beneficiar dela. É preciso garantir conectividade, equipamentos, formação de professores e políticas públicas que democratizem essas inovações. Outro ponto crítico é a formação ética dos próprios educadores. Professores precisam ser preparados não apenas para usar ferramentas de IA, mas para refletir sobre elas. Entender seus limites, seus impactos e seus potenciais. A alfabetização digital e ética passa a ser tão importante quanto ensinar matemática ou português. Há também um campo emergente e promissor: o uso da IA na pesquisa educacional. Com grandes volumes de dados, é possível entender melhor o que funciona no ensino, o que precisa ser melhorado, e como diferentes contextos influenciam o aprendizado. A IA pode nos ajudar a tomar decisões mais baseadas em evidências e menos em suposições. No entanto, é essencial manter o olhar humano. A empatia, a escuta ativa, o estímulo ao pensamento crítico — essas são qualidades que nenhuma IA, por mais avançada que seja, poderá replicar com a mesma intensidade. A educação, no fim das contas, é um encontro entre seres humanos. E é nesse encontro que o aprendizado mais profundo acontece. A inteligência artificial pode nos ajudar a ensinar melhor. Mas quem ensina a IA o que é importante ensinar? Quem define o que é essencial para o futuro de uma criança, de um jovem, de uma sociedade? Essas são perguntas que exigem mais do que programação. Exigem sabedoria, diálogo e compromisso com o humano. Por isso, a revolução do conhecimento que a IA traz não é apenas tecnológica. Ela é pedagógica. É filosófica. É política. E, acima de tudo, é uma oportunidade de reimaginar o papel da escola, do professor e do aluno no século XXI. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School, engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos e ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) da Prefeitura do Recife. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades

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