Pernambuco apresentou um crescimento de 7% no consumo nas classes C e D em julho em relação ao mês anterior, taxa acima da média brasileira (5%), segundo pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital, fintech do Grupo Santander. O levantamento é realizado mensalmente com objetivo de traçar o perfil do consumidor das classes C e D.
É o segundo - e maior - resultado positivo pernambucano nos últimos seis meses de 2021. O outro ocorreu em maio, quando alcançou 4% de incremento. Nos demais, observou-se retração em junho (-1%), abril (-9%), março (-0,1%) e fevereiro (-13%).
Os setores que se destacaram foram Companhias Aéreas (131%), Prestadores de Serviços (21%), Lojas de Artigos Diversos (16%), Automóveis e Veículos (15%), Restaurante (15%), Transporte (10%), Combustível (10%). Por outro lado, a classe C e D em Pernambuco gastou menos com Hotéis e Motéis (-27%), Diversão e Entretenimento (-20%) e Rede Online (-4%).
Em relação aos três estados do Nordeste avaliados pela Superdigital, o movimento de Pernambuco segue semelhante ao do Ceará, com incremento de 10%, e Bahia, 3%. Os dois estados também se recuperaram de junho, quando tiveram quedas de 3% e 1%, respectivamente.
Em julho, quase todas as regiões registraram crescimento, mas as que impulsionaram positivamente o resultado total foram Norte (23,5%) e Nordeste (8,5%). O Sul avançou 7,7%, enquanto o Sudeste, 3,5%. Já o Centro-Oeste teve leve queda de 0,5%. O levantamento é realizado mensalmente e busca traçar o perfil de consumo das classes C e D.
Segundo Luciana Godoy, CEO da Superdigital no Brasil, os números de julho consolidam a recuperação no consumo destas classes sociais, dado o histórico dos últimos dois meses. “Tivemos uma leve queda em junho em decorrência de um alto crescimento em maio, principalmente, por conta do Dia das Mães. A tendência é que o segundo semestre mostre uma recuperação mais robusta à medida que a vacinação contra Covid-19 avance e setores da economia que ainda sofreram bastante no primeiro semestre comecem a se recuperar”, diz.
Os setores que mostraram recuperação mais significativa no consumo foram Rede Online (8%), Transportes (7%), Restaurantes (6%), Supermercado (5%), Prestadores de Serviços (5%) e Combustível (5%). Na outra ponta, os gastos que mais caíram foram com Diversão e Entretenimento (-8%).
O levantamento mostra também que o principal gasto no orçamento ainda é em Supermercados (35%), seguindo de Restaurantes (12%) e Lojas de Artigos Diversos (11%), com uma pequena variação entre os meses de junho e julho.
Em julho, 82% dos gastos totais foram feitos presencialmente, o que representa um ponto percentual a mais em comparação a junho. Observa-se, por exemplo, crescimento de 4% nos gastos em Restaurantes e de 22% em Diversão e Entretenimento.
Em relação ao ticket médio, houve aumento significativo nos setores Rede Online (9%), Transporte (5%), Prestadores de Serviços (3%) e Combustível (2%). Na avaliação da executiva, a inflação dos últimos meses, acima da meta, tem contribuído para esse aumento do ticket médio em alguns itens. “É cada vez mais fundamental o aprimoramento e crescimento da educação financeira também nas classes sociais C e D”, explica.