Endividamento das famílias permanece estável em Pernambuco

Da Fecomércio-PE

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela CNC e recortada localmente pela Fecomércio-PE, o percentual de famílias que declaram estar endividadas no estado de Pernambuco ficou praticamente estável em novembro, saindo de 78,2% para 78,8%. Na comparação com novembro de 2020, por outro lado, o indicador avançou 1,4 pontos percentuais.

A perspectiva de inadimplência, por sua vez, registrou uma leve piora em novembro: segundo a pesquisa, o percentual de famílias com contas atrasadas subiu 1,1 pontos e ficou em 31,4% em novembro. “Com esse movimento, a série interrompeu uma trajetória de 4 meses em queda, após passar de 33,2% em junho para 30,3% em outubro. Na comparação com novembro do ano anterior, o indicador subiu 2,4 pontos”, explica o assessor econômico da Fecomércio-PE, Ademilson Saraiva.

Já o percentual de famílias que se dizem sem condições de pagar as contas atrasadas seguiu em trajetória de elevação e encerrou novembro em 16,8%. Na passagem de outubro para novembro, o indicador subiu 1,1 pontos e já se encontra 4,2 pontos percentuais acima do patamar observado em novembro do ano de 2020, quando era de 12,6%.

Pernambuco: percentual de famílias, segundo as situações de endividamento (valores em % do total de famílias) – novembro/2020 a novembro/2021

Fonte: CNC. Elaboração Fecomércio-PE.

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DIMENSÃO DO ENDIVIDAMENTO

Em novembro de 2020, 13,5% das famílias se diziam “muito endividadas” e, agora em 2021, essa proporção chegou a 21,8%. A proporção das que se dizem “mais ou menos endividadas” caiu 3,1 pontos em relação ao mesmo mês de 2020, mas teve elação de 3,5 pontos em relação ao mês imediatamente anterior.

“Verifica-se que embora a proporção de famílias endividadas não tenha sofrido alteração substancial na comparação com novembro do ano passado, a composição do indicador aponta mudança relevante sobre a percepção desse endividamento”, comenta Saraiva.

Já a proporção de famílias que declaram não ter dívidas – como cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa – caiu levemente, de 22,6% em novembro de 2020 e de 21,8% em outubro imediatamente anterior, para 21,2% em novembro de 2021.

O demonstrativo por tipo de dívidas aponta que o cartão de crédito elevou levemente sua participação entre os débitos declarados pelas famílias endividadas no mês de novembro, na comparação com o mês anterior.

O cheque especial, por sua vez, cresce entre os tipos de dívidas mencionadas pelas famílias como componentes do endividamento recente: estavam 7,9% em novembro de 2020, chegou a 11,6% em outubro recente e avançou para 14,1% em novembro.

Esse avanço do cheque especial entre os componentes das dívidas corrobora a perspectiva apontada pelas famílias em novembro, em que cresce a percepção de que estão muito endividadas bem como aumenta a proporção de famílias que se dizem sem condições de pagar as dívidas em atraso.

“Nesse sentido, o pouco espaço para busca de crédito ou para refinanciamento das dívidas já existentes, devido à situação ainda frágil no mercado de trabalho, pode estar forçando o atraso de contas e levando as famílias a contrair dívidas em conta corrente para saldar outros débitos e potencializando o endividamento no curto prazo”, ressalta o assessor econômico da Fecomércio-PE.

Cabe destacar que o cheque especial tem a terceira maior taxa média de juros entre as modalidades de crédito livre às pessoas físicas – em torno de 129%, atrás apenas do parcelamento do cartão de crédito (169%) e do crédito no rotativo (aproximadamente 340%).

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