Seminário de Tropicologia resgata afeto de Gilberto Freyre pelas cidades-irmãs

“O olhar afetivo de Gilberto Freyre sobre o Recife e Olinda” foi o tema do primeiro Seminário de Tropicologia de 2019. O evento homenageou o aniversário das cidades-irmãs Recife e Olinda, e o livro “Olinda – Guia Prático Histórico e Sentimental de Cidade Brasileira”, que acabou de completar 80 anos. O seminário ocorreu na manhã desta terça-feira (26), na sala Gilberto Freyre, na sede da Fundaj em Casa Forte.

O presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Alfredo Bertini, realizou a abertura da 415ª sessão: “Quero deixar registrado minha imensa satisfação em participar dessa temática tão importante para a comemoração dos 70 anos de história da Fundaj. Debater sobre o olhar sentimental de Gilberto por Recife e Olinda é fundamental.” Bertini se diz um grande admirador pela história de Gilberto e sente-se orgulhoso em participar das comemorações que transformam esses encontros em grandes ações, como o Seminário de Tropicologia. “Estamos trabalhando om uma programação aliada ao pensamento de Joaquim Nabuco”, comentou.

A coordenadora do Seminário de Tropicologia, Fátima Quintas, que trabalhou durante 37 anos na Fundaj, comandou o debate e frisou o olhar sensível, apaixonado e sentimental de Gilberto. Ela também comentou sobre a trajetória e história do tradicional evento da casa. “É uma alegria imensa participar e dar continuidade ao seminário na Fundaj. O formato do Seminário de Tropicologia passou por diversas mudanças de caráter evolutivo e de local, mas sua característica fundamental permaneceu. A interdisciplinaridade e multiplicidade temática sempre foram as bases da natureza acadêmica”, disse a antropóloga.

Em sua fala, Fátima explica que Gilberto foi o primeiro antropólogo e sociólogo a usar fotografias na década de 30 por metodologia. Dessa forma, ele conseguiu inovar o recurso da pesquisa social. “Com o seu olhar sensível e sua simplicidade, ele foi dosando seus estudos com sentimentos envolventes e apaixonados”, acrescentou.

O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Carlos Decotelli, também fez parte da mesa e debateu sobre a temática: “É muito bom ser brasileiro e vivenciar esses encontros que nos aproximam da cultura pernambucana. Falar sobre o tema também é uma maneira conhecer como a cidade do Recife criou sua própria identidade.” Decotelli explicou que o FNDE é o braço financeiro do Ministério da Educação em termos de planejamento estratégico financeiro voltado para melhorias na educação. Segundo ele, é dessa forma que o povo brasileiro pode contribuir e construir sua identidade, além de realizar o sonho de termos oportunidades para todos. “Temos a convicção em transformar o FNDE em um agente gestor estratégico para educação brasileira”, pontuou.

A parceria do FNDE com a Fundaj, juntamente com a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o Banco do Nordeste (BNB), visa na criação de um núcleo para ouvir, divulgar e acrescentar melhor as informações do Nordeste. “Este novo desafio vem para acrescentar a nossa responsabilidade em pensar nos demais, em construir novas gerações com valores que aprendemos e que devem ser compartilhados. O pensamento de Gilberto Freyre mostra a tradição da herança e do aprendizado gerado na cidade”, completou.

Por fim, o seminarista Abraham Sicsu, falou sobre a paixão de Gilberto por Recife e Olinda e, também, a regionalidade que ele expressava. “Apesar do crescimento brusco das cidades, o autor sempre teve um laço afetivo muito grande pelo lugar onde viveu. Ele tratava a cidade com muito amor e paixão. E isso foi claramente mostrando nesse seminário.”

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