Arquivos Economia - Página 293 De 396 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

MV contrata médicos e profissionais com experiência em saúde refugiados no Brasil

Médico com experiência em hospitais e ambulatórios públicos e privados, Fernando Romero, de 29 anos, deixou Ciudad Guayana, no sul da Venezuela, há quase um ano devido à crise inflacionária do país que não o permitia suprir necessidades básicas e viver com segurança. Genny Quiroz, profissional de Bioanálises com 46 anos e passagens por instituições de Saúde, deixou a capital Caracas em 2018 também rumo ao Brasil. O motivo: a deterioração social e a instabilidade econômica do seu país. Essas pessoas de histórias diferentes e ao mesmo tempo iguais a de milhares de refugiados e imigrantes que estão chegando pela fronteira com o Estado de Roraima, ganharam um novo capítulo em suas vidas. Assim como eles dois, mais oito homens e mulheres em situação de refúgio fazem agora parte da MV, empresa líder na América Latina em sistema de gestão para a área da Saúde. Em uma ação de humanidade e inclusão, a MV se juntou a órgãos federais, organizações da sociedade civil e agências nacionais e internacionais na Operação Acolhida do governo para contribuir com a assistência a mais de 6 mil abrigados na capital Boa Vista. No mês de março, em visita ao acampamento administrado pelas Forças Armadas Brasileiras com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), a empresa realizou entrevistas presenciais para identificar o tipo de mão de obra presente, ofereceu treinamentos para emissão de certificados que ajudassem na melhor inserção de abrigados no mercado de trabalho e iniciou o processo seletivo que finalizou com a contratação de sete médicos, uma enfermeira, uma dentista e uma bioquímica. A ação que nasceu na MV por iniciativa do presidente da empresa, Paulo Magnus, está trazendo ao time com mais de 1300 colaboradores maior diversidade. “A pluralidade e a responsabilidade social fazem parte dos valores da MV, pois representam integração cultural, complementariedade de conhecimentos e variedade de histórias de vida que tornam o meio corporativo enriquecedor, motivador e até mais inovador”, diz a diretora de Gente e Gestão da MV, Luciana Leão. Porém, é comum o mercado enxergar os refugiados somente pela ótica assistencialista, o que, para a diretora, pode representar um desperdício de potencialidades capazes de agregar às empresas. “Pessoas refugiadas estão conseguindo trabalho, mas muitas acabam tendo seu potencial minimizado. Então, uma das nossas maiores preocupações foi não desperdiçar talentos. Além disso ser um ganho para nós, não aproveitar a formação e a experiência profissional dessas pessoas seria como privá-las de um bom recomeço e de um melhor convívio social.” Segundo Paulo Magnus, debater a inclusão de pessoas refugiadas no meio corporativo é importante no Brasil. “A América Latina enfrenta o maior movimento migratório da história recente e as pessoas deslocadas de seus locais de origem enfrentam desafios nos países de acolhimento, mas o setor privado pode ajudar. Não se resolve crise fechando portas. Pelo contrário, precisamos repensar nossos modelos de negócio, avaliar o desenvolvimento de soluções e propor perspectivas de integração.” Oportunidades em projetos da MV Com formações e experiências na área da Saúde, além de fluência no idioma espanhol, os dez novos colaboradores da MV foram contratados como consultores. Parte deles serão alocados em projetos nacionais e outros escolhidos para atuarem junto a instituições de Saúde em países como Equador, Panamá, Peru e outros onde a empresa possui clientes. Para isso, iniciaram um treinamento com duração de três meses para que compreendam o negócio da empresa e tornem-se especialistas nas soluções MV. O grupo também passará por atividades práticas dentro de hospitais e terá orientações sobre revalidação de diploma, regulamentação médica e demais assuntos fundamentais à inclusão deles no mercado local. “Projetos como esse nos engradece como seres humanos. São atos de humanidade que proporcionam alternativas a quem precisou deixar tudo para trás mesmo sem vontade própria. A necessidade os levou a isso e nosso papel agora é ajudar no que for possível”, diz Paulo Magnus ao explicar também que a MV está custeando temporariamente moradia e alimentação para que essas pessoas se reestabeleçam e iniciem, de fato, uma nova vida.

MV contrata médicos e profissionais com experiência em saúde refugiados no Brasil Read More »

Decolores Home Beauty em expansão

A Decolores Home Beauty, empresa que funciona como um "Centro de Beleza" delivery, está em expansão. A marca tem crescido neste ano por meio do sistema de franquias. Oferecendo serviços como manicure, unhas em gel, depilação, massagem e entre outros, ela já conta no Recife com as unidades nos bairros das Graças, Casa Forte e Boa Viagem. A marca também está operando em Maceió, como parte do projeto de expansão pelo Nordeste. Nos três primeiros meses de operação na capital alagoana foi registrado um crescimento de 65%. Com preços tabelados, só variando a taxa de deslocamento de acordo com a localidade, a Decolores leva os serviços dos seus profissionais aos clientes que preferem a praticidade e o conforto de não se deslocar para o atendimento, podendo ser realizado em casa, no trabalho e até em hospitais, incluindo pessoas com dificuldade de locomoção. "Focamos na qualidade percebida e especialização da equipe, prezando sempre por um serviço de qualidade e padronizado", afirma Thatiane Henrique, CEO da Decolores.

Decolores Home Beauty em expansão Read More »

REC cresce com produções nas telinhas e na telona

A palavra de ordem na REC Produtores Associados para a eterna transição do setor audiovisual é adaptação. Produtora de longas de destaque da sétima arte pernambucana, como Cinema, Aspirinas e Urubus e Tatuagem, a empresa que já teve forte atuação na publicidade tradicional, desenvolveu ao longo dos seus 21 anos outras expertises, como a produção de séries para TV e, mais recentemente, o desenvolvimento de vídeos para redes sociais. O sucesso avassalador dessa nova forma de consumo audiovisual, por meio de canais como Instagram e YouTube, resultou inclusive na criação do mais novo núcleo da marca, a iREC. Em meio a tantas mudanças, a empresa teve um crescimento de 14% de faturamento em 2018 e projeta avançar em 40% neste ano. “Em duas décadas houve uma mudança de hábitos de consumo e de comportamentos da sociedade que refletiram na questão da comunicação. Hoje tem gente que não vai a uma loja física, porque compra tudo na internet. Estamos dentro do processo de se reinventar diante dessa nova dinâmica do mundo. Não temos uma fórmula pronta, nós nos adaptamos de tempos em tempos às novas demandas do nosso mercado”, afirma Ofir Figueiredo, sócio da REC. Entre as mudanças no setor, Chico Ribeiro, também sócio da produtora, ressalta que hoje o consumo de audiovisual aumentou significativamente. No entanto, há grandes audiências com produtos praticamente caseiros, que não passam necessariamente pelo trabalho profissional. Em números, o setor audiovisual hoje é responsável por 0,46% do PIB brasileiro, segundo a Ancine, empregando mais de 330 mil pessoas, entre diretos e indiretos. Para transitar com sucesso entre as oportunidades e ameaças desse novo momento, a REC surfou na onda de crescimento do setor no Brasil. Apesar da crise econômica, o audiovisual viveu seus melhores anos, a partir da Lei 12.485, que ampliou a demanda por produções independentes para a TV fechada, além de investimentos crescentes do Fundo Setorial do Audiovisual. “Enquanto o País vem de crise ou de crescimento quase inexistente, a cultura vem em crescimento, principalmente no audiovisual”, compara Chico Ribeiro. Das oportunidades surgidas com a Lei 12.485 estão experiências na produção de séries, como a ficção Fim do Mundo, produzida para o Canal Brasil, que circulou neste ano. Neste momento a REC está rodando também a série Rotas, sobre turismo no Estado, para o Canal Box Travel. A REC foi selecionada, por meio da chamada da Rede Globo, para produzir o filme de final da ano da Rede Globo Nordeste. Os recentes terremotos na Ancine e na política cultural brasileira, no entanto, estão tirando o sono dos players do setor no horizonte dos próximos anos. A REC tem também prestado serviços de produção para grandes empresas parceiras. Na área de séries, a produtora trabalhou nas vinhetas de abertura e encerramento das séries Justiça e Cine Holliúdy, ambas da TV Globo. Outra produção global com assinatura da empresa foi o serviço de pesquisa de locações e infraestrutura da série Onde Nascem os Fortes. Recentemente, fez também uma produção local do filme espanhol Yucatan, que tinha cenas gravadas em Pernambuco, realizado pela madrilenha Ikiru Film. “Além dos nossos conteúdos, também prestamos serviços para produtoras de fora do Estado e até do Brasil”, conta Ofir. Os sócios contaram que no ano de 2019 voltaram a surgir demandas da publicidade, que é um dos leques de atuação da empresa. A REC foi responsável, por exemplo, pelo filme da Fenearte deste ano e pela campanha de 50 anos do Detran, que foi produzida para o público interno. “Hoje estamos rodando muita publicidade pública, principalmente no último trimestre, o que não vínhamos fazendo nos últimos anos”, relata Chico. Há uma demanda também de vídeos corporativos, que chegam à produtora por meio de grandes agências de publicidade no Estado, como Blackninja, BG9, Aporte e Propeg. Com o crescimento do consumo audiovisual pelas redes sociais, a mais nova cartada da empresa é a organização de um setor específico para esse serviço: o iREC. “É um núcleo exclusivo para atender as demandas de conteúdo publicitário para as redes sociais. É um serviço que já existe, mas está ganhando uma nova estrutura, que trará mais competitividade”, destaca Ofir. Na produção autoral da sétima arte, o destaque mais recente da REC é o longa Estou me guardando para quando o Carnaval chegar, feita em co-produção com a Carnaval e sob direção de Marcelo Gomes. O trabalho entrou em cartaz em julho. “A REC foi conhecida inicialmente pela produção de cinema autoral. Temos hoje dois projetos em desenvolvimento nessa área, mas o nosso foco está mais diversificado. Os tentáculos da nossa produção estão mais distribuídos, justamente pela adequação que passamos em virtude das mudanças do mercado”, destacou Ofir. *Rafael Dantas é jornalista, repórter da Revista Algomais e assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com)

REC cresce com produções nas telinhas e na telona Read More »

Quer criar uma startup? Veja dicas e alertas de especialistas na área

Da Agência Brasil O termo em inglês startup passou a ganhar visibilidade com a emergência de diversas empresas de tecnologia com exemplos de crescimento e transformação em grandes negócios. Em diversos casos, essas firmas começaram como startup e obtiveram alcance global, deixando esta designação, como é o caso de grandes plataformas digitais como Facebook, Google e Uber. O termo designa empresas com uma forte base tecnológica, que inovam, seja em seus modelos de negócio ou no serviço que ofertam a consumidores. Apesar do nome ser vinculado a tecnologia, essas companhias atuam nos mais diversos campos, da agricultura ao mercado financeiro, passando pela educação e pela mobilidade urbana. Mas até que ponto as startups são uma alternativa para pessoas que querem empreender? A Agência Brasil conversou com especialistas e autoridades envolvidas no ecossistema desses negócios para colher dicas, recomendações e alertas. Assim como pode ser uma alternativa interessante, as startups também têm diversos obstáculos e os caminhos até o êxito e o estabelecimento no mercado são tortuosos. Segundo os especialistas consultados pela reportagem, quem cogita adentrar esse mundo deve fazê-lo sem ingenuidade ou crença de que apenas uma ideia brilhante será suficiente para colocar em movimento um negócio bem sucedido. Segundo dados da Associação Brasileira de Startups, (ABStartups), o Brasil possui mais de 13 mil startups distribuídas em 588 cidades, sendo 60% na região Sudeste. Essas são conduzidas por 10,1 mil empreendedores organizados em 74 “comunidades”. Conforme o levantamento Radiografia do Ecossistema Brasileiro de Startups, elaborado pela ABStartups em parceria com a consultoria Accenture, 42% têm até dois anos e 69% não ultrapassam R$ 50 mil de faturamento. Deste universo, 63% das firmas têm até cinco pessoas e 49% são compostas pelos sócios somente. Do total, 77% atuam voltadas ao mercado corporativo. Definindo a ideia A analista de inovação do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Natália Bertussi destaca que no começo é fundamental a definição de qual problema o indivíduo ou grupo pretende resolver. “Uma vez que ela saiba isso, aí ela poderá pensar na solução mais adequada para resolver esse problema. Pode ser algo relacionado a alguma ‘dor’ que ela viveu, a um problema em sua cidade, um problema de determinado grupo da sociedade, etc”, explica. Para o fundador da aceleradora de negócios 100 Open Startups, nesta fase inicial o interessado deve conseguir responder três perguntas: “quem sou eu, o que eu sei fazer e quem eu conheço?”. Ele chama a atenção de que mais do que uma ideia brilhante, é fundamental a pessoa entender que tipo de empreendedor ela é, o que ela consegue realizar e que rede ela consegue mobilizar, de fornecedores a consumidores. A partir daí, ele vai executando as ações e identificando os próximos desafios. Formatando o negócio Ao formular uma solução para um problema, o empreendedor precisa pensá-la como negócio, incluindo qual será o seu modelo, de que maneira vai comercializar o serviço ou produto, como e quem será remunerado na rede a ser formada e de que modo vai poder arcar com os custos de montagem e sustentação da firma. O coordenador da incubadora do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet RJ), Marcelo Alencar, alerta que um erro comum é o fato dessa dimensão não ser considerada desde o início. Uma vez que se trata de comercializar um bem ou serviço, a dimensão do modelo de negócios deve estar presente já desde a concepção. Um dos fatores que reforça esse problema é a ausência de conhecimento pelos empreendedores na área de gestão de empreendimentos. “O primeiro embate é justamente como eu aplico meu conhecimento de forma que isso vire um negócio. O desafio seguinte é justamente vender. Quando se fala em comercializar, o jovem simplesmente não quer ouvir. Esse entrave se alonga em todo o desenvolvimento. Quando ele chega no final quando tem produto, ele tem a dificuldade de vender”, alerta. O coordenador-geral de inovação do Ministério da Economia, Rafael Vandrei, ressalta que outro cuidado na hora da formatação do mercado é a pesquisa sobre o mercado onde pretende entrar e as startups já funcionando. Uma das formas é buscar as bases já construídas sobre o escossistema brasileiro, como os levantamentos da ABStartups (conheça as estatísticas e os estudos aqui – https://abstartups.com.br/pesquisas/). “É muito importante que as pessoas interessadas em começar conheçam seus concorrentes. No início tem um número alto de casos em que a pessoa acordou com ideia e acha que só ela que formulou essa solução e vai fazer sucesso. Uma pesquisa não só no Brasil como fora pode poupar tempo para ele não investir se tem concorrente já atuando na área”, recomenda Vandrei. Outra parte importante no estágio de formatação do negócio é a definição do público-alvo, ou o conjunto de pessoas, empresas, instituições e organizações com interesse potencial na solução proposta pelo empreendedor. “Você saber para quem você vai vender. A startup inicial ele escolher pra quem vai vender. Porque você pode ter boa ideia e direcionar teu esforço pro público errado”, pontua Marcelo Alencar. Montando a equipe Um outro momento fundamental é a montagem da equipe que irá trabalhar naquela companhia. Como apontado anteriormente, um percentual importante das startups tem sua força-de-trabalho composta dos próprios sócios. O coordenador-geral de inovação do Ministério da Economia avalia ser importante ter no grupo responsável pela empreitada pessoas com formações e habilidades diversas de modo a fortalecer as competências da equipe e sua capacidade de dar conta dos desafios relacionados ao negócio. “As startups de sucesso contam com uma pessoa ligada à área de tecnologia, mas necessariamente precisa haver uma multiplicidade de competências. Isso incluiria, por exemplo, alguém da área de gestão. Não vai só fazer a parte técnica, mas gerir a sua empresa e vender os serviços ofertados por ela. Essas competências são complementares”, frisou. Marcelo Alencar, da incubadora do Cefet RJ, reforça a importância desta cautela. Segundo ele, muitas vezes não há na equipe alguém que pense no negócio, no dinheiro. “E isso causa outro problema, a pessoa idolatrar o produto que

Quer criar uma startup? Veja dicas e alertas de especialistas na área Read More »

Economia patina, mas arrecadação federal cresceu

A arrecadação das receitas federais somou R$ 137,735 bilhões, em julho de 2019, informou a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Economia. O crescimento real (descontada a inflação) comparado ao mesmo mês de 2018 chegou a 2,95%. É o maior resultado para o mês desde julho de 2011 (R$ 141,801 bilhões). Segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, o resultado do mês foi influenciado por eventos atípicos. O principal motivo foi o aumento da arrecadação de receitas extraordinárias de aproximadamente R$ 3,2 bilhões com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. De acordo com Malaquias, isso aconteceu devido a reorganizações societárias, em que há incidência dos tributos sobre o ganho de capital com a nova organização societária das empresas. De acordo com a Receita, também houve influência do crescimento da arrecadação de depósitos judiciais. Nos sete meses do ano, a arrecadação chegou R$ 895,330 bilhões, com aumento real de 1,97%. O valor corrigido pela inflação chegou a R$ 902,506 bilhões, o maior volume arrecadado no período também desde 2014, quando chegou a R$ 905,371 bilhões, em valores corrigidos pela inflação. As receitas administradas pela Receita Federal (como impostos e contribuições) chegaram a R$ 127,637 bilhões, em julho, com aumento real de 4,15%, e acumularam R$ 854,285 bilhões nos sete meses do ano, alta de 1,6%. As receitas administradas por outros órgãos (principalmente royalties do petróleo) registraram queda em julho. Essas receitas totalizaram R$ 10,097 bilhões, no mês passado, com retração 10,18% em relação a julho de 2018. De janeiro a julho, o total chegou a R$ 41,045 bilhões, com aumento real de 10,25%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo Malaquias, a arrecadação segue em crescimento acima do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, mas ainda está abaixo da expansão das despesas. O aumento da arrecadação ajuda o governo a cumprir as metas fiscais. Arrecadação mostra sinais de recuperação gradual da economia Mesmo com a desaceleração da economia nos últimos meses, a arrecadação federal indica que a economia está se recuperando de forma gradual e consistente. Para técnicos do Ministério da Economia, o fato de que a arrecadação de julho atingiu o maior nível em oito anos e superou as estimativas das instituições financeiras indica um início de retomada. O valor arrecadado em julho representa 2,95% a mais que o registrado no mesmo mês do ano passado, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As receitas do mês passado foram infladas por uma arrecadação extraordinária de R$ 3,2 bilhões de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), decorrente da reorganização societária de algumas empresas. O valor, no entanto, continuaria a subir sem essa receita adicional. A União teria arrecadado R$ 134,535 bilhões em julho, montante 0,56% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Lucros maiores O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, ressalta que o recolhimento de IRPJ e CSLL dos dez principais setores da economia mostra que a recuperação está começando. Tanto em julho como no acumulado do ano, todos esses setores registram alta acima da inflação em relação ao mesmo período de 2019. Os segmentos com maior destaque são entidades financeiras (elevação de R$ 5,32 bilhões), extração de minerais metálicos (+R$ 2,93 bilhões), combustíveis (+R$ 1,67 bilhão), eletricidade (+R$ 1,64 bilhão) e comércio atacadista (+R$ 1,55 bilhão). O IRPJ e CSLL indicam que as empresas estão lucrando mais este ano e, segundo Malaquias, indicam que a retomada pode intensificar-se nos próximos meses. “Está havendo uma recomposição da base tributária”, diz. De janeiro a julho, a arrecadação de IRPJ pela modalidade de estimativa mensal, por meio da qual grandes empresas pagam com base no lucro estimado, aumentou 17,63% acima da inflação na comparação com o mesmo período de 2018. “Essa alta reflete a expectativa das empresas projetando lucro melhor para este ano”, acrescenta Malaquias. IOF Outro sinal de que a atividade econômica está ganhando impulso está no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cujas receitas subiram 6,24% acima da inflação nos sete primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Para o subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica, Marco Cavalcanti, os dados mostram que a concessão de crédito está aumentando. “Ainda que de forma lenta, os sinais apontam para recuperação, em particular nas operações de crédito É um bom indício”, comenta. Dificuldades A melhor arrecadação em oito anos no mês passado alivia o caixa do governo, mas não diminui as dificuldades na execução do Orçamento. No fim de julho, a equipe econômica contingenciou (bloqueou) mais R$ 1,44 bilhão do Orçamento, elevando o valor contingenciado no ano para R$ 31,225 bilhões. O contingenciamento é necessário para que o governo federal encerre o ano com déficit primário (resultado negativo sem os juros da dívida pública) dentro da meta de R$ 139 bilhões estabelecida para o ano. No fim de setembro, o Ministério da Economia revisará o Orçamento e divulgará um novo valor de contingenciamento. (Agência Brasil)

Economia patina, mas arrecadação federal cresceu Read More »

Ávila Soluções completa 20 anos e comemora ampliação no mercado de atuação

Especializada nos serviços de Business Intelligence (BI), Banco de Dados (DBA), além do desenvolvimento de softwares e aplicativos sob medida para empresas de todos os portes, a pernambucana Àvila Soluções completa 20 anos comemorando a ampliação do mercado de atuação. O UniClinika, um sistema de gestão para clínicas de diagnóstico por imagem (RIS), é um dos produtos do portfólio da empresa e foi implantado este ano no Centro Diagnóstico Água Verde, em Curitiba, além da Humana Diagnósticos, em Santa Cruz do Capibaribe, e na Unimagem, em Caruaru. No portfólio, a empresa também disponibiliza produtos como o Naora, um aplicativo para agendamento de consultas voltado para clínicas médicas, operadoras de planos de saúde e profissionais da área de saúde. O app conta com 500 médicos com suas agendas cadastradas, mais de dez mil usuários e, recentemente, implantou sua tecnologia para facilitar agendamentos no aplicativo que desenvolvido para usuários da Unimed Recife. Na área mobile, uma das que mais cresceu nos últimos dois anos, a empresa comemora a entrega do app para Grupo Via Sul. A partir do smartphone, o cliente do grupo pode agendar a revisão do carro com horários diferenciados ou acompanhar o consumo de combustível do veículo, entre outras facilidades. A personalização em forma de aplicativos para marcas continua sendo um mercado em expansão.

Ávila Soluções completa 20 anos e comemora ampliação no mercado de atuação Read More »

Recife sedia a primeira edição no NE do Encontro de Empresas Familiares

Em 2019 acontece a primeira edição Nordeste do Encontro de Empresas Familiares – ENEF no Recife. O evento, promovido por TGI Consultoria em Gestão e Werner Bornholdt Governança, será amanhã e sexta (dias 22 e 23 de agosto), no Mar Hotel, em Boa Viagem. O encontro é voltado para integrantes de empresas familiares com apresentação e discussão de casos pelas próprias famílias empresárias com temas focados na troca de experiências e conhecimentos, que contribuem para soluções envolvendo a governança e a sucessão de empresas familiares. Entre os cases já confirmados estão o Grupo Trino (empresa de terceirização de serviços pernambucana) Grupo Trino que que mais de 25 anos de atuação no mercado local e já está com operações no Nordeste e Sudeste, além de cases das empresas APSA (gestão de condomínios), Termolar (conhecida pela fabricação de garrafas térmicas), Docile (fabricação de bombons e doces) e Bettanin (fabricação de utensílios de limpeza). “As famílias empresárias vão ter oportunidade de conviver com outras famílias empresárias e conversar sobre as diversas situações comuns, independentemente do tamanho da organização e da família, e do tipo de negócio. A sucessão, preparação das novas gerações, criações de conselhos de família e conselhos de administração são assuntos complexos que merecem um olhar todo especial e experiência no trato para garantir a prosperidade e continuidade das empresas”, reforça Georgina Santos, sócia da TGI Consultoria em Gestão e uma das organizadores do evento. No caso da administradora de condomínios Apsa será apresentado como a família venceu obstáculos da transição, expandiu os negócios e se reinventou a partir da Governança, garantindo a continuidade da empresa através da sucessão e de uma gestão profissional. A Docile, empresa do segmento de candies, irá apresentar a história de mais de 80 anos da empresa familiar que hoje é referência no mercado brasileiro e exporta para mais de 60 países. No caso da empresa pernambucana Grupo Trino que tem mais de 25 anos de atuação no setor de terceirização, será abordado do desafio da preparação dos sucessores. A Termolar, conhecida de muitos por suas garrafas térmicas, irá tratar da importância de se ter uma cultura forte e sólida que é capaz de ajudar a reverter resultados insatisfatórios em épocas de instabilidade externas. Ainda serão debatidos cases das empresas de ônibus Pedrosa que possui mais de 30 anos de história e da InBetta que há 70 anos atuam no segmento de limpeza e que nos anos 2000 passou por um processo de implementação de Governança Corporativa que impulsionou seu crescimento. Mais informações sobre o encontro pelo site www.enef.com.br ou no telefone (81) 3134. 1740.

Recife sedia a primeira edição no NE do Encontro de Empresas Familiares Read More »

ThoughtWorks expande escritório do Recife e abre vagas

A ThoughtWorks, consultoria global de software, expandiu seu escritório na capital de Pernambuco, agora, localizado no bairro da Ilha do Leite. O escritório, que começou com 30 pessoas divididas em 2 salas, hoje está apto a receber um time de 200 pessoas. Com vagas abertas para contratação, a empresa prevê para 2020 um aumento de 34% no seu quadro de funcionárias. A inauguração do novo espaço aconteceu ontem (20). A empresa começou a operar em Recife com apenas dois projetos e meio andar num prédio no bairro do Recife Antigo. O crescimento foi rápido e em pouco tempo foi preciso ampliar, agregando mais salas de reunião, até que o prédio ficou pequeno para o desenvolvimento da organização. Na busca pelo lugar ideal, o Recife Antigo era a preferência unânime, mas não havia locais que comportasse o atual tamanho da ThoughtWorks e, "o único prédio que atendia as expectativas de crescimento, não se alinhava com a cultura, pois tinha um dress-code que impedia a equipe de ir trabalhar de bermuda e havaianas", relembra Ricardo Cavalcanti, o Caval, primeiro funcionário da ThoughtWorks Recife. . . Caval conta que a capital pernambucana foi escolhida para receber a empresa devido à grande quantidade de talentos presentes na região, não só de Recife, mas de todo o nordeste. Uma das preocupações era encontrar um lugar que, além de atender o propósito de crescimento, se alinhasse com a cultura da ThoughtWorks. "Nosso escritório novo é acolhedor, espaçoso e bonito. Fomos atendidos nos mais diversos aspectos: salas com isolamento acústico, banheiros livres de gênero, copa, lounge e espaço de eventos, o graffiti nas paredes é lindo e inspirador. Nos resta então celebrar e usar esse novo espaço para continuar fomentando essa liderança de pensamento, coletivamente, como sempre. Mais do que nunca, somos mudança", celebra. Segundo Taís Costa, Head de Recrutamento da ThoughtWorks Brasil, a expansão física reflete o crescimento da empresa, que espera contratar mais 25 pessoas até o final do ano. O número representa um crescimento de 20% em relação às contratações do ano passado e atualmente, há 27 vagas abertas nos escritórios de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e São Paulo, a maioria para Pessoas Desenvolvedoras, além de Designer de Experiência de Usuário e Gerente de Projetos de Desenvolvimento de Software.

ThoughtWorks expande escritório do Recife e abre vagas Read More »

Tendência: varejo deve aliar tecnologia à experiência física do cliente em loja

André Domingues é CEO do Projeto Musique. A startup pernambucana já foi destaque do Perfil Corporativo da Revista Algomais pelo crescimento exponencial nos últimos anos levando uma solução musical para contribuir para os resultados das mais diversas empresas. Quais as principais tendências que você percebe para o varejo tradicional, visto que as lojas físicas cada vez mais terão a concorrência do comércio eletrônico? Eu acredito que a virtualização do mundo vai tornar a humanização das lojas cada vez mais como diferencial. A experiência de consumo no local já deve ser intensamente multissensorial, ou seja, explorando cada um dos 5 sentidos do ser humano nessa experiência, tomando cuidado com cada detalhe e não apenas com o produto e o preço. A multissensorialidade é de fato o link das emoções para a memória em um ser humano, logo, há uma necessidade cada vez maior em proporcionar um bem-estar inconsciente ao cliente de forma profissional e não-aleatoria. Qual o papel da "experiência do cliente" para o futuro e sobrevivência do varejo tradicional? A Experiência do Cliente não é apenas fundamental para a sobrevivência do varejo tradicional, mas pela transformação dele. O que conhecemos por "tradicional" vai acabar. O varejo eletrônico ganha força, bem como a concorrência do varejo tradicional, e por isso há uma necessidade enorme e urgente de uma atualização nessa forma de varejo, que precisa deixar de ser tradicional para se tornar um varejo de experiência. Em resumo, a Experiência do Cliente está sendo responsável pela resignificação do Varejo Tradicional. Fazendo um exercício de projeção: o que podemos ter nas lojas do futuro em termos de experiência para conquistar a fidelidade do consumidor (que de fato a diferencie de um simples lugar para compra de produtos, que o comércio eletrônico poderia fazer bem semelhante)? Aliar tecnologia à experiência física do cliente em loja, fazendo-o experimentar, dentro da loja, através de realidade virtual e aumentada, a experiência de usar o produto na sua aplicação real. Com isso, será possível também as empresas reduzirem seus estoques, criando inúmeras variações virtuais de seus produtos, possibilitando os clientes experimentarem visualmente todas as opções possíveis mesmo que as empresas não tenham estoque em loja, enviando esses produtos para a casa do cliente direto da fábrica. Assim, reduziremos custos de estoque, custos de aluguel (por não necessitar de lojas grandes) e custos de logística, eliminando intermediadores na cadeia. . LEIA TAMBÉM Música no ritmo dos negócios

Tendência: varejo deve aliar tecnologia à experiência física do cliente em loja Read More »

Startups criam negócios inovadores a partir da ascensão do e-commerce

Com o crescimento do comércio eletrônico e o avanço das novas tecnologias, tanto as compras online como o varejo tradicional estão passando por transformações. E na onda dessas tendências de consumo surgem várias startups pernambucanas antenadas com as oportunidades que estão despontando e com as novas demandas dos consumidores e dos comerciantes, sejam das lojas físicas ou digitais. Uma das mais novas startups incubadas no Porto Digital é a Scambo. As sócias Gabriela Alencar, Helena Duarte e Renata Alencar estão desenhando o negócio que será uma espécie de guarda-roupa virtual ou um brechó digital. Elas têm uma experiência de pouco mais de seis meses no mercado de brechós no Recife e tiveram a ideia de criar uma plataforma em que os usuários podem comprar, “provar” os looks, solicitar ajustes e customizações nas peças, entre outros serviços. . . “Estamos embarcados com a proposta de criar uma plataforma que fomente diferentes formas de consumo. Entendemos que o cliente pode comprar, alugar ou trocar a peça de segunda mão. Vamos trabalhar em cima dessas possibilidades, inicialmente em um único site, que tem um propósito sustentável que é prolongar o ciclo de vida das roupas”, esclarece Gabriela Alencar. A aposta no mercado de brechós não é por acaso. Entre 2011 e 2016, o número de brechós cresceu 210% no Brasil, de acordo com pesquisa do Sebrae. O primeiro segmento que está sendo prototipado pela startup é o infantil, em que o descarte das peças é muito mais acelerado. De olho no futuro do comércio, o site inteligente, que será desenvolvido pela Scambo, tem a proposta de agregar muita tecnologia, como oferecer a experiência de realidade virtual. Ou seja, o cliente poderia se enxergar vestindo a roupa que pretende comprar. “Hoje já tem um pouco disso acontecendo nas grandes marcas, mas no segmento de brechó nem se fala. Estamos testando tudo o que já existe disponível para o consumidor digital”, explica Helena. Em Caruaru, funciona no Armazém da Criatividade a Project 360, especializada em fotografia corporativa interativa. De olho na necessidade dos empresários de oferecer uma espécie de “passeio virtual” aos seus consumidores. “Por meio de alguns cliques no computador, pelo celular ou com óculos de realidade aumentada, as empresas podem proporcionar aos seus clientes experiências imersivas, inclusive com interações. Acreditamos no mercado virtual em crescimento e no potencial econômico e turístico da cidade de Caruaru, agregando valores aos negócios locais do Agreste”, relata a sócia e cofundadora Andreia Alencar. O primeiro case da Project 360 foi o lançamento de uma nova clínica de fisioterapia da Unimed Caruaru. A oferta do serviço de tour virtual - experiência cada vez mais buscada pelos consumidores antes da compra ou visita a um local - tem grande potencial para clientes de setores como o imobiliário e o turístico, segundo Andreia. “Quem quer comprar um imóvel e se interessa em conhecer vários apartamentos, a imobiliária pode oferecer uma experiência com óculos de realidade aumentada, em que o comprador passeia virtualmente pelos espaços. Se a imobiliária tem 10 imóveis e o cliente gosta de dois, a empresa já reduz o custo e o tempo do atendimento”. Da mesma forma, antes de decidir em qual hotel irá se hospedar, o cliente poderia conferir as instalações do quarto e posição das janelas, por exemplo. No setor de restaurantes, pode-se reservar uma mesa específica no salão em que ele já passeou digitalmente pelo computador ou celular. “Há uma gama de hotéis, restaurantes, pousadas, além do mercado em ascensão no segmento imobiliário que podem se interessar pelo serviço”, enumera Andreia. As novas tecnologias também permitem algumas alternativas de interatividade com os internautas. “Em um museu que oferece a visita, além do passeio, é possível clicar na obra e ter mais informações do autor ou a história da peça. Em locais como restaurantes e bares, o cliente pode ouvir a música que irá tocar no ambiente. As plataformas permitem ainda que se faça a reserva de um serviço ou a compra de um ingresso ou produto. O objetivo final é possibilitar que o cliente tenha uma experiência melhor e possa fechar vendas”, conta o sócio e fotógrafo da empresa, Jorge Florêncio. LOJAS FÍSICAS Uma startup que está conectada com a experiência do cliente nas lojas físicas é o Projeto Musique. Enquanto as vendas no mundo digital avançam pelos preços e comodidades, as lojas tradicionais têm o desafio de oferecer no contato presencial dos consumidores mais do que apenas a compra. “A experiência do cliente está sendo responsável pela ressignificação do varejo tradicional. A virtualização do mundo vai tornar a humanização das lojas cada vez mais um diferencial", prevê André Domingues, CEO do Projeto Musique. Para Domingues, a experiência de consumo no local já deve ser intensamente multissensorial, ou seja, explorando cada um dos cinco sentidos do ser humano nessa experiência, tomando cuidado com cada detalhe e não apenas com o produto e o preço. "Há uma necessidade cada vez maior de proporcionar um bem-estar inconsciente ao cliente de forma profissional e não-aleatória”, alerta. . . O serviço oferecido pela startup, primeira empresa do Brasil a usar ciência aplicada à música ambiente, é estudar cada marca de forma minuciosa e criar uma programação musical para melhorar o desempenho das empresas. Alguns resultados já obtidos foram o de aumentar em 10% o período de permanência dos clientes em algumas cafeterias. A playlist certeira conseguiu reduzir também a percepção de espera dos clientes do setor de emergência de um dos maiores hospitais do País. Em três anos de funcionamento, o Projeto Musique já atendeu mais de 100 clientes no País, como a Volvo, a Cafeteria Santa Clara e o Work Café Santander. Inicialmente, apenas grandes marcas e empresas em rede nacional consumiam o serviço. Hoje, no entanto, mesmo pequenos negócios têm apresentado interesse na novidade. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

Startups criam negócios inovadores a partir da ascensão do e-commerce Read More »