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Educação que transforma: da venda de feijão à reitoria da UPE

No pequeno município de São João, no Agreste, nasceu em 1964 o atual reitor da Universidade de Pernambuco, Pedro Falcão. Pela falta de condições financeiras, o parto aconteceu em casa, com o auxílio de uma parteira. Filho de uma família humilde, em que seu pai trabalhava comercializando feijão nas feiras, ele teve oportunidade de avançar na formação acadêmica a partir do apoio de um tio, que financiou seus estudos num colégio particular em Garanhuns e, posteriormente, na sua preparação para o vestibular no Recife. Até chegar ao posto máximo dentro de uma das maiores instituições de ensino superior do Estado, foram muitas idas e vindas entre o interior e a capital. Uma trajetória cheia de nuances que ele nos contou com muito humor. "Terminado a quarta série primária do ensino fundamental na rede pública, meu tio João Carlos disse que era melhor que eu estudasse num colégio particular para ter uma melhor formação. E me levou para estudar em um colégio de destaque de Garanhuns, pagando meus estudos", conta o reitor. O trajeto diário para o colégio em Garanhuns era inicialmente numa Rural, depois numa Kombi, junto com várias crianças que faziam o mesmo roteiro. As vezes, pela quantidade de estudantes, ele lembra que alguns seguiam para as aulas na mala do veículo. O passo seguinte rumo à universidade seria deixar sua cidade natal para intensificar os estudos no ensino médio e nos preparatórios pré-universitários na capital. Mas, quando era adolescente, Pedro já ajudava o pai na venda dos feijões em São João e nas feiras outros municípios vizinhos. "Desde os 7 anos meu pai me levava para ajudá-lo a vender feijão nas feiras nos dias que eu não tinha atividade de aula. Mas quando terminei o ensino fundamental, meu tio sugeriu me levar para estudar no Recife. Meu pai pensou: E agora? E quem vai me ajudar a vender o feijão? Mas me permitiu seguir. Vim morar no Recife, com uma tia, juntamente com três primos que também vieram buscar melhores escolas. Essa tia não tinha também muitas condições de se manter sozinha e era ajudada pelos irmãos para ficar no Recife e cuidar das crianças". Após os preparativos no Recife, veio a aprovação no vestibular para o curso de Ciências Biológicas na Universidade Federal Rural de Pernambuco. "Já dentro da universidade fui procurando fazer estágios e consegui uma ajuda de custo destinada à estudantes carentes. Era uma bolsa para prestar serviço em um laboratório (em um projeto de controle de pragas). Depois me tornei também monitor". Após esses primeiros passos, um tio o apresentou ao professor da UFPE e pesquisador da Fiocruz, o biólogo André Furtado, docente com grande produção científica. A ideia era submeter um projeto de pesquisa para o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e conseguir uma bolsa. A proposta que traria uma renda temporária e uma oportunidade de ter mais conhecimentos de laboratório não foi aprovada. Mesmo sem o apoio financeiro, Pedro pediu para estagiar na universidade com o projeto, sendo orientado pelo professor André. O seu mentor assumiu a função de vice-diretor do tradicional Centro de Pesquisas Ageu Magalhães. E o jovem universitário de São João ficou meio que esquecido, seguindo com o projeto na universidade. Quando vieram os resultados, ele os levou para o professor André. Os dados causaram surpresa no orientador e resultaram em um convite para levar todos os equipamentos para o laboratório da Fiocruz, onde ele daria continuidade às pesquisas. Com a conclusão do seu curso superior, ele foi convidado para seguir como bolsista na Fiocruz, em um grupo de pesquisa que estimulava projetos estratégicos para o Nordeste. Pedro Falcão topou e começou a trabalhar na área de controle da filariose no Recife. Em paralelo, estudava para seleção do mestrado. Passou inicialmente para o Rio Grande do Sul, mas ele veio a seguir sua vida acadêmica mesmo na área de Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz. O curso era no Rio de Janeiro, mas como era modular, ele não precisou se mudar do Recife. Além das naturais dificuldades acadêmicas de qualquer mestrando e das restrições financeiras de quem vive de bolsas de estudos, durante o mestrado Pedro Falcão enfrentou ainda uma crise de apendicite que o levou a uma cirurgia de urgência. Ele saiu do procedimento com uma infecção hospitalar que quase o levou a morte. "Isso atrasou minha defesa em seis meses, pois foi uma fase de recuperação muito difícil", relatou. Com a aprovação do mestrado, já casado e com uma filha, seu mentor, o professor André Furtado, estava prestes a sair da direção da Fiocruz. Pensativo sobre o risco de ficar sem trabalho na capital, Pedro planejou a volta para o interior. "Meu tio que pagou meus estudos ficou bravo". Mas com o diploma embaixo do braço, o comércio de feijões não era o destino em sua mente. Ele voltou ao interior para atuar como professor, dando aula em um preparatório para vestibular em Garanhuns, além de assumir a vice-direção de uma escola municipal em São João. Ainda vinha dois dias à capital para prestar serviços para a Prefeitura do Recife, em um projeto de controle de vetores e nas segundas-feiras pela manhã ajudava seu pai, já idoso e doente, na venda de feijões em uma feira. A vida corrida que ele já tinha construída no agreste não era o real objetivo no seu retorno ao interior. Desde que morava no Recife, ele observava a Faculdade de Formação de Professores de Garanhuns, que posteriormente se tornaria a UPE Garanhuns. "Eu, com experiência de pesquisa, pensava comigo: rapaz, se eu entrasse aqui iria fazer miséria (risos). Se eu conseguir entrar aqui, venho embora. Arrumei meu currículo e mandei para o diretor Luiz Tenório". A instituição, bem acanhada, não tinha nenhuma experiência de pesquisa. "Quando ele viu meu currículo, me disse: Não é você que está atrás de emprego. Essa faculdade precisa de um cara feito você". Bem sincero e objetivo, Pedro respondeu: "Se você conseguir umas aulas aqui que dê para comprar o leite da minha menina, eu

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Governo atrai R$ 12,5 bilhões em investimentos no semestre

A captação de novos empreendimentos e a consequente geração de empregos estão no cerne da pauta de trabalho da atual gestão do Governo de Pernambuco. Dos esforços da gestão, capitaneados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sdec), foram alcançados no primeiro semestre o anúncio de investimentos ou de expansões de 59 empresas que devem representar a geração de mais de 20 mil novos empregos. Somados, os aportes na economia chegam a R$ 12,5 bilhões. “O resultado do PIB no primeiro trimestre, apresentado há poucos dias pela Agência Condepe/Fidem, mostra que tivemos um crescimento de 1,2%. É mais do que o dobro do crescimento do Brasil. Isso é fruto de um trabalho permanente, articulado, integrado, de todas as secretarias do Governo, na intenção de melhorarmos o ambiente de negócios, de atrair mais investimentos que possam gerar emprego e renda. No momento de uma crise tão grande como a que o país enfrenta, estamos mostrando que Pernambuco não fica parado, que estamos promovendo e ativando a economia”, comentou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach. O mais novo anúncio foi a atração da Connect Cargo, primeira aérea 100% cargueira estabelecida fora do eixo Rio-São Paulo, que tem 12 anos de experiência em operações nos Estados Unidos. Com vocação natural para logística e transporte, Pernambuco foi escolhido como base de operações da 10ª companhia brasileira a integrar o setor de aviação. A expectativa é que, até 2020, sejam gerados 240 empregos diretos, além dos indiretos. A empresa também montará, até o fim deste ano, um hangar de manutenção de Boeings no Aeroporto Internacional do Recife. Quando se fala em robustez dos investimentos, o destaque fica para a Fiat Chrysler Automobiles, que será responsável por 60% dos R$ 12,5 bi de aportes captados neste ano. A montadora anunciou, em maio, que planeja aportar, até 2023, R$ 7,5 bilhões no polo automotivo da Jeep, em Goiana, gerando 9 mil novas vagas de empregos. Pouco antes, em abril, a espanhola Solatio anunciou o investimento de R$ 3,5 bilhões na construção do maior complexo solar fotovoltaico do País. Com capacidade instalada para gerar 1.100 Megawatts (MW), o parque será construído em São José do Belmonte, no Sertão pernambuco, e deverá criar, durante as obras, cerca de mil postos de trabalho diretos. A Rede Novo – Atacado e Varejo, nova marca dos grupos varejistas SFA e Super Cidades, ambos de Minas Gerais, também oficializou sua chegada ao território pernambucano. No total, a rede de atacarejo deve investir R$ 500 milhões, nos próximos quatro anos, na abertura de 15 a 20 lojas em todo o Estado. A previsão é que quatro delas sejam inauguradas até dezembro, nos municípios de Carpina, Vitória de Santo Antão, Santa Cruz do Capibaribe e Arcoverde. Até o fim deste ano, a Rede Novo será responsável pela geração de 1,5 mil empregos diretos e 3 mil empregos indiretos nas cidades de porte médio. A concessão de benefícios fiscais, realizada por meio de programas estaduais como o Prodepe e o ProInd, também tem se destacado como uma importante ferramenta de atração de empresas. Somente em 2019, o Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), em duas reuniões capitaneadas pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), aprovou 40 projetos de concessão de incentivos fiscais para empresas interessadas em implantar ou ampliar suas atividades no Estado. Juntas, elas devem criar 1.060 postos de trabalho. Entre os projetos aprovados, 22 foram de indústrias, 14 de importadores e quatro de centrais de distribuição. Com isso, o Governo do Estado conseguiu atrair R$ 162 milhões em investimentos para o setor industrial, sendo R$ 82,6 milhões para o interior e R$ 79,1 milhões para cidades da Região Metropolitana do Recife. O equilíbrio na distribuição das concessões comprova, também, o esforço do poder público em descentralizar os investimentos. No total, 18 municípios receberão os aportes, estando 11 deles localizados nas regiões do Agreste, Zona da Mata e Sertão. Já o ProInd conseguiu atrair R$ 104,7 milhões em investimentos, com expectativa de geração de 991 novos postos de trabalho. A proposta de descentralização dos investimentos passa, também, pela BR-232, responsável por interligar as cidades da RMR aos municípios do interior pernambucano. A importância da rodovia será reforçada pela construção do Recife Outlet Premium, que vai ser construído às margens do corredor logístico, mais precisamente no trecho que corta o município de Moreno. Com inspiração nos modelos norte-americanos, o primeiro outlet de Pernambuco irá receber investimentos estimados em R$ 60 milhões, com perspectiva de geração de 2 mil novos empregos já na sua primeira fase de operação. A expectativa é de que a obra seja entregue ao público no segundo semestre de 2020. FOCO NA CAPITAL Considerados como segmentos estratégicos da capital pernambucana, os polos médico e de tecnologia (TIC) seguem mantendo o ritmo de atratividade e crescimento. Em abril, a Rede D’Or São Luiz, segundo maior grupo hospitalar do Brasil, oficializou a construção do hospital oncológico premium Memorial Star: um investimento de R$ 263 milhões, que deve gerar 1.086 empregos diretos, além de 1,5 mil indiretos. Junte-se a esse o anúncio recente da ampliação do Hospital Santa Joana, feito pelo Grupo UnitedHealth, que custará cerca de R$ 140 milhões e deve gerar 2 mil postos de trabalho. O parque tecnológico pernambucano, cujo centro habita o histórico Bairro do Recife, por sua vez, deve oferecer, até o ano que vem, mais 2,5 mil novas vagas de trabalho - espera-se que 500 delas sejam abertas até dezembro. O incremento foi anunciado em maio pela Accenture, multinacional que mantém no Recife um de seus Innovation Center no Brasil, local onde já atuam 2,5 mil profissionais. A empresa, que começou a operar em 2010 no Porto Digital, vem reforçando sua aposta na capital pernambucana desde 2017, ano em que inaugurou seu Centro de Inovação na capital pernambucana. (Da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo de Pernambuco)

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Audiência pública sobre Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado acontece quinta

Em parceria com o Governo de Pernambuco, a Prefeitura do Recife integra o conjunto de municípios envolvidos na elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI). Cada um dos 15 municípios que fazem parte da Região Metropolitana do Recife realizará uma audiência pública como parte das etapas que compõe a elaboração do Plano. O Recife realizará a sua audiência pública no próximo dia 11 de julho, na Universidade Católica de Pernambuco. Aberta ao público em geral, a audiência é organizada pela Secretaria de Planejamento Urbano do Recife. O encontro começa às 9h, no Auditório Dom Helder Câmara, térreo do Bloco A. O PDUI reúne um conjunto de diretrizes e regras para a melhoria do desenvolvimento e ordenamento do território metropolitano. O processo é liderado pelo Governo de Pernambuco, por meio da Agência Condepe/Fidem. (Da Prefeitura do Recife)

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Pirão: água, farinha, tempero & arte

“Nunca no Brasil se pintou um quadro nem se escreveu um poema que nem se plasmou uma estátua nem se compôs uma sinfonia que igualassem sugestões de beleza a um prato de pirão” . Gilberto Freyre in “O pirão glória do Brasil” jornal Diário de Pernambuco, anos 1920. Certamente o brasileiro se encontra e se reconhece na mandioca. São produtos para comer, e para outros usos na casa e no trabalho. O produto mais geral, comum, nacional, é a farinha, a farinha de mandioca de tantos tipos, nomes, texturas, cores, sabores, e principalmente no uso em receitas, cobrindo todo o nosso território. Farinha pura, farinha com água, um tipo de bebida engrossada, mata-fome geral, na Amazônia chamada de chibé ou caribé. Embucha, dá aquela sensação de barriga cheia, só sensação, pois o corpo necessita de mais nutrientes e de variedades de alimentos para funcionar. É essa fornalha, a barriga, que está sempre a processar, sempre a consumir comida. Contudo, as farinhas, desde a mais comum, seca, chamada afetivamente de farinha de pau ou de guerra é a do dia-a-dia, base para forrar o prato, cama do feijão, de molhos, assados, guisados, ou mesmo na tão celebrada farofa. Aliás, considero a farofa uma das mais notáveis invenções da mesa brasileira. Farofa que já vem pronta da cozinha, onde se pode misturar de um tudo ou aquela que nasce no prato, para engrossar e aumentar, naquele momento em que o gosto está mais apurado, quando a refeição está quase concluída e a comida começa, então, a ser mais ainda desejada. Aí se reescreve a farinha, num texto gastronômico cujo reconhecimento imediato é o Brasil. É o molho que ficou; um pedaço de carne; uma cebola que está encharcada de gordura; tudo é tema, motivo, inspiração, para ali no prato, na hora, fazer uma farofinha gloriosa, culminância, clímax que a boca tanto quer e o espírito também. O mesmo se dá com o pirão, outra fantástica descoberta gastronômica genialmente brasileira. Viva o pirão! Essa mistura mole, com mais água, caldo, ingredientes vários poderá se apresentar mais líquida ou mais sólida. Isso ocorre em função do acompanhamento, se é peixe, se é carne ou, então, se é o cozido. Se for cozido o pirão é variadíssimo em sabor, pois se misturam todos os caldos: legumes, carnes frescas, carne seca, embutidos, banana, carne de frango se a receita for mais lusitana. Travessas magníficas cobertas de folhas de couve, folhas protetoras dos muitos gostos ali guardados nesse prato plural que alimenta e principalmente é convite para os rituais de comensalidade. Pirão é para ser comido em prato fundo. Nasce de farinha de mandioca da bem fininha acrescida de generoso caldo, e pode também ser farinha grossa, granulada, exalando ainda o tucupi que muitas vezes também colore a matéria, tudo bem misturado, com ingredientes que vão do caldo do peixe, as pimentas, os cheiros verdes, e tanto mais que se queira adicionar. Deve ser comido com a colher de sopa, muito, sem medo, pois pirão e um bom incentivo à gula. Prepara-se então pirão a gosto, mais duro, mais mole, e se quiser, o mesmo caldo da mistura poderá ser servido junto com a abrideira da refeição, uma boa branquinha. Ainda, o azeite de oliva é um ótimo acréscimo a esse pirão que já se pode chamar de rico, ou seja, pirão com adubos especiais. Entre os muitos chamados de rico destaco o tradicionalíssimo feito de peixe. É pirão que acompanha a Peixada, e assim, o caldo do peixe e legumes faz a base desse complemento. O enriquecimento se dá com peixe desfiado, e recentemente comi um a base de Dourado. Realmente uma delícia. O ritual aconteceu vendo-se as pontes do Recife, suas Igrejas destacadas nas torres, lembrando minaretes, formando um cenário ungido no encontro do rio com o mar. Assim, fez-se mais essa experiência gastronômica. Aliás, antes da peixada, camarões bem escolhidos prepararam a boca e principalmente o espírito para comer tudo: cenário, cheiros, luminosidade, e o Recife.

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Comissão aprova texto-base da reforma da Previdência

Os deputados que integram a comissão especial da reforma da Previdência (PEC 6/19) na Câmara dos Deputados aprovaram na tarde de hoje (4) o parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). O placar foi 36 votos a favor e 13 contra o relatório. Os parlamentares vão se debruçar agora sobre os 19 destaques de bancadas e 88 individuais com sugestões de mudanças ao texto-base. Os deputados da base governista apontaram a necessidade de reformar a previdência para reverter o déficit no sistema de aposentadorias e pensões. Para os favoráveis à PEC, a reforma vai trazer de volta a geração de emprego e renda na economia brasileira. De acordo com o líder do Podemos, deputado José Nelto (GO), a reforma é necessária para que o governo não atrase salários e aposentarias. “O país está quebrado, estados e municípios estão quebrados e agora a iniciativa privada está indo para a quebradeira”. A oposição considera que a reforma vai desmontar o sistema de previdência social e será mais dura com os mais pobres. Segundo o líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP), a PEC vai afetar o sistema de proteção social, sobretudo de quem ganha até quatro salários mínimos. Ivan Valente lembrou que o elevado desemprego e a grande informalidade no país dificultam a contribuição previdenciária dos trabalhadores. “Essa reforma é recessiva, vai tirar R$ 1 trilhão de circulação da economia brasileira. Não há consumo, o comércio e a indústria vão mal”. Nova versão Em seu novo voto complementar, lido ontem (3), Samuel Moreira manteve as regras para as aposentadorias dos policiais que atuam na esfera federal. As categorias, que incluem policiais federais e legislativos, se aposentarão aos 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e 25 anos de exercício efetivo na carreira, independentemente de distinção de sexo. Em seu novo texto, Moreira recuou da permissão para que estados e municípios aumentem a contribuição dos servidores públicos locais para cobrir os rombos nos regimes próprios de Previdência. A possibilidade constava do relatório apresentado na terça-feira (2) pelo relator. Com a desistência, os estados e os municípios voltam a ficar integralmente fora da reforma da Previdência. Caberá às Assembleias Legislativas estaduais e às Câmaras Municipais aprovar a validade da reforma para os governos locais, assim como o aumento das alíquotas dos servidores sob sua alçada. Principal ferramenta para elevar a arrecadação da seguridade social e cobrir parte do rombo da Previdência, o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 15% para 20% será restrito a bancos médios e grandes. A modificação constou do novo voto complementar do relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. O texto anterior, lido na terça-feira (2), previa que a elevação da alíquota valeria para todas as instituições financeiras, exceto a B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo). As cooperativas de crédito haviam sido beneficiadas com aumento menor, para 17%. (Da Agência Brasil)

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Custo da cesta básica caiu 5,18% no Recife , diz Dieese

Em junho, o custo da cesta básica caiu em dez das 17 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada hoje (04) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nas demais capitais analisadas pelo Dieese, o custo da cesta subiu. Segundo o Dieese, as quedas mais expressivas ocorreram em Brasília (6,65%), Aracaju (6,14%) e Recife (5,18%). As maiores altas foram registradas em Florianópolis (1,44%), Rio de Janeiro (1,16%), Belo Horizonte (1,05%) e Campo Grande (1,03%). De janeiro a junho deste ano, todas as capitais analisadas acumularam aumentos, com destaque para Vitória (20,20%). A menor taxa foi registrada em Campo Grande (1,29%). A cesta mais cara do país é a de São Paulo, onde o conjunto de alimentos essenciais custava, em média, R$ 501,68, seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 498,67) e por Porto Alegre (R$ 498,41). As cestas mais baratas foram observados em Aracaju (R$ 383,09) e Salvador (R$ 384,76). Salário mínimo Com base na cesta mais cara do país, que foi observada em São Paulo, o valor do salário mínimo em junho, necessário para suprir as despesas de um trabalhador e da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 4.214, 62, ou 4,22 vezes o mínimo de R$ 998,00. (Da Agência Brasil)

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Problemas de visão entre as crianças? Período de férias é ideal para avaliar os pequenos

Os três primeiros meses de vida são considerados o período crítico para o desenvolvimento visual da criança. Entre os 2 e os 3 anos de idade, a criança atinge a visão do adulto. Dos 7 aos 9 anos, o desenvolvimento visual está completo. É mais difícil tratar a conhecida doença do "olho preguiçoso" depois disso. Existem pistas que permitem ao médico flagrar problemas logo cedo. O Teste do Reflexo Vermelho (TRV), por exemplo, deve ser realizado pelo pediatra no berçário e repetido aos 30 dias, 1 e 3 anos de idade para avaliar alterações da transparência dos meios ópticos do olho e, dessa maneira, detectar a presença de catarata e glaucoma congênitos (quando a criança nasce com esses problemas) ou retinoblastoma (um tumor ocular que aparece ao redor dos 18 meses de vida). Com o tratamento precoce, é possível restabelecer boa parte da visão. A médica oftalmologista Érika Anjos, do Instituto de Olhos Clóvis Paiva, recomenda o período de férias para que o pais levem os filhos para uma revisão oftalmológica. "Há casos em que a criança está com mau rendimento escolar porque não consegue enxergar o que está exposto no quadro. A criança pode sofrer de miopia, hipermetropia ou astigmatismo, por exemplo. As doenças refrativas são descobertas por meio de um exame simples, indolor, rápido e que pode trazer benefícios consideráveis", explica. Nestes casos, os problemas são corrigidos, em sua maioria, com o uso de óculos de grau ou lentes de contato. O que faz suspeitar que a criança pode não enxergar? Preste atenção se o pequeno apresenta desinteresse por leitura ou é muito disperso, se ele se aproxima muito dos livros, da lousa ou da televisão para enxergar melhor e se costuma apertar os olhos para ver com nitidez. O erro refrativo, que compromete a capacidade visual, está presente em 8% das crianças menores de 4 anos e em 22% das crianças com até 9 anos. Quando os erros refrativos de alto grau não são corrigidos, o mundo da criança é limitado, seu rendimento escolar prejudicado e, muitas vezes, surgem queixas de dor de cabeça e dispersão.

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ApexBrasil investe R$ 680 mil na formação de exportadores de frutas de Petrolina

Dados do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR) estimam que o Vale do São Francisco tem hoje cerca de 3 mil produtores de frutas e destes menos de 10% já comercializaram internacionalmente seus produtos. Foi com a proposta de ampliar estes números que a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) anunciou em Petrolina, o investimento de R$ 680 mil para implantação do PEIEX – Programa de Qualificação para Exportação. O anúncio foi feito pelo gerente de Relações Institucionais e Governamentais da ApexBrasil, Wilson Almeida, durante reunião com o prefeito, Miguel Coelho, onde participaram também representantes da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Associação dos Produtores e Exportadores de Hortifrutigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport) e do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR). Durante o encontro, Wilson Almeida destacou o potencial exportador do município e adiantou que serão capacitados inicialmente 100 produtores com perfil adequado para exportação. “Treinamos no ano passado, em todo país, aproximadamente 15 mil empresas no processo de exportação de forma planejada e segura e destas cinco mil são hoje efetivamente exportadores”, lembrou. O prefeito Miguel Coelho também destacou a importância das exportações para o município e definiu a chegada do PEIEX como um marco divisor visando o incremento dos negócios em todos os segmentos produtivos da cidade. “A demanda por frutas tropicais no mundo é crescente. Transformando nossos produtores em exportadores ampliamos também nossas fronteiras, geramos mais empregos, mais renda, aumentando consequentemente a circulação de mais dinheiro em nossa cidade”, pontuou. O diretor do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina e presidente do Distrito de Irrigação Nilo Coelho – DINC, José Loyo, chamou a atenção para a inserção dos pequenos e médios produtores no programa. “Uma iniciativa extremamente importante que vai proporcionar também aos pequenos e médios produtores um conhecimento abrangente das exigências dos mercados internacionais, das certificações, da rastreabilidade dos frutos, do certificado fitossanitário de origem”, evidenciou Loyo, enfatizando ainda que o programa vai responder também questões a exemplo da melhor forma de fazer a fruta chegar ao mercado externo e como negociar e formar o preço do produto para outro país. As inscrições para o PEIEX – Programa de Qualificação para Exportação são gratuitas e já podem ser feitas na Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (FACAPE) ou através do site: www.apexbrasil.com.br.

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Educação que transforma: De bolsistas a inovadores de alto impacto social

Uma das startups com grande potencial de impacto social de Pernambuco, a Prol Educa, já beneficiou mais de 2,5 mil famílias com bolsas de estudos parciais em colégios de ensino básico e em faculdades de quatro estados brasileiros. Seus sócios, os quase homônimos, Pettrus Nascimento e Petrus Vieira, são amigos desde a infância. E outra coincidência nessa história - além dos seus nomes e de se conhecerem há muito tempo - é que ambos foram também bolsistas no ensino fundamental. "Morava no bairro da Mustardinha e ele na Muribeca. Daí fui morar em Muribeca também e estudar na mesma escola dele, que era bolsista porque sua mãe é professora. Eu entrei por jogar futsal. Daí tive acesso a educação de qualidade. A vida da pessoa muda. A minha vida mudou. Passei a ter novos propósitos. Se não tivesse tido acesso a essa oportunidade não sei o que estaria fazendo hoje", conta Pettrus Nascimento. Ambos, após concluírem o ensino médio, conseguiram ter uma formação superior. O Nascimento graduou-se em logística. E o Vieira em Educação Física. Mas a grande colaboração que eles têm trazido para a sociedade não é nessas áreas acadêmicas, mas é um serviço que foi impulsionado por suas histórias de vida. "Estudei a Graduação em Logística pagando o curso integral. Entendi a dor disso. Trabalhando e tendo família, teve tempo de sobrar apenas R$ 30 para passar o mês", relata Pettrus Nascimento. Seu sócio, Petrus Vieira, trabalhando como professor, via a dificuldade da desvalorização da área e também das dificuldades das próprias instituições de ensino de lidar com a vacância de vagas disponíveis nas salas. Daí eles tiveram a sacada que beneficiou a vida de muitos estudantes: conectar escolas e faculdades com vagas ociosas aos estudantes de baixa renda que poderiam pagar parcialmente o curso.  "Fazemos um trabalho de inclusão social ajudando famílias que não têm condições de pagar mensalidade integral em uma instituição particular. Em contrapartida, a gente consegue preencher aquela cadeira vazia existente na escola e assim também gerando receita para ela", conta. A partir dessa conexão, a plataforma do Prol Educa já conseguiu viabilizar bolsas para mais de 2,5 mil estudantes em mais de 300 instituições parceiras. "Com isso, levamos uma receita de mais de R$ 3 milhões para escolas e faculdades parceiras", conta Pettrus Nascimento. A ideia dos dois jovens, que nasceram na periferia e transformaram sua experiência estudantil em inovação,  levou a startup Prol Educa a ser incubada hoje na Foz (Centro de Inovação em Saúde e Educação fundado pela Faculdade Pernambucana de Saúde e pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, IMIP) e no Porto Social (incubadora e aceleradora do Porto Digital para negócios de alto impacto social). Para conhecer mais sobre esse projeto inovador, acesse o site: www.proleduca.com.br O próximo passo dos sonhos do Prol Educa é atingir a meta de 1 milhão de alunos beneficiados em todo o Brasil todo.   LEIA TAMBÉM NA SÉRIE EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA . Educação que transforma . . Educação que se transforma em diplomacia . . Educação que transforma: “Cara, a favela também pode” ..Educação que transforma: “Aproveito todo dia como se fosse o último”. . . Educação que transforma: da venda de feijão à reitoria da UPE   *Por Rafael Dantas, repórter da revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Projeto busca acelerar reestruturação dos aeroportos regionais

A secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista, recebeu, ontem (1), a equipe técnica da Infraero, que realizará, durante esta semana, vistorias técnicas no Aeródromo Oscar Laranjeiras, em Caruaru, no Agreste do Estado. A partir de hoje (2), a comitiva inicia uma avaliação dos aspectos técnicos e operacionais do terminal. O objetivo da iniciativa é reestruturar sua infraestrutura e viabilizar a operação de voos comerciais. A visita é resultado de uma reunião realizada no início de junho, em Brasília, quando foi solicitado pelo Governo de Pernambuco o apoio da Infraero para o desenvolvimento dos aeródromos regionais. “O nosso pleito é a participação da Infraero na elaboração de projetos de melhorias de infraestrutura para os aeródromos de Caruaru, Serra Talhada e Fernando de Noronha”, explica a secretária. A gestora destaca, ainda, que a administração estadual tem trabalhado sistematicamente com foco em uma gestão efetiva dos aeródromos com o objetivo de garantir o desenvolvimento em todas as regiões de Pernambuco. “O planejamento das ações voltadas para a reestruturação desses equipamentos é uma pauta acompanhada de perto pelo governador Paulo Câmara, justamente por sua importância e impacto na logística, na geração de emprego e renda e, consequentemente, na qualidade de vida da população”, complementa. Com relação ao Aeródromo de Caruaru, a Seinfra requer os serviços com vistas a desenvolver o Plano de Melhorias na Infraestrutura, que inclui: projeto para o novo Terminal de Passageiros (TPS), estudo de demanda e plano de operação. O Aeroporto Santa Magalhães, localizado em Serra Talhada, no Sertão, conta com a aprovação de um convênio junto à União, via Secretaria de Aviação Civil (SAC), no valor de R$ 20 milhões. Para esse equipamento, a intenção é obter o suporte na elaboração do projeto de requalificação da estrutura e que vai contemplar serviços de drenagem, terraplenagem e implantação de cerca patrimonial, por exemplo, além de apoio na execução das obras, gestão do equipamento e realização do plano de operação. A vistoria da equipe em Serra Talhada está prevista para a segunda quinzena de julho. Na ocasião, discutiu-se, ainda, a elaboração do projeto para o Terminal de Passageiros do Aeroporto Governador Carlos Wilson, situado na Ilha de Fernando de Noronha. (Do blog do Governo de Pernambuco) . LEIA TAMBÉM http://revista.algomais.com/noticias/voos-para-garanhuns-e-serra-talhada-a-vista

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