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Curta documental conta história de antiga moradora da Mata do Engenho Uchôa

Força e poesia. Resistência e sensibilidade. Palavras que definem bem o curta-metragem, Enraizada, de Tiago Delácio. O documentário, realizado pela Partilha Filmes e Asaga Audiovisual e distribuído pela Tarrafa Produções,  acompanha Dona Olívia, uma antiga moradora da Mata do Engenho Uchôa e sua estreita relação com o lugar. Força e resistência retratados nos pés fincados que teimam em não abandonar a mata. Poesia e sensibilidade refletidos em antigos enfeites de Natal pendurados numa árvore ou nos sons da natureza que servem de trilha para o bailar de galhos e folhas. Enraizada está na lista de selecionados para a 12ª edição do Festival de Cinema de Triunfo, que acontece entre os dias 05 e 10 de agosto. Em entrevista à Revista Algomais, o diretor Tiago Delácio conta detalhes do projeto e reflete sobre o atual cenário do audiovisual brasileiro.     Como surgiu a ideia para o curta? A ideia surgiu de uma pesquisa sobre a mata do Engenho Uchôa. Participamos de um edital do Governo do Estado e CPRH através do qual vários realizadores fizeram filmes institucionais sobre as reservas de proteção ambiental. O Estado de Pernambuco tem várias, uma delas é ali perto do aeroporto, na Mata Uchôa, no sentido da BR-101. É uma mata extremamente degradada que vem enfrentando ao longa da sua história todo um processo de desmatamento, invasão e queimada. Existe um movimento muito forte chamado Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchôa, que envolve sindicatos, professores, escolas e atividades culturais. Graças a essa mobilização eles têm um trabalho de preservação e conscientização daquele espaço, uma mata urbana dentro do centro urbano, extremamente valorizada com vários interesses econômicos e sociais diante disso. Realizamos em 2016 um documentário chamado Uchôa, Mata Pulsante e nas nossas entrevistas com os moradores nos apresentaram Dona Olívia, pessoa extraordinária que tem uma vida linda. Morou na sua infância dentro da Mata Uchôa quando o lugar ainda era habitável. Contam pra gente que lá existiam fazendas, criação de gado e plantações. Quando se instituiu a reserva ambiental e todo mundo teve que sair, ela continuou habitando, agora de forma mais precária. Morou dentro da mata por mais de 30 anos e hoje ainda mantém essa relação diária com o local. Não mora mais dentro da mata, mas ainda vai pra lá todos os dias. A gente quis contar essa história sem transformar Dona Olívia num estereótipo, mas mostrar que é uma pessoa que tem uma vida diferente, simples, mas feliz, que tem a capacidade quase orgânica que sai do seu próprio corpo, essa necessidade da preservação e da relação do homem com a natureza.   Como foi a produção do curta? Quais os maiores desafios enfrentados na realização do projeto? A produção do curta foi feita por amigos. Eu dirigi, Rafael Buda produziu, Tábata trabalhou como assistente de direção, Bruno Cabús fez fotografia. Uma equipe formada por amigos e que teve como grande desafio traduzir em poucos minutos a trajetória de uma pessoa que construiu sua história a partir do silêncio, da relação com a mata, com os animais e com ela mesma. Dona Olívia é um marco para nós e ficamos muito felizes em traduzir um pouco da sua história e fazer com que esse exemplo sirva de lição para a preservação dessas reservas florestais. Qual lição a história de Dona Olívia trouxe para você? A história de Olívia nos trouxe muitos ensinamentos, entre eles, como se portar diante da natureza no século XXI, com o urbano crescendo tanto ao nosso redor. Como se relacionar de forma proativa com o meio ambiente e mudar nossos hábitos em relação a ele. Dona Olívia nos ensinou além da questão ambiental, algo crucial atualmente que é a questão da moradia. Naquele espaço ocorreram diversas tentativas de ocupação, tanto de alta, quanto de baixa renda. A gente pensa às vezes que as ocupações são feitas apenas por pessoas de pouco poder aquisitivo, mas não, uma série de empreendimentos tentaram destruir aquela reserva. Os moradores do Movimento Mata Uchôa fizeram abaixo assinado e outras mobilizações, participaram de toda uma trajetória de luta nos últimos quarenta anos para defender esse espaço. E Olívia faz parte dessa luta. Dona Olívia é exemplo de resistência, palavra, inclusive, necessária em tempos atuais. Qual tua visão em relação ao futuro do cinema brasileiro diante das mudanças que têm mexido com o audiovisual nos últimos meses? Essa relação entre Dona Olívia, o curta Enraizada e o cinema atual e como estão acontecendo as políticas públicas, pra mim, traduz-se numa simples palavra: resiliência. O cinema nacional teve essa capacidade ao longo da sua história de ser resiliente. De se segurar em suas raízes quando a terra está mais seca e os dias se apresentam mais difíceis. O cinema brasileiro passa por um momento difícil, as políticas públicas ainda não se tornaram de fato políticas de estado. O atual governo não vê de fato o cinema como ferramenta de formação, uma ferramenta de divulgação da imagem do Brasil, pelo contrário, vê o cinema nacional como inimigo. Nosso audiovisual já passou por outros momentos, outras fases semelhantes a essa e ainda assim lutou, resistiu e sobreviveu. Com sua capacidade e criatividade foi resiliente para continuar seguindo. Já estamos sentindo os efeitos da política desastrosa atual com o fim do Ministério da Cultura, com a repressão à ANCINE e o fim do financiamento. Isso vai rebater não só na produção, mas também em quem está nessa ecologia audiovisual: o estudante de cinema, o produtor que trabalha na ponta, os atores, os roteiristas. Entraremos no ciclo mais difícil devido à falta de visão política do atual governo, mas o cinema resiste, ele vive e continua firme e forte igual Dona Olívia.

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Em 6 horas choveu o equivalente a 10 dias no Recife

A Prefeitura do Recife informa que, segundo informações da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), em 6 horas, choveu 117mm, no Recife, o que corresponde a quase dez dias de chuvas em relação à média histórica para o período, que é de 389,60mm. Nas últimas 12 horas, choveu 150mm. A Prefeitura orienta para que os cidadãos deixem as áreas de risco. Rios e canais transbordaram e a Estação Joana Bezerra do Metrô ficou alagada. Desde o início das chuvas, a Prefeitura do Recife mobilizou um efetivo com mais de 1.000 profissionais para trabalhar no monitoramento e mitigação dos efeitos da chuva e, deste montante, 350 são servidores da Defesa Civil, que estão monitorando 9.000 pontos na cidade. A Prefeitura do Recife informa ainda as aulas nos turnos da tarde e noite das 310 unidades de ensino da rede municipal estão suspensas. Em relação às 178 Unidades de Saúde, não houve interrupção de serviços. OPERAÇÃO INVERNO – Desde janeiro, a Prefeitura do Recife monitora e atua nas ruas e morros da cidade para minimizar os efeitos das chuvas, com um efetivo de mais de 6.100 profissionais. Para a Operação Inverno 2019, a cidade destinou R$ 81 Milhões em recursos para diversas ações como contenção de encostas, prevenção e monitoramento em áreas de risco, colocação de lonas plásticas, implantação de geomanta, limpeza de canais e eliminação de pontos de alagamento, entre outras. DEFESA CIVIL– A Prefeitura do Recife emitiu o aviso para 31 mil moradores de áreas de risco cadastrados. Neste momento, a Defesa Civil monitora 9.000 pontos de áreas com algum risco. Foram registrados 53 chamados para vistorias e pedidos de colocação de lonas plásticas. Nenhuma ocorrência de grande porte foi registrada. A Defesa Civil do Recife mantém um plantão permanente e pode ser acionada através do 0800 081 3400. A ligação é gratuita e a Central de Atendimento funciona 24h. ÁRVORES – A Emlurb registrou ocorrências envolvendo a queda parcial ou total de quatro, nos parques 13 de maio e Santos Dumont, além de uma na Rua Gervásio Pires, na Boa Vista, e outra na Rua Luiz Antônio de Araújo, em Dois Irmãos. Não houve registro de vítimas. As equipes já foram deslocadas para esses locais. O órgão conta com equipes de prontidão para os chamados envolvendo árvores no Recife. As solicitações podem ser feitas pela Central 156. DRENAGEM – Desde o início das chuvas, as equipes da Emlurb reforçaram as ações drenagem nas áreas mais baixas da capital com o objetivo de intensificar o escoamento das águas. Foram mobilizadas mais de 240 pessoas para os trabalhos de drenagem, além de três caminhões equipados com jatos para a sucção da água. As equipes trabalham para desobstrução e limpeza de galerias e canaletas da rede de drenagem, de diversas localidades, a exemplo das ruas Virgínio Heráclito com Alvorada e Rua José Vicente, no Ipsep; Avenida Dr. José Rufino; Praça de Jardim São Paulo; e Uriel de Holanda com José Amarino dos Reis, entre outras. Equipes também atuam na limpeza dos canais que cortam a cidade. TRÂNSITO – Equipes formadas por 250 agentes e 140 orientadores de trânsito da CTTU trabalham em áreas que foram afetadas pelas chuvas. Além disso, equipes técnicas trabalham com o intuito de realizar os ajustes necessários na rede semafórica da cidade. A Central de Operações de Trânsito (COT) da CTTU, que funciona 24 horas por dia, também realiza o trabalho de monitoramento das vias, identificando os pontos mais críticos, através de 149 câmeras de videomonitoramento. Das 6h às 11h desta quinta-feira (13), foram registrados seis acidentes de trânsito, dois com vítimas e nenhum com vítima fatal. No período, a CTTU registrou ocorrências em 20 semáforos, dos quais nove já foram atendidos. As equipes técnicas já estão em deslocamento para normalizar todo o sistema.

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Crítica| I Am Mother (Netflix)

Ao seguir fielmente a proposta de encher o catálogo com produções originais, a Netflix corre o risco, muitas vezes, de lançar algumas bombas ao nível de The Cloverfield Paradox e Ridiculous 6. Erra, mas também acerta, basta ver o burburinho provocado pelo filme Bird Box  e, mais recente, o sucesso da produção mexicana ganhadora do Oscar de melhor filme estrangeiro, Roma, dirigida por Alfonso Cuarón. E parece que o serviço de streaming acertou mais uma: a ficção científica I Am Mother, que entrou no catálogo na sexta (7), já alcançou excelente pontuação no Rotten Tomatoes, site agregador de críticas de cinema e televisão. Está hoje com uma aprovação de 90%, de um total de 51 avaliações.     Em I Am Mother acompanhamos a história de um robô chamado Mãe que vive em um bunker com uma humana gerada em laboratório tratada por ela simplesmente por Filha. A humanidade fora praticamente extinta e Mãe tem como missão repovoar a Terra. Para isso armazena em seu laboratório milhares de embriões. Até que surge uma improvável visitante e os planos da mãe robótica começam a ser questionados e ameaçados. Nada no longa soa gratuito: desde a trilha sonora, utilizada na dose certa, sem exagero, até os momentos de silêncio. A bela fotografia de Steve Annis aliada aos bons efeitos especiais completam a atmosfera sombria e futurista do filme. O cineasta  australiano Grant Sputore debuta na direção e esbanja personalidade e muita segurança para um primeiro trabalho. I Am Mother tem elenco pequeno, mas muito talentoso. A atriz australiana Rose Byrne, conhecida por sua atuação nos filmes Vizinhos e Missão Madrinha de Casamento, dá voz à Mãe. Hilary Swank, ganhadora do Oscar de melhor atriz por Menina de Ouro, interpreta a estranha visitante. Por fim, a jovem atriz e cantora (isso mesmo!) dinamarquesa Clara Rugaard-Larsen encarna a Filha. I Am Mother foi exibido este ano no Festival de Sundence e arrancou muitos elogios da crítica norte-americana. Em 2016, o roteiro do filme ganhou destaque na famosa The Blacklist, publicação anual que reúne os melhores roteiros escritos, mas que, até o ano de divulgação da lista, não foram produzidos.  

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Pedro Mariano faz show no Recife

O cantor Pedro Mariano vem ao Teatro RioMar para apresentação única. Mostrando seus maiores sucessos e canções que representam sua trajetória, faz show em homenagem ao Dia dos Namorados. “Pedro Mariano DNA” chega ao Recife dia 15 de junho, após passar pelas principais capitais do País. Os ingressos já estão à venda a partir de R$ 40. Pedro apresentará regravações de importantes autores da MPB, como Guilherme Arantes (“Êxtase”), Ana Carolina, Chiara Civello e Edu Krieger (“Um Pouco Mais Perto”). Clássicos da carreira, a exemplo de “Voz no Ouvido” (Jair Oliveira ) e “Pode Ser” (Jorge Vercillo), se juntam a canções de seu mais novo CD, “Pedro Mariano e Orquestra DNA”, entre elas “DNA” (Edu Tedeski), “De Peito Aberto” (Fábio Cadore) e “Casas” (Daniel Carlomagno). Nos vocais e, em algumas músicas, na bateria, Pedro estará acompanhado por Leandro Matsumoto (baixo) e Marcelo Elias (piano). Apontado como uma das mais belas vozes masculinas do País, Pedro Mariano é filho de Elis Regina e Cesar Camargo Mariano, o que o deu a chance de acompanhar de perto os passos dos mais importantes músicos brasileiros. Lançou nove álbuns, como “Voz no Ouvido” (2000), que faturou Disco de Ouro e foi indicado ao Grammy Latino 2001 como Melhor Disco Pop Contemporâneo Brasileiro. Na mesma categoria, o álbum “Pedro Mariano” (2007) também recebeu a indicação. Antes, em 2004 “Piano e Voz” foi indicado ao Grammy Latino como melhor CD de MPB. Uma virada na carreira do artista aconteceu em 2009, quando lançou seu próprio selo, Nau, e, através dele, o CD “Incondicional”. Em 2014 gravou CD e DVD do show “Pedro Mariano e Orquestra” e, em 2018, de “Pedro Mariano e Orquestra DNA”, que circulou pelo Brasil e contou com a participação de orquestras de cada cidade por onde passou. SERVIÇO Pedro Mariano em “DNA” Dia 15 de junho (sábado), às 21h Teatro RioMar: Av. República do Líbano, 251, 4º piso – RioMar Shopping www.teatroriomarrecife.com.br Duração: 90 minutos Recomendação: livre Ingressos: Plateia Baixa: R$ 140 e R$ 70 (meia) Plateia Alta: R$ 100 e R$ 50 (meia) Balcão: R$ 80 e R$ 40 (meia) + Canais de vendas oficiais: bilheteria do Teatro RioMar Recife (terça a sábado, das 12h às 21h, domingos e feriados, das 14h às 20h) e www.uhuu.com.

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Livro mostra perfil da torcida feminina em Pernambuco

Foi da paixão pelo futebol e do incessante incômodo com a pouca visibilidade da mulher no futebol que a pesquisadora e escritora pernambucana Soraya Barreto Januário teve a iniciativa de colocar em livro um sonho antigo. Afinal de contas, o que motiva uma garota a ir aos jogos de futebol no nosso Estado? Quem são as pessoas que influenciam essas mulheres? Os pais, tios, avôs? Quantas meninas têm a iniciativa própria de querer ir a um estádio? E com quem vão? Todas essas perguntas estão respondidas com detalhes no livro “Mulheres no campo: o ethos da torcedora pernambucana”. Um total de 500 mulheres, frequentadoras dos estádios pernambucanos, responderam às entrevistas com perguntas semiestruturadas. Cerca de 300 delas, durante os jogos do Náutico, Santa Cruz e Sport, na Arena de Pernambuco, Arruda e Ilha do Retiro, respectivamente. O restante, de maneira online (as respostas foram concedidas sempre em plataforma idêntica). Os números da pesquisa, realizada durante o Campeonato Pernambucano de 2018, foram reveladores. No livro, busca-se conhecer o ethos das torcedoras de futebol em Pernambuco, compreendendo o percurso e motivações do “tornar-se torcedora”, bem como a relação estabelecida por elas com os clubes. Um dado que chama a atenção vem da indagação sobre a escolha do time. É que 33,5% das mulheres afirmam ter escolhido o clube baseado nos resultados nos campeonatos que as equipes participam. Ao cruzar esses dados com a faixa etária das torcedoras, torna-se evidente a presença maciça, de mulheres jovens na influência para esse número. É que, dentro desse universo de garotas que passaram a escolher os times do coração fundamentadas em resultados, cerca de 82% delas tem entre 16 e 20 anos. “Com permissividade e conquistas femininas, as próprias meninas se empoderaram e começaram a participar desse processo de escolha com mais autonomia”, destaca Soraya Barreto Januário. Em contrapartida, a influência masculina ainda é grande. Um total de 51% das mulheres torcem pelos times apoiadas pelos pais; seguidas das mães (16%), avôs (10%) e avós (6%). “Esse número de 22% de meninas incentivadas pelas mães ou avós já é uma representação das conquistas dos movimento de mulheres e feministas nas décadas de 1970 e 1980, quando até então as mulheres eram proibidas da prática esportiva de contato, incluindo o futebol, e foram afastadas dos estádios , por exemplo”, ressaltou a pesquisadora, que fez referência no livro ao surgimento de grupos e movimentos de torcedoras, como o Coralinas, as Timbuzeiras e o Elas e o Sport.   Foi possível também perceber com mais clareza as mudanças do comportamento das mulheres no processo de presença em eventos de seus respectivos clubes. Rompendo com a lógica dominante cerca de 35% afirmam ir aos jogos com amigos e familiares, a ruptura do comportamento hegemônico se torna evidente quando afirmam que são elas que influenciam a ida ao estádio, isto é, elas que convidam. Em aproximadamente 22% dos casos elas recebem convites de amigos e familiares e os acompanham. Outro dado de importância é que 21, 5% afirmam que vão aos jogos com amigas mulheres. Nesse âmbito, 16 % vão acompanhando seus namorados aos jogos. “Como sócia e torcedora, ainda não me sinto contemplada. Sinto que há pouca atenção, apatia da direção com a torcida feminina, com o futebol feminino… As meninas do Elas e o Sport e as Coralinas me falaram que já têm uma participação mais ativa nos clubes, que há uma melhora. Mas é só o início. Os dados encontrados apontam para o descortinar de um novo cenário no que diz respeito à participação das mulheres enquanto consumidoras de futebol. As falas das torcedoras, bem como as análises, ajudaram a demonstrar o quão essa relação é enviesada por questões que dialogam com a resistência, quebra de padrões naturalizados e tensionamentos”, pontuou Soraya. Parcerias A pesquisa foi realizada no âmbito do OBMIDIA UFPE (Observatório de mídia: Gênero, Democracia e Direitos Humanos da UFPE) junto ao Grupo de Estudos Genêro, Mídia e Esportes.

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Divulgados vencedores do 6º Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura

O Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura, da Fundarpe e da Cepe Editora, anunciou, os escritores vencedores do 6º Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura. Este ano, o certame irá premiar cinco escritores, representantes da Região Metropolitana do Recife e da Zona da Mata. O segundo lugar da região da Zona da Mata ficou com Wander Shirukaya, com a obra Na escuridão somos todos iguais. O primeiro lugar da Mata foi de Walther Moreira Santos, com o livro O Último dia da Senhora Stone. Da Região Metropolitana do Recife saíram dois primeiros lugares: João Paulo Parisio, com Quimera; e Luís Serguilha, com Harmatía. A escritora Jussara Salazar, com a obra O dia que fui Santa Joana dos Matadouros, levou o segundo lugar da RMR. O Grande Prêmio, que é escolhido dentre os premiados, ficou com a obra O Último dia da Senhora Stone, de Walther Moreira Santos. Nessa 6ª edição, a premiação contou com a participação de 162 obras inscritas, oriundas da Região Metropolitana (109), Agreste (21), Mata (15) e Sertão (17). As obras foram submetidas ao crivo de uma comissão julgadora, composta por três profissionais de notório saber. O julgamento foi realizado em duas etapas, sendo a segunda a escolha dos vencedores entre 17 finalistas, dos mais diferentes gêneros literários. Os primeiros lugares de cada prêmio recebem R$ 10 mil; os segundos, R$ 5 mil e o Grande Prêmio, R$ 20 mil. Os títulos vencedores serão publicados Cepe Editora, com tiragem de 1.200 (mil e duzentos) exemplares; os segundos colocados também serão publicados, com tiragem de oitocentos exemplares. A título de direito autoral, cada vencedor ficará com trezentos exemplares do livro; e os segundos colocados receberão duzentos exemplares para cada segundo colocado. A cerimônia contou com a participação de gestores da Secretaria de Cultura, Fundarpe e Cepe. O diretor-presidente da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) jornalista Ricardo Leitão destacou a importância do prêmio, que vem revelando novos talentos literários nos últimos anos. “A iniciativa do Governo do Estado, por meio da Fundarpe e da Cepe, sinaliza o nosso profundo compromisso com a cultura, em um momento em que ela, assim como a educação, sofrem ataques sistemáticos por parte de autoridades federais”, afirmou. “O Prêmio Hermilo Borba Filho vem a cada ano democratizando a cadeia do livro em Pernambuco, interiorizando sua atuação, destacando novos escritores em todas as regiões do estado, que não fosse por esse prêmio não estariam conseguindo publicar suas obras, e isso se deve a importante e essencial parceria que temos com a Cepe Editora, que publica com bastante qualidade as obras premiadas. Temos muito orgulho desse premio que fortalecendo a cadeia do livro no estado, fortalecendo ainda mais a vocação de Pernambuco de ser celeiro de grandes escritores e obras da literatura”, destacou Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe. “O Brasil e o mundo passam por uma reflexão sobre o uso na matriz livro, como ferramenta de publicação e transferência de conhecimento. A gente não pode abrir mão da produção desses conteúdos, independentemente de que meio a gente vá utilizar. Uma prêmio literário é uma referência, uma forma de estabelecer critério de produção intelectual muito qualitativa, no caso do Prêmio Hermilo Borba Filho, para a produção intelectual pernambucana. Ressalto a Cepe como grande parceira no desenvolvimento dessa estratégia de divulgação. Uma editora que tem um padrão de qualidade bastante elevado, e que garante a distribuição desses livros no mercado editorial, de forma ampla”, colocou o secretário de Cultura Gilberto Freyre Neto. Os autores vencedores desta edição deverão repetir a iniciativa dos selecionados em anos anteriores, circulando pelos festivais e ações desenvolvidas pela Secult e Fundarpe, para participar de rodas de diálogo e debates literários. Confira um breve histórico dos vencedores: JOÃO PAULO PARISIO – Nasceu em 4 de setembro de 1982, no Recife – PE. Estreou na literatura com Legião Anônima, contos, em 2014. Em 2015 lançou Esculturas Fluidas, poemas, ambos pela Cepe Editora e incluídos na seleção de melhores livros do ano da Tribuna de Santos. Tem textos veiculados em publicações literárias, como o Pernambuco e o Rascunho, e sites como Interpoética e O Recife Assombrado. Participa do segundo volume de Ficcionais, da Cepe Editora, onde “escritores revelam o ato de forjar seus mundos”. JUSSARA SALAZAR – É poeta e artista visual. Publicou Inscritos da casa de Alice (1999), Baobá, poemas de Leticia Volpi, (2002), Natália (2004), Coraurissonoros (Buenos Aires, 2008), Carpideiras (2011) com a Bolsa Funarte, ficando entre os 20 finalistas do Prêmio Portugal Telecom na edição de 2012, e O gato de porcelana, o peixe de cera e as coníferas (2014) e Fia (2016). Tem sua obra publicada em diversas revistas e traduzida para o inglês, o espanhol e o alemão. É doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/São Paulo e Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná. WANDER SHIRUKAYA – Nascido em 1980, é escritor, mestre em Literatura e Cultura pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde estudou o fantástico na obra de Lygia Fagundes Telles. É também desenhista e músico. Publicou Balelas (2011, E. Mutuus – RJ) e participou das antologias Contos de sábado (2012, Manufatura – PB) e Goiana Revisitada (2012, Silêncio Interrompido Edições – PE). Ascensão e queda (2014) é seu primeiro romance e foi o grande vencedor do II Prêmio Pernambuco de Literatura. WALTHER MOREIRA SANTOS – Nasceu em Vitória de Santo Antão, em 1969. É um escritor e ilustrador brasileiro. Ganhou diversos prêmios, entre eles os da Casa de Cultura Mário Quintana, Xerox do Brasil, Itaú Cultural, Fundação Cultural da Bahia, Prêmio Cidade do Recife, Prêmio José Mindlin de Literatura e Prêmio Pernambuco de Literatura (2013 e 2016), todos vencidos com obras inscritas sob pseudônimo. Recebeu ainda os prêmios Litteris Editora (São Paulo), no Concurso Contos e Crônicas, em 1992; primeiro lugar no V Prêmio Paulo Leminski (Paraná), em 1994, e no Prêmio Nacional de Romance da Fundação Cultural da Bahia, em 2000, entre outros. Em 2000 começou a escrever para crianças o seu livro Para que serve um amigo?

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Compesa produz cloro a partir de água do mar em Noronha

Todo o cloro utilizado nas estações de tratamento de água e de esgotos da Ilha de Fernando de Noronha será produzido agora a partir da água do mar. O cloro é o agente desinfetante utilizado na potabilização da água e desinfecção do esgoto. A iniciativa da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) é pioneira dentre as empresas estaduais de saneamento, e possibilitará uma produção de água limpa, sem o descarte de resíduos poluentes, além de maior segurança ambiental, tendo em vista que o sistema não utilizará mais suprimentos perigosos e nem haverá mais a necessidade de transportar e manusear produtos químicos na ilha. O cloro gerado a partir da água do mar também tem maior potencial bactericida, pois mantém o residual de cloro estável ao longo do transporte da água na rede de distribuição. Hoje (30), os técnicos da Compesa concluíram a instalação do sistema gerador de cloro dentro da Estação de Tratamento de Água (ETA), que terá a capacidade de produzir até 26 quilos de cloro ativo, por dia. Esse volume é suficiente para suprir o consumo na ETA, no dessalinizador e nas Estações de Tratamento de Esgotos Cachorro e Boldró e representa uma economia de 20% dos custos da companhia com produtos químicos em Fernando de Noronha. “Vamos realizar um processo de geração da solução oxidante por eletrólise da salmoura, sendo que, ao invés de utilizar o cloreto de sódio (sal de cozinha), usaremos a água do mar injetada contínua e automaticamente em uma célula eletrolítica, onde ocorrerão as reações eletroquímicas para a conversão do cloreto de sódio em hipoclorito de sódio”, explica a especialista em Gestão de Controle da Qualidade da Compesa, Valderice Alves. A aquisição do sistema gerador de cloro reafirma o compromisso ambiental de compatibilizar a atuação da Compesa para o desenvolvimento sustentável. “A empresa vem investindo constantemente em tecnologia de ponta e busca a inovação alinhada com diretrizes ambientais de adotar em todos os seus processos, produtos e serviços os princípios da produção mais limpa e de prevenção da poluição” pontua Valderice Alves, informando que o próximo passo da companhia será gerar o cloro a partir do rejeito do dessalinizador, trabalho que ainda está em fase de estudos.

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Crítica| Rocketman

A excentricidade sempre foi uma das marcas registradas do cantor britânico Elton John, tanto na maneira de se vestir, quanto na performance nos palcos. Inspirada nessa característica marcante, chega hoje aos cinemas, Rocketman, a psicodélica e multicolorida cinebiografia do astro do pop. Rocketman é dirigido pelo inglês Dexter Fletcher, conhecido por assumir a cadeira de diretor em Bohemian Rhapsody após a saída conturbada de Bryan Singer. Histórias com pegadas parecidas, protagonizadas por astros da música internacional encarando seus demônios: chance de ouro para Fletcher mostrar talento em terreno já conhecido. Diferente de Bohemian Rhapsody, Rocketman não floreia questões polêmicas da vida do protagonista, até porque toda a história tem a benção do próprio Elton John. O longa trata dos desafios enfrentados por ele ao assumir sua homossexualidade e sua difícil e fria relação com os pais. Mostra também, sem censura, seus problemas com o alcoolismo e as drogas.     Coube ao astro da franquia Kingsman e de Robin Hood – A Origem, Taron Egerton, a responsabilidade de encarnar Elton John. O ator galês dá conta do recado e mostra ter talento também como cantor. Recentemente, cantou em Cannes, ao lado de Elton John, a canção que dá nome ao filme. Ainda sobre o elenco, Bryce Dallas Howard (Jurassic World, Black Mirror) está muito bem no papel de Sheila Eileen, mãe de Elton. O ator inglês, Steven Mackintosh, mantém o bom nível de atuação ao interpretar Stanley, pai do cantor. Para curtir melhor a história, o espectador terá de abraçar a proposta carregada de metáforas do filme. A narrativa costura diferentes fases da vida do cantor com situações que beiram a psicodelia, como na cena em que protagonista e plateia literalmente flutuam em meio a uma apresentação.     O roteiro acerta na narrativa, mas peca nos diálogos. Algumas falas soam forçadas, sem naturalidade, beirando a pieguice, com cara de discurso de autoajuda. Rocketman segue fielmente a cartilha dos grandes musicais. Números grandiosos, bem coreografados, embalados aqui, claro, por sucessos de Elton John. Deve agradar não apenas aos fãs do cavaleiro da rainha, mas também ao público que curte o gênero.  

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Palestra analisa projeto anticrime de Sergio Moro

O jurista Cézar Bitencourt fará a palestra “Licença para matar: o medômetro para medir a coragem da polícia”, nesta sexta-feira (24) na AESO-Barros Melo, a partir das 9h30, no cineteatro e é aberta ao público. O objetivo é fazer uma análise do projeto de lei anticrime, elaborado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, que propõe alterar a definição e os limites da legítima defesa, sugerindo acréscimos nos arts. 23 e 25 do Código Penal. O evento é em comemoração ao aniversário de 51 anos da  AESO-Barros Melo. Segundo Bitencourt, as alterações propostas pelo ministro têm o declarado objetivo de beneficiar a violência dos agentes de segurança pública. “E vão torná-los impunes com a matança que vêm praticando no exercício policial, a exemplo das centenas de tiros que deram naquele músico, assassinado no Rio de Janeiro”, defende Bitencourt. O termo medômetro, na proposta do palestrante, é uma alegoria para ironizar a medição de características subjetivas (escusável medo, surpresa e violenta emoção) que querem acrescentar na legítima defesa, em benefício dos agentes de segurança pública. A expectativa do professor para o encontro é de um rico debate. “Tenho grande carinho, respeito e consideração pela AESO-Barros Melo, que sempre primou pela busca da excelência”.Bintencourt é membro da Academia Brasileira de Direito Criminal, da Associação Internacional de Direito Penal e do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais. Já escreveu mais de 30 livros de Direito Penal, dentre os quais destacam-se o “Tratado de Direito Penal”, com cinco volumes (na 23ª edição) e o “Tratado de Direito Penal Econômico”, com dois volumes e 1.700 páginas. É Doutor em Direito Penal pela Universidade de Sevilha, Espanha, e foi docente de universidades como a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Universidade Cândido Mendes (Rio de Janeiro), Universidade Austral de Buenos Aires, Faculdade de Direito da Universidade Pablo de Olavide – Sevilha, Espanha.

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Alceu Valença e Jorge de Altinho no Forrobodó em Caruaru

As festividades do São João de Caruaru já têm seu abre oficial garantido: dia 24 de maio, no Forrobodó. A festa privada, que ganha a sua terceira edição no calendário pernambucano, traz neste ano Alceu Valença e o forrozeiro Jorge de Altinho, duas grandes feras da música popular que prometem esquentar os forrozeiros e dar as boas-vindas ao São João. Entre as novidades, a festa, que reúne muitos nomes da sociedade pernambucana, dobrou de tamanho e ganha novo espaço: será realizada no pavilhão de eventos do Polo Caruaru. Segundo Magno Cumaru, um dos produtores, o novo local foi pensado visando o conforto e a segurança. Ele diz que a estrutura montada promete surpreender o público, mantendo as mordomias de bar e jantar que são uma das marcas da Forrobodó. “Vamos manter a tradição do evento com o mesmo padrão de open bar e food, que o público já conhece, dentro de um novo espaço, amplo e com todo o conforto oferecido no Polo Caruaru. O Forrobodó 2019 vai entrar para a história, com shows de dois nomes fundamentais para o forró nordestino, que são Alceu e Jorge de Altinho”, destaca o produtor.   Alceu promete setlist com canções escolhidas a dedo para o clima junino. Ele levará o melhor de seu repertório de xotes, forrós, baiões, toadas e emboladas e clássicos de Luiz Gonzaga, entre outros compositores. Unindo Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, Alceu vai cantar hits como “Baião”, “Xote das Meninas”, “Vem Morena”, “Sabiá”, “Juazeiro” e “O canto da Ema”. Ele sobe ao palco com banda completa, e com a determinação de fazer um show mais intimista, deixando o público bem próximo do autor de “Anunciação”, que também estará no set. Já Jorge de Altinho, promete uma surpresa apresentando a sua nova música “Cadê você?”. Trata-se de um xote romântico, composto pelo sobrinho Rico Henrique, com uma pegada moderna. Com 39 anos de carreira e mais de 40 álbuns lançados, Jorge carrega diversos sucessos e faz do seu show o momento oportuno para os casais se jogarem na pista. Jorge leva os seus sucessos “Devagar”, “Sou Feliz” e “Confidência”. “Farei ainda uma homenagem aos 30 anos da morte de Luiz Gonzaga, incluindo muitos hits do mestre”, adianta Jorge. A decoração da festa promete ser uma surpresa à parte, resgatando a ambientação de um verdadeiro arraial. As reservas de mesas para seis pessoas estão sendo feitas pelo valor de R$ 1.500, e o ingresso individual, com vendas online, no site Melhor do Ingresso, saem por R$ 275. Mais informações: (81) 99963-5499/9.9974-9274. SERVIÇO Forrobodó Shows: Alceu Valença e Jorge de Altinho Quando: sexta-feira, 24 de maio Horário: 22h Local: Pavilhão de Eventos do Polo Caruaru Mesas para 6 pessoas: R$ 1.500 Vendas individuais: https://www.melhordoingresso.com.br/forrobodo-caruaru Informações e reserva de mesas: (81) 99963-5499/9.9974-9274

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