Arquivos Economia - Página 254 De 411 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

Transferências de mercadorias entre estabelecimentos do mesmo contribuinte paga ICMS?

Por Luiz José de França* O STF, na semana passada, procedeu o julgamento em repercussão geral do tema extremamente relevante para descomplicar e simplificar o processo de tributação nas chamadas transferências de mercadorias entre estabelecimentos do mesmo contribuinte. Este assunto, já era sumulado pelo STJ, desde 1991, com a seguinte rubrica: “Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.” (Sumula 166. STJ). Agora, na semana passada, no julgamento em recurso de agravo em recurso extraordinário, oriundo do Estado de Mato Grosso do Sul, em sede de repercussão geral (vale para todos indistintamente, na mesma situação) (ARE 1255885-MS) decidiu que: “Não incide ICMS no deslocamento de bens de um estabelecimento para outro do mesmo contribuinte localizados em estados distintos, visto não haver a transferência da titularidade ou a realização de ato de mercancia” A situação é a seguinte: estabelecimento que tenha negócios no Estado “A” poderá promover as transferências de suas mercadorias para o Estado “B” sem incidência de ICMS nesta transferência. O alcance desta decisão é gigantesco e se coaduna com a necessária simplificação de parte do nosso “manicômio” tributário. Diversas empresas têm filiais e sede em estados diversos, por razões mercadológicas, de cadastro e de logística integrada e, muitas vezes, para perseguir esta expansão de mercado. Mesmo nas empresas de porte médio e pequeno (poderia aqui citar o exemplo das empresas de cosméticos, produtos de higiene e limpeza e as de varejo e atacado de alimentos) terminam por abrir filiais em outros estados para permitir uma maior competividade e escoamento. A cobrança indistinta do ICMS pelos estados neste caso, atrasa o desenvolvimento dos negócios e a empregabilidade. Pela regra exigida hoje nas suas legislações, “ipse literis”, pelos Estados (que passa a ser flagrantemente contra a Constituição Federal com a decisão supramencionada), se as mercadorias vêm em transferência, o ICMS é cobrado, na fronteira, como se fosse uma outra operação. Como se houvesse uma venda. E isso foi definitivamente rechaçado pelo STF. De outro lado, da mesma decisão, se pode extrair que se as mercadorias são do mesmo contribuinte (como já afirmava lá atrás a sumula 166 do STJ e a decisão do STF), pensamos que não se pode cobrar nas transferências internas também. Não há venda quando se transfere, por exemplo, de uma central de distribuição ou de uma unidade do mesmo contribuinte que esteja situada em Recife e outra em Carpina. O que há é a circulação física do bem de propriedade do mesmo contribuinte, da qual a mercadoria é espécie para fins de venda futura a terceiros, seja um comprador pessoa física, seja venda para outra empresa. Assim, surge, com esta decisão a possibilidade de as empresas melhorarem o seu planejamento fiscal, assim como perseguirem judicialmente – se for o caso – a extensão deste direito para as transferências internas, posto que não há qualquer diferença entre transferir de um estado para o outro (de um estabelecimento para outro do mesmo contribuinte) e dentro do Estado, mantendo-se materialmente o mesmo entendimento da importante decisão do STF. _______________________________________________________________________ *Advogado, consultor jurídico da ASPA, sócio de França Advogados Consultoria Jurídica e Advocacia.

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"Estamos trabalhando mais para obter o mesmo resultado"

Daniel Lopes, pesquisador do Centro de Estudos em Inovação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV, coordenou uma pesquisa sobre home office no Brasil no atual período da pandemia. Em entrevista para a matéria de capa da última edição da Algomais, ele comentou um pouco sobre os resultados e acerca de alguns comportamentos relacionados à desmotivação e às dificuldades dos brasileiros de se adaptarem ao trabalho em casa. O estudo, por exemplo,apontou que 56% dos brasileiros têm dificuldade de equilibrar atividades profissionais e pessoais no isolamento social. O levantamento realizado pela instituição expôs ainda que para 45,8% dos profissionais houve aumento da carga de trabalho. Quais os principais motivos de insatisfação dos profissionais com o "novo normal" do trabalho, com o aumento do home office e do uso intenso das vídeoconferências? Como em qualquer grande mudança, o "novo normal" está trazendo desafios de adaptação para os profissionais. A pesquisa mostrou que equilibrar a rotina trabalhando no mesmo local do descanso e do lazer (ou seja, dentro de casa) é difícil e muitas vezes leva à exaustão. Pode ser cedo para identificar isso como um motivo de insatisfação, pois o cenário da pandemia é visto como algo fora do normal e existe uma certa tolerância com o tempo de resposta das empresas e das pessoas frente ao desafio. Vocês conseguiram identificar na pesquisa ou poderiam apontar os principais motivos da desmotivação e do excesso de cansaço dos profissionais com o trabalho home office? Na pesquisa nós não perguntamos quais os motivos da desmotivação e do cansaço no trabalho remoto. No entanto, identificamos algo interessante: não existe uma relação direta entre estar cansado ou ter dificuldade em trabalhar em home office com estar desengajado no trabalhado. Esta relação só existe quando é mediada pela sensação de insatisfação. Isso quer dizer que muitas pessoas mesmo cansadas com a nova rotina (ou até a falta dela) ou com dificuldades de adaptar o trabalho ainda estão se mantendo engajadas. Isso é normal quando estamos enfrentando um desafio novo: por mais difícil ou cansativa que a tarefa seja nós nos mantemos engajados se outros fatores ainda estão presentes (como reconhecimento, autonomia, respeito, sensação de pertencimento e, também, uma remuneração adequada). Que caminhos as empresas estão traçando ou deveriam trilhar para minimizar os problemas relacionados a desmotivação e ao cansaço dos profissionais nas novas modalidades de trabalho? Como eu mencionei anteriormente, o cansaço e a dificuldade de trabalhar em home office não se traduzem em desmotivação automaticamente, mas se as empresas não derem uma resposta adequada para a adaptação ao "novo normal" é provável que os profissionais passem a se sentir desmotivados e com uma sensação de "abandono". Estamos percebendo algum movimento no sentido de fornecer um ambiente e uma infraestrutura condizentes com as necessidades ergonômicas para o trabalho de escritório. Empresas têm enviados equipamentos, assessórios e até móveis como cadeiras e mesas de escritório para os seus colaboradores. Outro ponto importante é o fornecimento de suporte para o uso das ferramentas digitais que estão sendo utilizadas para o trabalho remoto. Neste caso, mais importante do que somente o aprendizado técnico da ferramenta, os colaboradores precisam estar cientes das boas práticas de uso destas ferramentas. Há de fato no cenário do trabalho no País hoje um aumento das jornadas de trabalho ou isso é um fator mais da percepção dos profissionais pelo fato de não mais separarem o ambiente doméstico do ambiente profissional? Ainda é cedo para afirmar se as pessoas estão realmente trabalhando mais. A dificuldade de separar o ambiente doméstico e profissional pode ser responsável por essa percepção. Outro ponto é que a produtividade pode ter sido afetada e na verdade estamos trabalhando mais para obter o mesmo resultado. Isso pode ter sido mais presente justamente no início da pandemia quando a pesquisa foi realizada. Existe a necessidade natural de um tempo de aprendizado para retomar a produtividade aos níveis anteriores à pandemia. O que a pesquisa mostrou é que profissionais que já trabalhavam de forma remota pelo menos uma vez na semana se adaptaram melhor a essa nova situação.

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Webinar ensina a investir na bolsa de forma gratuita e online

Hoje (terça, dia 1, às 19h30), Rodrigo Galdino, trader profissional com mais de 10 anos de experiência estará realizando um webinar, gratuito pelo youtube (canal Trade 2 Win), para ensinar as pessoas a operar na bolsa de valores a modalidade Swing Trade e dar os primeiros passos para se tornar um investidor, mesmo que que o interessado não tenha tempo para acompanhar o mercado diariamente. Com a taxa de juros a 2% no Brasil os investimentos em renda fixa estão ficando cada vez menos atrativos e o Brasileiros começam a procurar outras formas para rentabilizar um pouco mais suas economias, neste sentido o investimento em renda variável vem crescendo muito no país. A Bovespa este mês teve recorde no ingresso de novos investidores dispostos a buscar investimentos mais arriscados em busca de maior rentabilidade. “O que vai definir se eles vão ter sucesso ou não na bolsa de valores é como eles vão entrar nesse jogo, se souberem as regras e gerenciarem os riscos terão sucesso, caso contrário terão dificuldade de conseguir consistência na bolsa e assim auferir lucros”, explica Rodrigo Galdino.

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Indústrias de Pernambuco apontam recuperação

Da Fiepe Desde que a Covid-19 se instalou em Pernambuco, em março deste ano, cada região do Estado tem respondido à crise de maneira diferente em razão da natureza dos negócios locais e também das medidas de isolamento aplicadas conforme a necessidade sanitária de cada cidade. Assim como ocorreu no ápice da crise, na retomada econômica não tem sido diferente. Entre as indústrias ouvidas pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), as situadas no Sertão são as que mais têm sentido reflexo positivo no seu faturamento após a flexibilização das atividades. De acordo com o levantamento da FIEPE, 85% das empresas sertanejas registraram elevação do faturamento após a retomada da economia, enquanto que essa realidade chegou para 75% das empresas do Agreste e para 67% das localizadas na Região Metropolitana do Recife (RMR) e na Zona da Mata. “O Sertão foi uma das regiões mais afetadas no começo da pandemia por conta da paralisação da construção civil, que freou boa parte dos seus pedidos de gesso vindos do Araripe. Com a retomada, ela passou a ser também uma das primeiras a responder positivamente e a sinalizar uma confiança maior”, explicou o economista da Federação, Cézar Andrade. Na média geral entre as regiões econômicas, o percentual de elevação do faturamento chegou a 70% e vem animando os empresários locais. Por outro lado, quando se trata da inovação desenvolvida nos últimos meses, os negócios do Agreste largaram na frente e apresentaram soluções mais disruptivas para o momento. Questionadas se novos canais de vendas e de distribuição foram incorporados nesta fase, 55% das empresas localizadas no epicentro do polo de confecções disseram ter criado novas formas de vendas on-line por meio de aplicativos e redes sociais. Atrás apareceram a RMR e a Zona da Mata, com 39,10%, e o Sertão, com 25%. “De fato, o Agreste foi uma das regiões que, logo no início, conseguiu responder mais rapidamente em virtude da essência dos negócios que ali estão. Mesmo sentindo os impactos, como todas as empresas no mundo, os empresários reagiram, adaptaram suas unidades fabris e deram início à confecção de máscaras, face shields, por exemplo, gerando, assim, outra aposta de mercado”, relembrou Cézar. O economista disse ainda que as empresas que não conseguiram avançar nesse quesito informaram que as novas formas de vendas não foram desenvolvidas porque o ramo não era compatível com essa realidade. “De certo modo, a forma como se vende um gesso, por exemplo, é diferente da maneira como se vende uma máscara, então tudo isso tem um peso e deve ser levado em consideração na hora de avaliar os motivos das empresas em apostar ou não em inovação”, justificou. Embora os negócios localizados nos principais setores produtivos estejam sinalizando uma retomada, isso não quer dizer que as dificuldades financeiras foram recuperadas em pouco mais de dois meses de flexibilização. É tanto que as empresas oscilaram pouco quando questionadas se os prazos para a suspensão de contratos de trabalho deveriam ser prorrogados. Praticamente todas as indústrias das regiões analisadas concordaram em adiar as medidas, tendo este tópico variado minimamente entre elas e, na média, alcançado o sinal de verde de 92,44% das empresas do Estado. O mesmo cenário se aplica às medidas que amenizariam os efeitos causados pela Covid-19 nas indústrias. A maior parte das empresas (61,85%) informou que a prorrogação, até o final de 2020, das licenças obrigatórias e das certidões (ambientais, sanitárias e trabalhistas) ajudariam e muito a atividade produtiva neste momento. PESQUISA A coleta foi realizada entre os dias 3 e 20 de agosto e contou com a participação de 173 empresas dos diversos ramos industriais e de todas as mesorregiões de Pernambuco. A pesquisa está dividida em quatro etapas, com dados Gerais, da RMR e da Zona da Mata, do Agreste e do Sertão.

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Noronha começa reabertura do turismo amanhã

O arquipélago de Fernando de Noronha vai iniciar o processo de reabertura para o turismo a partir de amanhã (1º de setembro), quando começam a ser permitidas as visitas de turistas que tiveram diagnóstico de Covid-19 e já estão comprovadamente curados. A medida foi anunciada na última quinta-feira (27.08), pelo Governo de Pernambuco, que também autorizou – após análises feitas pelo Gabinete de Enfrentamento à Covid-19 – a retomada do comércio de praia e a reabertura dos museus e espaços de exposições, a partir de hoje (31.08), sempre seguindo novos protocolos de higiene, saúde e comunicação. A medida representa o avanço para a Etapa 8 do Plano de Convivência com a Covid-19 nos municípios da Macrorregião de Saúde 1, que contempla a Região Metropolitana do Recife e a Zona da Mata. Além disso, os escritórios localizados nessa área do Estado poderão voltar a operar com 100% da capacidade. “Nesta primeira etapa de reabertura, vamos autorizar a entrada dos turistas em Fernando de Noronha respeitando um protocolo para aqueles que já tiveram a Covid-19. Ou seja, o turista que teve a doença e já está curado vai poder voltar a frequentar Noronha a partir do dia 1º de setembro”, explicou o administrador da ilha, Guilherme Rocha, em entrevista à imprensa no Palácio do Campo das Princesas. Segundo ele, antes de desembarcar será exigido do turista a apresentação de exames, seja o RT-PCR positivo realizado há mais de 20 dias, seja o exame sorológico (IgG) positivo, que indica a presença de anticorpos contra a Covid-19. Os exames serão encaminhados à Administração, juntamente com o pagamento da Taxa de Permanência (TPA), que a partir de agora só será feito via online, reforçou Guilherme Rocha. Por sua vez, o secretário de Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, esclareceu, na entrevista, os protocolos para reabertura do comércio nas praias na RMR. “É importante ressaltar que as prefeituras terão que fiscalizar o comércio de praia, para que sejam respeitados os protocolos. Teremos uma área de 4m x 4m para cada conjunto com um guarda-sol e quatro cadeiras, em respeito aos consumidores e turistas e aos prestadores de serviço. Os frequentadores e comerciantes têm a obrigação de usar máscaras”, advertiu Lopes, adiantando que a liberação do comércio vai aquecer a economia local, beneficiando 35 mil pessoas. Somente na área compreendida entre Recife e Jaboatão serão 815 pontos de comércio. A Macrorregião 2 – que engloba a IV Gerência Regional de Saúde (Geres), no Agreste, e tem Caruaru como cidade polo – vai passas para a Etapa 7 do Plano de Convivência com a Covid-19. Os serviços de alimentação e shopping centers poderão ampliar seu horário de funcionamento para as 22h. Até o momento, esses estabelecimentos funcionam das 10h às 20h (centros de compras) e das 6h às 20h (alimentação). O anúncio foi feito pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, na entrevista desta quinta-feira. Na mesma Macrorregião 2, a cidade de Garanhuns e os demais municípios que integram a V Geres continuarão na Etapa 6 do Plano de Convivência. Na região, já estava autorizado o funcionamento de serviços de alimentação, com 50% da capacidade, além de academias de ginástica, Feira e Polo de Confecções, com novos protocolos. Nessa etapa, também estava autorizada a reabertura dos shoppings e comércio varejista de rua, com limite de 10 metros quadrados para cada cliente. Também não haverá avanço das regras de flexibilização, na próxima semana, para as Macrorregiões 3 e 4, que contemplam as seis regionais de saúde das cidades do Sertão. As IV, X e IX Geres – que têm como cidades polo Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada, respectivamente – seguem na Etapa 6. Já a Macrorregião 4 permanece dividida: a VII e a VIII Geres, nas regiões de Salgueiro e Petrolina, respectivamente, continuam na Etapa 6, enquanto a IX Geres, em Ouricuri, permanece na Etapa 4. O Governo de Pernambuco reforçou que o cronograma é dinâmico e a aplicação de novas regras para evitar a disseminação da Covid-19 depende dos dados epidemiológicos registrados pela Secretaria Estadual de Saúde. Para conferir os setores que já tiveram autorização para funcionar, com novos protocolos, é só acessar o site www.pecontracoronavirus.pe.gov.br.

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PE Avança debate inovação econômica em Pernambuco

Tratar os principais setores econômicos de Pernambuco. É esse o mote do PE Avança 2020. Capitaneado pela Câmara Americana de Comércio do Recife (Amcham Recife), o projeto - cujo início está marcado para a primeira semana de setembro - tem como objetivo tratar e explanar os processos de inovação e reinvenção dos principais setores econômicos do estado de Pernambuco, que são: Indústria, Serviços e Agropecuária. “Buscar e compartilhar histórias desde a Capital ao interior do Estado que falem e tragam inovação e reinvenção desses setores. Reuniremos especialistas, acadêmicos e empresários”, é o que destaca o Coordenador de Desenvolvimento de Negócios da Amcham Recife, Vagner Santana. A COVID-19 fez com que o projeto amplie o seu propósito e aderisse a uma pauta ainda mais abrangente: interiorizando o conteúdo da iniciativa para cidades como Caruaru, Belo Jardim e Petrolina. Em uma estrutura omni-channel, o PE AVANÇA utilizará diversos canais de comunicação como jornal, rádio, tv e redes sociais para levar informação relevante para a maior audiência possível, utilizando as vozes de especialistas, acadêmicos, líderes empresariais e representantes do governo. O Estado será apresentado, junto ao PE Avança, como polo de inovação e criatividade para todo o Brasil. “Pretendemos reunir 90 profissionais, entre eles especialistas e acadêmicos, para mostrar o Estado nacionalmente como um polo de inovação econômica”, ressalta Vagner que coordena o PE Avança.

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"A renda básica universal pode reduzir a pobreza e a desigualdade no Brasil"

No debate sobre a possibilidade do Brasil construir um programa de Renda Básica Universal, conversamos com Rozane Siqueira, doutora em Economia pela University of London e professora do departamento de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Com experiência na área de Economia do Setor Público, com ênfase na análise distributiva de tributos e benefícios sociais utilizando modelos de microssimulação, ela explicou as diferenças do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial em relação a um programa mais amplo de distribuição de renda e indicou os custos e caminhos para a sua implantação. Para a economista, trata-se de uma alternativa para "reduzir drasticamente a pobreza e a desigualdade no Brasil". Confira! Uma matéria recente da Folha de S. Paulo afirmou que uma pesquisa sua apontava para a possibilidade de uma renda básica na ordem de R$ 406. Seria para todos os brasileiros? Qual seria o desembolso mensal desse programa?  O valor de R$ 406 por mês era em 2017 (ano de referência de nosso estudo/base de dados) igual à linha de pobreza proposta pelo Banco Mundial para países de renda média-alta (US$ 5,5 por dia). Em uma de nossas simulações de esquemas alternativos de Renda Básica Universal para o Brasil, esse valor é pago a todos os brasileiros (inclusive crianças). O custo anual deste programa seria R$750 bilhões. . Seria um aperfeiçoamento do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial, ou são programas com naturezas diferentes? Uma Renda Básica Universal é um montante de dinheiro pago regularmente a todo o indivíduo na sociedade de forma totalmente incondicional (por exemplo, independente de sua renda ou condição no mercado de trabalho). Seu objetivo é garantir a segurança de uma renda mínima, que nenhum cidadão jamais caia abaixo deste mínimo, que nunca precise abrir mão de sua liberdade ou de sua dignidade para sobreviver. Não é apenas um programa de combate a pobreza. É defendido também em países ricos, que já superaram o problema da pobreza absoluta, mas que percebem o aumento da insegurança de renda no mundo moderno, não só no mercado de trabalho, devido à globalização e ao desenvolvimento tecnológico (automação, digitalização, fenômeno de ‘uberização’), mas também associada ao risco cada vez maior de desastres relacionados a mudanças climáticas e pandemias. Portanto, uma renda básica universal tem natureza distinta do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial, que não são universais nem incondicionais. Qual a possibilidade de financiamento de um programa desse porte? A introdução de uma renda básica universal no Brasil só se viabiliza financeiramente se inserida em uma reforma mais geral do estado brasileiro: reforma tributária, previdenciária e administrativa. Há muito espaço para aumentar a eficiência do estado e redirecionar recursos. A renda básica universal poderia facilitar a aprovação dessas reformas, ao combinar objetivos de equidade e de simplicidade administrativa. Quais os principais impactos socioeconômicos ao se instituir uma política de distribuição de renda nesse formato? Um programa de renda básica universal tem potencial para reduzir drasticamente a pobreza e a desigualdade de renda no Brasil. Na simulação que realizamos com o valor de R$ 406 reais, a pobreza seria eliminada. A desigualdade de renda seria reduzida em um quarto (o coeficiente de Gini, que mede desigualdade, cairia de 0,51 para 0,38). Mas uma Renda Básica Universal não tem só um impacto imediato sobre a renda das famílias, ela também afeta as relações de poder no mercado de trabalho, aumentando o poder de barganha do trabalhador mais vulnerável, que muitas vezes tem que se submeter a condições degradantes para sobreviver. A tendência é que salários e/ou condições trabalho melhorem. A garantia de uma renda mínima também tende a encorajar o empreendedorismo. Estudos também mostram efeitos positivos sobre a saúde dos beneficiários e o aumento do tempo na escola, entre outros benefícios. Existe alguma referência de um programa desse porte em execução em outros países? Nenhum país hoje tem um programa de renda básica universal com abrangência nacional. Mas há experimentos em várias localidades e cidades com resultados bastante positivos. Como você avalia essa experiência atual do Auxílio Emergencial? O benefício emergencial foi uma medida necessária diante da crise da pandemia. Mas no valor inicialmente pago (R$ 600), o custo anual seria em torno de R$600 bilhões, e também não é sustentável sem as reformas que mencionei. O Brasil já tem uma despesa muito elevada com previdência, só que 50% do gasto previdenciário vai para os 20% mais ricos da população. O sistema tributário também tem favorecido as rendas mais altas, através de subsídios e isenções. Então, como falei, a renda básica universal deve fazer parte de uma estratégia de longo prazo para tornar o gasto público mais equitativo e eficiente.

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Recifense contará sua trajetória e como ficou reconhecido até fora do país

O jovem recifense Rodrigo Solano - que participou duas vezes do programa Aprendiz e acabou ganhando notoriedade até fora do país – ministrará palestra virtual gratuita, hoje (28), sobre comportamento profissional, carreira e mercado de trabalho. Aos 30 anos de idade, ele - que já passou sua experiência pessoal e profissional vivida dentro e fora do Brasil nas cinco regiões do país e no exterior - vai contar um pouco de sua trajetória, passar dicas e abordar como a experiência de estudar uma graduação destaca e aprimora as competências exigidas pelo mercado de trabalho. Também vai falar sobre relacionamento, criatividade, resiliência, humildade e ética. Com apoio do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), o talkshow “De Aprendiz ao sucesso: 12 passos para transformar sua carreira” será interativo e ocorrerá às 19h, pelo endereço: https://hs.unit.br/live-talkshow-rodrigosolano

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Reczero assume gestão do mix de lojas do Shopping Patteo Olinda

A Reczero Malls & Retail, hub de negócios que busca através do relacionamento conectar o varejo e shoppings do Nordeste, assumiu a comercialização de lojas do Patteo Olinda, somando esforços para prospecção de novos lojistas e gestão do mix do centro de compras.   Para iniciar o trabalho, a empresa fez uma ampla pesquisa e seleção de marcas com maior potencial para o perfil do shopping, dando ao lojista que quer investir maior segurança, e apresentando um “book” de franquias que estão em busca de franqueados estratégicos. “Nosso trabalho é focado em inteligência de mercado, buscando oportunidades através de dados, mas sem perder nosso principal ativo, que é a credibilidade e relacionamento construídos ao longo da nossa trajetória”, afirma Rodrigo Braga, diretor executivo da Reczero. Entre os segmentos que a Reczero identificou como potenciais para o Patteo Olinda estão artigos esportivos, decoração, moda feminina, moda infantil, entre outros.

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Franquia curitibana Mr Hoppy Beer & Burger inaugura quarta unidade no Estado

A rede curitibana Mr Hoppy Beer & Burger continua com seu projeto de ampliação por todo o País. Ao todo, já são mais de 35 unidades espalhadas por 8 estados. E Pernambuco, uma das cidades com maior número de cervejarias e consumo deste gênero, não seria diferente. No próximo dia (04), a quarta unidade da marca já estará em funcionamento e no sábado, dia( 05), acontece a grande abertura oficial. Localizada em Setúbal,o Mr Hoppy Capitão Zuzinha tem como franqueados os empresários Israel SiIveira e Cristhine Ferreira. Especializada em hambúrgueres e cervejas artesanais, a casa já foi bem acolhida pelos pernambucanos e disponibiliza um balcão gigante com 10 torneiras de chopp para o cliente. Com o cardápio enxuto, porém digno e para amante de sanduíche nenhum botar defeito, a casa apresenta itens a partir de R$ 10. Entre os sanduíches estão o Barbie Kill (pão, hambúrguer, muçarela, barbecue especial, coberto com cebola crispy); o Classic Salad Burguer (pão, hambúrguer, rúcula, cebola roxa, tomate, muçarela e maionese); entre outros, além de batatas, onion rings e churros para arrematar a comilança. Além disso, a casa também traz como novidade o novo cardápio de bebidas da rede com itens para todos os gostos. São eles: Gin & Tônica; Hoppy Gin (suco de maracujá e gin); Gin Tropical (gin com Redbull Tropical); Jack &Coke; Maracujá Jack (Jack Fire e suco de maracujá); Cuba Libre (opções com vodca e rum) e Vodca com Energético, a partir de R$22. A nova unidade Mr. Hoppy está localizada na Rua Capitão Zuzinha, nº 48 e funciona de terça a sexta, até 0h e nos finais de semana até 1h,no entanto, cumprindo o decreto estadual, funcionará temporariamente das 17h às 22h até sexta e aos sábados, das 16h às 22h. Serviço: Data de inauguração: 04 de setembro já em funcionamento e 05/09- grande inauguração Horário: a partir das 15h (especialmente do dia 05/09) Endereço: Rua Capitão Zuzinha, nº 48 - Setúbal Horário normal de funcionamento: domingo a domingo, das 17h às 22h. Temporariamente das 17h às 22h até sexta e no sábado, das 16h às 22h. Aceita todos os cartões

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