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Obras de acessibilidade devem ser aceleradas em Pernambuco e na Bahia

Para avaliar o andamento das obras de acessibilidade em Salvador (BA) e Recife (PE), o ministro do Turismo, Marx Beltrão, visitou os projetos nas cidades. A ideia é que as obras sejam aceleradas nesses municípios. "Temos de estar próximos dos estados e municípios para entender a demanda, acelerar os investimentos e otimizar os nossos recursos", afirmou o ministro. Em Salvador, Beltrão acompanhou a divulgação de toda a operação montada para o carnaval, momento em que são esperadas 770 mil turistas na capital baiana, fez uma visita técnica em pontos turísticos como o mercado municipal, a Casa de Jorge Amado, a Igreja do Bonfim e o Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, que recebe 100 mil visitantes por ano. "A visita de Marx Beltrão foi uma oportunidade de mostrarmos para ele a potência que Salvador é para o turismo religioso e quanta renda e emprego podem ser geradas para o nosso povo a partir da renda e do incremento desse segmento em nossa cidade", afirmou o padre Manuel de Oliveira Filho, coordenador nacional da Pastoral do Turismo Religioso. Até o momento, o Ministério do Turismo já destinou R$ 258,6 milhões para obras de infraestrutura turística de 731 contratos na Bahia. Desse total, 306 já foram concluídos, 145 estão em execução, 190 paralisados e 90 ainda não foram iniciados. "São investimentos importantes para melhorar a vida dos moradores e a experiência turística dos visitantes", afirmou Beltrão. Em Pernambuco, o MTur investiu R$ 314,7 milhões em 731 contratos de obras de infraestrutura, das quais 305 estão concluídas, 60 em execução, 100 paralisadas e 64 não iniciadas. (Do Ministério do Turismo)

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5 dicas simples para você harmonizar cervejas (Por Rivaldo Neto)

O prazer de um cervejeiro ao apreciar uma cerveja ao seu gosto e estilo dá um prazer enorme. É um processo verdadeiramente saboroso e que proporciona experiências extremamente gratificantes. Quando unimos esse prazer de beber a algo que adoramos como uma boa comida, e conseguimos harmonizar os mais complexos gosto, tais “casamentos” causam sensações de dar água na boca. Não é difícil harmonizar cervejas , mas precisamos de um norte ou digamos, um ponto de partida para que um prazer corriqueiro se transforme em algo mais sublime. Vamos dar 5 “nortes” para você se guie e consiga alcançar prazeres que alguns estilos de cervejas podem proporcionar, se combinados com a comida certa. 1 – Cervejas Escuras (Porters, Stouts..) As cervejas Stouts, Dark Lagers ou Poters, que tem características mais “irlandesas”, pois contém em seus insumos de produção bastante malte torrado, típica da produção de cervejas no país, varia do café ao chocolate, podendo também ter aromas de baunilha. Procure juntas essas cervejas com croissants, uma boa carne (um filé alto e mal passado), bolo de frutas ou alguns fruto do mar como ostras, camarões e peixes. 2 – Cervejas Defumadas O gosto do defumo nas cervejas vem da torra do malte em forno de lenha, e dependendo da madeira dessa lenha temos a diferenciação do sabor. Podem ser cervejas Trapistas, pois elas contém esses insumos, ou alguma Bock ou Smoked Porter. Pratos como linguiças defumadas, queijos, pernis de porco ou um bom churrasco caseiro dão o tom dessa combinação despertando , reforçando e ousando em cima dessas qualidades, teremos assim satisfação garantida, pode apostar. 3 – Cervejas Lupuladas Aquele amargor típico das Ipas, Apas e suas variações abrem um leque de possibilidades deliciosas e interessantes. O aroma, carro chefe nas bebidas que carregam essas características, fazem com que sabores imponentes e fortes, causadas por generosas doses de lúpulo proporcione uma “explosão” de sensações. Tanto por aproximação com queijos faixa azul, queijos fortes holandeses, costelinhas de porco, ou contrastando com um sorvete de canela ou creme, para assim contrapor o amargor e o doce. Massas com molhos fortes como gorgonzola e pesto são excelentes também. 4 – Cervejas Frutadas O berço das cervejas frutadas fica entre a Bélgica e Holanda, com toques não só frutados, como também picantes e também uma leve acidez. São cervejas bem originais, com processos de produção bem característicos. Podemos até chegar a dizer que as cervejas frutadas são bons aperitivos, palavra mais usada quando nos referimos a bebidas destiladas. Por serem extremamente aromáticas e refrescantes, cabe muito bem com frutos do mar de uma forma geral ou linguiça condimenta com pimenta. As Lambics são ótimas para combinar com sushis e patês adocicados. 5 – Cervejas Maltadas O dulçor da bebida, por conta do malte é o ponto de partida para saborear pratos acompanhados com essas qualidades. Ao juntar o malte com um lúpulo bem aromatizado (como o lúpulo amarillo, com toques de caramelo ou toffee), torna este tipo de cervejas uma bebida muito agradável de apreciar. Os queijos maturados com cristais de sais, como os queijos holandeses são uma forma de potencializar os sabores dessas combinações. Grãos como castanhas 'in natura” ou torradas são excelentes. Pães secos com picles doces ou tomate seco são outra boa dica. Cervejeiro é por si só um explorador de marcas, rótulos, estilos e sabores. Juntar comidas para que essa experiência gastronômica se torne rica é melhor ainda. Vamos em frente com novas dicas na próxima coluna. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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Convênio viabiliza US$ 40 milhões para agricultura familiar em PE

O governador Paulo Câmara assinou um memorando para formalizar um convênio de cooperação financeira entre o Governo de Pernambuco e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), entidade financeira ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), para viabilizar US$ 40 milhões para o fortalecimento da agricultura familiar. A parceria prevê um projeto que visa diversificar a produção agrícola, para produção de alimento e geração de renda, contemplando 40 municípios da Zona da Mata Norte, Zona da Mata Sul, Agreste Central e Agreste Setentrional. Do montante total que será investido no projeto, US$ 20 milhões serão recursos do FIDA, outros US$ 16 milhões serão contrapartida do Governo de Pernambuco e o remanescente será captado a partir da contribuição dos beneficiários. O período de execução do projeto será de sete anos, a partir da data de entrada em vigor do acordo de financiamento com o FIDA. Ao todo, cerca de 35 mil famílias serão beneficiados de forma direta com ações de caráter organizacional, assistência técnica e/ou investimentos produtivos. Secretário de Agricultura e Reforma Agrária - responsável da execução do projeto - , Nilton Mota, considera que o convênio dará uma melhor condição de vida para o agricultor pernambucano. "É um instrumento importante, não só do ponto de vista técnico, pois possibilitará ao nosso agricultor familiar ter condições mais adequadas. Além disso, esse convênio demonstra o esforço do governador Paulo Câmara em captar recursos para a agricultura familiar de Pernambuco", afirmou. "A expectativa é de que o convênio de cooperação financeira com o FIDA seja assinado até o fim deste ano para que, até janeiro de 2018, possamos executar o projeto", complementou o gestor. Ele também esclareceu que o projeto contempla itens como assistência técnica, hídrica, de gestão, além das partes produtivas e de comercialização. "É um conjunto de ações que envolve toda a cadeia de produção", registrou. O oficial de programa para o País - Divisão da América Latina e Caribe, Hardi Vieira, explica que o início da parceria se deu após o Governo de Pernambuco demonstrar interesse em participar de um dos projetos do FIDA. "Foi então que decidimos onde seria o projeto e que teria um foco específico na reconversão produtiva. A partir daí, uma equipe de 11 consultores da agência visitou o Estado por três semanas para realizar um estudo aprofundado que envolveu a escolha dos municípios e os principais eixos de ação", esclareceu. Também oficial de programa, Leonardo Bichara esclareceu que a ação do FIDA em Pernambuco será voltada para o aumento da renda dos agricultores familiares. "Faremos um trabalho de capacitação das associações e cooperativas que serão beneficiadas. Depois, fornecemos recursos para que elas façam um plano de investimento produtivo, conseguindo aumentar a produção no mesmo território e, em seguida, atuamos na parte de comercialização". Junto com a diversificação das culturas, Bichara acrescenta que o FIDA trabalhará também a questão ambiental. "Vamos realizar a recuperação de nascentes, fundamental para que o acesso à água seja facilitado e exista água para irrigar a produção. O trabalho sustentável é uma prioridade do nosso projeto", afirmou. FIDA - O FIDA é uma agência das Nações Unidas, que, em 1977, estabeleceu-se como uma instituição internacional de financiamento, sendo considerada como um dos principais objetivos alcançados da Conferência Mundial de Alimentos de 1974. A agência tem sede em Roma e atua em 100 países em todo o mundo. No Brasil, o FIDA vem atuando desde 1980 com foco em estados do Nordeste. Atualmente, as ações mais representativas do fundo na América Latina e região do Caribe concentram-se no Brasil. As ações financiadas pelo FIDA consistem em contribuir para o aumento da renda e melhorar a subsistência, principalmente através da promoção de saneamento hídrico, apoiando o desenvolvimento agrícola e gestão dos recursos naturais; além de incentivar a participação da população pobres nos processos de desenvolvimento por meio da melhoria do acesso à educação, infraestrutura e outros serviços.

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Lições do passado para a gestão da metrópole

Criada constitucionalmente em 1973, em pleno Regime Militar, a Região Metropolitana do Recife já era alvo dos estudos de Antônio Baltar pelo menos duas décadas antes. Ele já havia detectado que o fenômeno do crescimento das metrópoles no Brasil foi fruto do acelerado processo de urbanização. Em todo o País era grande a quantidade de pessoas que se deslocavam nas zonas rurais para as cidades. Em Pernambuco, a população urbana saltou de 34,4%, em 1950, para 54,5%, em 1970, de acordo com o Censo do IBGE. Atualmente esse percentual é de 80,2%. Um fenômeno que levou o governo militar a criar órgãos técnicos para planejar esse crescimento. O esforço de gestão, no entanto, foi desconstruído com a Constituição de 1988. Apesar de ser reconhecida por todos os seus avanços em relação aos direitos do cidadão, a nova Carta, por outro lado, acabou por fortalecer o poder das prefeituras, induzindo a diminuição da capacidade de administração dos territórios metropolitanos. As discussões sobre a organização das grandes manchas de ocupação urbanas do País, que não se detêm aos limites municipais, voltou ao debate com a recente aprovação do Estatuto da Metrópole. Há quase 70 anos, Antônio Bezerra Baltar defendeu a óbvia necessidade de uma organização integrada do território da capital pernambucana com os municípios do seu entorno. “O caráter nitidamente metropolitano da cidade, por imperativo geográfico e sociológico, é centro de atração de uma vasta zona do Nordeste brasileiro (...). É indispensável, portanto, considerar no planejamento da cidade futura a área metropolitana de que Recife atual é o centro indiscutível (...). A conurbação de Recife, Olinda e Jaboatão (...) é já um fato consumado e que começa a se estender aos outros dois municípios cuja fusão com a capital preconizamos – os de Paulista e São Lourenço”, escreveu Baltar. Outro pensador que sugeriu uma organização metropolitana para o Recife e as cidades do seu entorno foi o Padre Louis Joseph Lebret. Ele visitou o Recife em 1954 a convite da Codepe (Comissão de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco) e considerou como “Grande Recife” a área que abrange a capital e os municípios de Olinda, Paulista, Jaboatão, São Lourenço da Mata, Cabo e, parcialmente, Moreno. A metrópole pernambucana nasceu com nove cidades, mais do que as preconizados por Baltar ou por Lebret. Atualmente possui 14, tendo possivelmente no futuro a inclusão de Goiana. “Nessa época, 1973, o Brasil era uma ditadura e os regimes militares tinham medo das cidades, que é onde existe a cultura, que era onde fervilhava a questão política. Então, eles conceberam as regiões metropolitanas e determinaram que os estados – que eram governados por pessoas nomeadas pelos militares – é que iriam administrar essas regiões”, informa o arquiteto e urbanista Jório Cruz. Nesse contexto nasce em 1973 a Fidem (Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife) e é criado o Fundo de Desenvolvimento Urbano. Trata-se de financiamento a fundo perdido da União aplicado na região. Jório, que foi um dos seus presidentes, explica, porém, que havia exigências técnicas para que os recursos fossem adquiridos. “Deveria haver um plano e os projetos seriam organizados segundo esse planejamento maior”. O funcionamento da Fidem foi um grande diferencial da experiência pernambucana de gestão da sua metrópole. Juntando competência técnica e recursos disponíveis através do fundo, o órgão conseguiu aprovar diversos projetos relevantes para a integração da RMR, como o TIP e o Porto de Suape. Laudo Bernardes foi o escolhido para montar a equipe da Fidem. A princípio, apenas com poucos servidores que vieram da Codepe e da Secretaria de Planejamento do Estado a fundação chegou a reunir, ainda nos anos 70, mais de 120 técnicos de nível superior, 80 pessoas de nível médio, dando suporte aos primeiros, além de 60 funcionários administrativos. “A seleção era baseada na competência profissional. Recrutamos gente nas universidades, órgãos setoriais, contratamos consultorias para fazer projetos. Isso nos deu grande capacidade de mobilizar recursos”, diz Laudo. Na gestão da RMR, a Fidem foi uma das pioneiras do País na criação de um Plano de Desenvolvimento Integrado que era submetido a discussões públicas, a exemplo das audiências públicas atuais. De acordo com Laudo, após essa experiência no Recife, as demais RMs passaram a adotar esse procedimento. “O plano era algo ousado, trabalhávamos com um horizonte de 25 anos. Pensávamos como seria a Região Metropolitana no ano 2000”. Muitos projetos desse planejamento, porém, como a Via Costeira – que seria uma linha rodoviária rápida que cortaria quase toda a costa da RMR, entre o Janga e Candeias – e o plano que objetivava conter as enchentes da cidade não vingaram. No relato de Laudo, havia uma sinergia com os municípios. “Quem tinha a capacidade de planejar, que era nosso caso, planejava. Quem tinha de executar, executava. Tínhamos uma filosofia de responsabilidade compartilhada”. Além da execução dos projetos ficarem sob as prefeituras ou outros órgãos executores, a exemplo do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), a parceria também era em redor da capacitação de recursos humanos. “Treinávamos servidores municipais, contratávamos cursos. Assim, criou-se uma empatia em torno da Fidem”, lembra o primeiro presidente. Para Fátima Guimarães, arquiteta que atuou na equipe inicial do órgão e hoje é sócia do INTG, a perspectiva de integração do território foi um diferencial da instituição. “O principal legado da Fidem foi o tratamento da Região Metropolitana como uma cidade formada por várias cidades. Ou seja, valorizar a integração. Havia uma visão estruturadora do espaço metropolitano e de longo prazo”. Fátima lembra que a partir desse Plano de Desenvolvimento da RMR nasceram uma série de projetos e programas que são considerados como referência até hoje, como o Plano de Preservação dos Sítios Históricos, além de outros que trataram de temas como transporte e assentamentos sociais. Uma discussão muito atual, que é a de tornar a RMR como uma metrópole policêntrica, já era debatida pelo geógrafo Manoel Correia de Andrade. Isso significa induzir o desenvolvimento de outros polos de emprego e renda, que não apenas o Recife. “O planejamento para o desenvolvimento da Região Metropolitana

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Concurso do Crefito para o Nordeste (nível médio e superior). Os salários são de até R$ 4,4 mil

O Crefito-1 abre concurso com vagas de ingresso imediato e cadastro de reservas (CR) nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas para os cargos de assistente administrativo, fiscal fisioterapia e fiscal terapia ocupacional. As vagas para o cargo de Assistente Administrativo (Ensino Médio) oferecem salário de R$1.479,95. Já para o cargo de Fiscal Fisioterapia e Fiscal Terapia Ocupacional (Ensino Superior – Fisioterapia ou Terapia Ocupacional), o salário é de R$4.438,35. Além do salário os cargos contam benefícios: vale-alimentação, vale-transporte e plano de saúde A concorrência para o cargo de Assistente Administrativo será realizada por meio de provas objetivas, com conteúdo de português, informática, matemática, noções de administração, conhecimentos específicos e legislação, totalizando 40 questões. Para Fiscal Fisioterapia e Fiscal Terapia Ocupacional a concorrência contará com provas objetivas com conteúdo português, informática, noções de administração e gestão pública e legislação/fiscalização, totalizando 40 questões e ainda 1(uma) questão discursiva. Além das provas, para Fiscal Fisioterapia e Fiscal Terapia Ocupacional, é necessário que o candidato tenha Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B, dentro da validade, bem como certidão de prontuário do condutor emitida pelo DETRAN que não responde a processo de suspensão ou casacão de CNH, também são necessários 2 anos de experiência e baixa no registro profissional junto ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. As provas serão realizadas no dia 04 de junho de 2017, às 08h e às 14h. As taxas de inscrição são: R$ 60,00 para os cargos de Assistente Administrativo e R$ 80,00 para o cargo de fiscal fisioterapia e fiscal terapia ocupacional. O edital completo do concurso está disponível no site www.institutodeselecao.org.br.  

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Vantagens de malhar ao ar livre

Muita gente do Recife está descobrindo o prazer de se exercitar ao ar livre. Residir numa bela cidade, ensolarada durante boa parte do ano, já é um incentivo e tanto para essa mudança de comportamento. Mas as vantagens vão além: desde proporcionar maior contato com a natureza, propiciar novas amizades e até aliviar a depressão. As corridas e caminhadas nos calçadões e praias não são novidades, mas a prática de atividades como ioga, tai chi chuan e crossfit em grupos passou a fazer parte da rotina na beira-mar. As Academias da Cidade, espalhadas pelas praças e parques públicos, também têm motivado a população para o cuidado com a saúde aliado à natureza e ao lazer. De olho nesse movimento, profissionais da área de educação física e academias têm investido na formação de equipes e orientação de alunos nessas modalidades ao ar livre. Marcos Lima, 31 anos, malha desde os 14. Há apenas seis meses deixou a rotina das academias e passou a usar a estrutura do Parque da Jaqueira para fazer exercícios físicos. Além das quatro voltas de caminhada na pista do parque, que realiza em companhia da mulher Wellenice Lima, 28, ele faz repetições de exercícios de marinheiro, de prancha e abdominal. “Faço atividades físicas por questão de saúde mesmo. A opção pelo parque é por estar num ambiente arborizado, que provoca a sensação de frescor, além de ser gratuito”, justifica. Ter muitas pessoas caminhando e também se cuidando é uma motivação para ele. “O clima da Jaqueira é bem amistoso e agradável, não sei se volto aos ambientes fechados”, salienta. Embalados por atitudes como a de Marcos, educadores físicos investem na formação de grupos interessados em fazer exercícios em ambientes externos. Pioneiro, Jailton Santos, há 12 montou uma equipe que se reúne na Jaqueira. “Comecei esse trabalho após participar de um evento em São Paulo que já apontava essa tendência das práticas em parques, corridas de rua e treinamentos funcionais”, diz Jailton, que é professor da Running Assessoria Esportiva.   Ele afirma ser amplo o perfil de pessoas que não gostam de treinar em lugares fechados. “Vai de adolescentes a idosos”, constata o professor. Malhar ao ar livre também seduz as pessoas mais tímidas, que não curtem o ambiente das academias e ainda traz benefícios extras: “pesquisas têm mostrado que a prática esportiva em ambiente aberto alivia a depressão e melhora sociabilidade das pessoas”, informa Jailton. Essa sociabilidade foi um dos diferenciais da experiência da fisioterapeuta Juana Benevides, quando passou a trabalhar na praia e parques. Especializada em pilates e aluna de ioga, ela integrou no último ano um grupo que circulou por lugares públicos para disseminar a prática dessas modalidades. A princípio esse time de profissionais tinha o nome de Beach Pilates, que depois virou Pilates e Ioga para Todos. “A interação com pessoas novas a cada encontro foi um diferencial. Todos adoravam. O público mudava bastante. Chegamos a reunir 40 pessoas na Jaqueira”. Com o projeto, Juana e as amigas passearam por lugares da cidade como Jaqueira, Dona Lindu, Parque Santana, oferecendo aulas de graça. Ela acrescenta que uma das fisioterapeutas do grupo levou a iniciativa ainda para a praia de Pau Amarelo, em Paulista. “Após experimentar, amei fazer essas atividades ao ar livre. Gosto do clima, amo praia e adoro natureza. Juntar essas coisas foi maravilhoso e ainda tem a proposta oferecer as aulas para quem não conhece essas práticas”. O grupo entrou de férias no final de 2016 e deve retornar à ativa após o Carnaval. Período em que Juana tem praticado tecido acrobático e se preparado para morar em Luxemburgo. A fisioterapeuta tem planos também de levar o estilo de pilates ao ar livre ao país europeu. Mas antes de se exercitar ao ar livre é preciso tomar alguns cuidados.   Por Rafael Dantas

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Turismo de Pernambuco cresce apesar da crise

*Por Maria Regina Jardim Diante de um cenário nacional de retração para o turismo, os pernambucanos têm muito o que comemorar. A Terra dos Altos Coqueiros foi a única a apresentar crescimento no Índice Sazonal de Volume das Atividades Turísticas (Iatur), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A quantidade de turistas que visitou o Estado entre janeiro e outubro do ano passado foi superior 2,6% em relação ao mesmo período de 2015. A Secretaria Estadual de Turismo, Esportes e Lazer aponta que Pernambuco recebeu cerca de 5,5 milhões de visitantes entre janeiro e novembro de 2016. Também registrou 10% mais turistas estrangeiros nos primeiros dois meses do ano passado, quando comparado ao mesmo período de 2015. Um dos motivos desse bom desempenho é reflexo da captação de novas rotas aéreas nacionais e internacionais. Prova disso é a Argentina, que registrou crescimento de 500% no número de turistas após o início do novo voo em março. Outras rotas internacionais conquistadas em 2016 foram Cabo Verde, Uruguai, Itália e EUA. No âmbito doméstico, o grande impulso veio com a instalação do hub (centro de conexões) da Azul em fevereiro. Há um ano, a companhia iniciou a operação de voos regulares para 12 novos destinos a partir da capital pernambucana. Com a oferta de 32 ligações diárias para 24 lugares, o Recife passou a ser a única cidade do Nordeste com voos diretos para todas as demais capitais da região, além de municípios como Jericoacoara e Juazeiro do Norte (CE), Porto Seguro (BA) e Mossoró (RN). Desde a primeira semana de dezembro, a Gol disponibiliza mais de 500 voos extras. O acréscimo ocorrerá até o fim do Carnaval, com rotas exclusivas, sem escalas, para várias cidades do País. Segundo o secretário estadual de Turismo, Esportes e Lazer, Felipe Carreras, a estratégia para os próximos meses é conquistar mais trajetos. "Estamos atentos a mercados promissores, como Cuba, Espanha, Chile e Colômbia, além de frequências nacionais", adiantou.   Outra razão importante para as taxas positivas no Estado foi a chegada de empreendimentos hoteleiros na Região Metropolitana do Recife. “Grupos internacionalmente conhecidos, como Marriot, Accor e Meliá aportaram aqui. É importante que renovemos nossa oferta de hospedagem, com equipamentos conhecidos e de ponta”, considera o professor André Durão, vice-coordenador do curso de Turismo da UFPE. A alta do dólar no ano passado também foi um fator benéfico. "Conforme a moeda americana se valoriza, a tendência é aumentar o turismo dentro do País. Isso se deve ao encarecimento de viagens internacionais, que chegam a triplicar seu valor", explica o vice-presidente da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), Eduardo Cavalcanti. E as perspectivas para 2017 também são boas. Segundo o governo, espera-se um aumento de visitações de, pelo menos, 5% na temporada de verão, entre dezembro e fevereiro, contabilizando mais de 1,7 milhão de turistas. Essa movimentação deve injetar R$ 2,5 bilhões na economia pernambucana. Governo e trade turístico se preparam agora para fortalecer as ações já implementadas e investir em estratégias para todo território estadual. Através da campanha Pernambuco Coração do Nordeste, por exemplo, uma série de iniciativas foi realizada para promover o Estado. O governo promete, também, ações de implantação, reforma e restauração de equipamentos e vias de acesso a pontos turísticos. Obras como a ampliação do museu Cais do Sertão e a requalificação da Avenida Rio Branco, no Recife, do Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, e do aeroporto de Serra Talhada, no Sertão, são algumas das propostas. Além delas, está a implantação da Rota do Cicloturismo do Agreste e do Eixo Cicloviário, que ligará o Marco Zero, na capital, ao Centro Histórico de Igarassu, na RMR. "Temos ações em andamento em todo o Estado. Apesar de acreditarmos que o turismo de sol e mar sempre será o mais atrativo, temos uma riqueza sem tamanho em outras regiões", afirma Carreras. André Durão concorda com a necessidade de incentivar o turista a conhecer outros locais além do litoral. No Recife, por exemplo, o carro-chefe tem sido o turismo de negócios. Há cerca de cinco anos, a cidade recebe eventos nacionais e internacionais, resultado de uma parceria entre a prefeitura e o Recife Convention & Visitors Bureau. “Embora o RCVB tenha um importante e decisivo papel na atração de demanda turística, a capital precisa 'diversificar seu portfólio', considerando seu rico patrimônio histórico e cultural”, alerta o professor. “É preciso trabalhar cada vez mais nossos atrativos e fortalecer uma marca na mente do turista como um destino de riqueza histórica e cultural”. A resposta da prefeitura a essa demanda foram ações de lazer realizadas o ano inteiro no Bairro do Recife. Capitaneada por projetos como o Recife Antigo de Coração, com shows de artistas locais e práticas esportivas; a programação conta ainda com o projeto Olha! Recife, com passeios de catamarã e de ônibus apresentando a cultura e a história da cidade, além da Ciclofaixa de Turismo e Lazer, com vias exclusivas para ciclistas nos domingos e feriados. No ano passado, a capital recebeu cerca de 3 milhões de visitantes, de acordo com dados da Empetur (Empresa de Turismo de Pernambuco), e a perspectiva para este ano é animadora. "Depois de tangenciar os 100% de ocupação no Réveillon, o trade recifense prevê índices acima de 80% para janeiro, que não foi um mês tão bom no ano passado", informa a secretária municipal de Turismo, Esportes e Lazer, Ana Paula Vilaça. O gasto médio individual dos turistas, entre janeiro e novembro, segundo a secretaria, foi de pouco mais de R$ 200/dia, com a permanência calculada entre 6 a 8 dias. O baixo custo de vida é sentido, principalmente, no Carnaval da cidade, festa considerada a mais barata do Brasil pelo site de viagens TripAdvisor. INTERIOR. A taxa de ocupação dos hotéis no interior também registrou bom desempenho e alcançou crescimento de 15% no segundo semestre de 2016. "Uma das principais razões para esse fortalecimento é o que chamamos de turismo corporativo, correspondente a viagens para treinamentos de empresas, congressos, convenções, feiras", explica Eduardo Cavalcanti. O setor

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Mães de filhos com microcefalia reclamam de falta de apoio do estado

Sumaia Villela - Correspondente da Agência Brasil Sem acesso a medicamentos, exames especializados e tecnologias necessárias para o desenvolvimento de seus filhos, famílias cujos bebês nasceram com a Síndrome Congênita do Zika em Pernambuco observam as crianças desenvolverem novas complicações de saúde à medida que vão crescendo. A resposta do poder público, segundo as mães, não chegam na mesma velocidade. As famílias estiveram em uma audiência pública feita nesta sexta-feira (10) pelo Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco para discutir políticas públicas relacionadas à epidemia do Zika Vírus e a Síndrome Congênita do Zika. O evento é um desdobramento de um procedimento administrativo instaurado pelo MPF para apurar o aumento dos casos de microcefalia no país, especialmente em Pernambuco. Em entrevistas à Agência Brasil, elas relatam novos sintomas e reclamam da falta de apoio do Estado. Um problema de saúde observado com mais frequência é a dificuldade dos bebês de engolirem alimentos – a capacidade de deglutição - . Várias relatam que, embora tenham amamentado normalmente ou com alguma dificuldade, seus filhos regrediram e não conseguem mais levar o leite até o estômago. Para nutrir as crianças é preciso instalar uma sonda por meio do nariz ou, em alguns casos, fazer uma gastrostomia para que elas recebam nutrientes com a ajuda de um sistema instalado na barriga. Luhandra Vitória Batista da Silva, de um ano e três meses, foi diagnosticada com Disfagia grave e precisou da gastrostomia. A operação foi feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas os custos relacionados são altos, e a mãe Jusikelly Severino da Silva, 33 anos, afirma que não consegue os insumos necessários na rede pública. Na mochila do bebê ela carregava uma pasta com exames e documentos que atestavam a busca, por meses, dos recipientes e o leite especial para alimentação da menina. Entre os papéis está uma declaração, de 9 de fevereiro, de que a farmácia do Centro de Saúde Bidu Krause solicitou, no dia 17 de novembro do ano passado, o fornecimento do leite tipo “Fortinni”, mas não houve retorno. O documento também atesta a falta de frasco e equipo para a alimentação, via sonda localizada na barriga. A assinatura é da gerente adminstrativa Maria Marilúcia do Nascimento. Procedimentos cirúrgicos Jusikelly faz os cálculos dos gastos com estes elementos a pedido da reportagem. “Uma lata de leite é R$ 48,50, mas são 19 que ela toma por mês. O equipo é R$ 1,90, e ela usa 30 por mês. E o frasco de alimentação é R$ 1, e são 210 no período”, enumera. A moradora do bairro de Teijipió, divisa entre Jaboatão dos Guararapes e Recife, também informa que um equipamento chamado botton, necessário em um futuro próximo para que Luahndra continue a se alimentar, custa R$ 2 mil e não é fornecido pelo SUS. Outras mães sequer conseguem saber se as filhas precisam fazer a operação. Gleyse Kelly Cavalcante, 28 anos, é vice-presidente da União de Mães de Anjos (Uma), uma organização criada pelas próprias mulheres a partir da troca de informações em redes sociais. Hoje são mais de 400 famílias atendidas, segundo a jovem, com assistência jurídica e na busca por doações de fraldas e leite como o prescrito para a filha de Jusikelly. Sua filha Maria Giovanna Santos, um ano e três meses, aguarda desde junho de 2016 que uma vídeo-endoscopia da deglutição (VED) seja marcada, sem sucesso. A demora nos exames especializados, segundo Gleyse, é comum. “Em novembro de 2015 ela fez uma tomografia. O resultado só saiu em março de 2016, quando já era para fazer outra, porque esses bebês precisam ser acompanhados para saber como o cérebro vem se desenvolvendo”, explica. Medicamentos em falta Outro problema comum entre as mães é a falta de medicamentos em farmácias públicas. A mãe de Luhandra contabiliza os remédios e seus custos na rede privada. “O Keppra, para convulsão, é R$ 90; o Losec, de refluxo, R$ 159; o Sabril, de convulsão, R$ 295, e o Domperidona é R$ 20. Eu compro todos eles”, diz. Para isso, Jusikelly conta com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), um programa federal que fornece um salário-mínimo concedido à filha, além de R$ 159 do Bolsa Família. Ela e o marido estão desempregados e pagam aluguel. O Kreppa é um medicamento que, segundo Gleyse, está entre as necessidades principais destas famílias. Muitos bebês apresentaram convulsões difíceis de serem tratadas com medicação regular destinada a pacientes nos primeiros anos de vida. O problema é que, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a substância só é fornecida para pessoas acima de 16 anos, o que impede o fornecimento gratuito para estas crianças afetadas pela Síndrome Congênita do Zika. De acordo com a secretária-executiva de Atenção à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, Cristina Mota, “os medicamentos, principalmente no caso do Keppra, a dificuldade maior é que ele não era incorporado pelo Conitec [Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS]. Foi feita a consulta ao Conitec e num primeiro momento houve uma negativa da incorporação, no ano passado. No último trimestre a gente reiterou a consulta, baseado nos pareces dos neuropediatras locais, que já tinham experiência clínica inclusive com o uso”, afirma. Diante da falta de resposta, segundo Cristina, o Estado decidiu adquirir o medicamento por conta própria, e espera que ao final do primeiro trimeste ele já esteva disponível. Nota do Ministério da Saúde Em nota, o Ministério da Saúde confirmou que recebeu a demanda da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco sobre o medicamento Keppra, e que o pedido foi encaminhado para avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). “Cabe informar que o órgão entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco para esclarecer alguns questionamentos e, até o momento, aguarda retorno”, diz o texto. Em relação aos exames especializados, a gestora da Secretaria de Saúde de Pernambuco afirmou que as complicações derivadas do Zika Vírus eram desconhecidas pela comunidade científica, o que dificultaria a organização da rede de atendimento de

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As cervejas para o calor das prévias do Carnaval (por Rivaldo Neto)

O verão traz os dias mais quentes do ano, e para os amantes da cerveja não há nada melhor do que degustar um copo bem gelado da bebida. Com os diversos tipos e famílias cervejeiras, é possível encontrar opções ultra refrescantes que combinam com este período. Com o carnaval chegando e o calor aumentando, a vontade de tomar uma cerveja para refrescar cresce cada vez mais entre os apreciadores da bebida. A cidade está com uma enorme ebulição de blocos e prévias carnavalescas, com isso estabelecesse um clima pra lá de favorável para curtimos alguns estilos. De que cerveja vamos? Quais são os estilos mais indicadas para as prévias da festa de Momo? Pra começar uma Pilsen. É o estilo de cerveja mais consumida no país, o que não é pra menos, por se tratar de uma cerveja leve, clara e que combina muito bem com nosso clima. O cuidado que deve ser tomado ao comprar é observar a quantidade de milho, arroz e açúcar, adjuntos do lúpulo. Assim garante-se mais sabor! Tem variação alcoólica entre 3% e 5%. No Brasil, 98% das cervejas consumidas são do estilo Pilsen. Outra cerveja leve e de baixa fermentação são as Lagers, são igualmente leves e menos aromáticas que as tradicionais Ale. Dentro do estilo abre-se um leque de boas opções que possam incrementar as escolhas. As variações são as American Lagers que é muito semelhante as Pilsens, a Munich Hells, Ambar Lager ou até uma Dark Lager. A diferença se dá devido a alguns tipos de insumos usados e que acentuam os sabores e modificam as colorações. As weissbiers são produzidas apenas com água, lúpulo, leveduras e mais de 50% de malte de trigo, geralmente é servida sem passar pelo tradicional processo de filtragem. Dessa forma, o aroma se aproxima a odores de frutas, como a banana. Além disso, leva especiarias na receita como o cravo e a canela, o que tornam o seu gosto mais adocicado, saboroso e refrescante. Igualmente de trigo, um outro estilo que vai muito bem nesse verão são as Witbers. Sua origem é belga. São cervejas igualmente refrescantes e muito aromáticas e frutadas, tem bom corpo sem deixar de ser leve. Insumos como sementes de coentro e raspas de laranja lhe dão uma característica marcante. Então nas prévias de carnaval e nos blocos escolha cervejas com graduações mais baixas. Se estamos em alta estação, bebidas mais leves combinam melhor e vão deixar você com todo gás! Evoé! *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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Cais do Imperador, novo ponto de encontro da cidade

Uma novidade surgiu recentemente no centro do Recife e vem atraindo um público romântico, ávido por um ponto de encontro para congraçamento de amigos e curtição da brisa, contemplando o entardecer refletido nas águas da bacia do Capibaribe. Assim surgiu, o Cais do Imperador, situado em frente à Praça Dezessete onde, em 22 de novembro de 1859, desembarcou o imperador D. Pedro II, acompanhado da imperatriz Tereza Cristina, em sua visita oficial a Pernambuco. O local, no passado denominado Cais do Colégio, foi hoje transformado em ponto de convívio, com a construção de uma esplanada, na qual se abriga um café com suas mesas, que, se devidamente explorada, poderá se transformar numa grande atração turística da cidade do Recife: Bastaria tão somente um barquinho, com um saxofonista da categoria de um Edson Rodrigues, para em um recital de meia hora, nos pôr em contato com as mais belas páginas musicais de exaltação de nossa cidade, compostas por Capiba, Nelson Ferreira, Luiz Bandeira, dentre outros autores, congregando assim os românticos frequentadores dos finais de semana. Neste local, quando de sua chegada ao Recife, teria Dom Pedro II exclamado: “Pernambuco é um céu aberto”. Ao que o redator do Diario de Pernambuco acresceu “na realidade, a Veneza Americana seduzia e encantava, pois, como mágica sereia estava deslumbrante de esplendores”. (DP 23.11.1859). No mesmo Cais do Imperador gozaremos da visão do entardecer do Bairro do Recife, destacando-se o Cais da Alfândega, as pontes Giratória e Maurício de Nassau, como se encantar nas águas do Capibaribe no seu caminhar em busca do oceano. Na mesma avenida, voltado para o nascente, ergue-se o grande monumento em mármore construído em honra aos aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, que, saídos de Lisboa a bordo do aeroplano Lusitânia, em 3 de março, aqui amerissaram nas águas Capibaribe, em 5 de junho de 1922, realizando assim a primeira travessia do Atlântico Sul em hidroavião. O monumento, esculpido por Santos & Simões – estatuários, foi ofertado pelos portugueses residentes em Pernambuco no ano de 1927. No outro extremo da Praça Dezessete (1817), iremos conhecer a igreja do Divino Espírito Santo próxima de uma fonte com uma estátua de uma índia, esculpida em mármore, representa a nação brasileira. Trata-se de uma oferta feita pela Companhia do Beberibe em 1846, em cujo pedestal foram posteriormente fixadas quatro datas ligadas à história de Pernambuco: 1654, Restauração Pernambucana; 1817, Revolução Republicana; 1824, Confederação do Equador; e 1889, Proclamação da República. No edifício da atual Igreja do Divino Espírito Santo funcionou, durante a dominação holandesa, o templo dos calvinistas franceses – o único templo religioso levantado pelos holandeses no Recife –, construído obedecendo ao traço do arquiteto Pieter Post e concluído em 1642. Em suas imediações ficava a Porta Sul da cidade Maurícia, chamada de Porta de Santo Antônio, por onde entraram as tropas luso-brasileiras quando da Restauração Pernambucana, ao meio-dia de 28 de janeiro de 1654. A primitiva igreja dos calvinistas franceses, construída em forma de cruz latina nos moldes da igreja reformada de Haarlem (Holanda), foi, após a rendição dos holandeses, entregue aos padres da Companhia de Jesus. Entre 1686 e 1689, o templo sofreu reformas, confiadas ao mestre-pedreiro Antônio Fernandes de Matos, que acresceu no seu lado direito o edifício do colégio (demolido para dar lugar ao último trecho da Rua do Imperador). Sob a direção dos padres jesuítas, o templo recebeu a invocação de Nossa Senhora do Ó. Em seu lado esquerdo, foi construída a Capela das Congregações Marianas, fundadas em 1687, que ostenta em sua fachada a data de 1708 e em seu altar-mor a imagem de São João Batista, trasladada em 1839 da igreja olindense daquela invocação, pertencente à irmandade dos militares de Olinda, e nunca mais devolvida. O Colégio dos Padres Jesuítas do Recife, demolido quando do prolongamento da atual Rua do Imperador, esteve em atividades até 1760, ano da extinção da ordem pelo Marquês do Pombal. Após à expulsão dos Jesuítas de Pernambuco, o edifício do antigo colégio teve várias destinações, inclusive como Palácio do Governo da Capitania e Tribunal da Relação, este último instalado em 13 de agosto de 1822. A sua igreja voltou ao culto católico em 1855, sob a invocação do Divino Espírito Santo e hoje permanece, escondida entre as árvores da praça, compondo a nova paisagem do Cais do Imperador, ponto de encontro dos finais de semana da cidade do Recife. *Por Leonardo Dantas

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