Arquivos Notícias - Página 541 De 676 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Os cuidados com a visão na primeira fase da vida

O diretor do Oftalmax Hospital de Olhos Paulo Suassuna orienta que é importante o acompanhamento semestral nos primeiros 2 anos das crianças de mães que tiveram problemas na gravidez. “Esses bebês podem apresentar baixa severa e irreversível da acuidade visual devido a alterações que ocorreram durante o desenvolvimento dos olhos na gestação”, informa. Doenças como toxoplasmose – oriunda das fezes de gato, pombo e cachorro, a Zika (transmitida pelo mosquito Aedes aegypt), a rubéola, e a sífilis, podem ser transmitidas para o feto durante a gestação acarretando consequências nas crianças como aparecimento de cataratas congênitas, lesões na retina e no vítreo (substância gelatinosa que preenche internamente o globo ocular), com grave comprometimento para visão. Suassuna ressalta ainda que, recém-nascidos identificados com microcefalia, podem apresentar problemas congênitos na visão, anormalidades graves na retina e no nervo óptico que podem causar baixa acuidade visual ou até mesmo a cegueira. Portanto, até o pequeno completar 2 anos é necessário manter um acompanhamento intensivo. “Esse é o período crítico de desenvolvimento da visão, porque a criança pode não estar enxergando bem, mas ela não consegue expressar ou perceber que está com problema ocular”, justificou Casanova. “É nessa faixa etária que começa a formar 90% da visão e há a possibilidade de se ter um melhor resultado no tratamento de doenças, pois a vista ainda não está 100% formada, por isso é necessário ter essa atenção redobrada”, completou. Passada essa idade crítica, deve-se levar a criança ao oftalmologista, pelo menos, uma vez ao ano. Nessa fase, o paciente dilata a pupila para uma avaliação do grau, exame realizado com auxílio de um retinoscópio e da régua de esquiascopia, instrumento este composto de inúmeras pequenas lentes. Entre os diagnósticos, pode ser constatada uma suspeita de ambliopia, termo conhecido como olho preguiçoso, causado quando por uma disfunção do olho, que tem como característica a diminuição da acuidade visual uni ou bilateralmente, ou seja, a dificuldade em enxergar formas e contornos dos objetos. A oftalmopediatra do Instituto de Olhos do Recife (IOR) Ana Carolina Valença Collier explica que isso pode ocorrer devido ao mau alinhamento dos olhos (estrabismos), graus elevados ou cataratas. “Caso não seja tratado, com o passar do tempo pode ocorrer uma baixa severa no desenvolvimento da visão comprometendo a compreensão das imagens”, alerta. A médica ainda ressalta a importância de levar a criança ao oftalmo anualmente, pois caso ela seja amblíope, só pode ser tratada até os 6 anos. “Se não for corrigida antes da formação completa da visão, poderá ter uma perda significativa”, afirmou. Normalmente o tratamento para casos com ambliopia é realizado com uso de óculos e em determinadas situações cirurgia. Porém quando tratada mais cedo, pode ser utilizado um oclusor infantil, que funciona como um tampão sobre o olho que enxerga bem. Essa técnica forçará o olho “mais fraco” a estimular a visão. Os pais têm um papel fundamental em perceber se os filhos estão com problemas de visão. Ruth Eleutério, médica do trabalho, por exemplo, descobriu há três anos que seu filho Renato apresentava hipermetropia. “Ele sempre que queria ver alguma coisa apertava o olhinho”, contou. Ao perceber a dificuldade dele para enxergar, ela antecipou a consulta na qual descobriu que Renato era hipermétrope e passou a utilizar óculos. “Hoje ele usa a metade do grau para estimular a visão. Depois que passou a utilizar óculos, teve outro comportamento. Houve uma melhora muito perceptível. Ele num instante se adaptou”, observa Ruth. Para oftalmologista Patrícia Rego, do Hospital Santa Luzia, quando a criança está na faixa dos 6 anos, período de alfabetização, a escola torna-se uma sinalizadora importante de possíveis problemas oculares. “Quando ela senta muito perto da lousa, aperta muitos os olhos para enxergar, lacrimeja ou até mesmo possui baixo rendimento escolar, pode ser um alerta para levar seu filho ao oftalmologista”, aconselha. A médica explica que se o problema for só num olho, a probabilidade da criança reclamar é muito pequena. “É importante os pais prestarem atenção nesses sintomas, além disso, procurar saber com professores, como está o aprendizado do seu filho na sala de aula”, ressaltou. Assim como Patrícia, Suassuna adverte que esses cuidados e acompanhamentos são indispensáveis. “Dessa forma, as patologias são identificadas e tratadas o mais precoce possível impedindo que no futuro apareçam problemas mais graves e irreversíveis provenientes do descuido quando criança.” Por Paulo Ricardo

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Já levou seu filho ao oftalmo?

Poucos pais atentam para a necessidade de levar seus filhos ao oftalmologista, por desconhecerem a importância desse cuidado. Levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) mostra que 70% das causas de cegueira e problemas relacionados à visão infantil poderiam ser evitados se as medidas preventivas tivessem sido realizadas desde o seu nascimento. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, o primeiro exame que precisa ser realizado com o recém-nascido para avaliar a saúde visual é o teste do olhinho. Em 2010, por meio de um projeto de lei, o exame tornou-se obrigatório no Estado e deve ser feito nos primeiros 15 dias de vida, antes da mãe receber alta do hospital, com uma pediatra ou mesmo um oftalmologista. É possível diagnosticar doenças adquiridas antes do nascimento ou posteriormente no primeiro mês, como glaucoma, cataratas, tumores e alterações na retina. O exame é rápido e pode ser realizado com um aparelho chamado oftalmoscópio, no qual, o oftalmologista visualiza o reflexo vermelho do fundo do olho, ou seja, a retina. Caso o diagnóstico aponte alguma anormalidade, como a ausência do reflexo vermelho ou a pupila branca são realizados exames mais aprofundados para avaliar a necessidade de cirurgia. Foi por meio desse teste, que Karla Roque, gerente de relacionamento de uma unidade médica, descobriu que seu filho Kauã, com 3 meses de vida, tinha catarata congênita. “O médico precisou fazer a cirurgia de facectomia nos dois olhos dele – retirada da catarata - que impedia a passagem da luz com colocação de lentes intraoculares e posteriormente os óculos para corrigir a visão”, conta Karla. Atualmente, ela leva Kauã, que está com 4 anos, a cada três meses ao oftalmologista para avaliar a situação do grau. Segundo Fábio Casanova, diretor do Memorial Oftalmo, uma das formas que os pais podem detectar se existe algum problema é tirar uma fotografia da criança com flash. “Se os olhos aparecerem brancos é um dos sinais mais comuns que precisam ser observados o quanto antes, para que possa ser tratado com urgência, pois doenças com esse sintoma podem levar à cegueira”, alerta o médico. Mesmo quando o bebê não apresenta de imediato problemas de visão, a criança deve realizar exames periódicos aos longo dos anos. O teste de acuidade visual (AV), por exemplo, mede o quanto a criança enxerga, é realizado por meio de letras ou desenhos projetados na parede para que ela identifique o que está sendo mostrado. Também é importante verificar, novamente, a análise do fundo do olho, pesquisa de estrabismo que testa a movimentação dos olhos, o teste de visão de cores e até mesmo o grau. Até aproximadamente uns 6 meses, é normal a criança aparentar ter estrabismo, devido à incapacidade de fixação dos olhos. Mas caso se perpetue além dessa idade é necessário levá-la ao médico. O recomendado nessa fase é que a criança faça a consulta com o oftalmologista pediatra, pelo menos, a cada seis meses. Por Paulo Ricardo   Veja também : Os cuidados com a visão na primeira fase da vida Quatro dicas para prevenir problemas nos olhos Quais são os problemas oculares em criança      

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Parceria com Aché reforça Pernambuco como um hub de distribuição para o Norte e o Nordeste

Cinco meses após o governador Paulo Câmara e o presidente do Aché Laboratórios, Paulo Nigro, firmarem acordo assegurando a implantação de uma planta industrial e de uma Central de Distribuição (CD) no Complexo de Suape, o chefe do Executivo estadual e representantes da empresa assinaram, nesta sexta-feira (26.05), no Palácio do Campo das Princesas, o contrato de compra e venda do terreno de 25 hectares onde serão construídos os empreendimentos. A parceria é mais uma iniciativa que reforça a atuação de Pernambuco como um hub de distribuição para o Norte e o Nordeste. “Esse é mais um passo para consolidar Pernambuco como um hub de distribuição das regiões Norte e Nordeste. Será um pólo diferenciado e sabemos que, a partir da instalação dessa fábrica, a cadeia de remédios começará a ter um olhar diferenciado para o Estado, e atrairemos mais investimentos”, afirmou o governador Paulo Câmara, destacando que Pernambuco se consolidará também como um polo farmacêutico. Com um investimento inicial de R$ 500 milhões, a Indústria do Aché vai gerar 500 postos de trabalhos diretos e outros 2,5 mil indiretos. O governador também comentou sobre a força de atração de investimentos demonstrada por Pernambuco, devido, entre outras coisas, à clareza das regras estaduais e a transparência observada nas negociações tocadas pela administração estadual. "Consolidações como essa só acontecem em virtude do cumprimento dos papeis de cada um. Ninguém realiza um investimento como esse se não tem a confiança no parceiro, e Pernambuco recebe um empreendimento privado em um momento de pouca atração de investimentos em outros Estados”, grifou. O investimento realizado pelo Grupo Aché em Pernambuco foi o maior anunciado pelo setor privado no ano passado em todo o País. Paulo revelou que, assim que acabar o período de chuvas, as obras para a implantação dos empreendimentos do Aché começarão. “Entre o final de 2018 e o começo de 2019, já teremos uma fábrica pronta, empregando pernambucanos e sendo referência em medicamentos”, concluiu. O diretor de operações do Aché Laboratórios, Adriano Alvim, elencou os critérios pelos quais Pernambuco foi escolhido para ser sede do grupo no Nordeste. “Além de as regiões Norte e Nordeste serem as que mais crescem no Brasil no segmento farmacêutico, escolhemos devido à infraestrutura, à oferta de profissionais altamente qualificados, às universidades e escolas técnicas”, avaliou. EXPORTAÇÃO - Alvim destacou a localização estratégica do Porto de Suape como um diferencial para o planejamento do Aché. “Especificamente, vamos construir a nossa fábrica no Complexo de Suape porque essa fábrica será a nossa plataforma para crescimento para o Norte e Nordeste, mas, também, para a exportação. É aí que entra a importância do Porto de Suape e de toda a infraestrutura logística”, completou. A expectativa é de que a nova unidade, quando estiver em plena operação, em 2021, aumente a capacidade produtiva do Aché em cerca de 50%. A nova planta - primeira em solo nordestino - será um importante reforço para o polo Farmacoquímico do Estado, que já conta com 11 empresas. O Aché é uma empresa 100% brasileira com 50 anos de atuação no mercado farmacêutico. Hoje, o grupo paulista, que emprega 4,5 mil pessoas, conta com quatro complexos industriais: em Guarulhos (SP), São Paulo (SP), Londrina (PR) e Anápolis (GO). Também estiveram presentes na cerimônia de assinatura o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Raul Henry; o secretário Felipe Carreras (Turismo, Esportes e Lazer); o Chefe das Assessorias Especiais, José Neto; o secretário-executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto; o presidente e o vice-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Marcos Baptista e Marcelo Bruto, respectivamente. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Paulo Câmara convoca secretariado para atuar nos municípios atingidos pelas fortes chuvas

O governador Paulo Câmara reuniu, nesta segunda-feira (29.05), todo o secretariado para determinar que seja feito um esforço conjunto no intuito de minimizar os impactos das fortes chuvas que atingiram municípios da Zona da Mata Sul e do Agreste. Para isso, Paulo designou que cada gestor das pastas coordene um dos 15 Escritórios Locais nas cidades em estado de Calamidade. Durante a reunião, realizada no Palácio do Campo das Princesas, o gestor estadual informou, ainda, que deve decretar estado de Calamidade também para Caruaru, devido a documentações com informações do município do Agreste. “Dando continuidade às ações que já foram tomadas, o governador Paulo Câmara convocou o secretariado e designou aos secretários tomarem conta de cada um dos municípios que teve decretado estado de Calamidade. O que o governador quer são ações conjuntas, de auxílio aos municípios e aos pernambucanos”, esclareceu o secretário da pasta de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni. Além de coordenar, em parceria com a Coordenadoria de Defesa Civil do Estado de Pernambuco (CODECIPE) e com as Prefeituras Municipais, as secretarias também serão responsáveis por emitir relatórios diários e enviá-los ao Gabinete Central, mantido no Palácio do Campo das Princesas. Com relação às ações que estão sendo realizadas no esforço de amenizar os danos causados pelas chuvas dos últimos dias, Stefanni esclareceu que as equipes estão de prontidão, trabalhando 24 horas por dia, e que os leitos dos rios e as barreiras estão sendo monitorados. “Hoje, já chegou um dos helicópteros solicitados e um outro deve chegar amanhã. Com isso, vamos continuar a prevenir, tirando as pessoas das áreas de risco. Além disso, as 12 viaturas que foram entregues,na última semana, ao Corpo de Bombeiros, estão em campo mostrando uma ação responsável do governo”, afirmou o secretário, acrescentando que o Hospital de Campanha deverá ser instalado na cidade de Rio Formoso, que teve a sua unidade médica inundada, para reforçar a assistência na Mata Sul. Além da Barragem de Serro Azul, localizada no município de Palmares, que conteve grande parte das águas da chuva, danos maiores também foram evitados devido ao trabalho que vinha sendo realizado pelo Governo de Pernambuco após as enchentes de 2010. “A Operação Reconstrução foi exitosa. Reconstruímos cinco hospitais e nenhum deles foi atingido por essas chuvas. Também entregamos 12.131 casas, construídas em parceria com o Governo Federal, que não foram afetadas. Se considerarmos cinco pessoas em cada casa dessa, tiramos 60 mil pessoas da possibilidade de sofrer danos”, explicou. Com capacidade para 303 milhões de metros cúbicos (m³) de água, a Barragem de Serro Azul já acumula 70 milhões de m³ de água. “Antes das grandes chuvas, a barragem estava com 13 milhões de m³, ou seja, contivemos algo em torno de 58 milhões de m³ que, se não tivessem sido contidos pelo equipamento, teriam aumentado os efeitos danosos das enchentes”, avaliou o Márcio Stefanni. (Governo do Estado de Pernambuco)

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STF: impeachment deixou “cicatriz” e divisão na sociedade, afirma Barroso

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou ontem (29) que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff deixou uma cicatriz na sociedade brasileira, sendo uma contínua fonte de discordância na população. As declarações foram dadas durante o seminário internacional Papel das Supremas Cortes, Legitimidade Democrática e Direitos Fundamentais, realizado em um dos plenários do STF. Barroso falou sobre a decisão do Supremo de não intervir na abertura do processo de impeachment, acolhida por dois terços dos deputados federais. Desde o primeiro acolhimento do pedido pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a defesa de Dilma questionou a abertura do processo, tendo como um dos principais argumentos o vício de origem de seu ato inicial, que teria sido motivado por um desejo de vingança política do parlamentar, hoje cassado e preso pela Operação Lava Jato. “Esse foi o processo que tivemos aqui e que gerou, como qualquer observador atento perceberá, uma sociedade que guarda essa cicatriz e ainda está dividida em torno desse procedimento”, afirmou. Para Barroso, a decisão do STF de não interromper o impeachment se deu “pela crença de que, em um país dividido politicamente, não caberia a ele [Supremo] fazer escolhas políticas”. Foro privilegiado Questionado se o momento seria oportuno para o julgamento da ação de sua relatoria, que pode levar à relativização do foro privilegiado no STF, enquanto o Congresso discute uma emenda constitucional com o mesmo tema, Barroso respondeu apenas que “sempre é o momento certo para fazer a coisa certa”, citando uma frase de Martin Luther King (1929-1968), ativista norte-americano que lutou pelos direitos civis da população negra. (Agência Brasil)

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Da ciência jovem para o mundo

O grupo do Educandário Tércio Correia, de São Vicente Férrer, município do Estado de Pernambuco, foi premiado no Encuentro Internacional de Ciencia, Tecnología e Innovación, realizado no México de quinta a sábado (24 a 27 de maio). No ano passado, eles foram vice-campeões na 22ª Ciência Jovem, Categoria Iniciação à Pesquisa, e ganharam a credencial para participar da Feira mexicana. Únicos representantes brasileiros no México, dentre sete países latino-americanos, eles seguem no ano que vem para outras duas Feiras Internacionais: em Porto Rico e na Argentina. O PROJETO - O professor Flávio Cavalcanti e os alunos Jessé Alves e Heitor Costa representam um grupo de treze alunos do 5º ano Fundamental que, durante dois anos, criou, manteve e cuidou de uma horta escolar. Além disso, os produtos colhidos entraram no cardápio da escola e embasaram um trabalho de reeducação alimentar. Espaço Ciencia Na primeira etapa, o projeto, sob a supervisão do professor Flávio, envolveu a preparação do terreno, mobilização das turmas, plantação e manutenção da horta. Cada problema surgido envolvia pesquisas para a busca de soluções. Foi o caso do ataque de formigas: “pesquisamos e utilizamos dois inseticidas naturais. Aplicamos fumo e borra de café nas laterais e borrifamos as folhas com arruda”, diz o professor. Já para resolver o problema do solo seco, os estudantes fizeram uma composteira: “Usamos fezes de animais, cascas de frutas e folhas secas”, explica Jessé. Sementes e mudas vinham da contribuição dos alunos que moravam nas áreas rurais: coentro, cebolinha, batata, chuchu, cenoura e árvores frutíferas. Os produtos da horta passaram a ser inseridos no cardápio da cantina da escola e motivaram uma segunda etapa do Projeto: a reeducação alimentar. Para apresentar no México, o grupo introduziu no projeto uma variação: como São Vicente Ferrer é a terra da banana, os alunos fizeram oficinas de culinária e de artesanato à base do produto. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Os riscos do celular ao volante

Em Pernambuco, a cada 15 minutos, uma pessoa é multada usando celular e isso mostra como o manuseio do aparelho é uma das principais causas de colisões no Estado. Durante o Maio Amarelo as ações alertando os perigos do uso do celular ao volante foram intensificadas com o objetivo de conscientizar o condutor sobre direção segura. O DETRAN-PE buscou parcerias com órgãos de trânsito municipais, estaduais e federal o que colaborou para a diminuição em cerca de 20% dos acidentes no Estado nos últimos dois anos e meio. Constantemente, instituições públicas e entidades não governamentais levantam questionamentos acerca dos riscos de fatalidades no trânsito causados pela falta de prudência dos condutores, entre eles o uso do celular. Uma pesquisa realizada pela concessionária Arteris no ano de 2016 apurou que 52% dos motoristas usam o celular enquanto dirigem, número preocupante se pararmos pra pensar que mais da metade das pessoas que compartilham o espaço de trânsito estão concentradas em outros dispositivos. O estudo foi apresentado em uma reportagem de uma emissora de TV em rede nacional, em setembro de 2016. Os dados ainda apontam que 70% dos entrevistados consideram o trânsito no Brasil perigoso e, mesmo assim, 88% admitem não ser motoristas prudentes. Em 2016, após a publicação da Lei Federal 13.281, as multas para esse tipo de infração sofreram reajustes, ficaram mais caras e passaram a ser consideradas gravíssimas. O motorista flagrado utilizando o aparelho enquanto dirige recebe sete pontos na carteira e multa de R$ 293,47. Essa medida, entretanto, não deve ser vista apenas como uma punição, mas um alerta aos motoristas que ao usarem o celular colocam sua vida e de outras pessoas em perigo. Nos dias de hoje, o motorista não está apenas sujeito a distrações das ligações telefônicas os smartphones e seus múltiplos aplicativos de conexão a distância atraem a atenção por meio do acesso a redes sociais. Essa não é uma realidade exclusiva do Brasil. O Centro Médico Cohen Children’s Medical Center, de Nova York, revelou um estudo mostrando que o manuseio do celular ao volante já mata mais jovens nos Estados Unidos do que acidentes envolvendo o consumo de álcool e também a instituição RAC Foundation do Reino Unido constatou que um condutor que dirige enquanto digita uma mensagem, atrasa em 35% o tempo de resposta, reação três vezes mais lenta que um motorista embriagado. Já a Universidade de Utah mostrou que a prática eleva em até 400% o risco de acidentes. Por tanto, não devemos em nenhuma hipótese utilizar o celular enquanto estivermos no volante. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Posição ao dormir e as dores de cabeça

Além de revelar traços da personalidade, como defendem alguns, a posição em que a pessoa dorme pode ser importante fator associado à intensidade das dores de cabeça, segundo estudo defendido no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPE. A dissertação "Postura cervical ao dormir e sua influência sobre a dor miofascial na cabeça e pescoço", de autoria de Albery Lins da Silva, aponta que "a posição em que fica a coluna cervical enquanto dormimos tem influência sobre a anteriorização da cabeça; o que traz sobrecarga aos músculos cervicais e dor miofascial na áreas da cabeça e pescoço". A anteriorização, neste caso, é a leve inclinação da cabeça para frente e a fáscia é o tecido que envolve o músculo (mio). Composta por dois artigos científicos, a dissertação revela em um deles - o que dá nome ao trabalho acadêmico -, que a maior prevalência e intensidade da dor, no universo das 187 pessoas observadas, está dentre os que dormem em flexão cervical e que, portanto, apresentam menor ângulo craniovertebral, ou seja, os que mantêm a cabeça em inclinação maior para a frente. "Uma postura mantida por tempo prolongado, que coloque o tecido miofascial em encurtamento ou alongamento, pode ser considerada um estímulo mecânico nociceptivo", explica. No estudo, que contou com a observação de um grupo de graduandos de Enfermagem da UFPE, distribuídos em nove turmas do curso e submetidas à situação análoga à postura adotada ao dormir, a maior frequência de postura cervical adotada foi uma combinação de, pelo menos, duas posições entre rotação, inclinação e flexo-extensão, com predileção pelo decúbito lateral, o comumente denominado "dormir de lado". Ressaltando a necessidade de mais evidências para esclarecer como estas posturas cervicais ao dormir interferem no metabolismo muscular, o autor da dissertação destaca que a cefaleia frontotemporal foi a mais encontrada entre as pessoas observadas, o que corrobora com os padrões de dor miofascial dos músculos cervicais. Participaram do estudo 187 graduandos de Enfermagem, distribuídos em nove turmas do curso, englobando os que contam ou não com histórico de dor na cabeça e pescoço. Foram excluídos aqueles que estiveram sob qualquer tratamento fisioterapêutico ou de acupuntura. A orientação e coorientação do trabalho ficou sob responsabilidade das professoras Eliane Maria Ribeiro de Vasconcelos e Luciana Pedrosa Leal. PONTOS-GATILHO | No outro artigo, que se propõe a uma revisão integrativa de literatura sobre a causa de um dos 'disparadores' das dores musculares, intitulado “Etiologia dos Pontos-Gatilho Miofasciais (PGM): uma revisão integrativa”, o autor oferece aos profissionais o acesso rápido aos resultados relevantes que fundamentam as condutas ou a tomada de decisão, além de verificar lacunas do conhecimento. "A formação do PGM envolve uma cascata de eventos bioquímicos, com participação de estruturas musculares e neuronais, ainda não completamente esclarecidas", analisa o autor. Em contrapartida, segundo Albery, "vários estudos correlacionam o PGM como fonte primária de dor, principalmente em cefaleia e enxaqueca, apesar de não haver consenso acerca de critérios de diagnóstico". Para o pesquisador, são necessários mais estudos a fim de elucidar que tipos de estímulo mecânico estão envolvidos clinicamente na formação do PGM. "O que há de comprovado é que estímulo mecânico nociceptivo foi capaz de ativar PGM, juntamente com câimbras musculares e dor", afirma. O fisioterapeuta ressalva que o número de participantes foi um fator limitante no estudo, "pois a postura cervical não se mostrou estatisticamente associada à dor miofascial". "No entanto", explica, "por meio das frequências e médias, observou-se que ela foi capaz de mudar o padrão doloroso". O que sugere, segundo o autor, que, na prática clínica, os pacientes com dor miofascial na cabeça e pescoço devem ser investigados quanto à maneira de dormir, solicitando que demonstrem como dormem. E prescreve: "O travesseiro no decúbito lateral (posição de quem dorme de lado) deve ser alto o suficiente para que deixe o nariz alinhado à linha média do corpo e colocado de tal forma que apoie toda a face da mandíbula, a fim de evitar rotação durante o sono". (PCR/ Renata Reynaldo)

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A cidade dos sonhos de Ricardo Brennand

Em 27 de maio passado, o industrial Ricardo Coimbra de Almeida Brennand, completou 90 anos de existência, notabilizando-se, não somente como um construtor de fábricas (19 projetadas e modernizadas), mas também no grande criador do Instituto Ricardo Brennand, a Cidade dos Sonhos, que hoje se destaca em um dos mais importantes museus do Brasil. Tudo começa quando ele, ainda muito jovem, inicia a sua coleção de armas brancas. Durante toda a sua vida e em todas as suas viagens aos mais diferentes países, foi ele formando a sua própria coleção, reunindo espadas, facas, alabardas, lanças, escudos, punhais, adagas, armaduras (para cavalos e cavaleiros), balestras, elmos, arcabuzes, espingardas, mosquetes, carabinas, pistolas de duelo, milhares de canivetes, uma singular armadura para cachorro, quadros e esculturas de procedências diversas, além de curiosidades outras como as espadas de cerimonial do Rei Faruk I do Egito, estas últimas folheadas a ouro e cravejadas por brilhantes. Antes da criação do instituto, armas brancas não só da Europa, mas do Oriente, como as procedentes da China, Japão, Índia (verdadeiras joias da cutelaria mongol), do Nepal, da Oceania, integravam um pandemônio de peças que se espalhava pelos diversos cômodos de sua residência em São João da Várzea. No início do século 21, capitalizado com a venda de três fábricas de cimento do Grupo Brennand, Ricardo Brennand pensou em tornar realidade um antigo sonho: o de reunir no mesmo local todas as peças de sua monumental coleção. Através de traços rabiscados com uma caneta vermelha, ele ia criando algo semelhante a um castelo medieval, como aqueles que despertaram a sua atenção quando de suas visitas ao Vale de Loire (Vallé de la Loire), na França. Desejava Ricardo Brennand tão somente um cenário medieval que servisse de fundo para exposição e guarda de suas peças centenárias. Um castelo construído no estilo Tudor; o mesmo estilo que dominou a arquitetura inglesa entre 1585 a 1603, tão presente nos prédios das Universidades Cambridge e Oxford, que remonta os primeiros tempos do neogótico. Não mais pensamentos ou hipóteses, mas um castelo medieval na Várzea do Capibaribe, com todas as suas nuances, particularidades e mistérios, que pudesse abrigar a sua incomparável coleção de armas brancas grande parte delas verdadeiras joias da cutelaria universal. A tarefa de transformar o sonho em realidade foi entregue à firma Augusto Reinaldo Arquitetura e Desenho, cujo titular entregou-se de corpo e alma à ideia. Para isso viajou ele à Europa numa temporada de observação aos monumentos do Vale de Loire, bem como de outros recantos da França, a fim de adquirir restos de demolição de antigos castelos a serem aplicados na construção do novo Castelo de São João. Concluída a sua viagem de observação, Augusto Reinaldo vai ao encontro de Ricardo Brennand, no Hotel Ritz de Paris, levando em mãos uma coletânea de fotografias documentando 23 castelos do Vale do Loire, com detalhes que ele gostaria de repetir no Castelo de São João; inclusive a portada de entrada esculpida em pedra, originária de um castelo francês. Em sua viagem, Augusto Reinaldo visitou a pequena comunidade de Houdan (2.912 habitantes), nas cercania de Paris, onde adquiriu 19 peças de demolição que vieram depois ser aplicadas no Castelo de São João, como ele próprio relata: “todas restos de castelos medievais, como algumas janelas, telhado tipo de pombal, os dois portais de pedra, o piso, a escada, a balaustrada da varanda do primeiro andar, além de outras que ficaram guardadas para futuras construções”. A construção do Castelo de São João prolongou-se por mais de dois anos, dando origem a um edifício de 7 mil metros quadrados, destinado à guarda de toda a notável coleção de armas brancas, passando a se destacar na paisagem da Várzea do Capibaribe pela imponência do seu estilo incomum. Concluído o Castelo de São João, Ricardo Brennand prolonga a área construída do seu instituto, com um novo espaço com 1.200 m.² destinado a uma Pinacoteca, tendo por finalidade a exposição da coleção dos quadros do pintor Frans Post (1612-1680), do acervo do Brasil Holandês, bem como da nova exposição temporária dos 24 quadros da mostra itinerante Albert Eckhout volta ao Brasil – 1644-2002, trazida especialmente do Museu Nacional da Dinamarca. A inauguração dessa Cidade dos Sonhos acontece em 12 de setembro de 2002, com as presenças, além do casal Ricardo (Graça) Brennand, do Príncipe Herdeiro Frederik da Dinamarca; vice-presidente da República do Brasil, Marco Maciel; governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, dentre outras autoridades, responsáveis pela abertura da exposição Albert Eckhout volta ao Brasil 1644-2002. A mostra reunia pela primeira em terras brasileiras 28 grandes quadros daquele pintor holandês, alguns em grandes dimensões (168 x 294 cm.), produzidos entre 1637 e 1644 em Pernambuco, quando o artista aqui esteve a serviço do conde alemão João Maurício de Nassau-Siegen, na época governador do Brasil Holandês. Na noite da inauguração uma multidão de pouco mais de 5 mil pessoas tomou conta dos caminhos que levavam ao Instituto Ricardo Brennand, localizado em terras do primitivo Engenho São João que, no século 17, fora propriedade de João Fernandes Vieira, principal líder o movimento da Insurreição Pernambucana (1645-1654). Nos seus primeiros três meses de atividades, o Instituto Ricardo Brennand registrou a frequência de 164.419 pessoas, em grande parte motivadas pela exposição inaugural Albert Eckhout volta ao Brasil 1637-2002.Com a abertura do seu Instituto Ricardo Brennand, ele veio se transformar no construtor de sonhos; para alegria e deleite dos 2.480.000 visitantes que, durante os últimos 15 anos, visitaram o seu empreendimento em terras de São João da Várzea. Hoje, aos 90 anos, olhando para o seu instituto, ele pode exclamar como o poeta Carlos Pena Filho: pois é do sonho dos homens que uma cidade se inventa.

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