Arquivos Notícias - Página 50 De 678 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Sérgio Vilanova: "Eu sei pintar alegria porque escutei muito frevo"

Artista plástico Sérgio Vilanova conta como a paixão por Olinda o inspirou a criar um universo fantástico povoado por figuras alegres e cheias de cor. Também fala dos planos de fazer um livro e de como acompanhar a banda de seu pai – o maestro José Alves – no Carnaval olindense influenciou a sua arte. Estar no ateliê/casa do artista plástico Sérgio Vilanova é sentir a atmosfera de Olinda. A começar pelo próprio imóvel, uma construção secular, na cor vinho, típica da Cidade Alta. Ao entrar na sala, o visitante logo recebe o impacto de seus diversos quadros (que tomam as paredes), cheios de cores, movimentos e ludicidade. É como se as figuras alegres e coloridas no estilo naïf estivessem num ambiente carnavalesco sob a vibração do som de uma orquestra de frevo. “Gilberto Gil disse ‘a Bahia me deu régua e compasso’, e eu acho que Olinda me deu as cores”, compara o artista. E não é para menos. Afinal, Sérgio, desde criança, quando morava na mesma casa da Rua do Amparo, não só observava pela janela a brincadeira dos foliões, como também acompanhava seu pai, o maestro José Alves, comandando uma banda de frevo, pelas ladeiras arrastando a multidão. Ele também exercia uma função importante: desenhava as partituras. Mas, se não seguiu a carreira paterna de músico, a vivência carnavalesca acabou por influenciar a inspiração da sua obra com imagens que esbanjam animação e festividade. Nesta entrevista a Cláudia Santos, o artista falou da sua trajetória que tomou impulso ao ser premiado no Salão de Arte do Museu do Estado. Ele participou de diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, como Laumeier Sculpture Park, em Saint Louis, nos Estados Unidos; Het Domein, Holanda; Cassino do Estoril, Portugal; e Museu Internacional de Art Naïf do Brasil. Apesar de viver da sua arte, Sérgio Vilanova lamentou as dificuldades para concretizar o projeto de realizar um livro sobre sua produção artística. Também conversou sobre seu processo criativo e a convivência com outros artistas em Olinda. Como você começou a se interessar pelas artes plásticas? Meu pai era músico no início dos anos 1970, e tinha uma orquestra de frevo. Isso foi, para mim, uma verdadeira escola de arte. Na música, eu fazia de tudo. Escrevi muitas partituras – eu que desenhava as partituras da banda, porque não tinha xerox – já veio daí o talento para desenhar. A banda, essa coisa gostosa do Carnaval, está entranhada na minha pintura e eu acho isso maravilhoso. Uma vez um amigo do meu pai disse para ele: “olha, Zé Alves, seu filho não vai ser teu sucessor na música, não”. Passou um tempo, meu pai comprou para mim uma paleta de cores e me perguntou: “é isso que você gosta?” E respondi que sim, e ele disse: “então, toma e segue”. Foi o maior presente para mim. E como foi sua trajetória? Você sempre viveu da arte? Depois que meu pai fechou a banda, em 1977, tentei fazer outras coisas para sobreviver. Trabalhei numa gráfica, cheguei a fazer a parte gráfica para agências de publicidade, mas não era minha praia. Minha praia mesmo era o desenho. A arte sempre foi a minha razão de ser. Quando tinha tempo livre, fazia uns rascunhos, e as pessoas gostavam, então, criei coragem e, em 1982, quando ainda havia salões de arte do Museu do Estado, coloquei uma pintura minha e fui premiado. Então decidi deixar a gráfica e virar artista. Aí eu fui caminhando, criando e, graças a Deus, fazendo exposições. Tenho trabalhos na Itália, na Holanda, em museus na América. Apareci em muitas matérias de jornal e programas de TV, por exemplo, Globo, Discovery, BBC. Hoje eu consigo viver da minha arte. Minha casa fica em Olinda, tem três andares, moro no segundo e no primeiro, exponho meu trabalho. Não sou um cara de tanto luxo, mas consigo me manter porque não estou fazendo clientes, estou fazendo amigos. E isso é melhor, pois um amigo te ajuda, se estou com um quadro exposto em casa, ele vai querer. Eu não perdi a essência do que eu sou. Tereza Costa Rego me dizia: “quando eu te conheci você estava amadurecendo e hoje você não perdeu sua essência”. Então é basicamente Olinda que inspira a sua arte? Olinda é meu referencial até hoje. Essa cidade me conquistou desde o dia que eu nasci. Gilberto Gil disse “a Bahia me deu régua e compasso”, e eu acho que Olinda me deu as cores. Estou sempre buscando algo novo dentro da natureza de Olinda, sempre buscando algo que remeta ao Carnaval. Desde quando acompanhava meu pai na banda, eu via passistas, a La Ursa, os Papangus e isso me dava um giro de cores. Quando estou triste eu saio, vejo uma mulher com roupas coloridas, eu digo “isso é a cor que eu quero”, volto para casa correndo e pinto. Sua pintura tem movimento, ludicidade e muitas cores vivas também. É um combo de cores e, justamente por isso, eu não sei pintar triste, eu não sei pintar deprimido. Uma vez Marianne Peretti (artista plástica vitralista, falecida em 2022 e que morou em Olinda) trouxe Oscar Niemayer aqui. Ele olhou, olhou, olhou e disse: “rapaz, gostei muito do seu trabalho, você é o poeta das cores”. Fiquei emocionado, só tinha visto o homem num livro de escola. E realmente é um colorido que eu busco no dia a dia da cidade, do cotidiano, das coisas simples, dos quintais com os pássaros, da simplicidade da Macuca, da felicidade dos moradores. Eu sei pintar alegria porque escutei muito frevo, vi muita gente se divertindo, com fantasias na cabeça feitas de papel machê, e isso me alegrava. É essa coisa que eu observo dentro do meu olhar. E você sempre foi autodidata? Nunca frequentou um curso de artes plásticas? Não. Mas não podemos afirmar que, em Olinda, a pessoa é autodidata, porque aqui há muitos artistas que nos ensinam um monte de coisa. De fato, você está em Olinda

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30 anos do Estatuto da OAB: um avanço para toda a sociedade

*Por Reinaldo Gueiros A Lei Federal nº 8.906/1994 - que instituiu o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - é, sem dúvida, um marco essencial para a profissão e a sociedade. Ao celebrar seus 30 anos de existência, neste mês de julho, reforçamos seu valor para a defesa das prerrogativas e deveres dos advogados, assim como para o fortalecimento da atuação profissional e promoção do Estado Democrático de Direito, elementos fundamentais para uma sociedade mais justa e equilibrada. Desde sua promulgação, em 4 de julho de 1994, o Estatuto tem sido uma ferramenta fundamental para garantir a autonomia dos advogados, estipulando direitos e deveres e estabelecendo normas que asseguram o sigilo profissional, a inviolabilidade de seu local de trabalho e a liberdade de comunicação com seus clientes. Ao defender a independência desse profissional, essa normativa atua na promoção da justiça e em favor de toda a sociedade, para que ela seja mais justa e democrática. O texto da lei reforça ainda a importância da OAB na fiscalização e na disciplina do exercício da advocacia. Destaca também a autonomia administrativa e financeira da OAB, permitindo ao órgão uma atuação mais independente e eficaz na defesa das prerrogativas da advocacia. O Estatuto evoluiu ao logo dos seus 30 anos, acompanhando as mudanças na sociedade e no sistema jurídico brasileiro. Como exemplo, estão as alterações trazidas na Lei 14.365/2022, que asseguraram a competência exclusiva da OAB para fiscalizar o efetivo exercício da profissão e o recebimento de honorários; as prerrogativas da mulher advogada; a ampliação da pena do crime de violação das prerrogativas do advogado; e a regulamentação da figura do advogado associado, assegurando a autonomia contratual interna dos escritórios de advocacia e o pagamento de honorários de acordo com o previsto pelo Código de Processo Civil. A advocacia precisa continuar avançando para acompanhar as mudanças sociais, tecnológicas e jurídicas, caminhando junto com as novas necessidades, porém mantendo-se firme na defesa da justiça e dos direitos dos cidadãos. As inovações tecnológicas, a digitalização da justiça e novas formas de proteção de dados pessoais, por exemplo, trouxeram desafios inéditos para a profissão e exigirão uma advocacia cada vez mais preparada, atualizada e comprometida. Celebrar os 30 anos do Estatuto da OAB é refletir sobre tudo isso e reforçar o compromisso de todos, não apenas advogados e advogadas, mas toda a sociedade, com uma advocacia independente, fortalecida e determinada a continuar zelando pela democracia, pela justiça e pela liberdade. *Reinaldo Gueiros é advogado e procurador federal

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Ferreira Costa oferece cursos gratuitos no Clube do Profissional

A Ferreira Costa oferece cursos gratuitos para profissionais da construção civil e demais interessados através do Clube do Profissional. Este programa é voltado para a capacitação e aperfeiçoamento, disponibilizando conteúdos em suas lojas. São oferecidas uma série de atividades, incluindo cursos, dicas e palestras, voltadas para profissionais e amantes de pintura, jardinagem, reforma e construção civil, de forma totalmente gratuita e presencial. Na filial da Tamarineira, localizada na R. Cônego Barata, 275, Recife – PE, será oferecido o curso de Instaladores Hidráulicos com a professora Danielly Macedo, no dia 06 de agosto, das 18h às 20h40. Com vagas limitadas para 100 pessoas, os interessados podem se inscrever através do link Sympla. Qualquer pessoa pode se cadastrar, seja para aperfeiçoamento profissional, uma nova profissão ou até mesmo o "faça você mesmo". Além deste curso, a filial oferece outros cursos em diversos segmentos. Para mais informações e inscrições, acesse Sympla - Clube do Profissional Ferreira Costa Tamarineira, ou entre em contato pelo WhatsApp (81) 3267-1082 ou por ligação no (81) 3267-1000. Na filial da Imbiribeira, as inscrições podem ser feitas pelo link Sympla - Ferreira Costa Imbiribeira ou pelo WhatsApp (81) 3338-8373. Desde 2005, o Clube do Profissional do Home Center Ferreira Costa já profissionalizou mais de 22 mil pessoas com cursos, palestras e oficinas presenciais, oferecendo certificados 100% gratuitos.

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Federação PSOL/Rede lança candidatura de Dani Portela à Prefeitura do Recife

A deputada Dani Portela apresentou sua candidatura à Prefeitura do Recife em Ato Político na Casa Marielle neste sábado (20). O evento também confirmou a candidatura de Alice Gabino a Vice e apresentou a chapa de vereadoras e vereadores do PSOL para a disputa municipal. A homologação das candidaturas aconteceu durante convenção da Federação PSOL/Rede na manhã de sábado. O nome de Dani Portela foi definido pelo PSOL-Recife para a disputa municipal no final do Congresso Municipal do partido em 2023. Em maio deste ano, a pré-candidatura foi aprovada e reconhecida em consenso pela Federação PSOL/Rede. A partir desse mesmo mês, a Federação promoveu encontros com a população, movimentos sociais, universidades e organizações em prol de debater os principais desafios do Recife e elaborar coletivamente propostas de políticas públicas. Até agora foram realizadas 16 plenárias, com a participação de cerca de 1.500 pessoas em todas as RPAs da cidade.  Dani Portela "Nossa chapa é diversa, representa bandeiras, e principalmente vidas com histórias de luta e resistência. Nossas pautas não são só pautas. São sobre as nossas vidas e as nossas existências. Temos um projeto de cidade pensado para todas as pessoas. Vamos movimentar o Recife". Alice Gabino, candidata à vice-prefeita "A nossa história de luta é grande e marcada por vitórias irrefutáveis. Mais uma delas acontecerá nas ruas. Nossa política precisa ser composta pelo povo, com mais mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência, população LGBTQIAPN+, para formar uma bancada diversa e combativa".

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A história de Maria, minha amiga de infância

Por Manu Siqueira Este não é um texto qualquer. É um texto-memória-nostálgico de gratidão à vida. Um daqueles escritos que quero reler daqui a alguns anos. Parece um roteiro novelesco, algo cinematográfico, mas aconteceu comigo recentemente.  “Recife, 24 de abril de 1987. Prezada amiga Manoela: você é a minha melhor amiga do colégio. Como você fez a prova? Eu acho que fiz bem. Minha melhor amiga do colégio era Carol, mas agora é você. Somos muito amigas. Um beijo e um abraço precioso da sua amiga de sempre, Maria”. Essa cartinha, escrita à mão em um papel de carta cor de rosa, está prestes a completar 40 anos, e guardo comigo até hoje, na esperança de reencontrar Maria, minha melhor amiga da época de escola. Quem me acompanha aqui já sabe que travo uma luta diária para frequentar a academia, que fica a 100 metros da minha casa. Pois bem, em uma terça-feira ensolarada, fui a uma aula de dança no início da manhã. A maior parte das alunas é formada por mulheres com mais de 60 anos. Falei com uma, puxei papo com outra e, enfim, começou a aula. Que foi ótima! No final, percebi um rosto familiar. Me aproximei e perguntei: “você é Vera, mãe de Maria?”. Ela me olhou com uma cara de espanto e disse que sim. Eu, com os olhos já marejados, disse: “sou Manu, a melhor amiga de infância da sua filha”. Ela, incrédula, me abraçou, e eu, já chorando, disse que sempre sonhei com esse momento.  Dias depois, Maria me passou uma mensagem. Ela também faz exercícios na mesma academia que estou frequentando. E mais! Estamos morando na mesma rua e no mesmo bairro em que ficava a nossa escola, na infância. Ou seja, somos quase vizinhas. A vida é ou não é uma caixinha de surpresas? Dizem que Recife é um ovo, mas posso provar que não é. Nunca nos cruzamos em nenhum shopping ou restaurante, ou supermercado ao longo desse tempo todo. Seria fácil reconhecê-la porque ela não mudou nadinha. Demos uma pausa nas nossas agendas superlotadas e decidimos tomar um cafezinho em uma cafeteria ao lado da academia. Fui disposta a gravar no celular a minha reação ao vê-la. Mas quem disse que consegui? Eu me emocionei tanto que simplesmente esqueci de filmar. A gente se abraçou longamente e tentamos colocar em dia os 37 anos de conversas atrasadas. Na infância, Maria mudou de colégio. Lembro de sentir uma tristeza profunda com a saída dela. Depois desse dia, nunca mais soubemos notícias uma da outra. Ainda arrisquei procurá-la nas redes sociais, mas não a encontrei. Depois do café, nos despedimos com a promessa de nunca mais nos largarmos. Voltei para casa eufórica, feliz, radiante e escrevi essa mensagem para ela: “Maria, a sensação que tive hoje mais cedo, te reencontrando quase 40 anos depois, foi que, naquele café, a gente ainda tinha 7 anos e continuávamos conversando, como conversávamos, na hora do recreio. Foi muito bacana poder relembrar um monte de coisas que já estavam totalmente apagadas pela poeira do tempo. Nesse processo de envelhecimento, tenho procurado fortalecer os meus laços afetivos de amizade e isso tem sido uma das principais prioridades da minha vida. Que bom te perceber doce, assim como Bárbara falou. A gente não muda nossa essência, né? E como você bem disse: que a gente nunca mais se perca. Um beijo enorme! Adorei nossa tarde! Manu”. Maria está na minha memória afetiva mais bonita. Ela é um tesouro da minha infância. Fecho os olhos e relembro a nossa amizade pairada no ar: ela está na nossa pureza de criança, nas brincadeiras simples e divertidas, nas trocas dos lanches, na nossa doçura, nas intermináveis conversas, na nossa parceria e cumplicidade, nas infinitas trocas de papeis de carta, no encantamento pela vida, e nos sonhos que sonhávamos juntas.  Encontrá-la me permitiu fazer um mergulho dentro em mim e encontrar novamente com esses sentimentos que, às vezes, ficam perdidos dentro da gente.  A nossa comemoração do Dia do Amigo, celebrado no dia 20 de julho, já está marcada e, tenho certeza, vai ser muito especial e divertida. Tenho que concordar com Mário Quintana que disse: “a amizade é um amor que nunca morre”. É sim. Ela pode se ausentar, se perder, ficar guardada num cantinho do coração, mas sempre está lá, viva e pulsante.  

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Prefeitura do Recife desponta como a segunda capital com mais transparência do País

Índice de Transparência e Governança Pública (ITGP) da ONG Transparência Internacional Brasil revelou liderança de Vitória (RS) e da capital pernambucana Recife é a capital nordestina mais bem avaliada no Índice de Transparência e Governança Pública (IPTG). Nesta edição, foram analisadas as dimensões de Governança, Legislação, Participação Social e Comunicação, Plataformas, Transparência Administrativa e Orçamentária, e Obras Públicas nas prefeituras. O índice, medido pela ONG Transparência Internacional Brasil, atribui notas de 0 a 100 para avaliar a transparência pública. A capital pernambucana superou São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis e Curitiba. A avaliação não incluiu o Distrito Federal nem Porto Alegre, devido à crise das enchentes na cidade, que a excluiu do comparativo com as outras capitais. Ricardo Dantas, controlador Geral do Município “Essa boa classificação é fruto de um trabalho que a equipe da Controladoria Geral do Município vem conduzindo na consolidação de uma cultura de transparência no Recife. Estamos felizes que o esforço da cidade esteja sendo reconhecido por órgãos importantes como a Transparência Internacional Brasil. Várias ações e decisões realizadas pela cidade estão relacionadas a uma melhor governança. Na última semana, por exemplo, o município criou o Conselho Municipal de Usuários de Serviços Públicos (CMUSP), que será composto de voluntários que acompanharão, avaliarão a prestação de serviços públicos municipais. Os integrantes vão propor melhorias e contribuir na definição de diretrizes para prestação de serviços públicos adequados. E uma nova metodologia para melhorar a qualidade das respostas dadas ao cidadão pelos órgãos e secretarias do município está sendo implantada. Essas ações impactam diretamente no aumento da participação popular na gestão, assim como na transparência das ações do município”.

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Joao Rogerio Filho 2 Credito Carius Pontes

"O aumento do número de recuperações judiciais deve-se à ressaca da pandemia"

João Rogério Filho, Economista e sócio-diretor da PPK Consultoria, analisa como a crise instaurada no período pandêmico gerou déficits em várias empresas que não conseguem gerar recursos suficientes para pagar seus credores. Também aborda a influência das altas taxas de juros nesse processo. Há pouco mais de um ano, notícias de empresas que entra￾ram em processo de recuperação judicial têm estampado as manchetes na mídia. Os casos que mais causam perplexidade são os de grandes redes de varejo como Americanas, Polishop e, mais recentemente, a Casa do Pão de Queijo. Segundo dados da Serasa Experian, o número de recuperações judiciais registrou alta de 68,7% em 2023 comparado com 2022 e, nos primeiros quatro meses deste ano, cresceu 80% em relação ao mesmo período do ano passado. Para João Rogério Filho, economista e sócio-diretor da PPK Consultoria, os estragos provocados no período pandêmicos são a principal causa dessa desestruturação financeira das companhias. “Estamos vivendo uma ressaca na qual empresas precisam gerar recursos suficientes para se manter em atividade e para bancar os déficits criados na pandemia”, explica. Nesta entrevista a Cláudia Santos, o economista aborda, ainda, a influência da conjuntura econômica do País, como as altas taxas de juros. João Rogério também explica, de forma didática, como se dá o processo de recuperação judicial e de que forma esse instrumento auxilia as empresas a pagarem seus credores num ritmo suportável e, ao mesmo tempo, garantir a continuidade da sua operação. O que é a recuperação judicial e qual é a diferença entre esse processo e a falência? Na história da civilização ocidental, identificamos que, a partir da Idade Média, o estado sempre teve um papel regulador nos processos falimentares. O chamado direito falimentar é um grande guarda-chuva que abarcava a concordata, em vigor no Brasil até 2005, hoje substituída pela recuperação judicial. Então, estão sob o guarda-chuva do direito falimentar, recuperação judicial e falência que são dois institutos distintos. A recuperação judicial é uma proteção do estado, uma regulação que ele faz para evitar uma busca desenfreada dos credores por seus créditos, permitindo à empresa garantir a continuidade de sua operação, ao mesmo tempo em que pagará seus credores em um ritmo suportável, a partir de sua geração de caixa. Recuperação judicial não é a falência. Uma empresa pode ir direto à falência ou passar por uma recuperação judicial e se recuperar, como na maior parte das vezes. Mas também pode não conseguir se recuperar e aí é que se torna uma falência. Como é realizado o processo de recuperação judicial sob supervisão da justiça? A Lei de Recuperação Judicial Brasileira (de nº 11.101, de 2005) é bastante moderna em relação ao restante do arcabouço dos códigos das leis do Brasil. Com inspiração no direito norte-americano, o instituto da recuperação judicial é extremamente prático. Ele privilegia a participação dos credores num processo decisório em que o juiz passa a ter um papel de supervisor. Como o processo envolve muitas questões contábeis, financeiras e não existe expertise, o juiz nomeia um profissional, chamado administrador judicial. É como se fosse um perito. Após a preparação da documentação necessária conforme a lei, o processo é ajuizado e, a partir do deferimento, iniciam-se os prazos de formalidades a serem cumpridas, como o relatório mensal de atividade que a empresa é obrigada a apresentar ao administrador judicial e a lista de credores. Na assembleia geral com os credores é apresentado o plano de recuperação judicial. Em seguida, passa-se para fase de cumprimento desse plano e, a partir de dois anos, a empresa está apta a pedir o encerramento de seu processo de recuperação judicial. Que tipos de empresa podem pedir a recuperação judicial? Existem os aspectos de exclusão. Por isso, a resposta é indireta: quem não pode pedir recuperação judicial são instituições financeiras, cooperativas de crédito, cooperativas de qualquer natureza, empresas com menos de dois anos de funcionamento ou que tenham se beneficiado da lei há menos de cinco anos. Excluídas essas hipóteses, qualquer empresa regularmente registrada e, a partir de 2020, qualquer produtor rural – que embora não seja uma empresa, tem a equivalência a uma empresa – pode pedir. Outra novidade é que, de alguns anos para cá, os clubes de futebol e as associações civis também podem pedir recuperação judicial. Como o senhor avalia a qualidade de um programa de recuperação? Em entrevista recente, um especialista em governança, risco e compliance disse que, em geral, muitos planos que são apresentados pelas empresas aos credores se resumem em ações de corte de custo e à proposição de estratégia de alongamento do pagamento. Raramente são apresentadas estratégias de transformação empresarial, de incremento de vendas, de eficiência tecnológica. O senhor concorda com essa análise? Eu não concordo, porque, anexo ao plano de recuperação judicial, obrigatoriamente, junta-se um laudo econômico-financeiro. No plano de recuperação judicial, normalmente você não encontra um capítulo para aumento de vendas mas você vai encontrar, nas projeções econômicas e financeiras, a razão de crescimento das vendas que a empresa está projetando. Com relação à governança, todos os planos que nós elaboramos na PPK Consultoria, por exemplo, preveem uma mudança de governança. Então eu não concordo com a afirmação de uma extrema superficialidade do plano. Ao mesmo tempo, alerto que, a depender do segmento de atuação da companhia, existem determinados segredos industriais que precisam ser preservados para a própria manutenção dela. Por exemplo, não me soa razoável que determinada empresa de alimentos lácteos precise tornar pública sua estratégia para aumento de venda de iogurte. Eu não acredito que esteja no melhor interesse da empresa fazer a abertura de suas estratégias mais sensíveis. De acordo com dados da Serasa Experian, o número de recuperações judiciais registrou alta de 68,7% em 2023 comparado com 2022 e, nos primeiros quatro meses deste ano, esse número cresceu 80% em relação ao mesmo período do ano passado. Que motivos o senhor enxerga nessa elevação? O aumento do número de recuperações judiciais deve-se à ressaca da pandemia. O que aconteceu na pandemia foi que todo o mercado financeiro se

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O que quer a Geração Z no mercado de trabalho?

Jovens profissionais não temem mudanças, valorizam a qualidade de vida e preferem horários de trabalho flexíveis impactam o ambiente corporativo e até os sindicatos. *Por Rafael Dantas O choque de gerações é um campo de tensão recorrente, seja nas famílias, na sociedade ou mesmo nas corporações. A chegada ao mercado de uma leva de novos profissionais nativos digitais, que enfrentaram uma pandemia e que nasceram em um mundo globalizado não aconteceria sem grandes transformações. A Geração Z, dos profissionais nascidos entre 1995 e 2010, tem objetivos claros, menos medo de mudanças e posicionamentos que encantam e assustam as empresas que operam em níveis mais tradicionais. A Geração Z já corresponde a mais 45 milhões de brasileiros, segundo os dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Desse grupo, 48% estão em atividade no mercado de trabalho, mas estão longe de ser um grupo homogêneo também. Ao mesmo tempo em que parte desses jovens já ocupa postos de liderança nas empresas, há os que apresentam um perfil típico de tender a trocar de emprego com muita facilidade – sem o apego dos trabalhadores mais antigos ao posto – e ainda os chamados “nem-nem” (dos que nem trabalham, nem estudam). Para ilustrar essa realidade, um estudo do IOS (Instituto da Oportunidade Socia) apontou que 64% dos jovens da Geração Z no Brasil têm planos de subir na vida profissional, ocupando cargos de liderança. Enquanto isso, o relatório Relatório de Clima & Engajamento, da Gupy, indicou que esses jovens ficam em média 15 meses a menos no mesmo emprego que os trabalhadores de outras gerações. Na média, o estudo indicou que esses profissionais permanecem apenas nove meses no mesmo trabalho. Em paralelo, um a cada cinco brasileiros (9,6 milhões) nessa faixa etária estão no grupo dos “nem-nem”, segundo o IBGE. Lidar com perfis diferentes não é uma tarefa das mais fáceis para as empresas, especialmente por conta dos novos desejos profissionais e de vida que movem esses jovens. Movem de verdade as suas carreiras e trajetórias. De acordo com dados da Deloitte, os principais motivos que fazem a Geração Z permanecer em seus trabalhos são a perspectiva de desenvolvimento de habilidades (37%) e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (34%). A consultora da TGI, Carolina Holanda, avalia que sempre que novas gerações entram no mercado de trabalho, há um certo estranhamento por parte das empresas. Ela considera essa dificuldade como natural, visto que cada geração tem comportamentos e preferências que mudam a partir do contexto social, econômico e cultural em que foram formados. “Hoje, observo que parte dos empresários e gestores percebem os jovens da Geração Z como impacientes, inclusive com o processo de crescimento profissional, com pouco comprometimento com a atividade desenvolvida e com a empresa (mudam facilmente de trabalho, se considerarem que terão ganhos – e não só de remuneração), com um maior rigor em separar a vida profissional da vida pessoal e com maior pragmatismo”, considera a consultora. Carolina avalia que os traços mais mencionados pelos empresários se devem ao fato dessa geração ser formada pelos nativos digitais e hiperconectados. Outras questões apontadas pelas gerações anteriores sobre os jovens profissionais são as dificuldades de planejar, cumprir algumas formalidades empresariais e uma menor tolerância à frustração. Se existem muitos problemas nessa adaptação, existem também elementos muito bem avaliados pelas empresas desses novos profissionais que chegam ao mercado. “Há quem observe características bem interessantes como a capacidade de desenvolver diversas tarefas, engajamento nas causas que acredita e uma enorme facilidade com a tecnologia. Em geral, a Geração Z busca por uma empresa que tenha propósitos e valores semelhantes aos seus e que, de fato, ela perceba isso na prática empresarial. Além disso, dá preferência a empresas que são flexíveis e que criam ambientes favoráveis ao desenvolvimento profissional. Apesar do uso da tecnologia e das redes sociais, essa geração também considera importante uma comunicação pessoal e direta com os principais gestores e pares”, explica Carolina. PROMOÇÃO X QUALIDADE DE VIDA O recifense Weydson Ferreira, atualmente com 30 anos, trabalhou numa padaria perto de sua casa por alguns anos. Estava confortável, mas sem perspectivas de crescimento. Decidiu buscar emprego em uma multinacional. Foi contratado em uma função inicial, mais braçal, cresceu na companhia até chegar ao setor comercial, como promotor de vendas. Mesmo com vários reconhecimentos de vendedor do mês e logo após receber uma promoção, ele pediu as contas e arriscou uma transição para trabalhar em Portugal. Para conseguir o sucesso no emprego e fazer faculdade à noite, ele encarava uma jornada das 6h às 23h. “Larguei tudo por causa da sobrecarga, do excesso de trabalho. Chegava em casa cansado, sem disposição de sair com a família. Eu tinha um bom trabalho, mas era muita pressão. Tinha acabado de ser promovido, mas não via perspectiva para o futuro. Via uma vida sempre assim, por mais que fosse bem-sucedido. Talvez ficasse doente. Fiquei mais vulnerável a doenças por estar constantemente trabalhando”, conta Weydson. Casado e com uma filha de 6 anos, ele sabia que era um risco atravessar o oceano para abraçar uma oportunidade que surgiu inicialmente para sua esposa no setor de beleza. Ao chegar em Portugal, ele abraçou um trabalho como auxiliar de eletricista – atividade em que não tinha nenhuma experiência – e passou a trabalhar fazendo instalação de placas solares e ar-condicionados. Mas viver em uma cidade pequena, numa região mais rural e cercada de praias, promoveu a almejada qualidade de vida que ele buscava. Morar no Algarve trouxe novas oportunidades e uma perspectiva diferente para Weydson. Ele aproveita a proximidade das praias e a vasta oferta de lazer na região, ao mesmo tempo em que planeja seu futuro acadêmico, utilizando a nota do Enem para ingressar na universidade em Portugal. Além de seu trabalho principal, Weydson também atua como agente de viagens, um trabalho remoto que o permite explorar seu gosto por vendas. A mudança para Portugal, embora inicialmente desafiadora, está sendo transformadora e satisfatória, trazendo uma nova visão sobre o que é

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Arlindo Teles

"Propomos transformar a antiga linha férrea de Pombos a Caruaru numa via para pedestres e ciclistas"

Diretor do Instituto Engenheiro Joaquim Correia, Arlindo Teles detalha o projeto da Via Verde do Agreste, que também é assinado pelo CREA-PE e tem o objetivo de impulsionar o turismo e a economia na região, além de preservar a natureza e as construções da linha férrea que está abandonada. Apreciador de trilhas e bicicletas, o engenheiro Arlindo Teles, diretor do Instituto Engenheiro Joaquim Correia, voltou de uma viagem que fez à Andaluzia, na Espanha, com uma ideia inovadora. Após percorrer de bike a Via Verde de La Sierra, erguida no antigo traçado de uma estrada férrea, Teles percebeu que a mesma iniciativa para o cicloturismo poderia ser feita na Estrada de Ferro Central de Pernambuco, que atualmente está em situação de abandono. O projeto, denominado Via Verde do Agreste, abrangeria os municípios de Pombos, Gravatá, Bezerros e Caruaru. A proposta foi abraçada pelo Instituto Engenheiro Joaquim Correia e pelo CREA-PE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco). O próximo passo é contar com o apoio das prefeituras das cidades que integram o trajeto, o que incluiria fazer um levantamento dos atrativos naturais, como rios e lagos, das construções ao longo do percurso e dos obstáculos. “Fiz uma trilha em Gravatá, naquele trecho da linha férrea que abrange a Serra das Russas, e fiquei muito impressionado com a quantidade de obra de arte de engenharia que existe: uma extensão de mais ou menos 10 km com vários túneis, pontilhões, e aquilo tudo está abandonado”, lamenta o engenheiro. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele explica a proposta da Via Verde do Agreste e afirma que pretende angariar o apoio das prefeituras das cidades que abrangem o seu percurso. Também ressalta que o projeto oferece vantagens para a economia e a população dos municípios, além de benefícios para a preservação ambiental e do patrimônio da antiga ferrovia. O que vem a ser esse projeto Via Verde do Agreste? Como surgiu a proposta? A Via Verde do Agreste é um projeto rural de mobilização para transformar o trecho de Pombos, Gravatá, Bezerros e Caruaru da antiga Estrada de Ferro Central de Pernambuco, num equipamento de turismo e lazer, uma via de comunicação autônoma com mais de 45 km de extensão reservada ao deslocamento não motorizado. Ou seja, propomos transformar essa linha férrea em uma via segura e acolhedora para pedestres e ciclistas. A ideia é executar esse projeto dentro do quadro de desenvolvimento integrado que valoriza o meio ambiente, a qualidade de vida e a geração de emprego e renda. A inspiração surgiu, tanto pela minha vivência profissional, quanto pessoal. Profissionalmente, integro o Instituto Engenheiro Joaquim Correia, que é voltado para formação de mão de obra e também desenvolve projetos de cunho social. Falando do meu lado pessoal, eu gosto muito de natureza, de fazer trilha e, há cerca de 10 anos, fiz uma trilha em Gravatá, naquele trecho da li- nha férrea que abrange a Serra das Russas, e fiquei muito impres- sionado com a quantidade de obra de arte de engenharia que existe: um trecho de mais ou menos 10 km com vários túneis, pontilhões, e aquilo tudo está abandonado. Em 2015, fiz uma viagem para a Espanha e tive a oportunidade de fazer o passeio de bike na região da Andaluzia, entre duas cidades pequenas, mais ou menos 40 km, que e é exatamente uma ferrovia abandonada que foi transformada e passou a se chamar Via Verde de La Sierra. Eu fiquei impressionado porque é um passeio muito agradável. Essa via também serviu de inspiração para fazer o mesmo aqui. Então, numa reunião do instituto, eu falei: “por que a gente não abraça essa ideia, já que essa ferrovia aqui está há mais de 20 anos abandonada e não tem perspectiva nenhuma de voltar a funcionar?”. O pessoal achou interessante e começamos a pesquisar. Quando começamos a discutir essa ideia, fiz um contato com um amigo meu que é arquiteto, trabalha na prefeitura de Caruaru e participou do projeto Via Parque, que são 6 Km construídos exatamente na linha do trem. Ele me contou que houve dificuldades para torná-lo realidade, mas conseguiram realizar. Ou seja, se Caruaru conseguiu, por que não juntar Caruaru, Bezerros, Pombos e Gravatá? A ideia é construir a via nos trilhos do trem? Isso. A linha está abandonada, pois a última composição que usou a ferrovia foi o Trem do Forró, há 24 anos. Então, a ideia é colocar uma camada para as pessoas poderem fazer a trilha a pé, de bicicleta ou até mesmo a cavalo. Na ideia inicial, que ainda não incluía o município de Pombos, o primeiro trecho seria de 7 km da Serra das Russas a Gravatá, o segundo trecho com 23 km, de Gravatá até Bezerros e o terceiro trecho, 24 km, de Bezerros até Caruaru. Podemos fazer um projeto sem precisar arrancar o trilho. O da Espanha cobriu o trilho. Também podemos fazer de uma forma que ele fique nivelado. Não precisa necessariamente arrancá-lo. E como foi a receptividade? Que órgãos e prefeituras aderiram ao projeto? Como o Instituto Joaquim Correia tem relação com o CREA-PE, apresentamos a ideia, ela foi aprovada, e o Conselho passou também a assinar o projeto. Há mais ou menos um mês fizemos uma reunião com a Prefeitura de Gravatá, e a receptividade foi muito boa, inclusive formamos um grupo de trabalho, em que há membros da Secretaria de Turismo de Gravatá e da Secretaria de Planejamento de Caruaru, mas ainda não tivemos nenhuma reunião com a Prefeitura de Caruaru e nem de Pombos ou de Bezerros. Recentemente, conhecemos o pessoal da ONG Amigos do Trem. Eles acharam o projeto bacana e aderiram ao nosso movimento. Embora sejam favoráveis aos trens, eles não querem incluir uma locomotiva na via, mas alternativas de transportes com pedais. Então, nossa ideia é conseguir recursos para fazer uma espécie de levantamento, percorrendo todo o trilho, fotografando os principais atrativos naturais em cada trecho, como rios e lagos, levantando pontos de dificuldades, as barreiras, ocupações humanas, fazendas. Queremos fazer

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Pernambucast Carol

O que é networking? Pernambucast entrevista Carolina Holanda

A consultora Carolina Holanda explica o conceito de networking e traz dicas preciosas de como criar uma rede profissional que contribua para o desenvolvimento da carreira. O quinto episódio da temporada do Pernambucast sobre Carreiras e Gestão já está disponível no YouTube e no Spotify.

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