Arquivos Economia - Página 290 De 406 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

Política quente e economia morna marcam 2019

As tensões políticas tomaram as ruas do mundo inteiro em 2019. O movimento dos coletes amarelos empareda o governo francês há um ano. Em Hong Kong, no Líbano e Irã, as manifestações ganharam volume, mesmo em contextos de maior autoritarismo. Entre nossos vizinhos, já se fala numa "Primavera Latina", com as revoltas populares no Chile, Bolívia, Equador, Venezuela, Peru e, recentemente, na Colômbia. No Brasil, a polarização das eleições de 2018 segue em alta temperatura. Dos seus gabinetes, Donald Trump e Xi Jinping travaram uma guerra comercial entre China e Estados Unidos que marcou o ano. Nesse cenário político abrasador, o consultor Francisco Cunha fez as projeções para o mundo, Brasil, Pernambuco e para o Recife no evento Agenda 2020. Ouvimos ainda nesta reportagem especial analistas para explicar o clima morno da lenta recuperação econômica brasileira e das expectativas de arrefecimento do comércio internacional. “Vivemos a segunda onda do povo na rua. A primeira foi pós-crise de 2008, com o Occupy Wall Street e a Primavera Árabe que varreu o Norte da África e chegou à Síria. A segunda começa pelo Brexit e está eclodindo na Ásia, Europa e América Latina. É um movimento que pode desaguar de novo no Brasil”, estima Francisco Cunha. Fazendo referência ao pensador espanhol Manuel Castells, o consultor afirma que a crise de representatividade política é o ponto em comum das manifestações. Em um momento em que as redes sociais deram voz às pessoas, a burocracia dos partidos e das instituições tradicionais entraram em xeque. Para além disso, Francisco Cunha aponta a precarização do trabalho, o aumento da desigualdade e a concentração de riquezas como o combustível para a insatisfação das massas . Um contexto que é definido por Castells como ruptura. De acordo com o professor do Instituto de Economia da Unicamp, Pedro Rossi, no mundo as políticas neoliberais resultaram num crescimento baixo, distribuição dos lucros extremamente desigual, gerando as desigualdades, que estão no substrato das manifestações. “Essas desigualdades se agravam quando o Estado se retira das áreas sociais (educação, transporte, saúde, previdência). Isso gera um despertencimento, quando a população não reconhece que o Estado, a democracia e as instituições a apoiem e ajudem. O que provoca frustração manifestada em forma de protestos”. No meio desse complexo contexto internacional, há ainda uma expectativa de acontecer uma nova crise econômica. “A natureza do capitalismo globalizado é cíclica. Aconteceu uma grande crise em 2008 e há uma possibilidade razoável de se repetir a partir de 2020, com o esgotamento de um ciclo. Isso poderá atingir o processo lento e gradativo que estamos fazendo para sair de um ciclo recessivo no Brasil, que começou em 2015”, avalia o vice-presidente do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia), Thales Castro. De acordo com a OCDE, a previsão de crescimento da economia global para o próximo ano é de 2,9%. A menor desde 2008. Para Pedro Rossi, esse cenário que está se desenhando trará impactos negativos para o Brasil. “A economia global está vivendo um momento de transição e de mudanças politicoeconômicas. Não esperamos a força do comércio internacional para o próximo ano. Sem demanda externa, a demanda privada e o consumo das famílias não são suficientes para puxar o crescimento do País". Um cenário externo, que tem ainda a incógnita da disputa comercial sino-americana, um processo de impeachment contra Trump e as dificuldades da relação de Bolsonaro com o novo presidente argentino. . Retomada mais lenta da história Uma equipe econômica blindada das intempéries políticas do Governo Bolsonaro. Uma agenda de reformas que teve na Previdência o seu maior esforço em 2019. A gestão de Paulo Guedes, marcada ainda pela MP da Liberdade Econômica e pelo acordo Mercosul-União Europeia, na avaliação de Francisco Cunha, sinaliza para uma recuperação, mesmo que lenta, da economia. Diferente do fervor do quadro político, a retomada do crescimento segue morna. Como o consultor apontou ainda em 2017: “Na crise econômica descemos de elevador e vamos subir de escadas”. Segundo a edição de novembro do Boletim Focus, do Banco Central, o PIB do País deve fechar 2019 com um crescimento de 0,99%. Desempenho abaixo da expectativa do mercado com a eleição de Bolsonaro em 2018, quando a mesma pesquisa projetou uma elevação de 2,55% do PIB neste ano. Para 2020, a expectativa é de um avanço de 2,2%. Ao exibir um estudo elaborado pelo economista Pedro Rossi, Francisco Cunha destacou que esta é a recuperação mais lenta entre todas as graves turbulências econômicas que o País passou. O gráfico ao lado comparou a crise de 2014, com a Grande Depressão (1929), com a Crise da Dívida (1980) e com o Confisco da Poupança (1989). Apesar do crescimento morno, Francisco Cunha ressaltou alguns indicadores relevantes para a saúde da economia: inflação em queda, baixa da taxa Selic e a redução, mesmo que sutil, do desemprego. A força do agronegócio do País e os avanços na articulação no mercado internacional foram outros destaques positivos apontados pelo consultor. Na sua apresentação na Agenda 2020, Francisco Cunha afirmou que uma das suas projeções feita no ano passado e não confirmada foi a de que Jair Bolsonaro teria um comportamento mais pacífico. Havia a expectativa do mercado de que a transição de papel de deputado e candidato para o posto de chefe do Palácio do Planalto levariam o presidente a uma postura mais moderada. O ano de 2019 mostrou a extensão da polarização política do País. . O professor de finanças do IBMEC São Paulo Alexandre Cabral aponta que a superação do cenário de estagnação econômica está sendo vencido aos trancos e barrancos. Ele avalia que o trabalho da equipe de Paulo Guedes foi tumultuado pelas turbulências provocadas pelo presidente Jair Bolsonaro e pelos filhos. “Guedes tem conseguido uma boa melhorada, apesar de Bolsonaro. Teremos um final de ano melhor do que o esperado, com a liberação do FGTS e do 13º salário. Será o melhor Natal dos últimos cinco anos”. A aprovação da reforma da Previdência em 2019, segundo o especialista, é outro aspecto

Política quente e economia morna marcam 2019 Read More »

PE: avanço acima da média do País, mas com ameaças para 2020

Pernambuco cresce mais que o Brasil em 2019 e avançou três posições no ranking da competitividade traçado pelo CLP Liderança Pública, chegando na 17ª posição no País. Para 2020, as expectativas dos especialistas são de seguir com um avanço do PIB acima da média nacional. O fator preocupante é o impacto da crise da Argentina, principal destino das exportações do nosso polo automotivo, na balança comercial do Estado. Francisco Cunha destacou que o desempenho do PIB pernambucano é reflexo ainda dos investimentos estruturadores que o Estado recebeu nos anos anteriores à crise. Além disso, ele destacou na Agenda 2020 que persiste a atração de investimentos privados, como a recente instalação da fábrica da Aché. A formação do Consórcio dos Governadores do Nordeste foi apontado pelo consultor como uma inovação com potencial de trazer bons resultados para a região. A indústria e o agronegócio foram os responsáveis pelo desempenho econômico positivo de Pernambuco em 2019, segundo Rodolfo Guimarães, gerente de estudos e pesquisas socioeconômicas da Condepe/Fidem. “Essa dinâmica da economia pernambucana é explicada por algumas atividades da indústria de transformação, que têm nos ajudado nessa recuperação mais intensa. Exemplo do polo automotivo e da refinaria. A própria agropecuária também cresceu bastante”. Além da recuperação dos setores industriais e da agropecuária, o economista Edgard Leonardo, professor da Unit e da Universo, afirma que o aumento dos investimentos em Pernambuco em máquinas, equipamentos, prédios e instalações em 2019 é um sinal positivo para o próximo ano. “A formação bruta de capital fixo, que são esses investimentos, teve um avanço, um cenário importante para a retomada. Há a expectativa de crescimento moderado, mas talvez não ainda o que é preciso para retomar o emprego”. Para 2020, apesar de manter uma projeção de crescimento acima da média nacional, Rodolfo Guimarães considera que há incertezas. “O nosso setor de serviços, que é muito importante para a economia pernambucana, depende muito do consumo das famílias. Mas o desemprego segue muito alto e o rendimento médio sem ganhos reais significativos”. Um alerta para a economia Pernambucana vem da Argentina. A crise acentuada do país vizinho deixada por Maurício Macri e a ascensão de Alberto Fernandez, frequentemente atacado por Jair Bolsonaro, montam um cenário de riscos. “A crise da Argentina pode impactar a gente, sim, pois é o principal destino das exportações de veículos. É preocupante, porque temos uma grande montadora no Estado. Por outro lado, podemos ter oportunidades, visto que alguma empresa pode se deslocar para o Brasil pelos distúrbios de lá”, pontua Edgard Leonardo. COMPETITIVIDADE Um dos destaques da Agenda 2020 foi a apresentação do ranking de competitividade do CLP - Liderança Pública. A diretora executiva da organização Luana Tavares informou que os avanços do Estado na pesquisa 2019 foram devidos a melhorias na infraestrutura, na educação e em potencial de mercado. “Pernambuco teve melhoria de três posições neste ano. Isso indica que o Estado conseguiu investir em políticas públicas dentro dessas temáticas”. Entre os Estados do Nordeste, Pernambuco apareceu apenas em quinto lugar. De acordo com Luana Tavares, esse desempenho tímido no ranking nacional e regional deve-se à situação da segurança pública e da solidez fiscal. “Pernambuco tem um índice de endividamento ainda alto e um elevado gasto com pessoal. Há também grandes desafios no indicador de segurança pessoal no Estado”, aponta Luana Tavares. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

PE: avanço acima da média do País, mas com ameaças para 2020 Read More »

Thales Castro: "Vivemos o esgotamento de um ciclo"

O cientista político Thales Castro, que é vice-presidente do Iperid, cônsul de Malta e professor da Unicap, conversou conosco sobre o cenário internacional  em 2020. Ele destacou o ambiente de tensão entre o Brasil e Argentina e comentou sobre o início de uma provável crise mundial já neste ano. No ano passado a crise da América Latina estava mais concentrada na Venezuela. Neste ano vimos grandes manifestações e crises no Equador, Peru e Chile. Além de uma mudança política na Argentina (que até pouco tempo era inesperada). Como explicar esse cenário em ebulição e o que podemos esperar para 2020 na região? O modelo econômico se esgotou, mostrou sinais de falência através da situação sócio econômica venezuelana. Daí tivemos a emergência de governos de direita na América Latina. Macri, Bolsonaro, Pinheira… Nos últimos meses os movimentos de rua atingiram em cheio essa mudança, com reações contrárias a força da direita, ao mesmo tempo que houve manifestações também na Bolívia. Agora temos o retorno do peronismo na Argentina.  Muitas manifestações no Chile contrárias a esse pêndulo geopolítico que tem assumido proporções importantes na América Latina. Hoje vivemos uma pulverização dessas reações a direita, muito disso tem retroalimentações dos governos bolivarianos. Mas avalio que não temos como diferenciar, pontuar um fenômeno dessa magnitude como uma reação à direita, tão somente pelo vetor econômico, mas precisamos incluir dois outros fatores, o político e o social, essa tríade compõe a força desses movimentos que surgiram na América Latina. Mas há muita dificuldade de separar a linha do político, econômico e social. Os movimentos navegam nesses três pilares. Alguns analistas tem sinalizado que o mundo voltará a ter um cenário de retração econômica nos próximos anos (após quase 10 anos de crescimento após a última crise). Você concorda com essa expectativa? Caso, sim, o que explica esse cenário e qual o impacto que o Brasil deve sofrer? A natureza do capitalismo globalizado é cíclica. Aconteceu uma grande crise em 2008 e há uma possibilidade razoável de se repetir em 2020, com o esgotamento de um ciclo. Isso poderá atingir o processo lento e gradativo que estamos fazendo para sair de um ciclo recessivo no Brasil que começou em 2015, quando o Brasil perde selo de bom investidor-pagador. A partir daí a inflação atinge dois dígitos. E a recessão em 2015, que veio se arrastando até 2018, com um ciclo muito lento de recuperação, gerando uma avassaladora situação de desafio a economia. Quando o Brasil começa a se recuperar, a economia global tende a não colaborar com a recessão global. A locomotiva chinesa começa a desacelerar, a guerra comercial sino-americana.  Isso tem reverberação nas economias emergentes, pois nossa balança comercial se retroalimenta desses países que compram produtos primários. Qual tema internacional que você destacaria a ficar de olho para 2020? 2020 será ano tortuoso e turbulento nas relações entre Brasil e Argentina. Há uma tendência de piora na relação comercial e política entre os países, com ameaças para o Mercosul. Previsões que poderão ter repercussões para Pernambuco. Nossa fábrica da Jeep Chrysler exporta muitos automóveis para a Argentina. Nesse quadro adverso pode haver problemas comerciais. Aposto nessas duas variáveis: uma piora bilateral e o definhamento do Brasil com o Mercosul são grandes tendências para 2020. Precisamos também ter um olhar para a continuidade dessa guerra comercial sino-americana. Se seguir, ela irá contribuir para o retrocesso da economia mundial. Outra tendência para manter o olho em 2020 é observar o impacto nos países europeus diante da possível saída do Reino Unido da União Europeia. Qual o impacto econômico do Brexit? E como os 27 países membros da União Europeia irão reagir a esse doloroso e dramático processo. Outro fator importante é como se comportará a Europa frente a iminente precarização do Mercosul. Pois há um risco no histórico acordo Mercosul-União Europeia, já com manifestações de alguns países contrários ao governo Bolsonaro. No cenário nacional, como você avalia o primeiro ano de gestão de Bolsonaro? Na sua análise, quais os principais temas que deverão tomar a agenda nacional em 2020? Um fato importante da agenda domestica é o ano eleitoral. Será primeiro grande termômetro, um teste de fogo da gestão Bolsonaro. O enraizamento municipal da guinada que aconteceu com a direita acontecerá neste ano? O PSL terá força para mobilizar grande massa de eleitos ano que vem? Nessa fratura da direita, Bolsonaro continua regendo os rumos? Será muito importante para esse termômetro a performance econômica. É preciso atingir desempenho econômico: melhoria na manutenção da inflação e dos juros baixos, Ibovespa bombando, risco pais mais baixo, mas o desemprego é outro teste de fogo para Bolsonaro. Se a economia crescer e o desemprego reduzir e atingir um dígito, haverá a tendência de uma melhor aceitação ao governo.

Thales Castro: "Vivemos o esgotamento de um ciclo" Read More »

Quem faz Algomais por Pernambuco premia três empresas

Sicredi Recife, Colégio Equipe e HSBS Soluções em Informática foram os grandes vencedores do Prêmio Quem Faz Algomais por Pernambuco em 2019. As três empresas foram as que tiveram as maiores pontuações entre todos os segmentos da Pesquisa Empresas & Empresários (E&E), realizada pela TGI e pelo INTG e que nesta 12ª edição teve como tema “Pernambuco Além da Crise”. O estudo mapeou como os empresários têm superado as dificuldades da conjuntura econômica brasileira. A premiação foi realizada durante a Agenda 2020, quando subiram ao palco para receber o troféu o presidente do Sicredi Recife, Floriano Quintas; o diretor do Colégio Equipe, Armando Vasconcelos; e Guilherme Silvestre, diretor da HSBS. A pesquisa E&E apresentará, em março, num evento, o detalhamento do estudo técnico e irá anunciar as empresas vencedoras nos 15 segmentos estudados. O troféu entregue foi desenhado pela designer pernambucana Clementina Duarte. Ao todo, 183 empresas pernambucanas participaram da E&E. Entre as variáveis analisadas pela equipe técnica da TGI e do INTG para selecionar as vencedoras estão as boas práticas adotadas na gestão empresarial, financeira e de equipe, no desenvolvimento de inovações e no relacionamento com os clientes, entre outras. “O objetivo da pesquisa foi identificar o modo como as empresas estão superando a crise, construindo condições para chegar ao futuro, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento de Pernambuco”, afirmou o consultor e sócio da TGI, Ricardo de Almeida. Os segmentos analisados foram: alimentação; automotivo; avicultura; comércio e varejo moderno; construção civil; educação, bem-estar e saúde; indústria criativa, cultura e turismo; logística e transporte; metalmecânica; moda e confecção; petroquímica; serviços imobiliários; serviços modernos; sucroenergético; e tecnologia da inovação e comunicação. Para superar a crise em Pernambuco, os empresários destacaram a necessidade de atração de novos investimentos para o Estado, a melhoria do ambiente de negócios, com a redução da burocracia, e o estímulo ao desenvolvimento da eficiência empresarial, em especial nas questões relativas à inovação. Ricardo de Almeida apontou que entre as principais práticas das empresas pernambucanas para superar a crise estiveram aspectos como a capacitação da mão de obra e melhoria da produtividade, a redução de quadros e a inclusão de remuneração variável.

Quem faz Algomais por Pernambuco premia três empresas Read More »

Ong's atuam para ajudar populações vulneráveis na busca por um emprego

*Por Yuri Euzébio Na conjuntura de altas taxas de desemprego, organizações sociais se mobilizam para auxiliar e capacitar as pessoas na conquista da tão sonhada vaga no mercado de trabalho. Boa parte dessas ONGs se concentra no público jovem, a fatia da população que mais tem encontrado dificuldades em garantir a primeira experiência profissional. Stephannie Skinner, 25 anos, é uma das beneficiadas dessas ações. Segunda filha mais velha de uma família de seis, que chegou a morar numa palafita no bairro de Brasília Teimosa, aproveitou a oportunidade de fazer cursos profissionalizantes no Instituto João Carlos Paes Mendonça (IJCPM). “Eu procurava capacitação, só que sempre esbarrava na situação financeira. Foi então que surgiu o IJCPM, que não cobrava nada”, relembra. A jovem se inscreveu nos mais variados cursos do espaço, de português até administração de redes, passando por matemática, teatro e informática. “Queria entrar no mercado de trabalho, mas eu tinha a consciência de que teria de ter uma base de educação”, destaca. O IJCPM nasceu com o intuito de capacitar os jovens moradores do Pina e de Brasília Teimosa, bairros no entorno do Shopping Riomar, que assim como o instituto pertence ao Grupo JCPM. “Tínhamos a definição de trabalhar com a juventude egressa do ensino médio porque já éramos, desde os tempos do Bompreço, um grande empregador desse público”, explicou Lúcia Pontes, diretora de desenvolvimento social e relações institucionais do grupo. Antes de iniciar suas atividades, o instituto participou de uma pesquisa com a Universidade Federal de Pernambuco, que investigou as demandas dos jovens entre 16 e 24 anos. O resultado demonstrou o interesse em curso profissionalizante, no acesso à informática e em conhecer uma língua estrangeira. Baseado nesse resultado, o IJCPM trabalha a partir de três vertentes: empregabilidade, pré-vestibular e o projeto parceria, esse último uma colaboração com a Secretaria de Educação do Estado em que o IJCPM oferece seu espaço e suas salas de aula para capacitar alunos de uma escola integral. Na capacitação profissional há uma preocupação com uma base educacional forte com o ensino de língua estrangeira, português, matemática, cidadania e outras complementações. O pré-vestibular também surgiu de uma demanda dos próprios jovens que já almejam uma preparação maior para a área profissional com o ensino superior. “Após um ano, que é o tempo de permanência do aluno na instituição, o IJCPM ainda o acompanha por mais um ano no mercado, e realiza uma pesquisa de satisfação tanto com ele quanto com o empregador. Caso haja um descompasso entre o desejo e a realidade, o aluno volta para fazer um trabalho de aperfeiçoamento ou muda de área, para outro curso de maior interesse”, esclarece Lúcia. Lembra de Stephannie? Pois bem, ela passou na seleção para trabalhar na rede de cinemas Cinemark, que estava prestes a iniciar suas atividades no RioMar. Começou vendendo pipoca e refrigerante. Após seis meses, foi promovida para operadora de projeção, depois de mais oito meses, passou a ser atendente prime. “Fiquei uns dois anos nessa função até surgir um novo cargo de assistente operacional, que era o funcionário que estava sendo treinado para gerente e eu fui novamente promovida”, relata Stephannie. Ela virou gerente de usher, cuidando dos corredores e dos ingressos. Dois anos depois ocupou o cargo de gerente de projeção. “Percebi que a base que o instituto me deu me ajudou a me destacar no ambiente de trabalho”, constata. No litoral Norte do Estado, em Igarassu, o Ponto Cidadão também se destina a capacitar jovens. “A organização surgiu com a mudança da sede da Itamaracá Transportes para outro município e do desejo da empresa em deixar suas instalações como um legado naquele lugar que a acolheu tão bem durante tanto tempo”, conta Rosângela Almeida, coordenadora pedagógica do centro. “O nome Ponto Cidadão surgiu porque ficamos instalados em frente a uma parada de ônibus”, explica. O objetivo da organização, segundo Rosângela, não é apenas formar alunos em cursos, mas desenvolver cidadãos. Gerenciado por uma rede de empresas, o Ponto Cidadão atua, há 15 anos, com jovens de Igarassu e Itapissuma com idade entre 16 a 23 anos, a partir do Projeto Construindo o Futuro, de formação para funções administrativo-financeiras, e o Projeto Passagem Para o Futuro, um preparatório para atuar na mesma área. Devido à alta procura, a seleção para participar dos cursos envolve várias etapas e é criteriosa. “Começamos em agosto com a divulgação, em setembro abrimos as inscrições, em outubro fazemos uma prova com 20 questões de português e matemática, 10 de atualidades e uma redação”, detalhou. São selecionados cerca de 200 jovens para a fase de entrevistas, que busca conhecer a realidade de cada um com direito a visitas em casas para só então classificar o aluno e começar o curso", detalha Rosângela. Suelane Anjos foi uma das selecionadas e agarrou com unhas e dentes a oportunidade. “Aprendemos a postura profissional e as competências socioemocionais muito cobradas hoje em dia e que o Ponto Cidadão já ensinava anos atrás”, relembra. “Minha vida mudou, não consigo nem mensurar o quanto. Muitos alunos que estudaram comigo vivenciavam muito a violência das comunidades e o Ponto Cidadão representava a oportunidade de você conhecer outro mundo, outra realidade e mudar a sua”, afirmou. Foi a partir do curso profissionalizante que a jovem conseguiu seu primeiro emprego numa multinacional de capital francês do setor de construção. Hoje ela trabalha no Sesi. DESAFIO Já a organização Os Samaritanos, formada por integrantes do grupo de jovens da Igreja de Casa Forte, escolheu atuar para uma população complexa e muitas vezes invisibilizada: pessoas em situação de rua. “Em 2015 procuramos conhecer essas pessoas e saber o que elas precisavam. Foi aí quando vimos o tamanho do desafio”, relata Rafael Araújo, um dos fundadores do projeto. “Começamos distribuindo comida, que na verdade é uma ponte para chegar nesse público”. Com o passar do tempo, novas ações foram criadas como os projetos EmpreendeRua, que trabalha com empreendedorismo e o retorno ao mercado de trabalho, e o Volver, em que um profissional de RH faz uma série de

Ong's atuam para ajudar populações vulneráveis na busca por um emprego Read More »

As habilidades do trabalhador do futuro (parte II)

Na edição anterior da coluna, abordamos a mudança de comportamento do trabalhador para se adaptar ao futuro no qual a tecnologia fará o trabalho pesado e repetitivo e será necessário desenvolver as habilidades que somente os humanos possuem para se manterem competitivos. Vimos que, entre essas habilidades, estavam a proatividade, o autodidatismo, a criatividade, a resiliência e a responsividade. Nesta edição, vamos completar a lista que fez parte do estudo As Habilidades do Trabalhador do Futuro, realizado pela consultoria Cartello. São elas: Comprometimento - É quando há uma conexão de valores entre o trabalhador e o trabalho que ele faz. O comprometimento é visível nas situações em que o resultado do trabalho transcende o campo prático, como a remuneração, e alcança a satisfação pessoal, criando uma motivação para a realização da atividade. Então, é preciso associar o trabalho aos interesses e inclinações pessoais para criar o comprometimento e evoluir profissionalmente. Administração do tempo - Uma das principais características do mercado de trabalho do futuro é não ter apenas uma atividade, nem mesmo uma só profissão. Em virtude da redução de oportunidades de trabalho causada pelo avanço da tecnologia, será necessário desenvolver atividades paralelas. Nesse sentido, saber administrar o tempo se torna uma das habilidades essenciais para dar conta desse novo modelo, conhecido como gig economy, e não perder o nível de comprometimento com o trabalho. Trabalho em equipe - Essa será uma das mais importantes habilidades para o trabalhador nos próximos anos. Com os robôs e algoritmos reduzindo as oportunidades de trabalho de baixa qualificação nos próximos anos, a tendência é que os seres humanos sejam mais necessários para resolver problemas complexos, que envolvem a própria tecnologia e requerem a atuação em equipes multidisciplinares. Para isso, o trabalhador precisará desenvolver tolerância diante de opiniões diferentes e abertura intelectual para a controvérsia, assim como capacidade de escutar e negociar. Além disso, é preciso ter temperança para manter o controle emocional das atitudes e não se afastar da razão, bem como para saber encontrar o equilíbrio adequado entre o momento de liderar e ser liderado na equipe. Empatia - Apesar de ser exigida também no trabalho em equipe, a empatia tem uma dimensão mais abrangente. Como o cenário mais provável aponta no sentido de que as máquinas e os algoritmos farão a maior parte do trabalho repetitivo e os humanos se dedicarão cada vez mais às atividades de cuidar dos seres humanos, é preciso desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do outro. Como diz o poeta francês Francis Ponge “o futuro do ser humano é o ser humano”. Embora seja difícil reunir todas essas qualidades, cabe a cada um empenhar todas as suas energias na busca destas habilidades, otimizando os seus próprios talentos e procurando avançar naquelas em que tiver mais dificuldade.

As habilidades do trabalhador do futuro (parte II) Read More »

Spük inaugura primeira Maison

A Maison Spük foi inaugurada na noite desta quarta-feira (18), em Boa Viagem. O evento foi bastante prestigiado e a loja, que já estava funcionando no esquema de soft opening, teve que renovar o estoque de algumas peças que esgotaram, antes do abre oficial. Daniela e Gabriela Maia eram só alegria recepcionando os amigos e clientes nesta noite de festa que teve o cerimonial sob a batuta de Patrícia Boudoux. Os convidados foram recebidos por quatro atores com trajes típicos do século XVIII, vestidos de príncipe e princesa e de bobos da corte. Os profissionais, que integram a CH Produções Artísticas, realizaram um pocket show e tiraram fotos com os presentes. Com um investimento de R$ 3 milhões, a primeira Maison do grupo e 20ª loja da marca, prima pela setorização, por cor, dos vestidos de festa. As roupas da linha casual chique e executiva também tem o seu espaço exclusivo. O projeto de arquitetura foi assinado por Ana Cunha e a parte de construção e revestimentos ficou sob a responsabilidade da engenheira Cláudia Leite. Segundo Daniela Maia, os vestidos de festa da loja variam de R$ 400,00 a R$ 2.000,00. “Esses valores, são praticados por algumas empresas, para aluguel”, ressalta. De acordo com Gabriela Maia, o trabalho da Spük é feito com muito amor e por isso, resulta em sucesso. “Nós impulsionamos o empoderamento feminino vendendo autoestima, beleza, estilo e atitude e, ao longo desses anos, “colecionamos” muitos clientes fiéis, que se tornaram amigos e que nos incentivam, cada dia mais, a dá continuidade ao nosso trabalho e a nossa empresa”, comemora. SERVIÇO: Maison Spük Av. Conselheiro Aguiar, 1050 (81) 3204.8458.

Spük inaugura primeira Maison Read More »

13,2 milhões de brasileiros devem ir às compras de Natal na última hora

Expectativa por promoções e pagamento do 13º salário são principais justificativa dos ‘atrasadinhos’. Falta de planejamento, pressa e aglomeração podem trazer prejuízo financeiro para quem deixou para a última hora Com o velho hábito do brasileiro de deixar tudo para a última hora, os próximos dias prometem ser de lojas cheias no comércio de rua e nos shopping centers. Faltando apenas uma semana para o Natal, um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) estima que aproximadamente 13,2 milhões de brasileiros devem comprar os presentes em cima da hora, ou seja, nestes dias que antecedem a data. O dado corresponde a 10% dos consumidores que têm a intenção de presentear alguém no Natal, número próximos aos 8% do ano passado. De acordo com a pesquisa, a expectativa por promoções (48%), que ajudam a economizar no orçamento, é a principal justificativa dos entrevistados para postergar as compras. Outros 20% estão à espera do pagamento da segunda parcela do 13º salário, enquanto 12% alegam falta de tempo para ir atrás dos presentes da lista. Há ainda 11% de entrevistados que admitem falta de organização e 10% que culpam a preguiça de fazer compras, empurrando a tarefa para o limite da data comemorativa. A pesquisa ainda mostra que 3% dos entrevistados vão adiar as compras natalinas para janeiro de 2020, na esperança de aproveitar as tradicionais liquidações de início de ano. A maior parte dos consumidores se organizou para garantir os presentes ao longo do mês de novembro (30%) ou na primeira quinzena de dezembro (41%). Compras de última hora podem atrapalhar orçamento e dificultar pesquisa preço, afirmam especialistas Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, deixar para comprar os presentes natalinos em cima da hora acaba fazendo com que o consumidor não tenha tempo para se ater a detalhes importantes, como pesquisar preços de diferentes marcas ou lojas. “A pressa é inimiga do planejamento financeiro. Na correria para garantir todos os itens da lista e não deixar ninguém sem presente, muitas pessoas acabam recorrendo ao parcelamento de forma impensada ou compram o produto na primeira loja que visitam. O recomendado é preparar uma lista de todos os presenteados, estipular o quanto se pode gastar e sair de casa com o dinheiro contado. Isso ajuda a evitar que o consumidor gaste além do valor previsto”, afirma a economista. “Ao deixar para a última hora, o consumidor também corre o risco de não encontrar o produto desejado. Com as lojas cheias, alguns produtos ficam sem estoque e o consumidor, para não deixar a data passar em branco, pode acabar comprando algo mais caro e que extrapola a sua capacidade do orçamento”, alerta do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli. “Para quem deixou para comprar aos 45 do segundo tempo, é importante saber que muitas lojas on-line já não conseguem entregar o produto antes do Natal, então este consumidor deve recorrer às lojas físicas. A dica para quem ainda não garantiu os presentes é manter a calma, reservar algumas horas do dia para analisar o orçamento e sair de casa com tempo e paciência para pesquisar. Embora seja um período alegre, muitas pessoas se estressam com as longas filas nos caixas, corredores lotados e a dificuldade para encontrar vaga nos estacionamentos", adverte o educador.

13,2 milhões de brasileiros devem ir às compras de Natal na última hora Read More »

Procon Recife orienta consumidor sobre as compras para Ceia de Natal

Para oferecer uma referência ao consumidor por meio dos preços obtidos dos itens que compõem a Ceia de Natal, além de dar dicas para evitar que esses itens onerem o seu jantar natalino, a equipe de fiscalização do Procon Recife realizou a pesquisa dos 84 produtos que são mais utilizados na Festa de Natal. Foram comparados os preços para as mesmas marcas de azeites, carnes congeladas, ameixas, perus, conservas e farofas prontas entre outros. A coleta dos preços foi realizada nos dias 05, 06, 09 e 10 de dezembro de 2019 em estabelecimentos da cidade de Recife. As variações de preços constatadas referem-se aos dias em que a coleta foi realizada. Por isso, os valores praticados atualmente podem ser diferentes, já que estão sujeitos à alteração conforme a data da compra, inclusive, por ocasião de descontos especiais, ofertas e promoções. Além disso, lojas da mesma rede podem praticar preços diferentes. O Procon Recife também dá dicas ao consumidor. A presidente do órgão, Ana Paula Jardim recomenda o planejamento do cardápio da ceia para evitar compras por impulso e desnecessárias, encarecendo a Ceia de Natal. “Na hora da compra é importante ler as embalagens e rótulos dos produtos, observando características, condições de conservação e informações nutricionais, além da data de validade”, aconselha a presidente. As promoções divulgadas pelos estabelecimentos comerciais devem ser cumpridas, por isso é importante guardar os folhetos e anúncios publicitários que comprovem as ofertas.O Procon Recife orienta que o consumidor faça uma comparação entre os preços praticados por diferentes estabelecimentos e também considere a relação qualidade, peso e preço do item a ser adquirido. No levantamento realizado pelo órgão, a maior diferença entre o maior e menor preço constatada foi no queijo do reino Piracanjuba (Kg): uma diferença de R$ 48,00, representando 114,00% para mais. O maior preço foi de R$ 89,90 e o menor R$ 41,90. Dentre os itens mais consumidos na época de Natal, o peru congelado, a maior diferença encontrada foi no peru Assa Fácil da Sadia. A diferença de R$ 7,62 constatada foi de 39,00%, sendo o maior preço de R$ 27,80 o quilo e o menor R$ 19,98 o quilo. Denúncias - Caso o consumidor encontre alguma irregularidade, ele deve denunciar junto ao Procon Recife, por meio das redes sociais - instagran e facebook -, pelo email procon@recife.pe.gov.br e por meio do número 0800 281 1311. O órgão também atende presencialmente em sua sede na rua Carlos Porto Carreiro, 156, Derby, no horário das 8h às 13h. Há também um posto avançado de Atendimento no Compaz Governador Eduardo Campos, localizado na avenida Aníbal Benévolo, s/n, Alto Santa Terezinha e outro no Compaz Ariano Suassuana, Cordeiro. O telefone de contato do Procon Recife é o 3355-3290.

Procon Recife orienta consumidor sobre as compras para Ceia de Natal Read More »

A arrancada do Sicredi Recife

Aos poucos a população brasileira começa a perceber que não é apenas num banco tradicional que se podem ser feitas transações bancárias, como aplicações e empréstimos. Muitas pessoas têm recorrido a outros tipos de instituições, seduzidas por vantagens como ausência de taxas de administração e juros convidativos, além de contar com a segurança nas operações. Em Pernambuco esse movimento também é uma realidade e um exemplo disso é o crescimento do Sicredi Recife. A cooperativa financeira registrou um aumento de 21% no número de associados nos primeiros 10 meses deste ano, chegando a 15 mil cooperados residentes na Região Metropolitana e nas Zonas da Mata Norte e Sul. Mesmo em tempos difíceis para a economia brasileira, o Sicredi Recife teve um aumento de 20% em ativos financeiros, que alcançaram a soma de R$ 500 milhões neste período. “É o maior ativo de cooperativa de Pernambuco”, garante Floriano Quintas, presidente do Conselho de Administração da instituição. A carteira de crédito também teve um desempenho semelhante, cresceu 21% nos primeiros 10 meses de 2019, totalizando mais de R$ 300 milhões em empréstimos realizados. O mesmo percentual foi registrado no aumento de depósitos à vista efetuados tanto por pessoas físicas quanto jurídicas atingindo R$ 328 milhões. Qual o segredo dessa performance? Os diferenciais proporcionados por uma instituição financeira cooperativa. A começar pela taxa de administração que não é cobrada. “Também ofereceremos juros mais baixos que os bancos para quem toma empréstimo conosco e taxas maiores para aqueles que fazem aplicações”, assegura Quintas. Como a instituição não visa ao lucro, seus resultados são distribuídos a todos os associados, de forma equitativa, ou seja, proporcional à movimentação do cooperado. Assim, quem fez uma aplicação ganha, além dos juros previstos, um valor a mais referente à distribuição dos resultados. Desde que foi fundada, em 1993, a instituição já distribuiu R$ 210 milhões entre seus associados. No início era ligada à Unicred e desde 2016 associou-se, juntamente com outras 22 cooperativas do Norte e Nordeste do País, ao Sicredi. Trata-se da mais antiga cooperativa financeira, fundada em 1902 e conta com R$ 100 bilhões em ativos em todo o País. “Com a mudança, passamos a ter a possibilidade de ofertar produtos que antes não oferecíamos, como a caderneta de poupança”, justifica Quintas. “Começamos a poupança com depósitos de R$ 120 mil em janeiro e em setembro chegamos a pouco mais de R$ 1 milhão”. Hoje, o Sicredi possui 305 produtos, desde investimentos de renda fixa (RDB), passando por maquinetas de cartão, até financiamento para instalação de energia solar, entre muitos outros. Além do resultado ser distribuído entre os sócios, Quintas acrescenta ainda como vantagem dos sistema cooperativo o fato desses recursos serem investidos em Pernambuco. Os bancos tradicionais convergem seus lucros para os locais onde estão sediados. Para a segurança dos associados, o Sicredi é avaliado por rating, isto é, por agências de classificação de risco de crédito que atribuem a um emissor (seja um banco, um país, ou empresa) uma nota (rating) de acordo com sua capacidade de honrar uma dívida. “Temos um rating que é considerado de baixo risco a longo prazo e operamos com uma inadimplência de menos de 1%”, informa o presidente do conselho de administração. E nestes tempos de alta no desemprego, o Sicredi Recife destoa da conjuntura ao contratar 16 pessoas neste ano e ainda conceder a participação nos resultados para a sua equipe de 85 funcionários, premiando-os com o 14º e o 15º salários. A cooperativa teve fôlego ainda para investir R$ 2,5 milhões nas suas instalações. A sede, que ocupa três andares num edifício no bairro da Ilha do Leite, no Recife, está sendo reformada e a agência em Boa Viagem será ampliada. O Sicredi Recife também está construindo uma nova agência no Shopping Patteo, em Olinda, que será inaugurada em janeiro. Todas elas vão contar com máquinas de autoatendimento. Mais R$ 230 mil foram investidos na mais recente inovação da Sicredi Recife: a agência móvel, um escritório montado num furgão, onde um gerente e um assistente oferecem os serviços da cooperativa. O veículo já esteve em instituições como a Fundação Joaquim Nabuco e eventos como a Exposição de Animais, no Parque do Cordeiro, além de cidades como Vitória de Santo Antão. “É também uma maneira de divulgarmos a marca”, acrescenta Floriano Quintas, que pretende manter o mesmo desempenho da Sicredi Recife em 2020. “Vamos continuar aumentando o número de associados, a captação, expandindo as agências em outras cidades e oferecendo novos produtos”, planeja Quintas. *Por Cláudia Santos (claudia@algomais.com)

A arrancada do Sicredi Recife Read More »