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Alto José do Pinho

 Alto José do Pinho recebe a batalha de MC’s Rimativa

Raciocínio rápido, controle de emoção e postura. Essas são algumas das características fundamentais para se sair bem numa batalha de MCs, quando rappers se enfrentam no mano a mano. Essas habilidades poderão ser conferidas na a 1ª Batalha Rimativa que acontece neste sábado (21), às 16h, a praça Amaro Lopes, localizada no Alto José do Pinho. O evento gratuito tem como objetivo integrar várias linguagens artísticas e proporcionar acesso à cultura aos jovens. O campeão do evento garante vaga na jornada de MCs do Festival Rec n´Play que acontece entre os dias 2 e 5 outubro. Além da batalha, o público também vai poder participar da oficina de reciclagem e meio ambiente oferecida pelo coletivo Altosustentável, poderá conferir o show da banda Aliados CP e performance poética de Jailson Poesis. O evento é organizado pela produtora Beat Malungo e tem o apoio do Coletivo Intercambio e projeto Altosustentável. Os participantes se enfrentam em duelos eliminatórios até chegar à final. Os MCs realizam uma série blocos de rimas e respostas. Quem vencer duas etapas ganha. Caso haja empate, há um terceiro round. A avaliação será feita pelos MCs, Maria Helena e Maggo MC e o voto do júri popular, composto pelo público, que “faz barulho” para um ou outro participante. O comando do som ficará com o DJ Big e a apresentação do MC Tiger. “Entre os quesitos de avaliação estão o nível de ataque e resposta, a contextualização, a métrica e o flow das rimas, a autenticidade com que a pessoa canta e a postura como se comporta durante a batalha” explica o organizador do Evento, o MC Tiger. Batalhas - As batalhas de Mcs, também conhecida como duelo de Freestyle, são encontros de hip hop onde dois mestres de cerimônia (MC's) batalham entre si com rimas improvisadas. Elas surgiram enquanto o Hip hop dava seus primeiros passos em meados dos anos 70 no subúrbio de Nova York que enfrentavam diversos problemas sociais como: pobreza, racismo violência, falta de infraestrutura e os jovens encontravam nas ruas refúgio para o lazer. Foi o DJ Kool Herc que introduziu modo de cantar como forma de expressão e discurso. Esse contexto foi o pontapé inicial para o surgimento do RAP, que siginifica rhythm and poetry (ritmo e poesia). As batalhas de rimas chegaram ao Brasil na década de 90 juntamente com o Hip hop. As cidades do Rio de Janeiro e São Paulo foram percursoras na expansão da cultura de rinha de freestyle, mas foi no Rio de Janeiro, em 2003, que o evento se tornou mais organizado, com o surgimento da Batalha do Real criado por Aori Sauthon, que por sua vez influenciou grandes nomes como Criolo a criar a Rinha de Mcs em SP. Data: Sábado- 21 de setembro de 2019 Horário: 16h Local: Praça Amaro Lopes- Alto José do Pinho Valor: Gratuito

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A mensagem do punk rock hardcore

A banda Devotos, formada por Cannibal, Neilton e Cello, conseguiu fazer a classe média subir o Alto José do Pinho, berço do grupo e de uma cena punk que surgiu no final dos anos 1980. Em 30 anos, o som instigante do punk rock hardcore foi pano de fundo para letras que deram voz aos problemas da comunidade. E ainda ajudaram a quebrar o estigma da violência das periferias. Devotos e outras bandas viraram matéria de jornais do Sudeste, que compararam a cena do Alto José do Pinho com o punk rock surgido em Londres em 1977. Só que a potência da voz, guitarra, bateria e baixo do Devotos nem sempre permitiram que as letras escritas por Cannibal fossem compreendidas por todo mundo. Daí a ideia de escrever  Música para o povo que não ouve, publicação editada pela Cepe a ser lançada no dia 1º de setembro, a partir das 16h, no Alto José do Pinho, com direito a show pós-lançamento. Editado como um fanzine, o livro de 196 páginas traz cerca de 90 letras e muitas fotografias dessas três décadas de estrada da banda, cartazes de shows, além de diversas matérias de jornal, e da história da formação e ascensão do grupo, contada por Cannibal e pelo diagramador do livro e produtor Marcus AsBarr. Este último define a produção de Cannibal não apenas como letras de música, mas também “manifestos e gritos de revolta”, em um misto entre “crônicas cotidianas e densas poesias”, descreve AsBarr. E pensar que Cannibal nem músico queria ser. “Quando conheci o movimento punk, aos 17 anos, não queria fazer música, queria panfletar, participar de passeatas, fazer parte das organizações dos shows, mas tocar não!”, revela o músico, que por conta disso sentia necessidade de mostrar ao público o que ele estava cantando. Na publicação, o leitor vai encontrar também letras que só foram executadas no início da carreira da banda, e que nem sequer foram gravadas.   Meu País   Vivo tão feliz Esse é o meu país E todos que o amam Sabem a sua fama De país do Carnaval Da selva mundial Do Rei do Futebol Do extermínio de menor Sabemos do presente Qual será nosso futuro? Os menores estão morrendo Que país inseguro Eu já disse isso a você Não adianta esquecer Eu vou sempre te lembrar Só me deixe expressar Não canto só pra mim Canto pra você Igualdade e consciência É o que nós devemos ter O futuro é inseguro E o caminho obscuro Mas tem solução Vamos todos dar...as mãos O país do Carnaval Da selva mundial Do Rei do Futebol Do extermínio de menor Mas já disse isso a você Não adianta esquecer Eu vou sempre te lembrar Só me deixe expressar O futuro é inseguro O caminho é obscuro Mas tem solução Vamos todos dar as mãos   SERVIÇO Lançamento do livro Música para o povo que não ouve (Cepe Editora), de Cannibal Quando: 1º de setembro, a partir das 16h Onde: Alto José do Pinho

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