O Recife que devemos ler

Paulo Caldas *
“O Recife de múltiplas expressões, vem ver!” é um livro, quase um álbum, que traz uma simbiose de imagens significativas da cultura local, somadas a comentários bem concebidos, espécie de legendas estendidas, resultado de pesquisa e textos da designer Milena Assunção (também autora do projeto gráfico), e da escritora Rosangela Lima, com uso do acervo de imagens de Geraldo Assunção e produção da Pereba Books.

No decorrer da leitura, é possível chegar às belezas não só estéticas, mas no conteúdo assentado nos alicerces da história da cidade “metade roubada ao mar”, como definiu a versão lírica de Carlos Pena Filho no seu “Guia prático da cidade do Recife”, um dentre tantos bardos de várias gerações (Manuel e Luiz Bandeira, João Cabral, Antônio Maria, Capiba, Jorge de Lima: “mulheres todas, cidade só uma, o Recife”), que exaltaram a cidade, assim como, nos momentos mais recentes, em “Belle de Jour”, canção de Alceu Valença ou quando no Movimento Mangue Beat, Chico Science canta as mazelas do burgo amado em “Da lama ao caos”.

Abraça o engano quem julgar esse livro como um mero guia ilustrado por um acervo iconográfico qualquer. O seu valor conteudístico reflete a busca pela idoneidade nos detalhes certificadores encontrados no manancial de consultas a renomados escritores (Carlos Bezerra Cavalcanti, José Teles e Sidney Rocha) e instituições do nível da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) e Museu Afro Brasil, entre outras, e soube dosar na medida exata, informações expressadas por amantes desse velho, mas vigoroso Santo Antônio do Recife ou a Cidade Maurícia dos tempos de Nassau.

*Paulo Caldas é Escritor

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