Desgaste no quadril está entre as principais queixas nos consultórios ortopédicos
Entre os problemas que afetam a qualidade de vida causados pela doença, o desgaste no quadril está entre os mais frequentes. O Dr. Marco Aurélio Neves, ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, comenta que esta é uma das principais queixas dos pacientes, devido à dor e impacto na realização de atividades diárias. O que é Artrose A artrose causa degeneração das cartilagens, sendo mais comum em pessoas com idade acima de 45 anos. “Embora também possa acontecer com os jovens, a doença tende a aparecer e aumentar com o avanço da idade e acomete as articulações em geral, sendo mais evidente no quadril por ser uma base de sustentação do corpo e dos movimentos das pernas”, revela o especialista. Ele explica que, quando há desgaste na cartilagem do quadril, os principais movimentos que fazemos com as pernas e com a coluna se restringem aos poucos. Os ossos do fêmur e da bacia começam a raspar. “Muitos pacientes contam que sentem esse atrito e, muitas vezes, um estalo a cada passo”, comenta. Sintomas O especialista recomenda procurar um ortopedista diante de sinais como estes: Dor no quadril, que piora ao andar ou ao passar muito tempo sentado; Mancar ao andar; Formigamento ou dormência nas pernas; Dor que percorre a perna na parte interna, do quadril até o joelho; Queimação na batata da perna; Mais dificuldade de movimentar a perna ao acordar; Sensação de ter osso raspando ao se movimentar; Dificuldade de calçar os sapatos ou levantar uma cadeira, por exemplo. Quanto mais a doença se agrava, mais restritos se tornam os movimentos, é aí que começam as dores e limitações. Dr. Neves conta que o paciente passa a ter dificuldade para andar, ficar de pé por muito tempo e realizar atividades simples do dia-a-dia, como calçar os sapatos ou dirigir. Nesses casos, o procedimento mais indicado é a Artroplastia Total do Quadril (ATQ), cirurgia de colocação de prótese. “Como não é uma cirurgia de urgência, nós avaliamos e indicamos para o paciente que tem desgaste avançado ou cuja dor esteja causando um impacto muito grande na sua vida”, explica o médico. Como funciona a ATQ A cirurgia consiste na substituição da articulação afetada por uma prótese. Realizada no Brasil desde a década de 60, atualmente a técnica sofreu atualizações importantes que impactam na recuperação dos pacientes. O ortopedista explica o que mudou: “ao invés de manipular os nervos e músculos, o médico apenas afasta o intervalo entre dois músculos na frente do quadril, para chegar no quadril e colocar a prótese”. Isso é possível porque a incisão é feita na parte da frente do quadril, e não ao lado ou atrás, como era realizando antes. Além disso, a técnica é feita com a ajuda de uma mesa cirúrgica especialmente desenvolvida para esse tipo de procedimento. Dessa forma, a operação tende a ser menos agressiva, com recuperação mais rápida e menos dolorosa, reduzindo também os riscos de complicações inerentes à cirurgia. “Pouco tempo após fazer a colocação da prótese, o paciente já consegue ficar de pé”, frisa. Além de reduzir o tempo de internação, que passa a ser de somente um dia, o número de medicamentos administrados também diminui. Dr. Neves ainda ressalta que o processo de reabilitação é menor, fazendo com que o paciente retorne às suas atividades normais rapidamente.
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