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Produção industrial cai 0,2% de abril para maio, diz IBGE

A produção industrial brasileira recuou 0,2% na passagem de abril para maio deste ano. O dado, da Produção Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), foi divulgado hoje (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda veio depois de uma alta de 0,3% em abril, na comparação com março. Por outro lado, a produção industrial teve alta de 7,1% na comparação com maio de 2018, depois das quedas de 3,9% em abril e de 6,2% em março. No acumulado do ano, houve queda de 0,7% no acumulado do ano. Já no acumulado de 12 meses, a produção não apresenta variação. De abril para maio, a queda foi puxada pelos bens de consumo. Os bens duráveis apresentaram um recuo de 1,4% e os semi e não duráveis caíram 1,6%. Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos do setor produtivo, tiveram alta de 0,5%, enquanto os bens intermediários - os insumos industrializados usados no setor produtivo -, avançaram 1,3%. Dezoito dos 26 ramos industriais tiveram queda na produção de abril para maio, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (2,4%), bebidas (3,5%), couro, artigos para viagem e calçados (7,1%), outros produtos químicos (2%), produtos de metal (2,3%), produtos de minerais não-metálicos (2,1%) e produtos diversos (5,8%). Entre os oito ramos com alta na produção, o melhor desempenho foi apresentado pelas indústrias extrativas, que avançaram 9,2% e eliminaram parte do recuo de 25,6% acumulado nos quatro primeiros meses de 2019. Também teve alta importante o setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%). (Agência Brasil)

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Schwambach e equipe econômica de PE participam de seminário em Shanghai

Cinco representantes de Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, entre eles o secretário Bruno Schwambach, participam, ao longo desta semana, na China, do Seminário sobre a Promoção Comercial para o Brasil 2019. O evento vai até o dia 10 de julho e é promovido pelo Ministério do Comércio daquele país, através da Escola de Comércio de Shanghai. A iniciativa, que está sendo custeada pelo Consulado-geral da República Popular da China no Recife, faz parte dos esforços do governo chinês em transformar a instituição em uma das organizações de treinamento de profissionais ligados à área de comércio internacional mais importantes do mundo. O seminário tem como objetivo mostrar o nível de desenvolvimento dos investimentos e do comércio na China, assim como ajudar os participantes a compreenderem as experiências acumuladas e os resultados obtidos para estabelecer uma plataforma de comunicação entre a China e o Brasil. O intuito é promover a cooperação e o desenvolvimento mútuo entre os dois países. A programação contará com a participação de 24 representantes nordestinos, dentre os quase 20 pernambucanos. PROGRAMAÇÃO - A reforma do sistema econômico da China, o processo da abertura da economia, os investimentos estrangeiros diretos, o parque industrial chinês e as práticas da Zona de Livre Comércio de Xangai são alguns dos temas que serão abordados ao longo dos próximos dias. Além disso, as estratégias, experiências e práticas com o objetivo de melhorar o ambiente para os operadores, dentre outros assuntos. O primeiro dia da agenda do secretário em Shanghai, ontem (1º), foi uma aula sobre a inovação e a abertura comercial da China, seguida de uma visita à primeira Zona de Livre Comércio daquele país, estabelecida em 2012, que serviu de piloto para que outras fossem estabelecidas. Nesta terça (2), Schwambach e outros representantes do Governo de Pernambuco estiveram na sede do Alibaba Group, em Hangzhou. O grupo, que é uma potência mundial do e-commerce, é dono do popular Aliexpress. Além de Bruno Schwambach, acompanharam a agenda a secretária-executiva de Políticas de Desenvolvimento, Maíra Fischer, e a gerente de Atração de Negócios, Karina Dowsley. Nos próximos dias, os representantes do governo - entre os quais, também funcionários do Complexo de Suape e da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), que são vinculados à secretaria - terão a oportunidade de visitar Hangzhou, Jinhua e Yiwu, províncias de Zhejiang, para que possam ter uma compreensão mais abrangente e profunda sobre o país asiático. A Escola de Comércio de Shanghai A instituição é composta por três campi, incluindo o campus de Xuhui, o de Fengxian e o de Yangpu, abrangendo uma área de 162 hectares. A instituição oferece sete disciplinas e 26 programas de graduação, bem como 13 programas profissionais avançados. Existem mais de 500 professores, dentre os quais 88% têm mestrado ou doutorado. Sob o comando do Ministério do Comércio da China, até 2018, a Escola realizou com 139 seminários, voltados para profissionais da área de negócios internacionais, oferecendo treinamento para 3.847 pessoas, de 134 países.

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Rodada ruim para os clubes pernambucanos na Série C

Houldine Nascimento As Séries A e B do Campeonato Brasileiro pararam em razão da Copa América, mas a Série C não. Na décima rodada, Santa Cruz e Náutico tiveram maus resultados. Na quinta (27), o Santa foi ao estádio Amigão, em Campina Grande, enfrentar o Treze, penúltimo colocado do grupo A. O Tricolor pernambucano foi apático e perdeu para a equipe paraibana por 2 a 0, gols de Vanger e Eduardo. Mesmo com a derrota, o Santa Cruz permanece no G-4: é o terceiro colocado com 16 pontos. Já o Náutico não soube aproveitar o mando de campo diante do lanterna ABC e apenas empatou por 1 a 1, nos Aflitos, no último sábado (29). O atacante Thiago abriu o placar para o Timbu e Ivan, em cobrança de falta, evitou o revés potiguar. O placar faz o Náutico estacionar na sétima posição com 12 pontos e ficar a três da zona do rebaixamento. O Alvirrubro, contudo, terá a chance de pular para o grupo dos quatro primeiros na quarta-feira (3), quando recebe o Botafogo-PB, em jogo atrasado. Uma vitória simples é suficiente para isso. TAÇA DOS CAMPEÕES – Enquanto a Série B não volta, e após a turbulência causada pelo imbróglio envolvendo Magrão, o Sport está fazendo amistosos. No domingo (30), o Leão fez a partida de ida contra o CSA, na Ilha do Retiro, e ganhou por 3 a 1. Os gols do Sport foram marcados por Ezequiel, Yan e Cleberson. O clube alagoano descontou com Robinho. Na quarta, o Sport vai a Maceió e pode perder por até um gol de diferença. Esses duelos com o CSA estão sendo chamados de “Taça dos Campeões”.

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Gabriel Mascaro: “No Brasil, há uma ala dos evangélicos com um projeto de poder muito claro”

Houldine Nascimento O filme “Divino Amor” estreou no circuito nacional na última quinta-feira (27). Ambientada em 2027, a obra tem a direção de Gabriel Mascaro e, entre outras coisas, se debruça sobre o avanço do protestantismo no estado brasileiro. Tudo isso a partir da experiência de Joana (Dira Paes), uma adepta da religião e muito apegada à fé. Mascaro concedeu uma entrevista exclusiva à Revista Algomais, em que responde a diversas questões relacionadas ao longa-metragem. Algomais: Como surgiu a ideia e qual a motivação de abordar o universo dos evangélicos? Gabriel Mascaro: Eu via cada vez mais crescente o avanço da religião no Estado brasileiro e isso me inquietou como artista, como realizador. Na verdade, essa confusão entre Estado e religião vem de muito tempo atrás. Algomais: Você falou em um debate em São Paulo que o protestantismo tem um projeto de poder. Gostaria de saber sua opinião a respeito disso. Gabriel Mascaro: É difícil falar em evangélico como algo estático, acho que são vários evangelismos, várias doutrinas. Cada uma que prega coisas muito específicas. Não dá para tratar como uma coisa única, mas é fato que também há, no Brasil, uma ala hegemônica dentro da comunidade evangélica com um projeto de poder muito claro. Tem uma eficiência, um pragmatismo e uma relação de financiamento que faz ter uma agenda política e religiosa cada vez mais forte no país. E o filme discute esses vários evangelismos, mas também leva em consideração esse projeto de poder dessa religião. Algomais: Já chegou ao seu conhecimento alguma reação do público evangélico ao filme? Gabriel Mascaro: Já começou a ter algumas reações distintas. Curioso também é que, na sessão de estreia em João Pessoa, teve uma pastora que era da Igreja Metodista e ela trouxe uma abordagem sobre o feminismo evangélico muito inusitada a partir do filme. Então, o que a gente vê é isso: o evangelismo é uma manifestação muito diversa e não dá para a gente querer generalizar as coisas. Em parte, as reações às vezes são de pessoas que não viram o filme, é muito em função do que leram na imprensa. Acho que é preciso relativizar um pouco isso. O filme foi feito com muito carinho e espero que as pessoas, evangélicas e não evangélicas, possam ir para serem tocadas pelo mundo da personagem, que é muito singular e foi feito com muita honestidade. É uma mulher de fé e que leva sua crença até as últimas consequências. Algomais: Já que você puxou para a protagonista, então queria que você comentasse essa escolha de Dira Paes. Gabriel Mascaro: A Dira foi maravilhosa, eu acompanho o trabalho dela há muito tempo. É uma atriz inteligentíssima e tem uma bagagem cinéfila surpreendente. Foi incrível poder contar com essa atriz que respira e transborda cinema, sabe? Ao mesmo tempo, Dira tem uma coisa especial que é atuar com o coração aberto, para uma personagem que acredita na fé e está disposta a doar corpo em nome dessa fé. Ela consegue atuar sem nenhum julgamento da personagem. Algomais: Nesse filme, você acaba repetindo a parceria com o diretor de fotografia Diego García e esse trabalho está muito alinhado com o design de produção. Há uma conexão nesse sentido. Você pode falar a respeito? Gabriel Mascaro: A gente tinha um desafio muito grande no universo visual do filme porque a Igreja Evangélica no Brasil nega a tradição da arte sacra [da Igreja Católica] Apostólica Romana. Eles não têm os objetos, as esculturas religiosas, não têm a adoração a santo nem imagem de quadro religioso. É uma igreja muito minimalista, muito contemporânea, que é galgada na ideia da palavra, da fé e da experiência emocional entre pastores e fieis. Então como pensar visualmente essa religião em 2027? A gente tinha um desafio muito grande que era imaginar a experiência da espiritualidade. No começo a gente trouxe esses elementos da iluminação, da cromática do filme, da fumaça, das músicas. Todo um ingrediente capaz de produzir uma experiência sensorial nesse filme, trazer a espiritualidade que a gente utilizou para demonstrar essa prática ritualística. O neon aqui é pura luz. Algomais: O filme acaba mirando o futuro, mas acerta o presente em alguns pontos, não é? Gabriel Mascaro: Pois é. Uma pergunta bem curiosa porque a gente começou a pesquisa quatro anos atrás. A gente rodou o filme antes de Bolsonaro sair como candidato. É um filme realmente feito tentando pensar e especular um estado de coisas que eu já vinha observando que, mais cedo ou mais tarde, poderia passar por esse avanço da agenda conservadora. Mas o filme é uma alegoria, claro. É como eu tento reler essa influência da cultura evangélica no Estado brasileiro. Que bom que a gente conseguiu fazer um filme muito vivo e que possa estar o tempo todo conectado e oferecendo recurso para pinçar o presente, mesmo se passando no futuro. E eu acho que esse é o lugar da arte. A arte não tem que trazer resposta, não tem que responder o presente. A arte tem que fazer perguntas.

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Zona Azul Digital entra em vigor hoje (1)

A Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), dá início hoje (1º) ao serviço de Zona Azul Digital. Desde ontem (30), os usuários que fizeram o download do aplicativo “Zona Azul Recife” já puderam comprar os créditos que serão utilizados para ativar a Zona Azul digitalmente. O serviço é mais uma iniciativa de modernização da CTTU e tem como objetivo dar mais praticidade e autonomia aos motoristas para ativar as suas vagas de estacionamento rotativo. Além da compra pelo aplicativo de celular, o condutor poderá, a partir de amanhã, fazer a compra do cartão digital de Zona Azul nos pontos de venda fixos, que aceitarão pagamento em dinheiro, cartão de crédito ou débito. O usuário deve ir ao ponto de venda mais próximo, efetuar o pagamento, informar a placa do veículo e solicitar a ativação da vaga. Após o processo, será emitido um comprovante de pagamento impresso. Os veículos não precisarão expor nenhum comprovante de papel, apenas acionar o seu cartão digital, já que a fiscalização será feita exclusivamente com aparelhos eletrônicos pelos agentes de trânsito que estiverem nas vias. O serviço se tornará um importante instrumento de gestão dos estacionamentos rotativos, para subsidiar também o aprimoramento do uso das vagas atuais e a expansão do serviço. O período de transição das folhas de papel para os cartões de Zona Azul digital será de 1º a 31 de julho. Nesse tempo, os usuários poderão usar as folhas de papel antigas ou então trocá-las por cartões digitais na sede da CTTU, que fica no bairro de Santo Amaro. Já a partir de 1º agosto, o ativação da vaga será exclusivamente por meio do pagamento no formato digital. Os idosos residentes no Recife, que têm direito a 20 vagas de Zona Azul gratuitas por mês, continuarão a receber os cartões digitais gratuitos presencialmente na sede da Autarquia, que é realizado conforme agendamento no site cttu.recife.pe.gov.br. Para aqueles idosos que tiverem o aplicativo instalado no smartphone, será fornecido um código de gratuidade para carregamento dos cartões no aplicativo. No caso dos idosos que não utilizarem o aplicativo, será fornecido um código QR impresso para apresentação nos pontos de venda. Na ocasião, o idoso deverá apresentar o documento da credencial de estacionamento especial emitido pela CTTU, um documento de identificação com foto e a CRLV de um veículo, pois a gratuidade das vagas de Zona Azul é fornecida apenas para uma placa. A fiscalização será feita pelos agentes de trânsito por meio de equipamentos digitais. Os profissionais vão consultar a placa do carro pela própria câmera do smartphone e, em caso de irregularidade, gerar a autuação. ZONA AZUL – Atualmente, Recife conta com mais de 3.200 vagas rotativas implantadas nos bairros do Recife, São José, Santo Antônio, Boa Vista, Madalena, Encruzilhada, Casa Amarela, Casa Forte e Boa Viagem. O horário de funcionamento da Zona Azul varia de acordo com a demanda para estacionamento de veículos no local. A maioria das vagas funciona no horário das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, e das 8h às 12h, aos sábados. O tempo máximo de permanência varia entre duas ou cinco horas, a depender da sinalização indicativa nos locais, custando R$ 3,00. A multa pra quem estacionar de forma irregular nas vagas de Zona Azul é grave (R$ 195,23, mais cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação) e o veículo está passível de remoção ao depósito.

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Pequenas empresas garantem saldo positivo de empregos, mostra Sebrae

O saldo positivo na geração de empregos em maio só foi possível por causa do desempenho das micro e pequenas empresas. O setor foi responsável, no mês passado, pela criação de 38 mil postos formais de trabalho (com carteira assinada) no país, enquanto as médias e grandes corporações registraram saldo negativo, demitindo 7,2 mil trabalhadores, conforme levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) feito com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. No total, levando em conta a diferença entre contratações e desligamentos, o Caged de maio fechou com saldo positivo de 32,1 mil empregos gerados. "Nas crises, perder gente na micro e pequena empresa é pior do que na média e, sobretudo, na grande empresa. Então, os pequenos negócios têm essa característica, eles contratam quando precisam e praticamente não dispensam. Até porque uma dispensa numa grande empresa é só mais uma, mas numa pequena empresa a demissão gera um desfalque", afirma Carlos Melles, presidente nacional do Sebrae. Os pequenos negócios do setor agropecuário lideraram a geração de vagas em maio, em função do cultivo de café, principalmente nos estados de Minas Gerais, do Espírito Santo e de São Paulo, e da laranja, também no interior paulista e mineiro. O setor de serviços, que empregou nesse período 16,7 mil pessoas, vem em segundo lugar no ranking de geração de novas vagas. O comércio e a indústria de transformação registraram saldos negativos de 9,4 mil e 3,1 mil empregos, respectivamente. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2019, os pequenos negócios responderam pela criação de 326,6 mil novos empregos, 35 vezes mais que os empregos gerados pelas médias e grandes empresas. Porém, esse saldo foi 9,6% inferior ao registrado pelo segmento no mesmo período de 2018. Participação na economia As micro e pequenas empresas representam, no Brasil, 99,1% do total registrado, segundo o Sebrae. São mais de 12 milhões de negócios, dos quais 8,3 milhões são microempreendedores individuais (MEI). Os pequenos negócios também respondem por 52,2% dos empregos gerados pelas empresas no país. Apesar disso, o segmento ainda tem participação um pouco tímida no Produto Interno Bruno (PIB, a soma de bens e serviços produzidos) do setor empresarial, gerando 25% do total. Em países como o Reino Unido, a Alemanha, Itália e Holanda, essa participação na formação no valor adicionado ao PIB está acima de 50%. Crédito Para Carlos Melles, o desafio para aumentar a rentabilidade e o faturamento das micro e pequenas empresas passa pela ampliação do acesso ao crédito. "Esperamos que a Empresa Simples possa irrigar o setor com recursos, atualmente muito concentrado em poucos bancos", afirma. Em abril, entrou em vigor a lei que cria a Empresa Simples de Crédito (ESC), que passou a permitir que qualquer pessoa possa abrir uma empresa e emprestar recursos no mercado local para pequenos negócios. O governo estima que a criação da ESC pode injetar R$ 20 bilhões por ano em novos recursos para as micro e pequenas empresas no Brasil. Isso representa crescimento de 10% no mercado de concessão de crédito para as micro e pequenas empresas que, em 2018, alcançou o montante de R$ 208 bilhões. Exportação O Sebrae também quer reverter a baixa participação das micro e pequenas empresas brasileiras na exportação. "No mundo todo, os pequenos negócios são muito atuantes nas exportações, superiores a 40% do total em países como a Alemanha, França e Portugal e até mais de 50% do total de exportações na Itália, Espanha e no Reino Unido. No Brasil, os pequenos negócios só respondem por 4,2% das exportações. Precisamos aumentar a produtividade dos pequenos negócios para ampliar a competitividade desse setor", afirma Melles. (Agência Brasil)

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Educação que transforma: "Aproveito todo dia como se fosse o último"

Os médicos disseram que Emmanuel Castro viveria apenas um ano. Ele nasceu com a deficiência expondilo metafisária óssea. Uma doença rara. Seus portadores têm pequeno crescimento, má formação óssea e ele teve problemas de visão e até audição reduzida. A previsão da medicina falhou. Ele está com 32 anos. Com muita dificuldade e algum medo, venceu toda a educação básica, fundamental e o ensino médio. Mas um salto que até algumas pessoas próximas duvidaram foi a graduação. Amante da Sétima Arte, ele escolheu estudar cinema, curso que já foi concluído numa faculdade particular do Recife. Uma história de superação pela educação que está longe de terminar. Emmanuel disse que quando era criança tinha medo do bullying dos colegas de escola. Se sentia um “alienígena” nos primeiros dias de aula. Isso tudo, além das dificuldades naturais de qualquer estudante com as disciplinas, principalmente se tratando de um aluno que tinha limitações auditivas. Com um andajá e devagarinho, Emmanuel vive uma vida comum como qualquer recifense. Driblando os obstáculos das tortuosas calçadas da capital pernambucana, pegando caronas ou usando Uber, ele segue diariamente para seu novo curso, o técnico em rádio e tv. Frequenta os cinemas da cidade. Se encontra com amigos. Uma vida normal. “Sempre lutei pela independência, pela minha autonomia. E fazer faculdade foi importante. Eu queria também conhecer novas pessoas. Meus pais tiveram algum receio do que eu enfrentaria, mas não me impediram e me apoiaram. Aprendi muito no curso, achava as disciplinas muito interessantes”, conta o jovem. Sua trajetória já foi narrada no curta Retratando, projeto do publicitário Philipe Campelo (vídeo abaixo). . . “Tenho que andar sempre em frente. Muitas vezes preciso ir para a avenida, porque as calçadas daqui são muito ruins. Dá medo de cair. Já caí, na verdade. Pensava que a dor fosse maior”, conta Emmanuel. A luta pela autonomia começou na escola. Sem rampa ou elevador, ele precisava do apoio de um funcionário ou algum colega mais velho para chegar até a sala. Até que decidiu falar com a direção. O pedido por melhor acessibilidade na estrutura da instituição foi atendido. Primeiro com uma rampa e depois com elevador. Uma vitória na escola que representou um pouco mais. Foi um direito atendido por sua reivindicação. Hoje, Emmanuel diz que perdeu a timidez. Sempre que tem oportunidade fala, se posiciona nas aulas do seu novo curso. Leva sua contribuição para a aula. Com o diploma em mãos e os conhecimentos técnicos da sétima arte, ele já participou da produção de curtas. Recentemente, ele fez a direção de arte no curta Jessie (dirigido por Stefano Spencer), que foi um dos selecionados para exibição no festival CineFantasy, em São Paulo. Além do sonho de seguir carreira trabalhando no audiovisual, Emmanuel tem outros sonhos. Um deles é fazer intercâmbio no Canadá ou em algum país europeu. “Se eu não conseguir sair do Brasil, gostaria pelo menos de ter uma experiência morando um tempo em outro Estado, para tentar explorar mais o setor audiovisual”. Outro projeto, esse num horizonte mais breve, é criar um coletivo com outros jovens portadores de deficiências físicas para realizar novas produções audiovisuais. As conversas e expectativas ainda estão bem no início, conversando com outros produtores e sonhando com novas possibilidades. Entre formações, experiências profissionais e mais sonhos, Emmanuel segue sua rotina entre as salas de aula e de cinema com um bom humor e alto astral habitual. “Não tenho motivo para ficar triste. Eu me sinto amado, sou feliz. Aproveito todo o dia como se fosse o último”. Jovens portadores de deficiências nas faculdades e universidades, a exemplo de Emmanuel, são minoria. De acordo com o último Censo da Educação Superior eles representam menos de 0,5% do total de alunos no País.  Na rede privada de ensino, as estatísticas são ainda menores, apenas 0,35%. . LEIA AS DEMAIS REPORTAGENS DA SÉRIE "EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA . Educação que transforma . . Educação que se transforma em diplomacia . . Educação que transforma: “Cara, a favela também pode” . . . Educação que transforma: De bolsistas a inovadores de alto impacto social . Educação que transforma: da venda de feijão à reitoria da UPE   *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE) concluíram a negociação e fecharam nesta sexta-feira (28) o acordo de livre comércio entre os dois blocos. Segundo estimativas do Ministério da Economia, o acordo representará um incremento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos. De acordo com o ministério, esse valor pode chegar a US$ 125 bilhões se se considerarem a redução das barreiras não tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção. O aumento de investimentos no Brasil, no mesmo período, será da ordem de US$ 113 bilhões. Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035. Em nota conjunta dos ministérios da Economia e das Relações Exteriores, o governo brasileiro destaca que o acordo é um marco histórico no relacionamento entre o Mercosul e a União Europeia, que representam, juntos, cerca de 25% do PIB mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. “Em momento de tensões e incertezas no comércio internacional, a conclusão do acordo ressalta o compromisso dos dois blocos com a abertura econômica e o fortalecimento das condições de competitividade”, diz a nota. O acordo entre os dois blocos foi fechado após dois dias de reuniões ministeriais em Bruxelas, ontem (27) e hoje. Representaram o Brasil os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo. “O acordo comercial com a UE constituirá uma das maiores áreas de livre comércio do mundo. Pela sua importância econômica e a abrangência de suas disciplinas, é o acordo mais amplo e de maior complexidade já negociado pelo Mercosul”, ressalta o governo brasileiro. Acordo O acordo cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual. Conforme nota do governo federal, produtos agrícolas de grande interesse do Brasil terão suas tarifas eliminadas, como suco de laranja, frutas e café solúvel. Os exportadores brasileiros obterão ampliação do acesso, por meio de quotas, para carnes, açúcar e etanol, entre outros produtos. O acordo também reconhecerá como distintivos do Brasil vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés. As empresas do país serão beneficiadas com a eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos industriais. Segundo o governo brasileiro, serão, desta forma, equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já têm acordos de livre comércio com a União Europeia. O acordo garantirá ainda acesso efetivo em diversos segmentos de serviços, como comunicação, construção, distribuição, turismo, transportes e serviços profissionais e financeiros. Em compras públicas, empresas brasileiras obterão acesso ao mercado de licitações da União Europeia, estimado em US$ 1,6 trilhão. Os compromissos assumidos também vão agilizar e reduzir os custos dos trâmites de importação, exportação e trânsito de bens. O governo brasileiro destaca ainda que o acordo propiciará um incremento de competitividade da economia brasileira ao garantir, para os produtores nacionais, acesso a insumos de elevado teor tecnológico e com preços mais baixos. “A redução de barreiras e a maior segurança jurídica e transparência de regras irão facilitar a inserção do Brasil nas cadeias globais de valor, com geração de mais investimentos, emprego e renda. Os consumidores também serão beneficiados pelo acordo, com acesso a maior variedade de produtos a preços competitivos”, diz a nota. Balança comercial Desde 1999, os integrantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) e os 28 países da União Europeia iniciaram negociações para um acordo de livre comércio. As conversas foram interrompidas em 2004 e retomadas em 2010. A União Europeia é o segundo parceiro comercial do Mercosul, atrás da China, e o primeiro em matéria de investimentos. Já o Mercosul é o oitavo principal parceiro comercial extrarregional da União Europeia. A corrente de comércio birregional foi de mais de US$ 90 bilhões em 2018. Em 2017, o estoque de investimentos do bloco europeu no bloco sul-americano somava cerca de US$ 433 bilhões. Os sul-americanos vendem, principalmente, produtos agropecuários. Já os europeus exportam produtos industriais, como autopeças, veículos e farmacêuticos. No ano passado, o Brasil registrou comércio de US$ 76 bilhões com a União Europeia e superávit de US$ 7 bilhões. As vendas para esse bloco totalizaram mais de US$ 42 bilhões, aproximadamente 18% do volume exportado pelo país. O Brasil destaca-se como o maior destino do investimento externo direto (IED) dos países da União Europeia na América Latina, com quase metade do estoque de investimentos na região. O Brasil é o quarto maior destino de IED do bloco europeu, que se distribui em setores de alto valor estratégico. (Da Agência Brasil)

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7 jardins do Recife antigamente

Entrando no clima de férias, a coluna hoje faz um passeio por antigos jardins do Recife. Desde os maiores (Jardim Botânico do Recife e do Jardim Botânico do Horto de Dois Irmãos) até outros menores e hoje quase inexistentes na cidade. O jardim da Rua do Hospício e do Espírito Santo são quase que irreconhecíveis. Clique nas fotos para ampliar. . Jardim Botânico do Recife (Biblioteca do IBGE) O Jardim Botânico do Recife (JBR) foi criado no ano de 1960, a partir da reformulação do Parque Zoobotânico do Curado, que fazia parte da Mata do antigo Instituto de Pesquisa Agropecuária do Nordeste (Ipeane). . Jardim do Derby (Acervo Josebias Bandeira/Villa Digital) . Jardim do Palácio do Campo das Princesas . Jardim do Parque Treze de Maio (Acervo Josebias Bandeira/Villa Digital) . Jardim Botânico do Horto de Dois Irmãos (Biblioteca do IBGE) . Jardim do Espírito Santo (Acervo Josebias Bandeira/Villa Digital) . Jardim da Rua do Hospício . *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Em “Divino Amor”, Gabriel Mascaro constrói um Brasil futurista

Houldine Nascimento A carreira do diretor pernambucano Gabriel Mascaro é bastante prolífica: com apenas 35 anos, já assinou nove filmes, entre curtas e longas documentais e ficcionais. Seu mais novo trabalho, “Divino Amor”, chega ao circuito comercial nesta quinta-feira (27). No começo deste ano, a coprodução entre o Brasil e mais cinco países passou por festivais importantes, como Sundance e Berlim, e arrancou elogios da imprensa internacional. Com elementos de ficção científica, Mascaro realiza um exercício de imaginação sobre o Brasil. A trama se passa em 2027 e o país, ainda descrito como laico, é dominado pela visão de mundo evangélica. Joana (Dira Paes) é escrivã de cartório. Muito apegada à sua fé cristã, enquanto recebe casais em litígio, tenta dissuadi-los da ideia e atua para a reconciliação de vários deles, convidando-os para um culto. Casada com o florista Danilo (Julio Machado), Joana busca de diversas formas ter um filho e, assim, fortalecer seu casamento. Para isso, utiliza expedientes que ajudam na sua fertilidade e na do companheiro. Um deles é a troca de experiências com outros casais em crise, com base em rituais religiosos e carnais. Essa tentativa inicialmente fracassada provoca dilemas sobre a sua crença. Ao agir para a manutenção de casamentos e não ser “recompensada” com a dádiva de maternidade, a protagonista passa a questionar a relação com Deus. Em determinadas cenas, Mascaro aposta na sensualidade dos personagens, embora o sexo seja visto como algo sublime. Essa construção feita pelo diretor, imbuída de erotismo ao retratar um segmento religioso com hábitos conservadores, salta aos olhos do espectador e promete suscitar fortes reações a respeito. Os caminhos adotados pela narrativa, no entanto, condizem com o cinema de Gabriel, notabilizado pela audácia. Nesses momentos há um balé de corpos em consonância com o que já foi visto em seus outros trabalhos ficcionais, “Ventos de Agosto” e “Boi Neon”. É interessante observar os detalhes empregados pelo realizador na trama. É um futuro extremamente informatizado, com situações curiosas, como a presença de um drive-thru de oração, ao qual a protagonista recorre com frequência, e de raves cristãs, aqui chamadas de “festa do amor supremo”. A burocracia também é observada sob essa perspectiva não convencional. A história é guiada por uma narração em off que se justifica ao final. Para construir este universo peculiar, Gabriel Mascaro repete a parceria com o diretor de fotografia mexicano Diego Garcia e aposta novamente num tom neon, além da prevalência de uma trilha sonora eletrônica. Ele usa um famoso episódio bíblico e traça um paralelo com a crença protestante no retorno de Jesus Cristo, visto como o Messias. Apesar de “Divino Amor” ser anunciado como um filme futurista, o enredo conserva semelhanças com o momento por que passa o Brasil. O protestantismo é a religião que mais cresce no país, conforme Mascaro aponta através de suas lentes, em razão da grande organização política dentro dessa denominação. A ascensão contínua dos evangélicos, que representam mais de 22% da população brasileira, de acordo com o último censo, realizado em 2010 (um número hoje maior, a ser detectado no próximo levantamento), está atrelada a isso e à forte presença desse segmento em áreas em que o Estado está ausente, caso notório das periferias. Nesse sentido, é muito pertinente que o audiovisual lance um olhar mais agudo sobre o protestantismo, como “Divino Amor” se propõe, mesmo ao fazê-lo de maneira fantasiosa. Assim, destoa de produções anteriores, que chegaram a abordar essa religião sem a profundidade merecida.

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