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Reeducandos intensificam limpeza para o Dia de Finados nos cemitérios de Recife e Olinda

Revista algomais

A limpeza dos cemitérios das cidades de Recife e Olinda está sendo intensificada nesta semana para receber a população no Dia de Finados (02 de novembro). O trabalho está sendo desenvolvido pelos reeducandos que cumprem pena no regime aberto e livramento condicional. A iniciativa tem o objetivo de reinserir os apenados ao mercado de trabalho e é uma parceria entre o Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), e as prefeituras dos municípios de Recife e Olinda.

São 88 reeducandos, sendo 73 em Recife, nos cemitérios de Santo Amaro, Parque das Flores, Várzea, Casa Amarela e Tejipió, e 15 ex-detentos que atuam nos cemitérios de Águas Compridas e do Guadalupe, em Olinda. Os trabalhadores são responsáveis pela varrição, limpeza, conservação e recolhimento de entulhos. Eles são acompanhados pelo Patronato Penitenciário, órgão ligado à SJDH que realiza cursos de qualificação profissional e avalia a aptidão dos reeducandos para o trabalho.

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Eraldo Lopes, 39, trabalha há três anos no cemitério de Santo Amaro, onde são esperadas mais de 65 mil pessoas. “Com o salário que ganho através do meu trabalho, consigo sustentar minha família e já comprei minha casa. Desde que estive no regime semiaberto estou trabalhando e buscando uma vida longe do crime”, conta Lopes.

“Os reeducandos que trabalham comprovadamente são os que menos voltam a reincidir criminalmente, isso nos estimula cada vez mais a fomentar novas alianças visando atuar na prevenção da violência e na transformação da vida dessas pessoas”, explica o superintendente do Patronato Penitenciário, Josafá Reis.

Os convênios de empregabilidade atualmente somam 820 egressos do sistema prisional que atuam em empresas públicas e privadas. No acordo, regulamentado pela Lei de Execução Penal, o empregador fica isento de encargos trabalhistas, como FGTS, 13º salário e férias. O que representa uma redução de aproximadamente 40% na despesa com o apenado. Pode promover jornadas de trabalho de até 40 horas semanais e utilizar a iniciativa como prática de responsabilidade social da empresa.

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