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Aláfia: ancestralidade e sagrado são tema de curta-metragem

De origem Yorubá, a palavra “Aláfia” é traduzida como paz, harmonia, equilíbrio. Título perfeito para o curta homônimo dirigido pela pernambucana Cecília Fontenele. Aláfia (2025) acompanha um dia na vida de Sandra, mulher negra, de 28 anos, cujo cotidiano é fortemente marcado pela presença de três homens: o filho, o marido e o pai, e entrelaçado pela força da ancestralidade e do sagrado.  Na história, Sandra pretende fazer uma oferenda a favor da saúde do pai, que está muito doente. Sai logo cedo com o filho, sacola nas mãos. Nessa pequena jornada até a mata, local onde fará a oferenda, tem alguns momentos de transes. Vê-se no mercado, comprando os materiais para a oferenda, em casa, com o marido e, logo em seguida, visitando o pai.  O curta tem uma estética realista reforçada pelas atuações. Manoa Meliza, que interpreta Sandra, é bom exemplo disso. A atriz pernambucana transmite essa naturalidade que por vezes nos faz enxergar essa pegada quase documental. De grande talento, Manoa encarna essa força ancestral necessária à protagonista para o mover da história.  Aláfia foi exibido em março deste ano no Cine Deburu, em Planaltina (DF). O festival celebra e preserva as memórias dos povos de terreiro por meio da sétima arte. Participou também da mostra competitiva do Festival de Cinema Tela Cariri na cidade de Crato na última semana de março.  

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Terça Negra celebra o reggae

No próximo dia 18, o Pátio de São Pedro celebra a cultura de matriz africana em mais uma edição da Terça Negra. O evento é realizado uma vez por mês, com promoção e articulação do Movimento Negro Unificado e apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, da Fundação de Cultura Cidade do Recife e do Núcleo da Cultura Afro-brasileira. A programação vai começar às 18h, com uma roda de capoeira e seguirá, às 20h, com o reggae da banda Estado Civil. Às 21h, Edvaldo Melo subirá ao tradicional palco da Terça Negra. A última atração da noite será Valdir Afonjah, que celebrará, a partir das 22h, os 30 anos do lançamento de seu primeiro LP, Negra Magia, relembrando seus sucessos. A festa a céu aberto, naquele importante cenário da história e da cultura pernambucana, é gratuita e aberta ao público. Terça Negra de setembro Data: Terça (18) Local: Pátio de São Pedro, Bairro de Santo Antônio Horário: 18h Entrada franca Programação 18h – Roda de capoeira 20h – Banda Estado Civil 21h – Edvaldo Lima 22h – Valdir Afonjah

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Afro, Fulgor, Beleza e Fé – circo, negritude e religiosidade em cena

Neste sábado (25), às 19h, na Escola Pernambucana de Circo, encerra-se a temporada do espetáculo “Afro, Fulgor, Beleza e Fé”, que traz temas como racismo e preconceito religioso. Assuntos que, em cena, vem à tona por meio da bela, impactante e intensa linguagem do universo circense. Com 35 minutos de duração e desenvolvido por meio do incentivo do Funcultura, o espetáculo teve apresentações no decorrer do mês de novembro em Escolas e Centros Culturais do Estado. A exibição é com entrada gratuita. Protagonizado pelos circenses Ítalo Feitosa e Maria Karolyna e dirigido pela também artista Hammai Assis, todos integrantes da Trupe Circus da Escola Pernambucana de Circo – “Afro, Fulgor, Beleza e Fé” surgiu a partir de uma pesquisa de criação de número circense que abordasse estes assuntos, ressaltando as potencialidades dos movimentos de negritude e a riqueza cultural e histórica das religiões de matriz africana, questionando discursos opressores e favorecendo o empoderamento dos mais atingidos (negros, mulheres, candomblecistas, pobres). No palco/picadeiro, a luta e a dificuldade de aceitação do povo negro com relatos e dados reais sobre violência, preconceitos e opressões, fazendo paralelos entre os sentimentos abordados na cena e as características de alguns orixás (Exu, Ogum, Xangô, Oxum e Oxalá). Relatos que são também dos próprios artistas, que expõem suas experiências no palco convidando aos que assistem a também refletirem sobre o que possam ter vivido. Tudo ilustrado por coreografias de afoxé e técnicas circenses (pirofagia, acrobacia e adágio). O cenário é composto por uma lona cor de terra, tigelas de barro e varas, remetendo ao ambiente dos terreiros. A musicalidade é desenvolvida ao vivo pelo percussionista Ilki Barbosa, colaborando para a imersão neste universo que mexe com os tabus, com os “pré-conceitos”, o místico, o sagrado e o pessoal. Ítalo Feitosa – Acrobata, especialista em acrobacias aéreas e de solo, equilibrista e pirofagista. Traz no currículo participação em atividades diversas – como festivais, oficinas e apresentações - em vários estados do Brasil, além de formações com especialistas de várias nacionalidades. Apresentação internacional, em 2016, no FESTICIRCO – Festival de Circo Social da Villa El Salvador, no Peru. Maria Karolyna – Acrobata, especialista em acrobacias aéreas e de solo, equilibrista e contorcionista. Traz no currículo participação em atividades diversas – como festivais, oficinas e apresentações - em vários estados do Brasil, além de formações realizados tanto em Pernambuco com em outras localidades, a exemplo de trabalho realizado com a Cia. Deborah Colker de Dança. SERVIÇO - Dia 25 de Novembro - Sábado Local: Escola Pernambucana de Circo Horário: 19h FICHA TÉCNICA: Atores Circenses: Maria Karolyna e Ítalo Feitosa Direção: Hammai Assis Assistente de Direção: Fátima Pontes Direção de Arte e Sonoplastia: Thiago Oliveira Criação e Execução Musical: Ilki Barbosa Coreografia: Obailê Santana Preparação Física: Anne Gomes Figurino: Thiago Oliveira Produção Executiva: Alexandre Menezes Fotografia: Ju Barbosa Assessoria de Imprensa: Patrícia Monteiro

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Autoestima das mulheres negras é tema de exposição no Núcleo Afro

A abertura da exposição Cabelo: Uma questão de Identidade, do cabeleireiro Félix Oliveira, acontece nesta segunda (10), a partir das 15h30. A mostra chega ao Núcleo de Cultura Afro-Brasileira, com 30 fotos que retratam a identidade e a valorização da Mulher Negra, através do cabelo e da libertação da ditadura da beleza. Na inauguração também haverá uma Roda de Diálogo sobre a Estética Afro, com a participação de Alzenide Simões, gestora do Núcleo, e do próprio Félix Oliveira. O objetivo da exposição é desenvolver a auto estima das mulheres negras e mostrar para toda a sociedade que é possível assumir sim, os belos cabelos crespos e cacheados. A questão é abordada através de um catálogo denominado Estética Afro, onde suas clientes se identificam e tem a referência para cabelo afros. A exposição segue até o dia 31 de outubro, com visitações de segunda a sexta, das 9h às 17h. Sobre o Expositor - Félix Oliveira é um profissional especializado em cabelos afros que, desde 2010, percebeu que as mulheres negras tinha dificuldade em se identificar com as referências encontradas nos salões de beleza. Com base em suas pesquisas de estudo e na militância que tem com o movimento negro, adaptou o seu salão para esta especialidade.

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Edição do projeto Papo Som oferece oficina no Núcleo de Cultura Afro-Brasileira

O projeto Papo Som convida o público para conferir a oficina ‘Danças, Ritmos e Percussão: Expressão da Identidade Afro-Pernambucana’, em mais uma edição do projeto nesta quarta-feira (10). A atividade acontece no Núcleo de Cultura Afro-Brasileira, no Pátio de São Pedro, a partir das 14h, e tem vagas limitadas. O Papo Som é uma parceria entre o Núcleo e a Gerência de Igualdade Racial, da Prefeitura do Recife. O número de vagas é limitado. A oficina traz a proposta de abrir as possibilidades de junção de ritmos, dança e instrumentos de nossa cultura, sem perder a sua essência e característica. Quem conduz a oficina é Acássio Jamaica (NCAB), Rubem Petty (Secult), Rafael Peixoto (Percussionista convidado) e Gabrielle Conde (Arte educadora). As vagas são limitadas a 30 participantes. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até terça-feira (9), através do email: nucleodacultafro@gmail.com. O projeto Papo Som traz a música como processo de discussão sobre o racismo e as intolerâncias correlatas, além de ser um espaço de reflexão e de debates das experiências vivenciadas no âmbito da cultura negra com enfoque no processo histórico de segregação e da relação com o cotidiano.

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