Arquivos Notícias - Página 639 De 666 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Servidores de PE fazem paralisação e pedem reajuste salarial

Servidores de secretarias, autarquias e fundações de Pernambuco iniciaram hoje (14) uma paralisação de 48 horas para pressionar o governo a avançar nas negociações com a categoria. Um ato foi realizado pela manhã em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo. À tarde, os manifestantes devem ir à Assembleia Legislativa. A paralisação é de advertência. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco (Sindserpe), Renilson de Oliveira, uma mesa de negociação vem sendo realizada, mas sem avanços. “Queremos uma proposta conclusiva. Há diálogo, mas não existe negociação de fato”, disse. Os servidores rebatizaram o espaço de “mesa de espera”, frase exposta em uma das faixas usadas no protesto de hoje. Entre as reivindicações, figuram questões ligadas a categorias específicas, que sem impacto financeiro, de acordo com Renilson. Um exemplo é a incorporação, nos vencimentos, de uma gratificação recebida pelos servidores do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep). Vale congelado Já entre as principais exigências que afetam as contas públicas está o reajuste do vale-alimentação recebido pelos funcionários públicos estaduais, de R$ 7 para R$ 15,70. “Estamos com o vale congelado há nove anos”, reclama o sindicalista. Com relação a reajuste salarial, a estratégia é pedir que seja feita uma readequação na tabela salarial dos servidores. “Ou seja, mudança no percentual das faixas salariais e entre classes, bem como o enquadramento por tempo de serviço”, explica o presidente do Sindserpe. O sindicato representa 26 mil servidores da capital e do interior. A adesão, de acordo com Renilson, é de 60% da categoria. Com a mobilização desta manhã, os funcionários conseguiram uma reunião com a Casa Civil do governo. Na reunião, foi pedida audiência com o secretário de Administração, Milton Coelho, para amanhã (15). A assessoria de imprensa da Casa Civil informou que o governo está aberto ao diálogo e que a reunião com o secretário de Administração vai ser marcada. (Agência Brasil)

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A Casa de muitas histórias (junho)

Ao chegarem em Olinda, em 1592, os primeiros beneditinos ocuparam, inicialmente, a Igreja de São João Batista, no Amparo, transferindo-se três anos mais tarde para a Capela de Nossa Senhora do Monte. Devido à distância que separava esse recolhimento da área urbana da primitiva Vila de Olinda, os monges adquiriram, em 1598, as terras do Sítio da Olaria no Varadouro da Galeota, onde, no ano seguinte, iniciaram a construção do atual Mosteiro de São Bento que veio a ser um dos mais belos exemplares da arte religiosa do Brasil colonial. Com a invasão holandesa, foi o mosteiro, a exemplo de outras igrejas situadas no sítio urbano e de todo o casario da vila, completamente destruído pelo incêndio de 25 de novembro de 1632. As ruínas do que restou da primitiva Vila de Olinda aparecem em gravura, desenhada por Frans Post e publicada no livro de Gaspar Barlaeus (1647). Expulsos os holandeses em 1654, a paz voltou à capitania e os monges puderam retornar ao seu mosteiro e assim iniciar as obras de reconstrução. Uma nova igreja vem a surgir, entre 1688-92, segundo registro da Crônica do frei Theodoro da Purificação, na qual aparecem referências à sacristia em pedra e cal, com arcazes em amarelo vinhático e pintura de seis painéis com cenas da vida da Virgem Maria, bem como às obras dos retábulos e cadeiral da capela-mor. Na segunda metade do século 18, o Mosteiro de São Bento foi inteiramente reconstruído e novamente decorado. Nessa reforma, José Luiz Motta Menezes, foi ampliado o corpo de sua igreja, cujo claustro ainda permanecia inacabado em 1764. Foram instaladas novas tribunas (1746-50), construída a torre do campanário (1750-53), com 25,08 m de altura, e levantado o atual frontispício (1760-63). Este último obedeceu ao projeto do mestre-pedreiro Francisco Nunes Soares, também autor das fachadas da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres dos Montes Guararapes (1785-86) e da capelinha de Nossa Senhora da Conceição da Jaqueira (1761-63). Durante o terceiro período da administração do abade frei Miguel Arcanjo da Anunciação (1783-86), foi executado o atual altar-mor, que ainda em nossos dias desperta a atenção por sua suntuosidade. Por essa época, foram realizados pagamentos no valor de 55$000 ao mestre Gregório (1784-85), responsável pela confecção das imagens de São Gregório e Santa Escolástica, atribuindo-se à mesma oficina a confecção das tribunas e portas da capela-mor, bem como o coro com o seu cadeiral. O altar-mor do Mosteiro de São Bento tem o seu risco atribuído ao beneditino português frei José de Santo Antônio Vilaça, que o projetou seguindo as formas de um barroco tardio, numa transição do rococó para o neoclássico. Nas dimensões de 13,80 metros de altura por 7,80 metros de largura, nele se encontram hoje às imagens de São Bento (176 cm) e Santa Escolástica (176 cm), confeccionadas pelo mestre Gregório e estofadas pelo pintor Francisco Xavier. No ano de 2001, foi o altar, ameaçado pelos cupins, totalmente desmontado a fim de ser restaurado pelos conservadores da Fundação Joaquim Nabuco. Os trabalhos tiveram início em 23 de janeiro e se estenderam até 23 de agosto do mesmo ano, quando foi o conjunto transportado para o Museu Guggenheim de Nova York. Entre 26 de janeiro e 1º de junho de 2002 esteve o altar-mor do Mosteiro de São Bento de Olinda em exposição naquele museu, tendo sido apreciado por um público estimado em 500 mil pessoas. Voltando ao seu local de origem, foi novamente remontado pelos restauradores e solenemente instalado em 25 de outubro de 2002. O altar-mor do Mosteiro de São Bento pesa 12 toneladas, distribuídas numa estrutura formada por 54 blocos, unidos entre si através de garras de aço inoxidável, com argolas para o deslocamento. Por ocasião dos trabalhos de restauração foram usados, no conjunto de sua talha dourada, ouro de 22 quilates com efeitos visuais em laca. Digna de uma visita é a sacristia do Mosteiro de São Bento de Olinda, um dos exemplares mais importantes do patrimônio artístico brasileiro. Nela trabalhou o habilíssimo pintor e dourador José Eloy da Conceição (1785-86), autor de outros trabalhos em São Pedro dos Clérigos e Matriz de Santo Antônio do Recife. Ainda no mosteiro beneditino exerceu suas atividades o habilíssimo pintor Francisco Bezerra (1791-92), autor dos oito painéis (215 x 120 cm), pelos quais recebeu 159$000, com cenas da vida de São Bento, copiadas de estampas originárias de Portugal, dispostas sobre o arcaz e paredes da sacristia. Sendo assim, depreende-se que “a igreja do mosteiro foi construída em diferentes épocas: no óculo da portada aparece a data de 1761, no alto da fachada lateral a de 1779 e na lateral da sacristia a de 1783. Em 1860, o mosteiro passou por completa restauração, destacando-se a vasta capela-mor e todo o seu douramento”. Entre as imagens do acervo, merecem atenção especial o Crucificado do coro, executado entre 1790-91, e a do Menino Jesus de Olinda, moldada em barro cozido por Frei Agostinho da Piedade entre os anos de 1635 e 1639, com 40 centímetros de altura. Vale destaque a imagem de São Bento do altar-mor e o tesouro do mosteiro. Nas dependências da biblioteca do Mosteiro de São Bento, foram instalados, em 15 de maio de 1828, os Cursos Jurídicos de Olinda que ali funcionaram até 1852, quando vieram a ser transferidos para o Palácio dos Governadores e, dois anos depois, para o Recife. Motivaram a transferência dos Cursos Jurídicos de São Bento, “as reiteradas solicitações a respeito por parte dos padres do mosteiro, que se viam privados de uma grande parte do mesmo, os danos causados pelos estudantes, a quebra da paz do claustro e da sua disciplina religiosa pelo desrespeito reinante, e enfim pelos incômodos e desassossego em que vivia a comunidade”. Segundo Pereira da Costa, o salão da biblioteca ficava em um extremo do grande edifício, sobre a sacristia da igreja, medindo 16 m de extensão por 9 m de largura. À exceção das aberturas das janelas e portas, “todo o espaço era revestido de estantes, bastante desfalcadas de livros, faltando, seguramente,

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Cuidados paliativos trazem conforto ao paciente

Cuidados Paliativos é a assistência oferecida quando o indivíduo possui uma doença grave que ameace a continuidade da vida. A proposta desse serviço que se consolidou nos hospitais recifenses há alguns anos, aliás, não é voltado apenas para o paciente, mas também para sua família. A origem vem de Pallíum, palavra latina que significa manto. A proposta é a proteção contra a dor e promoção da qualidade de vida. No dia em que equipe da Algomais chegou à Casa dos Cuidados Paliativos do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (Imip), Maria do Carmo da Conceição, 46 anos, estava deixando o hospital. Com uma doença pulmonar grave e tratando-se com quimioterapia, ela chegara 8 dias antes com muito sofrimento. Dores, cansaço, dificuldade de respiração. Após medicações para controlar os desconfortos e o cuidado da equipe de saúde, ela retornava para casa comomarido e dois filhos.“Estou voltando ótima. Voltando para lutar até o dia que Deus quiser”, declarou. O leque de pessoas que, como Maria do Carmo, são atendidas por esse tratamento é bem amplo. “Segundo a OMS, todos os pacientes com qualquer doença avançada ou potencialmente fatal merecem receber cuidados paliativos desde seu diagnóstico. São pessoas que vão se beneficiar para sua qualidade de vida e prevenir o sofrimento”, afirma a coordenadora do Serviço de Cuidados Paliativos do Imip, Mirella Rebello. Essa área tendo sido estigmatizada, associada a pacientes sem possibilidade de sobreviver. O que não é verdade. Mirella traz o exemplo da leucemia na infância, que tem 80% de chance de cura. Mas como há 20% de mortalidade, os pacientes e suas famílias recebem atenção desse serviço. Ela defende que familiares de crianças com microcefalia também deveriam receber essa atenção. Mesmo sem ter risco de morte, elas têm uma rotina de terapias intensa e uma dificuldade de desenvolvimento. Receber cuidados paliativos não significa suspender os demais tratamentos. Mas oferecer bem-estar ao paciente, um fator que, inclusive, fortalece-o para enfrentar sua doença. O primeiro dos pilares que compõem esse tratamento é a comunicação. Independente do estado do paciente, os médicos são treinados para se comunicar de forma a não criar traumas. "Há situações nas quais a maneira como o médico informa o diagnóstico pode matar o paciente. Ele leva um impacto que não esquece mais", declara. Os demais pilares são o controle dos sintomas, os cuidados de fim de vida e, no caso das pessoas que vão à óbito, a assistência ao luto para a família. "Há pacientes que estão com dor, mas a dor é do medo de morrer. E há os que têm feridas físicas e também feridas sociais e emocionais. Temos que abranger tudo para cuidar", destaca Mirella. Nesse contexto, o respeito às crenças e práticas espirituais do paciente é levado em conta. Nos últimos anos houve uma estruturação dessa abordagem em Pernambuco. Há 6 anos, o Imip era o primeiro a organizar um setor de cuidados paliativos. Nessa trajetória ampliaram-se os serviços e foram criadas duas residências médicas: uma em cuidados paliativos e outra multiprofissional, que tambémpassa pelo setor. Foi estruturado ainda um mestrado na especialidade. O Hospital do Câncer, o Hospital Osvaldo Cruz e alguns dos grandes centros médicos particulares já oferecem esses serviços. O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) montou inclusive uma câmara temática específica sobre cuidados paliativos e que tem representação em todos os conselhos dentro das áreas da saúde. O crescimento da especialidade tem atraído novos profissionais. Bruna França, Rebeca Barbosa e Livia Interaminense são algumas residentes que acompanharam a chegada de Maria do Carmo. “A proposta dos cuidados paliativos é de focar na vida do paciente e não na doença. Individualizar o tratamento para as necessidades dele, enxergando a pessoa dentro do seu contexto”, destaca Rebeca. Lívia está na terceira residência e por atuar em UTI tem dado atenção especial aos cuidados paliativos. “O Brasil ainda é classificado como um dos piores países do mundo para se morrer. É uma área que tende a crescer e os hospitais precisam ter esse serviço”, afirma.C

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Mais de R$ 900 bilhões em impostos

Entre 1º de janeiro e ontem (13), os brasileiros já pagaram mais de R$ 900 bilhões em impostos. O valor foi calculado pelo Impostômetro, mecanismo criado pela Associação Comercial de São Paulo em 2005, e que mede o total de impostos, taxas e contribuições que a população brasileira pagou desde o início do ano. A marca de R$ 900 bilhões foi atingida no início da manhã de hoje. Em 2015, esse montante foi alcançado no dia 13 de junho. "A população brasileira já paga tributos demais e, neste período de forte recessão, isso pesa ainda mais. Apoiamos os ajustes propostos pelo governo, mas ponderamos que é impossível cogitar qualquer ideia de aumento de impostos agora: isso aprofundaria a crise", disse o presidente da associação e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti. Com esse valor, informou a associação, seria possível construir, por exemplo, mais de 25,7 milhões de casas populares de 40 metros quadrados, mais de 9,7 milhões de quilômetros de redes de esgoto, mais de 3,1 milhões de postos de saúde equipados e fornecer cestas básicas para toda a população brasileira durante 15 meses. (Agência Brasil)

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7 mil alunos de PE nas Olimpíadas de Língua Portuguesa

A 5ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro recebeu 7.359 inscrições em Pernambuco. Além da rede estadual de ensino, o Programa teve adesão das secretarias de educação de todos os 185 municípios do estado. Com isso, alunos de 1.777 escolas participam este ano. Em todo o Brasil, foram mais de 170 mil inscrições, com adesão de todos os estados e de 4.874 municípios, somando 39.660 escolas. Agora é hora de colocar a mão na massa e iniciar as oficinas propostas para o processo de produção dos textos, que devem ser enviados até o dia 08 de agosto. “O principal objetivo do Programa é mobilizar os professores para o ensino da Língua Portuguesa, oferecer formação ao docente para o ensino da produção de textos de forma diferenciada. Por isso, as oficinas nas escolas representam a essência do trabalho, onde são desenvolvidas as competências de escrita dos alunos”, explica a superintendente da Fundação Itaú Social, Angela Dannemann. Nesta edição, os professores inscritos receberam um DVD com a Coleção da Olimpíada, composta pelos Cadernos do Professor, que apresenta a sequência didática para o ensino da escrita nos quatro gêneros textuais propostos (Poema, Memórias Literárias, Crônica e Artigo de Opinião). O material está disponível também em versão virtual, com ferramentas interativas, para facilitar a organização do professor, e recursos multimídia, como textos para projeção, áudios e vídeos. A sequência didática proposta pelo Programa auxilia o professor a organizar e conduzir o trabalho com os alunos. Entre as atividades estão leituras para aprofundar o conhecimento sobre o gênero que os alunos irão trabalhar, pesquisas junto à comunidade, dinâmicas e execuções de produção de textos. Os conteúdos foram criados para serem incorporados ao planejamento do ano escolar, sem fugir ao cotidiano da sala de aula. Todas as peças estão disponíveis no portal www.escrevendoofuturo.org.br. O Programa, desenvolvido pela Fundação Itaú Social e o Ministério da Educação (MEC) com a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), tem como tema “O lugar onde vivo”, que propicia aos alunos estreitar vínculos com a comunidade e aprofundar o conhecimento sobre a realidade. Os professores devem inscrever trabalhos de seus alunos em quatro gêneros textuais, de acordo com as séries: Poemas para alunos de 5º e 6º anos do Ensino Fundamental, Memórias Literárias para 7º e 8º anos, Crônica para 9º e 1º do Ensino Médio e Artigo de Opinião para os estudantes de 2º e 3º anos do Ensino Médio. Seleção e premiação A avaliação dos textos começa pela comissão escolar, que fará a seleção das melhores produções no período de 10 a 19 de agosto. Em seguida, acontecem as etapas municipal e estadual. Deste processo, são escolhidos os 500 trabalhos que seguirão para a semifinal, 125 de cada gênero. As comissões julgadoras são compostas por pais, membros da comunidade, especialistas de universidades, representantes das instituições parceiras, do MEC e da Fundação Itaú Social. Nessa etapa, o grupo é dividido por gênero para a realização dos encontros regionais, que este ano devem ocorrer em Fortaleza (CE), Salvador (BA), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). Na oportunidade, professores e alunos semifinalistas recebem medalhas de bronze, livros e participam de atividades de formação, com oficinas de leitura e escrita e visitas culturais. Para a final da Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, programada para dezembro, em Brasília (DF), são selecionados 152 textos, 38 de cada gênero. Os finalistas receberão medalha de prata, tablet e R$ 350,00 em vale para a compra de livros. No dia 06 de dezembro, acontece a cerimônia de premiação, na qual serão revelados os 20 ganhadores, cinco de cada categoria, que, além da medalha de ouro, levarão para casa um notebook e uma impressora. Suas escolas serão contempladas com laboratórios de informática (compostos por dez computadores e uma impressora), projetor, telão e livros para a biblioteca. Os 500 professores semifinalistas concorreram na categoria Relato de Prática. Os autores dos 28 trabalhos selecionados pela Comissão Julgadora Regional receberão um notebook cada. A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro conta com a parceria da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e do Canal Futura.

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Houve um empobrecimento da imprensa

Jornalista desde adolescente, Geneton Moraes Neto ficou conhecido na tv por suas entrevistas, nas quais sempre conseguia retirar declarações surpreendentes de personalidades. Egresso do movimento Super 8, enveredou para a produção de documentários abordando temas como o exílio de artistas brasileiros na ditadura ou a visão política de Glauber Rocha. Nesta entrevista ele fala de sua infância em Pernambuco, da carreira e do jornalismo na era da web. Como foi sua infância no Recife? Nasci no Recife, minha família inteira por parte de pai era de agrônomos, veterinários. Não tinha nenhuma relação com o jornalismo. Até hoje eu não sei como fui parar nesse negócio. Todos os filhos dos meus pais, que são cinco, nasceram no Recife e até quando eu tinha os 6 anos, moramos em uma escola de São Bento, que fica em um lugar que foi inundado depois para a construção de Tapacurá. Meu pai era professor da escola, que pertencia aos irmãos beneditinos. Tudo na infância parece maior do que realmente é, mas era uma casa bem grande, tinha uma igreja que, aliás, foi a única coisa que sobrou. Fui filmar lá e a igreja fica submersa a maior parte do tempo. Aos 6 anos, nos mudamos para a Torre, onde minha mãe mora até hoje. Como era o bairro da Torre? Quando a gente chegou lá, a rua não era nem calçada. Muitos pais dos meus amigos trabalhavam na fábrica da Torre. Mas minhas melhores lembranças são do Cinema da Torre. Assisti aos filmes de Elvis Presley, dos Beatles, um faroeste chamado O homem que matou o fascínora, que é um clássico. Um filme que me marcou pelo resto da vida foi um de guerra Fugindo do inferno, com Steve Mcqueen. Lembro que a plateia inteira estava torcendo por ele escapar do campo de concentração. Cinema de bairro naquela época era uma presença muito forte. Era um programa obrigatório ir ao cinema e, às vezes, ficar próximo à cabine para conseguir um frame do filme para ficar olhando na luz e levar para casa uma foto do artista. Também jogava futebol na rua e futebol de botão com os amigos. Tinha um campeonato na rua que era uma sensação, era super organizado. Eu estudava no São Luís e lembro que em 1969, quando eu estava no 3° ano, marcávamos para estudar lá em casa, fechávamos a porta do quarto, tirava os livros de cima da mesa, colocávamos os times de futebol de botão. Meu pai me deu uma bronca histórica. A primeira providência que tomei foi esconder meus times de botão. A primeira vez que fui em um estádio de futebol foi para ver Pelé. Foi na Ilha do Retiro, em um Náutico x Santos, que acabou 2 x 0 para o Santos. Meu pai era torcedor fanático do Sport, mas como era Pelé fomos assistir. Vi Pelé três vezes. Três ou quatro anos depois teve outro jogo contra o Náutico que, na época, disputava os grandes campeonatos. Em 1969, quando a Seleção Brasileira, que viria a ser campeã na Copa de 1970, veio participar de um amistoso contra a seleção pernambucana, fui ao treino no estádio dos Aflitos. Eram meus ídolos da infância. Quando o ônibus chegou, todos corremos atrás. A organização acabou liberando a entrada no estádio e teve uma cena de um vão que dava para ver o vestiário. O pessoal meio que fez uma fila para olhar os jogadores lá dentro. Na minha vez de olhar, Pelé estava nu tomando banho. Essa foi a cena que eu vi: Pelé ensaboado tomando banho (risos). Na infância o jornalismo já o instigava? Não tenho a menor ideia do que me instigou. Acho que é de vocação mesmo. Complicado pra mim seria estudar medicina, engenharia, física, química. Naquele tempo você terminava o ginásio e escolhia o curso científico para quem ia fazer medicina, engenharia, e e o clássico para quem fazia humanas. Por algum motivo achei que devia fazer o clássico. Eu não tinha muita vocação pra a carreira da família, um caminho normal era ser agrônomo ou veterinário, mas eu sempre preferi a cidade. No terceiro ano estava na dúvida entre história e jornalismo. Aí optei por jornalismo . Quatro anos antes, em 1970, quando tinha 13 anos, escrevi umas coisas em casa sem a menor pretensão. Aí uma prima do meu pai era jornalista e conhecia Fernando Spencer, do Diario de Pernambuco e perguntou se eu não queria escrever alguma coisa para o suplemento infantil chamado Júnior. Era feito com colaboração das crianças. Mandei e ela levou pro jornal e foi publicado. Depois eu fiz outras coisas com assuntos como a conquista da lua, a transamazônica. Uma vez fui para o treino do Náutico e tinha Bita que era um jogador super famoso na época e saiu a entrevista com ele. Dois anos jornalistas perguntar para Spencer quem era que escrevia. Disseram: deve ser o pai dele que escreve. Aí me chamaram. Fui pela primeira vez numa redação morrendo de vergonha. Uma das primeiras matérias que fiz o diretor do jornal Antonio Camelo disse você vai fazer uma matéria sobre as condições do Hospital da Tamarineira. Fui, o fotógrafo ficou do lado de fora, eu entrei sozinho. Os pacientes ficavam andando e eu fiquei no meio dos pacientes – e eu até brinco dizendo que ninguém notou que eu não era pacientes – aí perguntei como era a comida eles disseram que era horrível, vem pedra dentro da comida, que é sem gosto. Depois falei com a direção do hospital com o fotógrafo, me apresentei como jornalista, mas a deram outra versão, dizendo que o cardápio era muito bem preparado por uma nutricionista. Aí você já aprende que tem duas versões: a oficial e a dos fatos. A partir dali fiquei fazendo matérias. Não era brincadeira não. Eu era repórter como se dizia da editoria geral, chegava às 14h, o chefe de reportagem te dava uma pauta datilografada com quatro matérias em locais diferentes. Você pegava a kombi do jornal que ia distribuindo a gente. A

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Produzir teatro é preciso, sempre! (Por Romildo Moreira)

Por mais esforço que façamos para evitar o assunto “crise”, mas ele, sorrateiramente, chega e toma fôlego em qualquer roda de conversa. Seja no bar, no taxi, no ônibus, no metrô, na missa, no velório ou mesmo em casa, com a família, ele se faz presente. E com os artistas das artes cênicas não tem sido diferente. Enquanto uns lamentam não ter aprovado seus projetos para montar um novo espetáculo, o que possivelmente lhe garantiria trabalho e renda, outros encontram motivo na crise para não deixar a peteca cair e dar-lhe uma rasteira (na crise). – Ponderemos, portanto, aqui, uma questão: se um produtor depender de uma aprovação em Lei de Incentivo à Cultura para só assim ter o seu espetáculo em cena, quando isso não ocorrer, a crise será mais aguda pra ele, conforme já tratamos desse tema aqui. – Mas, graças a Baco e Dioniso (os deuses do teatro), boa parte dos produtores de teatro e dança, estão buscando alternativas para manter viva a sua arte, independente das leis de incentivo. – Outros, com parte dos recursos advindos do Funcultura, por exemplo, estão conseguindo driblar a famigerada crise para, com criatividade, complementar o orçamento da montagem e trazer à peça a público. Sabemos do espetáculo Angélicus, que fará apresentações em Portugal no segundo semestre, e que por falta de patrocínio para a viagem, o elenco e os produtores estão mobilizados neste intento (já realizaram uma feijoada dançante), levantando recursos para atravessar o Atlântico e levar uma mostra do teatro pernambucano para dialogar com o público português. – Em suma, os artistas estão fazendo a sua parte. Tratemos agora da relação da crise com o público. Para os que costumam investir no seu intelecto, a receita tem sido: diminuir sim, abandonar, jamais. Em momentos como esses de grana curta, é preciso ficar mais seleto no que consumir e não cortar, radicalmente, hábitos que lhes são favoráveis, e que irão lhes servir para todo o sempre, como livro, cinema, teatro... – Temos relatos de pessoas que iam duas vezes ou mais ao cinema por semana, e que agora estão indo uma vez a cada quinze dias, escolhendo atentamente o que realmente mais lhe interessa ver na telona. Com o teatro, o mesmo procedimento tem sido adotado, principalmente por quem tem o costume de levar suas crianças aos finais de semana para uma peça infantil. A cautela aí é verificar a procedência do espetáculo, o histórico dos artistas envolvidos e, em especial, as fontes que indicam, para decidir o que assistir em uma casa de espetáculos. – Atenção, este final de semana teremos estreia do novo trabalho do Coletivo Angu de Teatro (vide indicação abaixo). Sob a graça dos deuses acima citados, e a garra dos artistas que escapam da crise com trabalho e determinação, temos bons espetáculos em cartaz na capital pernambucana (e que por isso já merecem os nossos aplausos), mas que certamente merecerão muitos aplausos ao vivo, de um público que mesmo pensando em economia, sabe o quão importante é o investimento na formação intelectual, e sai de casa para vê-los, confiante na competência artística da produção local. Aos que acham que teatro é uma “diversão” cara, afirmamos aqui o contrário, se comparamos com os valores de ingressos cobrados para jogo de futebol, cinema em shopping, shows musicais em centros de convenções e casas noturnas, etc. – Observemos aqui que muitos dos espetáculos chegam ao público com ingressos a preços simbólicos, pelo fato de terem recebido algum patrocínio, mas que não eliminam todos os custos que uma produção tem em cada apresentação. Mas um motivo para economizar sem deixar de ir ao teatro, pagar o ingresso e aplaudir os artistas. DICAS DE ESPETÁCULOS EM CARTAZ: - “Ossos”, com o Coletivo Angu de Teatro Local: Teatro Apolo Dias: sábado 11/06 às 21h e domingo 12/06, às 19h. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 33553319 / 33553320 - “O Tempo Perguntou ao Tempo”; Espetáculo de dança para criança / Grupo Acaso Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Stº Amaro) Dias: sábado 11/06 e domingo 12/06, em dois horários: 11h e 16h. Preços: R$ 10,00 e R$ 5,00 – Informações: 32161728 - “LUIZ E EU? Ô viagem danada de boa”; Espetáculo de teatro para criança / Cia. Maravilha Local: Teatro Joaquim Cardozo Dia: 12/06, às 16h Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 21267388. *Romildo Moreira é ator, autor e diretor de teatro

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Pizza Hut inaugura loja no Shopping Recife

Os consumidores de Recife (PE) já podem comemorar a abertura de mais uma unidade da Pizza Hut na cidade. A operação, instalada na praça de alimentação da 3ª etapa, no 2º piso do Shopping Recife, abre as portas nesta sexta-feira, 10, e funciona no formato Express, garantindo rapidez e qualidade no atendimento. Segundo Agustin Dominguez, diretor de Expansão da Yum! Brands, empresa detentora da Pizza Hut, o crescimento no Nordeste é um dos principais objetivos da marca. "Nossa previsão é inaugurar, nos próximos três anos, cerca de 20 unidades da Pizza Hut na região", afirma. A operação pertence ao franqueado Victor Cantarelli, também à frente da primeira unidade da Pizza Hut em Recife, inaugurada no mês de abril no bairro Boa Viagem. "Estamos muitos felizes com mais esta conquista. Os consumidores da região gostam muito da marca e nos passam cada vez mais segurança de que estamos no caminho certo", diz Cantarelli. "Nosso objetivo é proporcionar a eles a melhor pizza, sempre mantendo o mesmo padrão de atendimento e qualidade da rede", completa. O franqueado ainda afirma que a unidade do Shopping Recife terá uma novidade. "Além das pizzas grandes, também ofereceremos fatias individuais". Para o segundo semestre, Cantarelli prevê a abertura de uma terceira unidade, que será instalada na Zona Norte de Recife. A Pizza Hut atualmente está presente em 100 países com 14 mil restaurantes. No Brasil, são mais de 120 unidades distribuídas em 18 estados. Serviço Pizza Hut Shopping Recife Endereço: R.PE. Carapuceiro, 777, Boa Viagem – Recife/PE Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 9h às 22h | Domingo, das 12h às 21h Cartões de crédito: todos Ticket: Ticket Refeição, Alelo e Sodexo

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Quer levar chope pra casa? Compre um Growler (Por Rivaldo Neto)

Growlers? Com toda certeza alguns amantes das cervejas não sabem do que se trata, mas com a expansão do mercado de cervejas importadas e artesanais, esse item vai começar a se popularizar. Mas o que é isso? Bem, vamos lá. Os Growlers são garrafas de porcelana ou vidro, de capacidade variada, sendo o de 2 litros o mais popular dentre eles, mas podendo chegar até a 5 litros. Servem para armazenar chope fresco, quando o bar oferece o sistema “On tap”, que são as torneiras com vários rótulos, e assim enchê-lo e levá-lo para a comodidade do lar. Alguns estabelecimentos já dão até desconto aos clientes que encherem seus recipientes. Os descontos são variados, mas não deixa de ser interessante para reuniões com os amigos e assim degustar variados estilos de cervejas. Eles possuem uma tampa que conserva o liquido em até uma semana na geladeira. Além do ecologicamente correto,melhor que latas e frascos, o Growler é um objeto bonito, e alguns são até personalizados e também são muito práticos. Se você resolver adquirir um, algumas medidas são importantes como: – Se o seu Growler estiver cheio, mantenha-o sempre refrigerado. – Se resolver abrir, melhor consumir o conteúdo em até 48 horas devido à gaseificação da bebida. – Não o exponha ao sol quando estiver cheio, isso afetará a qualidade do chope. -Depois do uso, lave-o bem e evite deixar restos de detergente para que na sua próxima compra de chope a bebida não se misture com resíduos de sabão. – Evite batidas forte, são recipientes que podem ser danificados facilmente. Você pode encontrá-los em lojas na internet e em alguns estabelecimentos aqui no Recife como as lojas do Mestre Cervejeiro, ao preço de R$ 159,90, ou na BeerDock por 114,90. Serviço: Beerdock – R. des Luís Salazar, 98 – Madalena. Fone: (81) 3236-2423 Mestre Cervejeiro – Av. 17 de Agosto, 1609 – Casa Forte. Fone: (81) 3040-3210 R. Ribeiro de Brito, 830, Loja 06 – Boa Viagem. Fone: (81) 3132-0680 *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas

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Galeria Janete Costa apresenta Inferno Ostentação

A Galeria Janete Costa, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, no Parque Dona Lindu, abre na quinta-feira (16), às 19h, a mostra Inferno Ostentação. A exposição de pintura tem curadoria da Casa Navio (Aslan Cabral) e conta com as principais obras do Coletivo Vacilante, além de uma programação cheia de encontros e atividades. A entrada é franca. O Vacilante é um grupo formado pela união de Alexandre Pons, Rafael Ziegelmaier, Heitor Pontes e Luciano Mattos com o propósito de experimentar criação coletiva em pintura. O nome escolhido pelo Coletivo faz referência à ideia de que os vacilos são tão importantes na vida quanto os acertos. Por isso, eles resolveram assumir a proposta de um processo artístico Vacilante, resultando quase sempre em pinturas carregadas de imagens, tempestades cerebrais, acumulo generoso de camadas e gestos. Tinta óleo, tinta acrílica, spray automotivo, abstração e figurativismos coexistem em suas telas e murais que assinalam a relevância da pintura contemporânea dentro da obra produzida pelo coletivo. Alguns locais da cidade já exibem permanentemente obras do Vacilante, como é o caso do skatepark Marcelo Lyra, localizado na praia de Boa Viagem e da fachada do Irak. Durante os finais de semana, a exposição vai proporcionar encontros em atividades relacionadas a arte e pintura para publico geral incluindo artistas, visitantes espontâneos, adultos e crianças. A mostra Inferno Ostentação fica aberta à visitação de 17 de junho a 31 de julho, nos seguintes horários: quarta à sexta-feira, das 12h às 20h; Sábados e Domingos, das 14h às 20h. Sempre com entrada franca. Serviço: Abertura da Exposição Inferno Ostentação, do Coletivo Vacilante Quando: quinta-feira, 16 de junho Horário: 19h Local: Galeria Janete Costa, Parque Dona Lindu, Recife Período de Visitação: 17 de junho a 31 de julho Horário: Quarta à sexta das 12h às 20h, Sábados e Domingos das 14h às 20h Entrada gratuita Da assessoria de imprensa

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