Arquivos Economia - Página 24 De 405 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Cesta básica sobe nas capitais e custa ao menos 40% do salário mínimo

Aumento é anotado em 13 das 17 cidades pesquisadas Da Agência Brasil, com informações adicionais do Dieese Levantamento de preços de itens de consumo básicos nas capitais do país identificou aumento no custo da cesta básica em janeiro deste ano em 13 das 17 cidades pesquisadas. A maior alta foi em Salvador (6,22%), seguida por Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%). As quatro cidades onde houve redução no valor global dos itens foram Porto Alegre (-1,67%), Vitória (-1,62%), Campo Grande (-0,79%) e Florianópolis (-0,09%). O levantamento – realizado desde 2005 - é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No Recife, o aumento foi de 1,76%, em relação ao mês de dezembro. Na comparação com janeiro do ano anterior, o valor da cesta básica do Recife subiu 8,76%. A cesta básica mais cara foi cotada em São Paulo, onde os alimentos que a compõem custam R$ 851,82, 60% do salário mínimo oficial (R$ 1.518). No Recife, a cesta básica custou em janeiro R$ 598,72, segundo o estudo. Em janeiro, segundo o levantamento do Dieese, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.156,15. Estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$ 3.279,00 em outubro de 2024, dado mais atual disponível. Valores A comparação, segundo o Dieese, é possível "com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência". Em janeiro de 2024, deveria ter ficado em R$ 6.723,41 ou 4,76 vezes o valor vigente. A inflação dos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 4,8%, valor próximo ao aumento indicado. As cidades do sul e sudeste estão entre as mais caras cotadas. Em Florianópolis, o valor médio da cesta básica foi de R$ 808,75, no Rio de Janeiro R$ 802,88, e, em Porto Alegre, R$ 770,63. Custo Curitiba, com R$ 743,69, Vitória com 735,31 e Belo Horizonte com R$ 717,51 completam o setor, mas foram superadas por Campo Grande (R$ 764,24), Goiânia (R$ 756,92) e Brasília (R$ 756,03). As capitais do Norte e Nordeste pesquisadas têm custos abaixo da metade do valor do salário mínimo. Em Fortaleza a cesta básica custou em média R$ 700,44, em Belém R$ 697,81, em Natal R$ 634,11, em Salvador R$ 620,23, em João Pessoa R$ 618,64, no Recife R$ 598,72 e em Aracaju R$ 571,43. A análise do Dieese liga o aumento da cesta básica ao comportamento de três itens principais: o café em pó, que subiu em todas as cidades nos últimos 12 meses; o tomate, que aumentou em cinco cidades, mas diminuiu em outras 12 nesse período, mas teve aumento acima de 40% em Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, por conta das chuvas; e o pão francês, que aumentou em 16 cidades pesquisadas nos últimos 12 meses, o que se atribui a uma "menor oferta de trigo nacional e necessidade maior de importação, nesse cenário de câmbio desvalorizado". O reajuste poderia ter sido maior, porém, foi contido por itens como a batata, que diminuiu em todas as capitais no último ano, o leite integral, que, apesar do reajuste durante o ano, teve queda em 12 cidades em dezembro, e o arroz agulhinha e o feijão preto, que têm caído de preço nos últimos meses por conta de aumento na oferta.

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Vista aérea diurna da BR 232 - em Pernambuco, com dezenas de carros

A BR-232 e o futuro econômico de Pernambuco

Dentre vários condicionantes, o desenvolvimento regional assenta-se sobre duas propostas: educação e logística. Em se tratando do primeiro tema, vários documentos, matérias e crônicas têm registrado a importância ímpar da expansão do ensino técnico e superior ocorrido a partir de 2004, quando dezenas de universidades, mais de 100 campi foram abertos no interior do Brasil, destacando-se a região Nordeste. No caso de Pernambuco a presença dos institutos e universidades federais, somando-se à interiorização da UPE (Universidade de Pernambuco) e seguindo-se das escolas e faculdades privadas, permitiu que a juventude que mora fora da região metropolitana tivesse acesso ao ensino superior. Há alguns desafios a serem pontuados em uma outra oportunidade. Debruçando-se um pouco sobre o mapa de Pernambuco, há de se considerar que um grupo de grandes e médios municípios se encontram à sua margem, iniciando-se pelo Recife, Moreno, Vitória de Santo Antão, Pombos, Gravatá, Bezerros, Caruaru, São Caetano, Tacaimbó, Belo Jardim, Sanharó, Pesqueira, Arcoverde, Custódia, Serra Talhada, Salgueiro e Parnamirim. Este traçado, desde o início do Século 19, conforme é tão bem documentado pelo engenheiro Maurício Pina em seu livro BR-232 – Um Caminho de Engenharia e História, representa a rota preferencial entre o leste-oeste do Estado. Também não é difícil verificar que nesta relação encontram-se várias cidades com população superior a 80 mil habitantes e que representam polos dinâmicos da economia regional, destacando-se a capital, Vitória de Santo Antão, Gravatá, Caruaru, Belo Jardim, Pesqueira, Arcoverde, Serra Talhada e Salgueiro. O surpreendente é ver que são poucas as lideranças que têm levantado de forma sistemática e consistente a urgência da duplicação desta rodovia como condição sine qua non para o desenvolvimento pernambucano. Para a maioria dos gestores das instituições públicas, normalmente sediadas no Recife, há de se considerar que não tenham a real dimensão do que representa o Estado e por isso facilmente se veem envolvidos em outras questões que, apesar de importantes, não se assemelham a essa. Entretanto, em se tratando de gestores municipais e das bancadas estaduais e federais, é algo pouco compreensível. Será que essas lideranças não trafegam nessa rodovia? Considerando que os aeroportos do interior estão instalados em Caruaru, Serra Talhada, Araripina e Petrolina, é quase certo que venham ao Recife ou tenham que ir a Brasília quase todas as semanas. Em dias normais, o tráfego para quem se desloca pelo Sertão é congestionado em vários trechos, tornando-se um exercício de paciência entre Arcoverde e São Caetano, quando se encontra o segmento duplicado da rodovia. Neste sentido é incompreensível não haver um movimento arco-íris, congregando as lideranças, independente de partidos ou ideologia para lutar por esta causa. GOVERNAR É ELEGER PRIORIDADES, FUNDAMENTALMENTE Nos últimos meses voltou à discussão a duplicação da rodovia no trecho entre São Caetano e Serra Talhada, havendo o governo estadual destinando algo ao redor de R$ 50 milhões para o projeto técnico. Lembrando que, no governo anterior, havia sido aberta a licitação visando o projeto entre São Caetano e Custódia, não saindo do ponto inicial, ao que consta. Aguarda-se pela apresentação do projeto para que se possam iniciar as negociações com o Governo Federal, que mantém a jurisdição sobre a estrada, de forma a que se destine os recursos para a obra em si. Apesar dos anúncios, fogos, rojões e outdoors, o fato é que essa é uma tarefa que exigirá foco, esforço e meios. Colocar o projeto na pasta e partir para Brasília faz parte do manual, mas seria importante contar com os deputados e senadores de Pernambuco abraçando a ideia e destinando ao menos as emendas de bancada de um ano como contrapartida coletiva à obra, o mesmo podendo se esperar dos gestores das cidades diretamente ligadas ao seu traçado. DA HIPÓTESE AO FATO A obra de Maurício Pina é rica em detalhes e comenta o esforço de um número expressivo de políticos e engenheiros pernambucanos e até do exterior que esteve envolvido no planejamento, construção e financiamento dessa obra, destacando alguns como o engenheiro Abdias de Carvalho que, com toda a justiça, empresta seu nome à avenida pela qual se inicia a rodovia no Recife, passando por governantes como Nilo Coelho e Jarbas Vasconcelos. A decisão do governador Jarbas em destinar parte substancial da privatização da Celpe para duplicar o trecho da BR-232, compreendido entre o Recife e São Caetano, foi a mais importante decisão estratégica tomada por um governante de Pernambuco nos últimos 30 anos. Pois bem, que todos estejam juntos em um movimento que transforme a hipótese em fato e que se estabeleça um plano de médio prazo que vise à ligação Recife-Araripina e Recife-Petrolina com estradas duplicadas, com anéis viários, onde se fizerem necessários, e as obras complementares de pontes, viadutos e vias paralelas, demandadas. Aguarda-se também a conclusão da ferrovia Transnordestina. Uma outra luta não menos árdua, mas que fica para outra hora. No momento, que se trabalhe na duplicação do que existe e está em uso permanente, a BR-232. *Por Geraldo Eugênio, professor da UFRPE em Serra Talhada

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Indústria brasileira cresce 3,1% em 2024, mas enfrenta desafios no fim do ano

Expansão foi a terceira maior em 15 anos, impulsionada pelo emprego e renda, mas juros altos frearam o setor no último trimestre A produção industrial brasileira encerrou 2024 com crescimento de 3,1% em relação ao ano anterior, conforme a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. Esse resultado foi o terceiro maior dos últimos 15 anos, ficando atrás apenas de 2010 (10,2%) e 2021 (3,9%). O desempenho positivo foi impulsionado pelo aumento do emprego, da renda e do consumo das famílias. No entanto, a indústria ainda opera 15,6% abaixo do pico registrado em maio de 2011. Apesar do crescimento anual expressivo, a produção industrial registrou quedas sucessivas nos últimos três meses do ano. Em dezembro, houve retração de 0,3%, acumulando perda de 1,2% no trimestre. Segundo o IBGE, a desaceleração foi impactada pela elevação da taxa Selic, que subiu de 10,5% para 13,25% no segundo semestre, além da valorização do dólar e do aumento da inflação, que fechou o ano em 4,83%. “A confiança de empresários e consumidores foi afetada pelo aperto monetário e pelos custos mais altos”, explica André Macedo, gerente da pesquisa. A expansão de 2024 foi disseminada entre diferentes segmentos, com crescimento nas quatro grandes categorias econômicas e em 20 dos 25 ramos industriais pesquisados. O setor de bens de consumo duráveis e os intermediários tiveram destaque, beneficiados pela maior massa salarial e pela ampliação do crédito no primeiro semestre. No entanto, o cenário mudou nos últimos meses do ano, com a alta dos juros reduzindo a demanda e impactando investimentos na indústria. O futuro do setor dependerá da política econômica e da trajetória da Selic. Se os juros começarem a cair em 2025, a indústria pode recuperar o fôlego. Enquanto isso, o setor segue cauteloso, equilibrando crescimento e desafios estruturais.

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Consumo das famílias cresce no Recife, mas empresários enfrentam desafios

Confiança dos consumidores sobe com renda e emprego, enquanto varejo sente impacto da Selic e dos custos operacionais O Índice de Consumo das Famílias (ICF) no Recife iniciou 2025 em alta, impulsionado pela recuperação da renda, controle da inadimplência e aumento do emprego formal. De acordo com a Fecomércio-PE, os consumidores estão mais confiantes para gastar, favorecendo setores como supermercados e farmácias. Apesar do avanço, a informalidade e a inflação ainda são desafios para o cenário econômico ao longo do ano. Por outro lado, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) apresentou queda de 3,4% em janeiro, refletindo a incerteza econômica. A alta da taxa Selic, a valorização do dólar e o aumento dos combustíveis pressionaram os custos operacionais, levando empresários a reduzir investimentos e contratações. “O aumento da taxa Selic encarece o crédito tanto para consumidores quanto para as empresas, reduzindo a disposição para novos investimentos e, consequentemente, o ritmo da atividade econômica”, destaca Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE. O impacto desse cenário já pode ser observado no mercado de trabalho, com uma redução de 2,8% na expectativa de contratações e um recuo de 2,5% nos investimentos das empresas. Além disso, a confiança na economia brasileira caiu 7%, enquanto a percepção do comércio teve retração de 8,2%, indicando uma postura mais cautelosa dos empresários. O presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, reforça a resiliência do setor comercial, apesar dos desafios. “Os empresários estão atentos às oscilações do mercado, mas é importante destacar que o comércio tem uma capacidade de adaptação muito forte. A expectativa é que uma futura redução da inflação e possíveis ajustes na política econômica tragam um alívio ao setor nos próximos meses”, afirma. A Fecomércio-PE segue monitorando o mercado por meio de pesquisas econômicas e sondagens setoriais, auxiliando empresários e consumidores a tomarem decisões estratégicas diante do atual cenário econômico.

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Morada da Paz Paulista

Setor de death care cresce e Morada da Paz amplia atuação em Pernambuco

Empresa registra aumento de 6% no estado O mercado de death care no Brasil, que envolve serviços funerários e suporte às famílias enlutadas, movimenta anualmente cerca de R$ 13 bilhões. Impulsionado pela busca por soluções personalizadas e acessíveis, o setor vem registrando expansão expressiva. Em Pernambuco, o Grupo Morada apresentou crescimento de 6% entre janeiro e novembro de 2024, reforçando sua liderança na região. Entre os serviços que impulsionaram esse avanço está a Assistência Funeral Morada da Paz Essencial, que registrou um aumento de 27% nas adesões no estado. “Nos últimos anos, temos observado um crescimento significativo na procura pelos serviços funerários e cemiteriais do Morada da Paz em Pernambuco. Esse aumento reflete a conscientização da população sobre a importância do planejamento funerário e, principalmente, a confiança no atendimento de excelência que oferecemos, consolidando nossa posição como referência no setor”, destaca Jarlyson Rocha, gerente comercial do Grupo Morada. A empresa também investe em alternativas sustentáveis, como urnas biodegradáveis e processos que reduzem impactos ambientais, atendendo à demanda crescente por práticas ecológicas no setor. Outro diferencial é a ampliação dos serviços voltados para animais de estimação, oferecidos pelo Morada da Paz Pet. “Registramos um aumento expressivo na procura pelos serviços funerários pet em relação ao mesmo período do ano anterior, o que evidencia o papel dos pets como membros da família. Nosso compromisso é oferecer um atendimento acolhedor e respeitoso, buscando amenizar a dor da perda com cuidado e empatia”, acrescenta Jarlyson.

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Expansão dos Data Centers exige investimento e qualificação

O setor de data centers no Brasil está em plena expansão, mas enfrenta desafios como a necessidade de investimentos em infraestrutura e a qualificação de profissionais. “A perspectiva para o mercado de data centers no Brasil é de crescimento acelerado, com a previsão de triplicar a capacidade instalada atual até 2029, o que representará um investimento de aproximadamente R$ 100 bilhões”, afirmou Renan Lima Alves, presidente da ABDC (Associação Brasileira de Data Centers). O executivo destaca que “o data center é a espinha dorsal da transformação digital” e ressalta a importância de políticas públicas para impulsionar o segmento. Segundo ele, a regulamentação adequada e incentivos podem atrair novos players e fortalecer o ecossistema digital do País. Pernambuco recentemente teve o anúncio da Um Telecom de um investimento de R$ 300 milhões. Além da infraestrutura, a formação de mão de obra qualificada é um ponto crítico para acompanhar o crescimento do setor. Para entender o potencial desse mercado, em que Pernambuco está entrando, publicamos uma entrevista com Renan Lima no site: algomais.com/renanlima Fiepe e Corecon-PE promovem debate sobre economia em 2025 A Fiepe e o Corecon-PE (Conselho Regional de Economia de Pernambuco) promovem, no dia 12 de fevereiro, das 14h às 18h, o evento Perspectivas e Desafios para as Economias Brasileira e Pernambucana em 2025. O encontro, que acontecerá na sede da Fiepe, reunirá especialistas para discutir os rumos da economia, com participação do economista Jorge Jatobá, que analisará o cenário nacional, e do secretário executivo de Atração de Investimentos de Pernambuco, Maurício Laranjeira, que abordará os desafios e oportunidades do Estado. O evento é gratuito e aberto ao público, com inscrições pelo link: Sympla. PERNAMBUCO SEDIARÁ CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE ADAPTAÇÃO CLIMÁTICA Entre os dias 12 e 16 de maio, o Recife receberá a 19ª edição da CBA 19 (Conferência Internacional sobre Adaptação Comunitária às Mudanças Climáticas), tornando-se a primeira localidade da América Latina a sediar o evento. Organizada pelo IIED (International Institute for Environment and Development), em parceria com o Governo de Pernambuco e o ICS (Instituto Clima e Sociedade), a conferência reunirá especialistas e lideranças globais para debater soluções inovadoras de adaptação climática. NOVA DIRETORIA DO CRA-PE TOMA POSSE E ANUNCIA AÇÕES PARA FORTALECER A CATEGORIA O CRA-PE (Conselho Regional de Administração de Pernambuco) realizou na semana passada, a cerimônia de posse da nova diretoria para o biênio 2025/2026, coincidindo com as comemorações pelos 60 anos da regulamentação da profissão de administrador no Brasil. Mychel Paes Barreto assumiu a presidência, com Jefferson Araújo como vice, e anunciou iniciativas como a criação de mais de 10 Comissões Especiais para atender áreas como gestão pública, ESG e transformação digital, além da nomeação de representantes em instituições de ensino superior do interior do Estado. VENDA DE MOTOS CRESCE EM PERNAMBUCO E ATINGE MAIOR ALTA EM 10 ANOS Pernambuco registrou um aumento de 6,5% na frota de motocicletas em 2024, o maior crescimento em uma década. A alta foi impulsionada pelo uso de motos para delivery e transporte de passageiros, além do crédito facilitado que ampliou o acesso ao financiamento. O Sicredi destacou que a demanda por crédito para aquisição de motos tem crescido.

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renan lima abdc

"O data center é a espinha dorsal da transformação digital"

ABDC busca fortalecer o setor e impulsionar a infraestrutura digital no Brasil. Confira a entrevista com o presidente da Associação Brasileira de Data Centers (ABDC), Renan Lima. Renan Lima, cofundador e presidente da Associação Brasileira de Data Centers (ABDC), destaca o papel estratégico dos data centers na economia digital e os desafios para a expansão da infraestrutura no país. Em entrevista, ele aborda a importância da regulamentação, incentivos para investimentos e a necessidade de qualificação profissional para acompanhar o crescimento do setor. Qual a perspectiva de crescimento do setor de Data Centers no Brasil nos próximos anos? O cenário atual é satisfatório? A perspectiva para o mercado de Data Centers no Brasil é de crescimento acelerado, com a previsão de triplicar a capacidade instalada atual até 2029, o que representará um investimento de aproximadamente R$ 100 bilhões. Este crescimento está sendo impulsionado por fatores como a digitalização das empresas, o avanço do cloud computing, o edge computing e, principalmente, pela crescente demanda gerada pela Inteligência Artificial (IA), que exige grandes Data Centers tanto para o processamento de inferências quanto para o treinamento de novos algoritmos. Embora esse crescimento represente um avanço significativo, ainda corresponde a um market share pequeno em relação ao volume global de investimentos no setor. Por exemplo, apenas nos Estados Unidos, foram anunciados investimentos superiores a R$ 3 trilhões em Data Centers nos próximos anos. Apesar disso, o Brasil possui vantagens competitivas que o tornam altamente atrativo para investidores internacionais, como: Esses fatores posicionam o Brasil como um dos destinos mais promissores para atrair uma parcela significativa dos investimentos globais em Data Centers, especialmente em um momento de expansão exponencial da economia digital e de maior ênfase na sustentabilidade. Hoje a maioria dos Data Centers está concentrado em São Paulo? A maior parte dos Data Centers no Brasil está concentrada em São Paulo, principalmente devido à alta densidade populacional e econômica da região. Esses fatores são fundamentais para o desenvolvimento de grandes campus de Data Centers voltados ao Cloud Computing, uma vez que garantem proximidade com clientes, maior demanda e uma infraestrutura de telecomunicações bem desenvolvida. Contudo, a descentralização dessa infraestrutura é crucial para atender a novas demandas estratégicas e impulsionar o desenvolvimento regional. Qual a importância de descentralizar essa infraestrutura? A descentralização, dentro da estratégia de Edge Computing, é essencial para levar o processamento computacional mais próximo das operações na ponta, o que reduz a latência e viabiliza serviços de alta performance, como a Internet das Coisas, veículos autônomos e aplicativos que exigem resposta em tempo real. Esse movimento não apenas moderniza a indústria, mas também promove o desenvolvimento econômico em regiões menos exploradas, ao descentralizar a concentração de investimentos tecnológicos. Além disso, os grandes Data Centers voltados para treinamento de algoritmos de inteligência artificial, que não exigem baixa latência por não precisarem estar próximos aos usuários, podem ser estrategicamente localizados em regiões fora do eixo tradicional. O Nordeste é um exemplo promissor, pois combina vantagens estratégicas como ser o ponto de chegada de grande parte dos cabos submarinos que conectam o Brasil ao resto do mundo e possuir uma matriz energética majoritariamente renovável, com destaque para a produção de energia eólica e solar. Essa localização também minimiza custos com infraestrutura elétrica, já que a proximidade com a geração reduz a necessidade de grandes investimentos em transmissão e distribuição. Portanto, a descentralização da infraestrutura de Data Centers não é apenas uma questão de eficiência operacional e redução de custos, mas também uma oportunidade de equilibrar o desenvolvimento tecnológico no país, promovendo maior integração regional e competitividade no mercado global. Quais as políticas públicas que a associação pleiteia para incentivar a instalação de mais infraestruturas dessa no País? A associação identifica três políticas públicas essenciais para impulsionar a instalação de mais Data Centers no Brasil. A primeira diz respeito à facilidade de conexão elétrica com a rede. Hoje, o processo para grandes consumidores, que demandam acima de 100 MW, é excessivamente demorado, levando cerca de um ano e meio para sua aprovação. Esse procedimento envolve a concessionária de energia, o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Apesar de reconhecermos a complexidade da rede interconectada brasileira, o contexto global impõe uma criticidade alta, já que o país enfrenta uma oportunidade única de atrair esses investimentos. Os prazos prolongados criam incertezas que acabam afastando clientes finais dos Data Centers brasileiros, direcionando-os para países com processos mais ágeis. A segunda política prioritária é a redução e estabilidade tributária para GPUs e supercomputadores voltados à inteligência artificial. O Brasil não possui uma indústria nacional de fabricação desses equipamentos e enfrenta competição com países que oferecem benefícios fiscais claros e abrangentes para Data Centers. Um exemplo é o estado da Virgínia, nos Estados Unidos, que se tornou o maior hub global de Data Centers graças aos incentivos fiscais. Cerca de 90% dos projetos na região não seriam instalados sem essas vantagens. No Brasil, os benefícios tributários existentes, como os Ex-tarifários, são limitados, pois a classificação de produtos é restrita e requer constante renovação sem garantias de longo prazo. A insegurança gerada por essa inconstância desestimula grandes investidores que planejam investir no país por longo prazo, mas enfrentam altos impostos e/ou inseguranças tributárias de longo prazo. O terceiro ponto pleiteado é uma regulamentação de inteligência artificial favorável. Após solucionar os desafios da matriz elétrica e dos benefícios fiscais, este se torna o próximo fator decisivo para atrair investimentos. Uma regulamentação restritiva pode afastar grandes empresas de tecnologia e TI que buscam expandir suas operações no Brasil. A indústria de IA ainda está em sua fase inicial, e suas implicações indiretas são pouco compreendidas. Por isso, é essencial que o governo trabalhe em conjunto com entidades de classe, o setor privado e as grandes empresas de tecnologia para desenvolver políticas que promovam segurança jurídica e garantam o crescimento dessa indústria emergente. Essas três frentes — conexão elétrica eficiente, redução e estabilidade tributária, e regulamentação favorável à inteligência artificial — são pilares fundamentais para posicionar o

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Mercado financeiro projeta inflação de 5,51% este ano

Estimativa está acima do teto da meta de inflação, definida pelo CMN (Da Agência Brasil) A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, passou de 5,5% para 5,51% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (3), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Há quatro semanas a projeção era de que a inflação fechasse o ano em 4,99%. Para 2026, a projeção da inflação também subiu de 4,22% para 4,28%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,9% e 3,74%, respectivamente. A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país), a projeção do mercado financeiro é de 2,06% este ano, a mesma da semana passada. Há quatro semanas, a previsão era de que o crescimento da economia fechasse o ano em 2,02%. Para 2026, o boletim mostra uma projeção de crescimento do PIB de 1,72%. Já para 2027 e 2028, a projeção de expansão da economia é de 1,96% e de 2%, respectivamente. Juros Em relação à taxa básica de juros, a Selic, o Focus manteve a projeção da semana passada, de 15% para este ano, projeção que se mantém há quatro semanas. Para 2026, a projeção do mercado financeiro é que a Selic fique em 12,5%. Para 2027, a projeção é de uma taxa de juros de 10,38% e de 10%, em 2028. Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a Selic, elevada para 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada. Essa foi a quarta alta seguida da Selic, que está no maior nível desde setembro de 2023, quando também estava em 13,25% ao ano. O colegiado aumentou a Selic em 1 ponto percentual, com a justificativa de incertezas em torno da inflação e da economia global, da alta recente do dólar e dos gastos públicos. A medida foi criticada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante coletiva para apresentar o resultado da geração de empregos no Brasil, que fechou o ano de 2024 com saldo positivo de 1.693.673 empregos formais. Os juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Além disso, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. Câmbio Em relação ao câmbio, a previsão de cotação é de R$ 6 para este ano, a mesma projeção para 2026. Para 2027, o câmbio também deve cair, segundo o Focus, para R$ 5,93, subindo novamente para R$ 6, em 2028.

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Recife lidera geração de empregos em Pernambuco em 2024

Recife encerrou 2024 com saldo positivo de 20.391 empregos com carteira assinada, representando um terço das vagas formais criadas em Pernambuco no ano. O crescimento de 3,78% no município superou a média nacional de 3,72%, consolidando a capital como um dos principais polos econômicos do Nordeste. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O setor de Serviços liderou as contratações, com 140.517 novos postos, seguido pelo Comércio (46.440) e Construção (25.545). “O resultado reafirma a força econômica da cidade, com potencial de geração de renda e emprego formal”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico do Recife, Carlos Andrade Lima. Grupo Mateus amplia presença em Pernambuco com nova loja em Jaboatão O Grupo Mateus segue sua expansão em Pernambuco e inaugura, no dia 31 de janeiro, um Mix Mateus em Jaboatão dos Guararapes. A unidade, que combina atacado e varejo, contará com um departamento do Eletro Mateus e gerará 296 empregos diretos e 227 temporários. Com mais de 4 mil m² de área de vendas e 236 vagas de estacionamento, a loja está localizada na Av. Doutor Júlio Maranhão, 1098. Presente em Pernambuco desde 2022, a empresa já soma 13 lojas no estado e pretende ampliar sua atuação na região. “Temos grandes planos para Pernambuco e iremos continuar investindo”, afirmou Jesuíno Martins, CEO do Grupo Mateus. A nova unidade faz parte do cronograma de expansão da terceira maior rede de varejo alimentar do Brasil, que opera em nove estados do Norte e Nordeste. Fricon comemora 30 anos no Brasil com alta confiança dos clientes e foco em sustentabilidade A multinacional Fricon começa 2025 com motivos para celebrar. Pesquisa do Instituto PHD revelou que 98% dos entrevistados consideram a empresa confiável, enquanto mais de 90% aprovam a qualidade dos produtos, destacando o alto nível de satisfação dos clientes. Com fábrica em Paulista, no Grande Recife, a Fricon é referência internacional em equipamentos de refrigeração e conservação de alimentos e bebidas, atendendo grandes marcas como Nestlé, Coca-Cola e Heineken, e com presença em 20 países. Em 2024, a empresa foi reconhecida pelo Ministério do Meio Ambiente por sua contribuição ao Protocolo de Montreal e recebeu a certificação Great Place to Work, consolidando seu compromisso com qualidade e bem-estar. Além disso, a Fricon tem apostado em sustentabilidade com sua linha Eco Friendly, que utiliza tecnologia própria e foi pioneira no Brasil. A empresa também renovou o ISO 9001-2015, reafirmando seu compromisso com a excelência. Para Márcio Campos, superintendente de negócios da marca, 2025 será um ano de crescimento contínuo, com a qualidade, inovação e valorização dos colaboradores e clientes como pilares fundamentais para o sucesso das próximas décadas da Fricon no Brasil. iFood abre inscrições para programa exclusivo de contratação de mulheres em tecnologia O iFood lançou a primeira edição do programa "Elas são Tech", um processo seletivo voltado exclusivamente para a contratação de mulheres engenheiras de software, com inscrições abertas até 6 de fevereiro. A iniciativa busca aumentar a representatividade feminina na área de tecnologia da empresa, que hoje conta com 31% de mulheres na equipe. O processo seletivo inclui um desafio de programação e entrevistas presenciais em Osasco (SP), com custeio de translado para candidatas de fora da cidade. Além disso, no dia 20 de fevereiro, o iFood promoverá um evento híbrido para as participantes, oferecendo palestras, networking e troca de experiências com executivas da empresa. "As mulheres no iFood trazem inovação e uma perspectiva única, e as novas profissionais devem buscar aprendizado contínuo, acreditar em si mesmas e ocupar seus espaços com coragem", destaca Tane Mastria, Engineering Manager no iFood. As selecionadas terão acesso a benefícios como trabalho remoto, assistência médica e odontológica, vale-alimentação ou refeição, seguro de vida e incentivos para desenvolvimento profissional. As inscrições podem ser feitas pelo site oficial do iFood. Faculdade Senac PE oferece oficinas gratuitas em fevereiro A Faculdade Senac Pernambuco promove quatro oficinas gratuitas na área de gestão, com temas como currículo, inglês empresarial, branding e tecnologia NFC na logística. As atividades acontecem das 18h às 22h, no Laboratório 1402 e na Sala Maker. A programação inclui “Como elaborar um currículo de sucesso” (3/2), “Inglês para negócios” (10/2), “Marcas que Vendem” (11/2) e “Logística inteligente com NFC e RFID” (13/2). As inscrições são gratuitas pelo site www6.pe.senac.br/evento/inscrição. Informações: (81) 3413-6666.

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Pernambuco fecha 2024 com alta de 21,9% na geração de empregos formais

Estado criou 62,2 mil novos postos de trabalho e se destacou como o segundo maior empregador do Nordeste Pernambuco encerrou 2024 com saldo positivo na geração de empregos formais, registrando a criação de 62,2 mil novas vagas com carteira assinada. O número representa um crescimento de 21,9% em relação a 2023, quando o Estado contabilizou 51 mil postos. Com esse resultado, Pernambuco se consolidou como o segundo maior gerador de empregos do Nordeste e o oitavo do país, segundo dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A governadora Raquel Lyra celebrou os avanços no mercado de trabalho estadual. “Estes são números que nos deixam muito felizes, pois mostram que Pernambuco está no caminho certo, retomando seu lugar de liderança no Nordeste e no Brasil. Tudo isso é fruto de um trabalho incansável, feito a muitas mãos, e o mais gratificante é saber que o melhor ainda está por vir”, afirmou. Entre os destaques do levantamento, está a maior equidade na distribuição de empregos: em 2024, 48,5% das vagas foram ocupadas por mulheres, um crescimento expressivo em relação a 2023, quando a participação feminina foi de 36,7%. Os setores que mais impulsionaram a criação de empregos foram Serviços, com 35.853 novas vagas, seguido pelo Comércio (13.482) e Indústria (6.558). A Construção civil e a Agropecuária também apresentaram saldo positivo, com 6.097 e 238 postos, respectivamente. Mesmo com o avanço no acumulado do ano, dezembro seguiu a tendência nacional de desligamentos sazonais, encerrando o mês com um saldo negativo de 10,4 mil vagas em Pernambuco.

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