Arquivos Notícias - Página 79 De 678 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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padre sergio gomez tey

“A padroeira da Argentina, Nossa Senhora de Luján, é brasileira”

Sergio Gomez Tey, padre argentino conta a história da imagem da Virgem, esculpida no Brasil e que se tornou conhecida por operar milagres, e do escravizado Manoel, trazido da África para o Recife, que cuidava da santa e que é alvo de um movimento para ser beatificado. Uma história ainda pouco conhecida de Nossa Senhora de Luján, a padroeira da Argentina, tem ligações com o Brasil, mais especificamente com o Recife, e envolve pessoas de diferentes nacionalidades. Ela começa com Manoel, um escravizado africano, comprado por André João, um mercador português que levava um carregamento de navio para a Argentina. Além de mercadorias, André levou Manoel e uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, para atender ao pedido de um outro português que morava no país vizinho. Mas antes que a Virgem chegasse ao seu destino, ocorreu um milagre, que fez com que a imagem e Manoel permanecessem juntos numa localidade às margens do Rio Luján. O padre argentino Sergio Gomez Tey participa das ações para beatificar Manoel, a partir de relatos de que ele curava pessoas com o azeite da lamparina que iluminava a santa. Ele e outros religiosos argentinos realizaram uma peregrinação de Aparecida do Norte (SP) até o Recife para tornar a história do escravizado conhecida, para que mais pessoas invoquem a sua ajuda e, ao fazer isso, possam ocorrer mais milagres. Na capital pernambucana os peregrinos foram recebidos por Dom Paulo Jackson, recentemente empossado como arcebispo de Olinda e do Recife que, na ocasião, celebrou sua primeira missa na nova função em Jaboatão dos Guararapes. Nesse período o Recife e e Luján tornaram-se cidades-irmãs. Isso quer dizer que haverá cooperação mútua em áreas como turismo, cultura, comércio e desenvolvimento social. Nesta entrevista a Cláudia Santos, padre Sergio conta a história do milagre de Luján, diz estar agradecido pela acolhida no Recife e que está esperançoso com o processo de beatificação de Manoel. “Agora é um tempo favorável, o Papa Francisco tem uma imagem pequena de Manoel no seu altar (...) e tem uma forte preocupação com as novas formas de escravidão contemporâneas, que seguem sendo como uma peste na humanidade”. Gostaria que o senhor explicasse quem foi Manoel e qual a importância dele em transformar a Nossa Senhora de Luján na padroeira da Argentina. Manoel foi um escravo que veio da África para Pernambuco e foi comprado por um navegador português chamado André João. Em 1630, ao transportar mercadorias para a Argentina, André João levou Manoel que logo foi cedido a outro homem que se chamava Barnabé González Filiano. André João trabalhava com mercadoria, que muitas vezes era contrabando. Quando chegou ao Porto de Buenos Aires teve a mercadoria confiscada e apreendida. Filiano era um homem que tinha muito dinheiro, o que lhe permitiu pagar uma a fiança e liberar a mercadoria trazida do Brasil. É possível que essa ajuda que recebeu de González Filiano tenha incentivado André João a ceder o escravo para Filiano. O que sabemos é que o escravo Manoel passa a ser propriedade de González Filiano. Veja que a imagem da Nossa Senhora da Conceição é igual à de Nossa Senhora de Aparecida: tem 38 centímetros de altura e é feita de terracota. André João tinha que levar esta imagem, que lhe havia pedido outro português que vivia no interior da Argentina. Mas antes, passou pela fazenda [Rosendo] de González Filiano que ficava a 70 km de Buenos Aires junto ao Rio Luján. Lá eles pernoitaram e traziam muitas carroças de bois que levavam as mercadorias para o norte da Argentina. Pela manhã, quando quiseram seguir caminho, a carroça onde estava sendo levada a imagem de Nossa Senhora não se move, ficou parada. Tiraram algumas caixas pesadas, mas continuou sem se mover. Eles então tiram uma caixa pequena, onde estava a imagem. Quando a caixa com a imagem sai da carroça, ela começa a se mover. Mas quando devolvem a caixa com a santa, a carroça, outra vez, fica sem sair do lugar. Todos que estavam em volta da carroça disseram na hora: “Nossa Senhora quer ficar neste lugar”. E isso é o que se conhece como o milagre de Luján. A imagem permanece naquele lugar e junto com ela fica Manoel. Como foi testemunha do milagre, o deixam na fazenda para que cuidasse da imagem. Este é o vínculo entre Manoel e Nossa Senhora de Luján. A imagem passa a ser assim chamada, porque o milagre havia ocorrido junto ao rio que tem esse mesmo nome. Manoel ficou 40 anos cuidando da imagem. Quando os milagres operados por Manoel começaram a acontecer? Manoel colocava uma lamparina de azeite para iluminar a imagem, que sempre ficava acesa. Quando chegava gente enferma, Manoel ungia essas pessoas com o azeite da lamparina e elas se curavam. O milagre mais forte que se tem na história escrita foi quando recebeu um sacerdote chamado Pedro Montalbo, que chegou quase morto e Manoel com o azeite da lamparina o curou. Manoel lhe disse que a Virgem queria que ele fosse o sacerdote daquele lugar. Até esse momento não havia nenhum padre naquela localidade. Ele concordou. Este milagre acontece não na fazenda Rosendo, mas em outro lugar para onde a imagem foi levada. Isto porque uma mulher, Maria de Matos, compra a imagem e a transporta para sua fazenda a uns 30 km também à margem do Rio Luján. Mas, por duas vezes, a imagem volta ao lugar do milagre [fazenda Rosendo] de maneira extraordinária. Então, Maria de Matos disse: “Vou a Buenos Aires ver o bispo e vou lhe pedir conselho sobre a imagem”. E o bispo responde: “vamos fazer uma procissão desde o lugar do milagre até o local onde você quer que a imagem esteja”. Ela já havia feito a promessa de fazer uma capela em devoção à Nossa Senhora. A procissão teve a participação de muita gente, inclusive de Buenos Aires e dos arredores. Buenos Aires era uma pequena cidade nessa época. E nessa peregrinação foi também Manoel e, como ele vai, a

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sala aula abr

Brasil investe menos em educação que países da OCDE

(Da Agência Brasil) O Brasil investe menos em educação do que os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de acordo com o relatório Education at a Glance 2023, lançado nesta terça-feira (12), que reúne dados da educação dos países membros do grupo e de países parceiros, como o Brasil.   O relatório da OCDE mostra que, enquanto o Brasil investiu em 2020 US$ 4.306 por estudante, o equivalente a aproximadamente R$ 21,5 mil, os países da OCDE investiram, em média, US$ 11.560, ou R$ 57,8 mil. Os valores são referentes aos investimentos feitos desde o ensino fundamental até a educação superior.   Os investimentos no Brasil se reduziram entre 2019 e 2020. Em média, na OCDE, a despesa total dos governos com a educação cresceu 2,1% entre 2019 e 2020, a um ritmo mais lento do que a despesa total do governo em todos os serviços, que cresceu 9,5%. No Brasil, o gasto total do governo com educação diminuiu 10,5%, enquanto o gasto com todos os serviços aumentou 8,9%. Na análise da OCDE, isso pode ter ocorrido devido à pandemia de covid-19.   “O financiamento adequado é uma condição prévia para proporcionar uma educação de alta qualidade”, diz o relatório. A maioria dos países da OCDE investe entre 3% e 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) no ensino fundamental e médio, chegando a menos 5% do PIB na Colômbia e em Israel. A porcentagem de investimento brasileira não consta desta edição do relatório.   Sobre essa medida de investimento, a OCDE faz uma ressalva: “O investimento na educação como percentagem do PIB é uma medida da prioridade que os países atribuem à educação, mas não reflete os recursos disponíveis nos sistemas educativos, uma vez que os níveis do PIB variam entre países”.   As despesas por aluno variam muito entre os países da OCDE. A Colômbia, o México e a Turquia gastam anualmente menos de US$ 5 mil por estudante, ou R$ 25 mil, enquanto Luxemburgo gasta quase US$ 25 mil, ou R$ 125 mil. Existem também diferenças significativas nas despesas por estudante de acordo com a etapa de ensino.   Por lei, pelo Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil deve investir pelo menos 10% do PIB em educação até 2024. Segundo o último relatório de monitoramento da lei, feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2022, o investimento brasileiro em educação chegava a 5,5% do PIB, e o investimento público em educação pública, a 5% do PIB, “bem distantes das metas estabelecidas no PNE. Esses resultados apontam para uma grande dificuldade dos entes em aumentar o orçamento destinado à educação”, diz o texto do Inep.    Salário de professores O relatório da OCDE também aponta a necessidade de valorização dos professores. Segundo o estudo, muitos países da OCDE enfrentam escassez desses profissionais. “Salários competitivos são cruciais para reter professores e atrair mais pessoas para a profissão, embora outros fatores também sejam importantes. Em muitos países da OCDE, o ensino não é uma opção de carreira financeiramente atraente”, diz o texto.    Em média, os salários reais dos professores do ensino secundário são 10% inferiores aos dos trabalhadores do ensino superior, mas, em alguns países, a diferença é superior a 30%. “O baixo crescimento salarial dos professores explica, em parte, a disparidade entre os salários dos professores e os de outros trabalhadores com ensino superior”, diz a organização. Os salários legais reais caíram em quase metade de todos os países da OCDE para os quais existem dados disponíveis. Isto, segundo o relatório, segue-se a um período de crescimento salarial baixo ou mesmo negativo em muitos países, no rescaldo da crise financeira de 2008/2009.  No Brasil, também pelo PNE, o salário dos professores deveria ter sido equiparado ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente até 2020. Segundo o monitoramento de 2022, os salários dos professores passaram de 65,2% dos salários dos demais profissionais, em 2012, para 82,5%, em 2021, seguindo ainda desvalorizados.  Education at a Glance  O relatório Education at a Glance reúne informações sobre o estado da educação em todo o mundo. Fornece dados sobre estrutura, finanças e desempenho dos sistemas educativos nos países da OCDE e em países candidatos e parceiros da Organização. A edição de 2023 é centrada no ensino e na formação profissional. A edição inclui também um novo capítulo – Garantir a aprendizagem contínua aos refugiados ucranianos – que apresenta os resultados de uma pesquisa da OCDE 2023 que recolheu dados sobre as medidas tomadas pelos países da organização para integrá-los nos seus sistemas educativos.

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aquecimento global

Agenda TGI acontece hoje, com destaque para o trimestre mais quente da história

O Painel Mensal da Agenda TGI, promovido em parceria com a Algomais, acontecerá virtualmente hoje (dia 11 de setembro, às 19h). O evento, conduzido pelo sócio da TGI, Francisco Cunha, terá como tema "Depois do agosto mais quente da história, o que nos espera no restante do ano?" Os assinantes da Algomais têm acesso gratuito ao Painel Mensal. Para aqueles que ainda não são assinantes, é possível adquirir acesso pago por evento mensal (vendas através do e-mail: contato@tgi.com.br) ou optar pela assinatura da Revista Algomais por apenas R$ 7,90/mês (acesse: assine.algomais.com). Ao fazer a assinatura, você terá direito a receber a revista semanalmente, acesso gratuito ao Painel Mensal e participação no evento presencial ao final do ano. Numa época em que os acontecimentos e as mudanças ocorrem em grande velocidade, é fundamental uma avaliação precisa e atualizada sobre o cenário mundial, nacional e local.

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ExpoAsiaBrasil Shopping

Feira de artesanato internacional ExpoAsiaBrasil na agenda do Recife

A riqueza e a beleza cultural do oriente e do ocidente se encontram no Shopping Boa Vista, sede da feira de artesanato ExpoAsiaBrasil. O evento tem entrada gratuita e ocorre até 15 de outubro, na Praça de Eventos do centro de compras, conforme o horário de funcionamento do shopping. A ExpoAsiaBrasil conta com a participação de 14 expositores, do Brasil, Índia, Tailândia e Senegal. Durante o evento, será possível encontrar itens variados, a exemplo de acessórios, artigos de decoração, roupas e alimentos. Entre os artigos que prometem chamar a atenção do público estão as vestimentas tradicionais indianas e senegalesas, o artesanato peruano e os doces artesanais mineiros. Há produtos com valores a partir de cinco reais. A ExpoAsiaBrasil é uma promoção da loja O Templo, com apoio do Shopping Boa Vista.

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pedro cunha

Vida & Arte é a nova coluna do Algomais.com

A partir de hoje (5), o Algomais.com passa a ter uma coluna sobre a vida cultural em Pernambuco. Assinada pelo jornalista Pedro Cunha, “Vida & Arte” vai abranger os mais variados temas do universo da cultura, do entretenimento e da gastronomia no estado, com sugestões de eventos, atrações infantis, restaurantes, bares, peças de teatro, exposições, saraus, passeios e outras atividades. Além disso, a coluna também contar com artigos e até matérias especiais. Na estreia, Pedro Cunha escreve sobre os 18 anos dos Guerreiros do Passo, que representa uma trincheira na salvaguarda do frevo pernambucano. Alcançando a maioridade, o grupo segue os ensinamentos do mestre Nascimento do Passo, como o de viver o frevo para além da sazonalidade do carnaval. Apesar de celebrar os 18 anos de fundação, os Guerreiros carecem de apoio do poder público para continuar a luta pela valorização do ritmo e seus passistas. “Pernambuco é um estado rico em cultura, que atrai grandes shows, exposições e eventos. Paralelo a isso, o Recife é o primeiro polo gastronômico do Nordeste e o terceiro do país, com cardápios variados e para todos os gostos. A ideia da coluna é usar o espaço para falar de cultura e produção cultural nas suas mais variadas vertentes e dessa gastronomia pulsante. Tudo isso pode virar pauta na coluna”, destaca o jornalista. Natural do Recife, é jornalista com 10 anos de experiência. Tem passagem por redações como Diario de Pernambuco e Folha de Pernambuco, atuando em editorias de cultura, economia e cotidiano. Também já trabalhou em assessoria de comunicação de grandes eventos regionais e nacionais e é vencedor dos prêmios Cristina Tavares de Jornalismo e Urbana de Jornalismo.

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magna refazenda

"A produção de roupa como geradora de lixo sempre me incomodou"

Magna Coeli, fundadora da Refazenda conta como a empresa se tornou referência em moda sustentável, a ponto de ser reconhecida pela ONU, e explica o seu processo de fabricação que não produz sobras de tecido. Também fala da relação com o filho, Marcos, com quem trabalha, e das dificuldades de financiamento. Quando adolescente, Magna Coeli costumava usar as sobras dos tecidos que sua mãe, costureira, jogava no lixo. Com os retalhos, Magna fazia peças para ela vestir ou acessórios como bolsas. Tal habilidade e o incômodo pelo refugo da produção de roupas permaneceram até a idade adulta e a impulsionaram a fundar a Refazenda. Reconhecida com várias premiações por sua atuação sustentável, inclusive pela ONU (Organização das Nações Unidas), empresa do setor de moda foi pioneira ao produzir de acordo com padrões de economia circular. Assim como fazia na adolescência, na fábrica Magna não descarta retalhos no lixo: a produção é feita de forma a usar todo o tecido. A sustentabilidade social é outra marca da Refazenda, que faz parceria com cooperativas de rendeiras e bordadeiras de vários estados do Nordeste. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Magna conta a trajetória da empresa, os desafios para gerir um negócio com preocupações ecológicas, as dificuldades em obter financiamentos e a relação com o filho Marcos Queiroz, que é diretor de Soluções da Refazenda. Como começou a Refazenda? Há 33 anos, eu tinha uma confecção com meu ex-marido e com a família dele. Quando resolvi criar a Refazenda, foi uma inquietação ecológica, romântica, exótica, que tinha todos esses nomes, menos sustentável ou economia circular. Era quase fazer um hobby. A produção de roupa como geradora de lixo sempre me incomodou, porque o lixo que mamãe fazia, enquanto costureira, me proporcionava fazer coisas para eu vestir, ou para fazer bolsas. Pensava nessa minha habilidade de transformar ao criar a Refazenda. Eu tinha um olhar muito bom para cor, sabia modelar. Então migrei da tradicional confecção de camisaria e fui fazer uma produção com princípios ecológicos. Daí o nome Refazenda. Gilberto Gil criou a música e me inspirou, como também foi um princípio para esse norte: transformar a fazenda em algo primoroso, mas de valor agregado. Venho de uma família de costureira e alfaiate e a minha grande revolta era o pouco valor agregado nas peças que meu pai e minha mãe faziam. Eu pensava: hei de fazer as pessoas respeitarem quem faz roupas como uma coisa muito digna, muito preciosa. Agora, tudo isso de maneira inconsciente. A empresa começou com uma fábrica ou uma loja? Primeiro foi um divórcio. Na hora da separação, eu poderia ter ido para um setor diferente, mas insisti nesse porque eu tinha o ideal de montar algo que fosse pioneiro. Os primeiros cinco anos foram de consolidação da marca e definição de perfil de produto. Era um ateliê, mas eu me sustentava financeiramente de forma bem austera. Depois, procurei o associativismo, para tentar crescer do ponto de vista da confecção e encontrar aliados com as pessoas que falassem a mesma língua. Foi uma busca inútil, porque o setor de confecção não conversa com o setor de ideias, de utopia. Ele é commodity, fabrica fardamento, roupa íntima e modinha e opta por volume, não por valor agregado. Passei a participar de missões empresariais, conhecer projetos fora até que um dos filhos começou a trabalhar na empresa para me ajudar financeiramente. Quem é ele? Marcos, o mais velho. Ele fazia publicidade e veio para me ajudar financeiramente porque tínhamos crescido um pouco mais, a empresa tornou-se mais complexa. Mas não encontrávamos um ponto de venda para o nosso produto que fosse autoexplicável, tínhamos que concorrer com produtos que não tinham a mesmas características. E aí tivemos que montar loja própria. Isso dá um trabalho danado, fabricar e montar loja própria é desafio para loucos. Chegamos a ter sete lojas, uma em São Paulo. Quando estávamos com quatro lojas, entrou o outro filho, André, que fazia administração, para ajudar na gestão. Também tenho a família desses aliados que trabalham e vieram comigo lá de trás que são tão família minha quanto a biológica. São pessoas que acreditam no projeto, que torcem e estão comigo até hoje. Esse foi um dos pilares que seguraram a empresa. Mas, veio a crise em 2013, a perda do capital foi muito grande, assim como a perda de fôlego para girar essa máquina com as dificuldades que o setor têxtil tem no Brasil, com taxação absurda e nenhum projeto ou diferencial para as empresas inovadoras. A loja de São Paulo ficou aberta até 2016, remando contra a maré porque o custo aéreo do frete aumentou. Tínhamos que trazer parte da matéria-prima de lá, fabricar aqui e levar de volta para lá. Além disso, um de nós três da família teria que morar lá e nenhum quis perder qualidade de vida. Resolvemos finalizar a atividade e investir no comércio eletrônico, que começou em 2012. De lá pra cá, trabalhamos de forma mais enxuta, mas com mais liquidez, porque chegamos a ter dívidas em banco. Tivemos que modificar a estrutura administrativa porque o crescimento não respondeu na ponta pelo varejo que estava trucidado pela taxação. Aí, André saiu da empresa para atuar na construção civil. Já Marcos se transformou num grande gestor e articulador de mídia nessas novas linguagens, coisa que eu estava defasada. Estamos fazendo parte do Instituto Capitalismo Consciente, que é nacional, temos o certificado B, ganhamos premiação na ONU pela prática da economia circular. Isso tudo graças a Marcos, que mostrou a nossa experiência como inédita e precisava ser divulgada. Esse reconhecimento tem sido revertido para a marca e para os negócios? Por um lado, é algo para consolidar e legitimar o produto que tem propósito, tem alcance, longevidade, é um produto com ética. Mas, em compensação, o pouco capital de giro que temos também atrofia porque à medida que somos falados e alcançamos níveis longínquos, não conseguimos acompanhar o escalonamento financeiro na mesma proporção. Quando procuramos outros cases que são semelhantes a nós, ou

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lyra salgueiro

Raquel Lyra anuncia R$ 21 milhões para requalificação da PE-483, em Salgueiro

O anúncio foi feito durante a plenária do Ouvir para Mudar, que começou a percorrer todas as regiões de Pernambuco nesta semana Em plenária do programa Ouvir para Mudar em Salgueiro, no Sertão Central, no último sábado (2), a governadora Raquel Lyra anunciou a restauração da PE-483, trecho que liga a BR-232 ao distrito de Umãs, em Salgueiro. A obra vai contemplar cerca de 13 km, a partir de um custeio de aproximadamente R$ 21 milhões. A ordem de serviço será assinada nos próximos dias. Essa obra faz parte de um dos pedidos da população. O governo está realizando as escutas locais da população para elaborar o Plano Plurianual (PPA) 2024-2027. “Estamos no momento de mudar a vida do povo, cumprindo os compromissos que assumimos com Pernambuco. Tudo que ouvimos hoje guiará as políticas dos próximos quatro anos em todas as regiões que vamos percorrer. A PE-483 foi uma das propostas ouvidas em uma das salas temáticas e agora vai garantir o ir e vir com segurança de mais de 10 mil pessoas”, declarou a governadora. ESCOLA INDÍGENA No processo de escuta da população, a participação indígena priorizou uma escola também. “O principal pedido que nós fizemos foi para a construção de uma escola indígena, que nós não temos. Somos povos originários desse país. Quando nossas crianças não estudam em escolas indígenas, nós estamos perdendo e muito na educação e no conhecimento, o que dificulta a luta pelos nossos direitos”, solicitou a liderança indígena Espedito Joaquim da Silva, da Aldeia Paula, no distrito de Conceição das Crioulas, em Salgueiro.

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casa rosa

Zona Norte vai receber nova edição do Bazar Solidário da ONG CasaRosa na próxima semana 

A ação será realizada de hoje (4) à quarta (6), com acesso gratuito no auditório da loja Ferreira Costa da Tamarineira  A ONG CasaRosa, que oferece há nove anos acolhimento e amor às mulheres do interior que precisam realizar o tratamento contra o câncer de mama nos hospitais públicos do Recife, vai realizar nova edição do projeto Bazar Solidário, desta vez, em parceria com a loja Ferreira Costa, na unidade da Tamarineira. O evento contará com mais de 4.000 produtos novos e seminovos, desde perfumes, acessórios, roupas masculinas, femininas e infantis, aos artigos de decoração, cama & mesa, entre outros. “Esse projeto é uma forma de estimular a sociedade ao desapego, inclusive, com toque de solidariedade. Toda a renda obtida será para oferecer melhores condições às mulheres que ficam albergadas conosco durante todo o período necessário para exames, cirurgias e tratamentos de quimioterapia e de radioterapia”, pontua a gestora Kadja Camilo.  Aos interessados, o Bazar Solidário da ONG CasaRosa será realizado com horários especiais. Na segunda (4) e terça (5), das 9 às 18h, e na quarta (6), das 9h às 16h, com acesso gratuito através do auditório da loja – na Rua Cônego Barata, 275 - Tamarineira, Recife/PE. Em tempo, o público poderá adquirir os itens por meio de pagamento no crédito, no débito e no PIX.  Outros detalhes: (81) 98176-6302 (exclusivo WhatsApp) e @casarosa.ong (Instagram).

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Lar Padre Venancio

Centro geriátrico lança campanha para "adoção" de idosa

Para alegrar a vida de várias idosas atendidas pelo Centro Geriátrico Padre Venâncio (CGPV), instituição sem fins lucrativos administrada pela Santa Casa de Misericórdia do Recife, foi criado um projeto intitulado "Adote uma idosa". O objetivo da ação é mobilizar pessoas para fazerem visitas, proporcionarem momentos especiais ou levarem presentes em datas comemorativas. O centro geriátrico é o mais antigo do Estados, com 95 anos, celebrados em junho desde ano. Além da doação de presentes e itens básicos para os cuidados da idosa, as pessoas podem doar um pouco do seu tempo, um abraço, um sorriso ou alguns minutos de conversa.  Atualmente, são 36 idosas atendidas, muitas delas sem vínculos familiares, por isso, a campanha é uma forma de aliviar um pouco a solidão causada por essa falta. Através de um catálogo disponibilizado pela instituição, é possível saber o nome das idosas, idade, fotos, um pouco da história de cada uma e já fazer um cadastro para se colocar como adotante. Não há limites para o número de adoção de idosas. "A Santa Casa de Misericórdia, que cuida do Centro Padre Venâncio, quer abrir os olhos das pessoas para enxergarem a terceira idade de forma diferente. É evidente que nossa cultura muitas vezes evita encarar essa fase da vida de frente, e é justamente aí que entra a importância de aprendermos e sensibilizarmos para um olhar mais compassivo, mais atento aos anseios, necessidades e sonhos dos idosos. Nossa meta é plantar a semente da conscientização, nutrindo o respeito e a valorização da terceira idade", afirma a gestora da Santa Casa de Misericórdia, Marceline Cavalcanti. O centro -  O CGPV, administrado pela Santa Casa de Misericórdia desde 2011, acolhe apenas mulheres e completou 95 anos em junho deste ano. A unidade acolhe idosas em situação de vulnerabilidade social, com ou sem vínculos familiares, proporcionando moradia, alimentação, atendimento às necessidades básicas prioritárias e acompanhamento de equipe multiprofissional. Entre os serviços prestados estão: fisioterapia, fonoaudiologia, lavanderia, apoio religioso, atividades de lazer e nutrição. A unidade fica localizada na Avenida Afonso Olindense, nº 1764, bairro da Várzea. Serviço: Adoção de idosas do Lar Padre Venâncio Endereço: Avenida Afonso Olindense, nº 1764, bairro da Várzea Informações: (81) 3271.0352

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arena pe

Arena de Pernambuco recebe o Movimenta PE amanhã (2)

A Arena de Pernambuco, em colaboração com o Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região/Pernambuco (CREF12/PE), se prepara para sediar o Movimenta PE neste sábado (02) das 9h às 16h. O evento é parte das celebrações da Semana do Profissional de Educação Física, que ocorre entre 1º e 7 de setembro. Com o objetivo de promover o estudo, atendimento e educação física, o Movimenta PE oferecerá uma variedade de atividades para toda a família, desde oficinas até avaliações físicas e aulas de dança e capoeira. As atividades são gratuitas, mas as vagas são limitadas e requerem inscrição prévia no link: https://www.sympla.com.br/produtor/cref12pe. A programação do Movimenta PE inclui uma gama de atrações, como oficinas para estudantes de Educação Física, avaliação física conduzida pela professora Tatiana Acioli , práticas integrativas e bem-estar com a professora Roberta Guedes e capoeira com o professor e conselheiro Henrique Gerson Kohl. Além de se tornar um local para jogos e shows, a Arena de Pernambuco tem sediado eventos educacionais, com sua infraestrutura para conferências, congressos, treinamentos empresariais e eventos corporativos.

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