No encontro de céu e mar – Por Paulo Caldas

Em ”A azul sereno” Ed Arruda se atém ao ofício dos faroleiros, aqui com foco nas letras, as ilumina e as liberta dos matizes opacos até o encontro de céu e mar (onde mora a paz), quando o horizonte se faz em prosa e verso. Seguindo o destino dos ourives, lentes e cadinhos, dá brilho às frases: “Por ser cristal, a alma em êxtase, sob a mistura de sal e chuva, filtra a luz e revela-se arco-íris “.

Tal bailarino, em ritmo de tango, faz das estrofes partners e conduz seus versos pela pista com ritmo e harmonia: “Quarta-Feira de Cinzas a floresta se rende, a morte toca o clarim do silêncio”. Sobre esta primeira incursão solo de Ed Arruda aos oceanos da literatura, diz na contracapa a talentosa Aline Saraiva: “Navegar não é o bastante; as ondas desse ‘azul sereno’ submergem o leitor em mergulhos intensos”.

No posfácio, a professora associada da UFRN Valdenides Cabral de Araújo Dias destaca a seriedade expressiva do autor em colocar no mesmo espaço prosa e verso, lirismo e crítica social. Asunción González, pós-graduada em língua portuguesa, nas orelhas comenta: ” a poética aqui não acalanta, grita, acorda os anjos de pedra para enxergar o mundo cru, sem ervas aromáticas”.

“Azul sereno” traz na capa a arte de Lúcia Ramos, a editoração eletrônica de Lourdes Duarte, coordenação editorial Lourdes Nicácio, produção editorial Edições Novo Horizonte e impressão de Luci Artes Gráficas. Os exemplares podem ser adquiridos no Varejão do Estudante (Av Manoel Borba) e no Espaço Cultura Nordestina (Poço da Panela)

Deixe seu comentário
anúncio 5 passos para im ... ltura Data Driven na sua empresa

+ Recentes

Assine nossa Newsletter

No ononno ono ononononono ononono onononononononononnon