Pernambucana Maria Flor apresenta duas canções autorais no projeto “Prelúdio”

A multiartista pernambucana Maria Flor apresenta ao público os primeiros registros do seu trabalho solo ao lançar, em versão de estúdio, as canções “Status” e “Cor de Maria”. As músicas serão disponibilizadas nas principais plataformas de streaming nos dias 24 e 31 de março, respectivamente, acompanhadas pelo registro audiovisual do processo de gravação (os vídeos têm acessibilidade comunicacional em Libras).

O trabalho passeia entre o erudito e o popular. Erudito na construção das composições e arranjos, elaborados e definidos a partir da sua experiência de estudo no Conservatório Pernambucano de Música. Popular através da vivência de Maria Flor nas manifestações de tradição popular. Outro elemento que favorece esse trânsito é a formação instrumental que a artista traz para o seu trabalho solo com violoncelo, contrabaixo acústico, guitarra semiacústica e bateria.

“Eu busco fazer música trabalhando a lapidação dos arranjos, da instrumentação e da minha voz. Minhas influências são pessoas que têm essa
característica na maneira de trabalhar, a exemplo de Henrique Albino, que escreveu os arranjos para essas duas canções, e Surama Ramos, que cuidou da minha preparação vocal. Para mim é importante trazer isso”, afirma Maria Flor.

Nos dois singles reunidos no projeto Prelúdio, Maria Flor mostra a sua versatilidade enquanto compositora. Em “Cor de Maria”, traz uma sonoridade mais pop e uma melodia mais doce com uma letra potente inspirada em suas experiências e reflexões sobre a vida. Em “Status”, traz um arranjo mais complexo, contemporâneo e “jazzístico”, acompanhado de uma letra crítica à forma como parte da sociedade lida com as redes sociais.

A artista começou a amadurecer o repertório de sua carreira solo em 2018. Foi compondo letras e experimentando partes do novo repertório em apresentações no projeto Música no Vão, do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), e no Café Liberal, em Pernambuco. Esse processo de criação, no entanto, precisou passar por mudanças por causa da pandemia de Covid-19.

“Nós estávamos tentando circular quando chegou a pandemia e todo mundo precisou se distanciar. Sempre fomos muito próximos, isso também afeta psicologicamente. Mas os meninos são incríveis, eles já tinham um norte em relação ao meu trabalho por conta da nossa convivência antes da pandemia, sacaram como seria a sonoridade e estudaram os arranjos em casa”, lembra Maria Flor, citando os músicos Waleson Queiros (guitarra), Thiago Duarte (bateria), Jefferson Cupertino (baixo) e Fabiano Menezes (violoncelo).

O processo de produção desse trabalho também se deu no contexto da pandemia. Por isso, ele aconteceu primeiro à distância e depois presencialmente, no Estúdio Carranca, mantendo cuidados necessários. “Todo processo começou de maneira remota. Surama fazia minha preparação vocal à distância, só nos encontramos uma vez pessoalmente e ela me acompanhou no dia de gravação das vozes. Os arranjos foram escritos por Henrique Albino e enviados para os músicos estudarem, marcamos apenas um ensaio, com todos os cuidados, e logo na sequência entramos em estúdio para gravação que aconteceu em dois dias”, explica Maria Flor.

A gravação e o lançamento são etapas do projeto Prelúdio, realizado com apoio da Lei Aldir Blanc, através do Edital de Criação, Fruição e Difusão LAB PE, lançado pela Secretaria de Cultura do Governo de Pernambuco.

FAIXA À FAIXA

COR DE MARIA remete a momentos da trajetória da própria artista. “Faço uma relação entre as cores e coisas que vivi. A junção de todas as cores resulta no branco, a junção de todas as coisas que venho fazendo traz esse resultado agora. Falo de uma busca eterna pela evolução, essa pintura vai mudando ao longo dos anos. Maria é um nome que para mim representa a força feminina. É uma composição sobre afeto, força, determinação, liberdade, concentração, fúria, perseverança, suavidade e carinho”, afirma Maria Flor.

As referências pessoais também aparecem na música STATUS. “Busquei fazer um baião, porém, com uma estética mais contemporânea, que também é marcante em meu trabalho. A inspiração para a letra surgiu a partir da percepção de diferentes comportamentos da mesma pessoa no meio digital e na vida real. Isso acontece com muita gente de certa maneira, mas para algumas pessoas fica mais forte, elas mostram vidas muito distintas da sua realidade”, segundo a compositora.

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