Arquivos Arte - Página 6 De 9 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

arte

A beleza da arte vista por Carlos Ranulpho

Houve uma época, nos anos 1970, que exposição de arte visual era algo inédito no Recife. Afinal, para quê produzir vernissages se não existiam compradores? Naquele tempo, as famílias ricas não decoravam suas paredes com obras de arte. Foi o marchand Carlos Ranulpho, 90 anos, que começou a introduzir na capital pernambucana o hábito de apreciar e adquirir quadros, em mostras memoráveis, que revelaram ao resto do Brasil o singular modernismo local. Nas páginas do livro Carlos Ranulpho, o mercador de beleza, assinado pelo jornalista Marcelo Pereira e editado pela Cepe, foi traçado não apenas o perfil biográfico de um dos marchands mais renomados do Brasil e há mais de 50 anos no mercado, mas também a apresenta a história de grandes nomes da arte nacional: Vicente do Rego Monteiro, Lula Cardoso Ayres, Cícero Dias, Wellington Virgolino, João Câmara, Aldemir Martins, Iberê Camargo, Maria Carmem, Portinari, Volpi, Mário Nunes, Teruz, Brennand, José Cláudio, Reynaldo Fonseca, José de Moura, Delano, Aloísio Magalhães, Guita Charifker… O 15º título da coleção Memória será lançada no dia 30 de agosto, às 19h, na Galeria Ranulpho, no Bairro do Recife. Desde criança, Carlos aprendeu a gostar de arte com o pai, o desenhista e caricaturista José Ranulpho. Essa sensibilidade fez com que Carlos apurasse o olhar para a beleza. A começar pelas joias, seus primeiros objetos de valor a serem comercializados. “Eu até que tinha jeito para desenho, mas como eu via meu pai com dificuldades financeiras, e ele nunca teve bons resultados com suas obras, eu não me estimulava, porque sempre pensava em alguma atividade que tivesse rendimento financeiro”, diz Carlos em trecho do livro. Após o sucesso com a venda de joias, não demorou para atentar para o valor das obras de arte. Fechou parceria com artistas e fez grandes amizades. “Carlos Ranulpho tem um admirável olho para a arte, pois ao longo de tantas décadas passaram por suas mãos hábeis muitos dos melhores artistas brasileiros. E, felizmente para a nossa arte, ele ama negociar. É um líder forte, determinado, empreendedor. E amoroso. O que explica a quantidade de amigos dedicados e carinhosos. Eu me incluo entre estes”, disse o editor, curador e crítico de artes visuais Jacob Klintowitz, que assina texto de apresentação. Muito ligado aos trabalhos de temática regionalista e conotação popular, Ranulpho acabou relacionado a uma estética tradicionalista também na linguagem - pintura, gravura e escultura. “Mesmo resistindo às inovações, a Galeria Ranulpho, nesses mais de cinquenta anos de existência, é responsável pelo lançamento e profissionalização de excelentes artistas, não apenas de Pernambuco como também de vários outros estados do Brasil”, diz a professora do Departamento de Teoria da Arte da UFPE, Ana Elisabete de Gouveia, no prefácio da obra. O xilogravurista J.Borges deve a Ranulpho parte de seu prestígio nacional e internacional. “Ranulpho procurou o dramaturgo e escritor Ariano Suassuna para lhe mostrar as matrizes de gravuras que adquirira de J. Borges. Ariano ficou surpreso, pois não conhecia, e com o maior entusiasmo declarou que, depois de Samico, ele era o maior gravador do Brasil”, revela Pereira. Naquela época, meados dos anos 1970, a elite artística e intelectual não via com bons olhos a aproximação de Ranulpho com artistas populares. “Eles preferiam que os artistas vivessem na miséria do que ganhar dinheiro com o seu trabalho”.   SERVIÇO Lançamento do livro Carlos Ranulpho, o mercador de beleza, de Marcelo Pereira (Cepe Editora) Quando: 30 de agosto, às 19h Onde: Galeria Ranulpho (Rua do Bom Jesus, 125, Bairro do Recife) Preço: R$ 80

A beleza da arte vista por Carlos Ranulpho Read More »

Bate-papo sobre a exposição Hermes de Bruno Vilela

No próximo dia 31 de agosto, às 18h30, a Galeria Amparo 60 promove um bate-papo especial, intitulado Arte e memórias arquetípicas, sobre a exposição Hermes, de Bruno Vilela, em exibição desde o fim de julho. A galerista Lúcia Santos e o artista vão receber a terapeuta sistêmica e consteladora Ana da Fonte, referência importante no método Hellinger da constelação, que resgata a "Ancestralidade", tema base da pesquisa de Vilela nesta mostra. Segundo o artista, a relação da arte com a psicanálise será o ponto central da conversa. “Ana vai mostrar que arquétipos, interpretação de sonhos, mitologia e os deuses são representações de características humanas usadas como bases científicas no tratamento no consultório”, explica vilela. O evento é gratuito e aberto ao público. A exposição Hermes marca os 20 anos de carreira do artista, que estava há quatro sem expor no Recife. Esta é a primeira exposição em que Vilela integra desenho, pintura, fotografia e estudos, funcionando como uma grande instalação. As obras são costuradas por textos nas paredes, símbolos e ícones ressignificados pelo artista. Para inspirar essa série de trabalhos o artista se lançou numa pesquisa sobre o hermetismo. É por volta de 2.600 a.C. que surgem os primeiros registros do Hermetismo na história. Incorporados pelos egípcios na figura do Deus Toth, Hermes Trismegistos, o três vezes grande, é Mercúrio na mitologia romana. O semideus que tem a capacidade de levar o conhecimento do divino aos homens. “A figura de Hermes aparece até em igrejas católicas. Existe um mosaico da lendária figura numa catedral em Siena. A lenda diz que Hermes passou o conhecimento a Abraão e desde então todas as religiões têm fundamentos nos princípios herméticos. Do hermetismo surge a alquimia e dela os grandes arquitetos e artistas do renascimento que eram alquimistas”, conta Bruno. A grande obra do hermetismo é o Caibalion. Um pequeno livro com pouco mais de 120 páginas que elabora as sete leis herméticas. Na realidade a alquimia é a arte da transmutação. E a tão falada pedra filosofal é o conhecimento que transforma chumbo, pensamentos e sentimentos grosseiros, em ouro, elevação espiritual e iluminação. O hermetismo nada mais é que uma grande ciência, religião e arte, através da qual o homem aprende o caminho para a evolução. Através da pesquisa desses princípios, Bruno Vilela criou obras que revelam visualmente o conhecimento do grande mestre. São pinturas, desenhos e fotografias que surgem de um profundo mergulho no hermetismo. “As escrituras falam que Deus, O TODO, é indizível e incognoscível. A arte tem então a vocação de mostrar justamente o que não se consegue explicar com palavras”, destaca. A figura de Hermes abre a exposição na fotografia de uma escultura numa fonte. Espécie de oráculo que representa a conhecida citação do Caibalion: “Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto para os ouvidos do Entendimento. Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para os preencher com a Sabedoria.” A segunda obra tem como título mais uma citação do Caibalion: O Todo está em tudo. Tudo está no TODO. Um grande motor numa fábrica, feito de carvão e tinta acrílica, tem uma auréola que sai da sua grande roda. A sacralização e a possibilidade de se ver o criador em qualquer lugar. O grande motor criador do universo. A primeira obra do salão principal é uma fotografia de grande formato da asa de um avião. O Mensageiro faz referência as asas nos pés de Mercúrio. No céu vemos o Circumponto, antigo símbolo asiático que representa o sol e o universo, utilizado para meditação, feito de folha de prata, através de uma intervenção na fotografia. Ao lado surge o caduceu de Hermes, ressignificado através de duas fotografias e uma intervenção na parede, 2.600 a.C. é um díptico feito de uma imagem de uma Pirita, mineral que tem a propriedade de ser um amuleto que atrai prosperidade e elimina nós energéticos. Essa, em especial, foi fotografada pelo artista no Museu do Minério, em Belo Horizonte (MG), e tem o incrível formato de asa. A fotografia é replicada, espelhada e separada por um desenho feito a carvão na parede. Duas serpen tes sobem em direção ao teto e são feitas das digitais do artista. O princípio da Transmutação dá título à obra seguinte. O leão de São Marcos recebe asas e também tem o papel de levar o conhecimento dos céus a nós mortais através do livro sagrado em suas patas. O espaço representado pela auréola e círculos ao redor de sua cabeça são os infinitos anéis do universo. O leão é feito de óleo e carvão. Na outra parede,  vemos uma grande montanha pintada a óleo. A obra tem 150x200 cm. No cume paira um triângulo em perspectiva feito de folha de prata. A montanha representa  O TODO das leis herméticas. Deus. O incognoscível. O triângulo ascendente é o céu. O triângulo descendente a terra. Os dois juntos formam a estrela de Davi. O casamento do Céu e do inferno escrito por William Blake. Os mesmos triângulos aparecem no teto e no chão da galeria com as frases: O que está em cima...É como que está embaixo. No centro da parede temos uma fotografia. É o ateliê de Burle Marx no seu sítio, no Rio de Janeiro. A composição mostra claramente um templo. Orientalismo foi um movimento do século XIX na pintura e dos anos 30 aos 60 no cinema regido pelas cores do Technicolor. Vemos o templo do mestre, de Hermes, perdido num delírio tropical entre as palmeiras. A última obra da parede tem por título também uma das leis herméticas: O que está em cima é como o que está em embaixo. O templo de Delfos na Grécia aparece como que mergulhado num mar escarlate. São as pálpebras dos olhos saturadas pela luz solar. Nesse templo, o oráculo falava aos humanos as palavras dos deuses através dos gases que saiam da terra e deixavam as sacerdotisas em transe. Também uma ligação, religação, religião, do céu com a terra. Do homem com

Bate-papo sobre a exposição Hermes de Bruno Vilela Read More »

Eu não estou louca, individual de Juliana Lapa, aporta na Torre Malakoff

A artista Juliana Lapa abre, no próximo dia 1 de setembro, às 16h, na Torre Malakoff a exposição individual Eu não estou louca. A mostra, que tem incentivo do Funcultura e apoio da Galeria Amparo 60 e da Companhia Editora de Pernambuco, reúne desenhos, fotografias e objetos criados pela artista entre 2015 – 2018. As obras, que seguem caminhos distintos, formam uma narrativa bastante consistente e representativa do trabalho da artista. Segundo Juliana Lapa, a mostra começou a ser pensada através de uma pesquisa sobre as relações silenciosas e silenciadas no espaço urbano. “gostaria muito de trabalhar uma carga emotiva em paisagens que evidenciam tensões ou afetos do cotidiano. Neste momento de maior busca e entendimento sobre as questões do feminino, passei a entender o meu próprio corpo como um território onde estas tensões e afetos transpassam o tempo todo. Este trabalho ampliou bastante a leitura sobre emoções humanas como motores para auto-revoluções, sejam impressas em paisagens urbanas ou no meu próprio corpo desenhado". A partir dessa ampliação, foi concebida a exposição Eu não estou louca. As imagens apresentadas, ao mesmo tempo que contam suas próprias histórias, cri am juntas uma narrativa a parte. “É um verdadeiro conjunto de possibilidades. Eu não estou louca levanta questões sobre a saúde emocional da mulher e as constantes invasões mentais e físicas que vivemos. Porém, também representa essa incredulidade com o que estou vendo, com esse presente fantástico que vivemos hoje, na política e também no estudo da espiritualidade”, detalha a artista. A literatura é também uma referência importante no trabalho da artista. A frase “no meio da nossa vida me encontrei numa selva escura e sombria”, de Dante, na Divina Comédia, foi uma referência na concepção da série de desenhos Breu, apresentada em parte na Torre Malakoff. A série retrata a entrada neste ambiente interno, denso, escuro. São autorretratos da artista adentrando nesse ambiente de floresta, um lugar sem filtros, "no campo das verdades". A volta constante à mata, local onde a mãe natureza reina absoluta, é um dos focos da artista. Outro aspecto forte da exposição é a identidade animalesca da mulher, que também aparece com muita força nos desenhos apresentados na exibição. São mulheres feridas, que venceram o sofrimento, que soltaram seus bichos. “É um movimento de reconhecer tanto um ser caminhando para a evolução, quanto um ser passível de reproduzir as mazelas que sofreu e que se transforma nessa figura que, em sua essência, é divina e medonha. Este ser representa a força da natureza inevitável, que denuncia que as nossas mazelas sociais e ambientais se relacionam com o feminino devastado e enfraquecido nas engrenagens sociais, políticas e econômicas. Esse conjunto de obras é um espelho muito sincero e até doloroso, espero que outras pessoas encontrem ali também suas dualidades." Segundo a artista, os diários que escreve regularmente, há anos, foram inspiradores e determinantes na produção de boa parte das obras em exibição e, por isso, parte deles será apresentada ao público durante a mostra, juntamente com algumas fotografias que também representam essa investigação constante da artista sobre as emoções humanas. Haverá o lançamento de um catálogo, que reunirá alguns textos críticos sobre o trabalho da artista assinados por Pollyana Quintella e Mariana de Matos. Ao longo da exposição haverá também uma programação com educativo atuante junto a adolescentes de baixa renda, oficina de desenho e uma programação de visitas guiadas com acessibilidade comunicacional.   SERVIÇO Eu não estou louca – Juliana Lapa Sábado, 1 de setembro, às 16h Visitação da mostra até 11 de outubro. Torre Malakoff Praça do Arsenal, s/n – Recife-PE Terça a sexta, das 10h às 17h. Sábado, das 15h às 18h. Domingo, das 15h às 19h.

Eu não estou louca, individual de Juliana Lapa, aporta na Torre Malakoff Read More »

Noite de teatro, dança e música marca aniversário da escola João Pernambuco

Uma noite dedicada à cultura vai marcar o 27º aniversário da Escola Municipal de Arte João Pernambuco, situada no coração da Várzea, nesta quinta-feira (23 de agosto). A partir das 19h, a Secretaria de Educação do Recife oferece à população uma série de apresentações que envolverão dança, teatro e música no teatro da unidade. A João Pernambuco é a única escola de artes gratuita de Pernambuco que oferece as quatro linguagens artísticas: Música, Teatro, Dança e Literatura. A entrada é franca. A solenidade marca a entrega de 156 instrumentos e equipamentos musicais que irão reforçar o acervo da unidade. Além de pianos de cauda e verticais, a escola ganhará outros instrumentos como flautas, violoncelos, violas, contrabaixos, flugelhorns, trompetes, clarinetas e teclados. O investimento foi da ordem de R$ 1,4 Milhão e faz parte do processo de reestruturação da João Pernambuco, que recentemente passou por um processo de reforma no telhado do teatro e dos muros que a circundam. A noite será aberta às 19h com uma performance teatral acerca da história da Escola Municipal de Arte João Pernambuco. Em seguida, os espectadores irão desfrutar de uma apresentação do coral da escola e do Coral João Emiliano. A partir das 20h, a música contemporânea para quarteto de cordas dá o tom da noite ao qual se segue uma apresentação musical de estudantes e ex-estudantes da unidade de ensino. Às 21h, Contra-Fluxo – experimento de dança encerra as atividades no teatro. A noite será encerrada nos jardins, com apresentação do Maracatu Real Várzea do Capibaribe.   Serviço: 27º Aniversário da Escola Municipal de Arte João Pernambuco Noite marca entrega de instrumentos na ordem de R$ 1,4 milhão Local: Rua Barão de Muribeca, 116 – Várzea Entrada: Gratuita

Noite de teatro, dança e música marca aniversário da escola João Pernambuco Read More »

Concatedral de São Pedro dos Clérigos abre as portas para o Duo Colibri na quarta (8)

As flautistas Daniele Cruz e Laurence Pottier, do Duo Colibri, são as convidadas para a próxima edição do Temporada no Pátio, projeto que leva concertos gratuitos à Concatedral de São Pedro dos Clérigos, no Pátio de São Pedro, centro do Recife.  Com uma parceria que dura 30 anos, as musicistas já desenvolveram projetos no Brasil e na França, terra natal de Laurence, até se estabelecerem, em 2015, no formato de duo. Unidas, sobretudo, pelo amor à flauta doce, as duas se preparam para lançar Continent(e)s, álbum cuja campanha de financiamento coletivo on-line ultrapassou em 30% a meta pretendida. Para o repertório do Temporada no Pátio, o Duo Colibri levará canções de alguns dos compositores confirmados para o disco, dentre eles, Lúcia Cysneiros (Zungado) e Emanuel Santana, com Colibri. O concerto terá a participação especial do duo Paula Bujes & Pedro Huff, gaúchos que escolheram o Recife como casa e refúgio musical há cerca de uma década. Foi do Recife que tiraram inspiração para construir o conceito de Afluências (2017), registro no qual saúdam a riqueza cultural da capital pernambucana e seu encontro com diferentes fontes de produção, como a música feita no sul do País. Tal junção fica clara em composições autorais como Toque de Caboclinhos (Paula Bujes), também confirmada no programa.   O PROJETO O Temporada no Pátio nasceu com a intenção de movimentar a Concatedral de São Pedro dos Clérigos, localizada em um dos cartões-postais do Recife, o Pátio de São Pedro. Com projeto de Manuel Ferreira Jácome, o templo exibe pinturas de João de Deus Sepúlveda e Manuel de Jesus Pinto, com detalhes do mestre-dourador Inácio Melo Albuquerque. Parceria entre o Conservatório Pernambucano de Música, Arquidiocese de Olinda e Recife e Instituto Dom da Paz, o projeto marca a entrega da edificação religiosa aos recifenses após ter passado um período fechado para reformas no ano passado. Para auxiliar os que pretendem ir de carro à apresentação, será disponibilizado o Pátio do Livramento, no bairro de São José, para estacionamento. O local contará com policiamento para garantir a segurança e conforto do público.   Serviço Temporada no Pátio – Com o Duo colibri. Participação especial de Paula Bujes & Pedro Huff - Quarta-feira (8/8), às 19h30, na Concatedral de São Pedro dos Clérigos (Pátio de São Pedro). Gratuito. Informações: 3183.3400 e conservatorio.pe.gov.br.

Concatedral de São Pedro dos Clérigos abre as portas para o Duo Colibri na quarta (8) Read More »

Arrastão do Frevo, capoeira, concerto na igreja e artes visuais na programação do fim de semana recifense

Para quem não resiste aos acordes do frevo e para quem prefere contemplar as belezas e histórias da capital pernambucana, a Prefeitura do Recife oferece lazer e atividades gratuitas para todos os gostos neste fim de semana. Nos museus, nas ruas e até numa das mais antigas igrejas da cidade, o sábado e o domingo serão intensos, convidando todos os recifenses a celebrar os espaços públicos e nossa cultura. No sábado (4), o Boulevard Rio Branco, no Recife Antigo, recebe mais uma edição do Projeto Ginga Recife, uma parceria da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Recife com os grupos Angoleiros do Sertão e Meia Lua Inteira, que leva a capoeira regularmente para um dos mais bonitos e importantes cartões postais da cidade. O mestre da roda será Soldado, do Grupo Volta Que o Mundo Dá. No Museu da Cidade do Recife, o sábado será de semeadura. A partir das 14h, uma oficina gratuita de horta urbana convida crianças e adultos a encerrar as comemorações da Semana Burle Marx, oferecida pela Prefeitura do Recife para celebrar o paisagista por ocasião de seu aniversário, com a mão na terra. A facilitadora, Rosa Campello, vai ensinar como cultivar frutas e hortaliças, em pomares criados a partir de garrafas de plástico e embalagens de papelão. Serão oferecidas 20 vagas. Informações: 355-9540. Na semana em que a humanidade esgotou, segundo a ONG Global Footprint Network, todos os recursos naturais renováveis que o planeta Terra é capaz de oferecer em um ano, a Galeria Janete Costa convida os recifenses a pensar sobre os oceanos e todo o lixo que eles recebem. A exposição gratuita Danger, do artista visual francês Serge Huot, apresenta um conjunto de obras que relaciona a prática do surf com questões ambientais inadiáveis, para as quais a humanidade precisa olhar urgentemente. A Janete Costa funciona das 14h às 20h no sábado e das 15h às 19h, no domingo. Mais informações: 3355-9825. No MAMAM, duas exposições convidam os recifenses para um passeio cultural nestes sábado e domingo: A arte é um manifesto – 30 anos de Devotos, com backdrops, pôsteres, ingressos, capas de fitas demo e projetos gráficos dos discos que contam a história da banda de rock recifense, e ExistenCidades, do fotógrafo Beto Figueiroa, que questiona a forma como o espaço urbano vem sendo estruturado e teve sua temporada prorrogada até o próximo dia 15 de agosto. A entrada é gratuita e o horário de funcionamento do museu é das 13h às 17h, no fim de semana. Domingo (5) é dia de cair no frevo. A partir das 16h, o Paço do Frevo, equipamento também gerido pela Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura, oferece o já tradicional Arrastão pelas ruas do Recife Antigo. O cortejo deste mês será comandado pela Orquestra do Maestro Oséas, uma das mais tradicionais do estado, formada por cerca de 40 músicos, e pelos passistas da Escola Municipal Maestro Fernando Borges, mais conhecida como Escola Municipal de Frevo, um dos principais espaços de divulgação e salvaguarda da imensa diversidade de passos do Frevo em Pernambuco. Mais cedo, a partir das 9h do domingo, o projeto Olha! Recife, da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, levará os recifenses para passear pelo Derby, bairro que já foi um dos mais aristocráticos do Recife, até meados do século XX. O passeio é gratuito, mas é preciso inscrever-se no site www.olharecife.com.br, a partir das 9h desta sexta-feira (3). Quem preferir o Recife Antigo como cenário para um passeio neste domingo pode encerrar o fim de semana com música e fé, no concerto gratuito do Quarteto Encore, às 17h, na Igreja Madre de Deus. O grupo de cordas levará ao público seu repertório autoral do disco Mosaicos. A apresentação faz parte do Projeto Música na Igreja, oferecido pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, que acontece nos primeiros domingos de cada mês.

Arrastão do Frevo, capoeira, concerto na igreja e artes visuais na programação do fim de semana recifense Read More »

Último fim de semana de férias com grafite, música, dança, trilhas ecológicas e exposições de arte gratuitas no Recife

Grafite, música, dança e práticas esportivas tomam conta do asfalto no fim de semana recifense. Neste domingo, o Recife Antigo recebe o Festival R.U.A.- Recife Urbana Arte. A intensa e diversificada programação cultural gratuita, oferecida pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer. Mas os recifenses já têm motivo de sobra para curtir os espaços e equipamentos públicos a partir de amanhã (26). No Paço do Frevo, espaço de salvaguarda do mais pernambucano dos gêneros musicais, tem atração já a partir de sexta, Renato Bandeira & Som de Madeira se apresentam dentro da programação gratuita da Hora do Frevo, que acontece no hall de entrada do museu a partir do meio dia. O grupo é formado por Renato Bandeira (guitarra, violão e viola de 10 cordas), Augusto Silva (bateria), Hélio Silva (baixo) e Júlio César (acordeon) e mistura jazz às sonoridades nordestinas. No sábado (28) e domingo (29), o equipamento convida os recifenses a caírem no passo. Das 14h às 17h, o Paço oferece uma vivência de frevo, que os visitantes podem fazer após o passeio pelo museu. Informações: 3355-9500. No Museu da Cidade, o sábado encerra a programação de férias oferecida pelo equipamento. Depois de passear pela exposição Cinco Pontas, que conta a história da fortificação recifense, os visitantes podem participar, às 15h, de uma oficina gratuita de origami, com Rayza Bazante. Informações: 3355-9540. Para surfistas e também para os demais recifenses, a Galeria Janete Costa também é um pico imperdível neste fim de semana. Está em cartaz no equipamento, gerido pela Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura, o a exposição Danger, do artista visual francês Serge Huot. O artista, que mora no Brasil desde 1980 e começou a carreira no Recife, apresenta um conjunto de obras que relaciona a prática do surf com questões ambientais. A Janete Costa funciona das 14h às 20h no sábado e das 15h às 19h, no domingo. Mais informações: 3355-9825. No MAMAM, duas exposições estarão em cartaz neste fim de semana: A arte é um manifesto – 30 anos de Devotos, com backdrops, pôsteres, ingressos, capas de fitas demo e projetos gráficos dos discos que contam a história da banda de rock recifense, e ExistenCidades, do fotógrafo Beto Figueiroa, que questiona a forma como o espaço urbano vem sendo estruturado e teve sua temporada prorrogada até o próximo dia 15 de agosto. A entrada é gratuita e o horário de funcionamento do museu é das 13h às 17h, no fim de semana. No Teatro Hermilo Borba Filho, o espetáculo Vestidos e Sapatos, adaptação de Carlos Carvalho ao conto homônimo de Hermilo, estará em cartaz no sábado e domingo, às 19h30. A peça, apresentada durante a Semana Hermilo, promovida pela Prefeitura para celebrar um dos maiores escritores e homens de teatro que o Nordeste produziu, conta a história da negra Esmeridiana na luta por vestidos e sapatos, que se passa, como quase tudo que Hermilo escreveu, na pulsante Palmares do seu imaginário. A produção é do Coletivo Construtores de Histórias e Produções Paralelas. Os ingressos custam R$ 15 e R$ 30. No domingo, todos os caminhos que a arte toma para se expressar nos espaços urbanos conduzem ao Recife Antigo. Das 9h às 21h, o bairro estará repleto de programações e atrações para todos os públicos e idades. Na Rio Branco, vai ter dança contemporânea, com o espetáculo Diário das Frutas, dirigido pelo bailarino Dielson Pessoa, ex-bailarino da Companhia Déborah Colker, além de apresentações de tecido aéreo com a Cia de Acrobacia Aérea Penduricalho, de Camila Gatis, números de mágica com Wally Garret, dança de stileto (com salto alto), performances de estátuas vivas, além de grandes atrações musicais, como o DJ KL Jay (do grupo Racionais MCs). Na Marquês de Olinda, terá ainda pólo esportivo, com várias modalidades contempladas, como showball (modalidade do futebol), skate/patins, slackline e parkour. O R.U.A. vai contar também com programação especial para os pequenos, com atrações como Tio Bruninho, das 15h30 às 16h30, além de brinquedos infláveis, oficina de pintura corporal, oficina de Slime e outras atividades recreativas. Confira a programação completa no site da Prefeitura do Recife: https://bit.ly/2v7gMmj. O Olha! Recife, também da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, convida os recifenses para dois passeios no fim de semana: de catamarã, às 9h do sábado, pela região central da cidade, e a pé, às 9h do domingo, com destino aos antigos relógios que ditam o ritmo do cotidiano nas paisagens recifenses. As inscrições serão nesta sexta-feira, a partir das 9h, pelo site: www.olharecife.com.br.   Meio Ambiente – No Econúcleo do Parque da Jaqueira e no Jardim Botânico, vai ser verde o último fim de semana do recesso escolar de julho, com as Ecoférias, uma programação especial montada pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (SDSMA). Durante todo o sábado e todo o domingo, serão oferecidos espetáculos teatrais, trilhas, exibição de curtas, oficinas e contações de história. Também tem programação de férias, das 15h às 18h, nos Parques Santana e Santos Dumont, no sábado, e nos Parques Macaxeira e Caiara, no domingo. As atividades, gratuitas e a céu aberto, fazem parte do Recife Férias, projeto  da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, que se despede da cidade neste derradeiro fim de semana preguiçoso de julho.

Último fim de semana de férias com grafite, música, dança, trilhas ecológicas e exposições de arte gratuitas no Recife Read More »

Cultura de rua toma conta do Recife Antigo no Festival R.U.A. - Recife Urbana Arte

A Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer realiza no domingo (29) o Festival R.U.A.- Recife Urbana Arte. O evento acontece no Recife Antigo e é a culminância do Colorindo o Recife, projeto iniciado em 2013 que, em 2017, tornou-se política pública municipal de  incentivo à arte urbana nos espaços públicos da cidade. O R.U.A. foi adiado devido à paralisação dos caminhoneiros, e chega agora para transformar o Recife Antigo em uma grande galeria de arte, música, dança, esportes, cinema ao ar livre e várias outras atividades, das 9h às 21h, com artistas de vários locais do Brasil.  A Av. Barbosa Lima ganhará um painel de cerca de 300 m2 grafitado com efeitos em 3D e terá exposição do Colorindo o Recife, com placas dos 27 espaços públicos com grafitagens que já foram finalizadas, mostrando o resultado do projeto. Na Rua da Moeda, haverá apresentações de break dance com Okado do Canal, da coletânea Ato Periférico, premiada em Londres no Festival Freedom Creativity Prize. No Boulevard Rio Branco haverá painéis grafitados que receberão intervenções de video mapping (projeções que dão movimentos aos desenhos). "O evento é pautado na necessidade de democratizar o acesso aos espaços públicos da cidade e a valorização da arte urbana. A proposta é trazer para o Recife Antigo diferentes grupos sociais através de uma programação multicultural e tecnicamente qualificada. Além das tradicionais linguagens ligadas ao hip hop como o grafiti, o break dance e o RAP, uma grande variedade expressões artísticas e também esportivas serão proporcionadas de forma gratuita para toda a família. O festival propõe uma nova forma de olhar a produção cultural da cidade, estimulando o diálogo de linguagens e a utilização da tecnologia nos processos artísticos.', explica Ana Paula Vilaça, Secretária de Turismo, Esportes e Lazer do Recife. A arte de rua estará presente em outras linguagens, como a dança contemporânea do espetáculo Diário das Frutas, dirigido pelo bailarino Dielson Pessoa (ex-bailarino da Companhia Déborah Colker), inspirado em crônicas de Bruno Albertin e telas de Tereza Costa Rego, apresentações de tecido aéreo com a Cia de Acrobacia Aérea Penduricalho de Camila Gatis, Números de Mágica com Wally Garret, Dança de Stileto (com salto alto), performances de Estátuas Vivas, DJ KL Jay (do grupo Racionais MCs), Romero Ferro, entre outros. A programação conta também  com  uma  arena  de  cerveja  artesanal  com oito cervejarias pernambucanas. Na Marquês de Olinda, terá pólo esportivo, com quadra de showball (modalidade do futebol), uma pista de skate/patins e estrutura para oficina de Slackline, além das intervenções de Parkour. O RUA tem também uma progra,ação especial para as crianças. No palco principal, Tio Bruninho faz apresentação das 15h30 às 16h30. Já o polo infantil, que também ficará  na Marques de Olinda, vai funcionar das 9h às 18h, com brinquedos infláveis, oficina de pintura corporal, oficina de Slime e outras atividades recreativas.   Programação R.U.A PÓLO EXPERIMENTAL Serão colocadas 02 (duas) tendas em formato circular, tendo como material o bambu com malhas decorativas e iluminação cênica de luz negra. Local: Avenida Rio Branco (Primeira tenda: no cruzamento do Sansa)   * 09:00 às 10:30 – DJ Soma (Recife/PE); * 10:30 às 12:00 – Reciclagem Sonora (Recife/PE); * 12:00 às 13:00 – Arrete (Recife/PE);; * 13:00 às 14:30 – DJ HTTP (Olinda/PE); * 14:30 às 16:30 – Salvador Araguaya (São Paulo/SP); * 16:30 às 18:30 – DJ Kl Jay (São Paulo/SP); * 18:30 às 21:00 – Rádio Libertadora (Recife/PE).   PÓLO PALCO PRINCIPAL Local: Em frente à Associação Comercial Será montada uma estrutura de palco tendo medidas 10x8. * 14:00 às 15:00 – Frente Trovadora (Areia/PB); * 15:30 às 16:30 – Tio Bruninho (Recife/PE); * 17:00 às 18:00 – Romero Ferro (Recife/PE); * 19:00 às 19:45 – Espetáculo: Diário das Frutas (Recife/PE).   PÓLO GRAFITE Local: Na Boulevard Rio Branco ao lado do antigo Santander atual prédio da IN LOKO. Serão montadas 06 placas de MDF de medidas 2,75 x 3,66 grafitadas com temas do Recife e nelas serão jogadas imagens através de projetor dando vida aos desenhos. * 17:30 às 18:30; * 18:30 às 21:00.   PÓLO ARTÍSTICO Local: Boulevard Rio Branco (Segunda tenda: ao lado da loja Frutas do Brasil) Serão feitas intervenções artísticas para todos e acontecerão durante todo o período do evento. * 10:00 às 11:00 – Estátuas humanas – Dan Oliveira (João Pessoa /PB); * 11:00 às 11:30 – Dembow Dance (Campina Grande/PB); * 11:30 às 12:00 – Zé da Luz (Itabaiana/PB); * 12:30 às 13:30 – Família Malanarquistas (Recife/PE); * 14:00 às 16:00- Apresentações Circenses (Recife/PE); * 14:00 às 16:00 – Pintura Corporal (Recife/PE); * 15:00 às 17:00 – Atividades de acrobacia aérea com tecidos Cia. Penduricalho (frente ao Banco do Brasil) - (Recife/PE); * 15:30 – Tribo do Sol (Recife/PE); * 16:00 às 16:30 – Dembow Dance (Campina Grande/PB); * 16:30 às 16:45 – Estileto (Recife/PE); * 17:00 às 18:00 – Perfomance de dança contemporânea - Caleidoscópio – Dan Oliveira (João Pessoa /PB); * 18:00 às 19:00 – Apresentação de Slackline com LED (São Paulo/SP); * 19:00 às 20:00 – Tribo do Sol (Recife/PE).   PÓLO ESPORTIVO Local: Av. Marquês de Olinda Neste pólo serão desenvolvidas atividades esportivas na rua: * 08:00 às 09:00 – Caminhada dos Idosos (Recife/PE); * 09:00 às 12:30 – Oficina de slackline (São Paulo/SP); * 09:00 às 18:00 – Atividades Esportivas: Basquete de Rua, Showbol e Parkour (Recife/PE); * 14:00 às 18:00 – Patinação artística (Recife/PE).   PÓLO DA CERVEJA ARTESANAL Local: Rua do Bom Jesus (na frente da sorveteria Frutas do Brasil) * 10:00 às 21:00 – Venda de Cervejas Artesanais e DJ (Recife/PE).   CINEMA DO CAIS Local: Nova parte do Cais do Sertão Será montada uma estrutura em grid tendo uma tela de tamanho 5x9 para a exibição de curtas e filmes. Além disso, serão disponibilizadas esteiras e cadeiras de praia para acomodação dos participantes no local do evento. Filmes que serão exibidos: O mundo é uma cabeça. (Chico Science) 17 minutos. De Cláudio Barroso. Luiz Gonzaga - A luz do Sertão. 36 minutos. De Anselmo Alves. Carnavais no passo do tempo. 52 minutos. De Anselmo Alves. * Horário: 18:00 às 20:00   PÓLO

Cultura de rua toma conta do Recife Antigo no Festival R.U.A. - Recife Urbana Arte Read More »

Exposição sobre surf e meio ambiente estreia na Galeria Janete Costa

O equilíbrio raro e perfeito entre homem e natureza experimentado pelos surfistas a cada onda pega é a emoção que o artista visual francês Serge Huot tenta partilhar em sua Danger, exposição que estreou dia 21, na Galeria Janete Costa, localizada no Parque Dona Lindu. A mostra é gratuita e segue em cartaz até 16 de setembro. O artista apresenta na Janete Costa um conjunto de obras feitas de restos de prancha, doados por surfistas ou recolhidos na praia desde 2013, que dão vida a objetos e instalações que convidam à reflexão sobre a natureza e a forma pouco respeitosa como nos relacionamos com ela. Logo na entrada da galeria, centenas de pedaços de prancha espalhados no chão sugerem uma geografia do lixo, lembrando o desenho dos continentes e as toneladas de plásticos e diversos outros materiais que dizimam a vida nos oceanos. No primeiro andar da galeria, o público é recebido por esculturas que parecem criaturas feitas de pedaços de prancha, entidades que resignificam e devolvem vida ao lixo. Huot trouxe ao Recife também gravuras em papel fotográfico, que retratam corpos de surfistas e pessoas próximas a ele, carimbados com tinta, revelando texturas que parecem sugerir uma cartografia humana e afetiva. A exposição conta ainda com vídeos que fazem ecoar e imperar dentro da galeria o barulho da água e o ritmo soberano da natureza. Para a curadora Valquiria Farias, há nas obras de Danger a referência ao surf como “relação ideal” entre o homem e a natureza. “O corpo está imerso nesse jogo ideal, eleva seu pensamento ao ritmo de uma onda preexistente. Por outro lado, há a fatura que liga essas obras a uma crítica real do consumo em que o próprio surf não está incólume”. Ainda segundo ela, Serge Huot procura mostrar esses dois momentos ao reunir restos de pranchas recortadas e retrabalhadas por ele em diversas situações. Além disso, as noções de acúmulo e efemeridade das coisas, recorrentes na produção do artista, fazem referência às noções apregoadas pelo novo realismo francês, principal influência do artista. Serviço Danger - Exposição do artista Serge Huot Abertura: 21 de julho Visitação: 22 de julho a 16 de Setembro de 2018 Horário: Quarta a sexta-feira, das 12h às 20h; Sábados, das 14h às 20h; Domingos, das 15h às 19h Local: Galeria Janete Costa – Parque Dona Lindu Entrada gratuita Informações: 3355-9825 ou galeriajanetecosta@gmail.com

Exposição sobre surf e meio ambiente estreia na Galeria Janete Costa Read More »

Galeria Janete Costa recebe exposição sobre surf e meio ambiente

A complexa relação entre a humanidade e o meio ambiente analisada de cima de uma prancha de surf. Esse será o tema da exposição Danger, do artista visual francês Serge Huot, que estreia neste sábado (21), às 15h, na Galeria Janete Costa, e segue em cartaz até 16 de setembro. A exposição apresenta um conjunto de obras feitas a partir de restos de pranchas de surf, que relaciona a prática do esporte com questões ambientais, tema que toca o artista desde que ele chegou ao Brasil, no final dos anos 1980. A relação entre homem, natureza e sociedade, e a reflexão sobre o mundo urbano industrializado e o seu impacto no meio ambiente, sempre permearam a obra de Huot, que vive atualmente em Tambaba, litoral sul paraibano. As obras e instalações expostas da galeria foram feitas com restos de pranchas doadas por surfistas conhecidos e coletadas por Huot desde 2013. “Meus trabalhos com as pranchas são metáforas da ausência do surf, mas também podem se referir a outras maneiras de contato das pessoas com essa parte oceânica da natureza, cada vez mais afetada pelas inúmeras formas de exploração comercial e industrialização desordenada”, diz o artista. Huot trouxe ao Recife também gravuras em papel fotográfico, que retratam surfistas e pessoas próximas a ele, além de vídeo que trata do ritmo da água e da passagem do tempo e da destruição da natureza. Para a curadora Valquiria Farias, há nas obras de Danger a referência ao surf como “relação ideal” entre o homem e a natureza. “O corpo está imerso nesse jogo ideal, eleva seu pensamento ao ritmo de uma onda preexistente. Por outro lado, há a fatura que liga essas obras a uma crítica real do consumo em que o próprio surf não está incólume”. Ainda segundo ela, Serge Huot procura mostrar esses dois momentos ao reunir restos de pranchas recortadas e retrabalhadas por ele em diversas situações. Além disso, as noções de acúmulo e efemeridade das coisas, recorrentes na produção do artista, fazem referência às noções apregoadas pelo novo realismo francês, principal influência do artista.   Serviço Danger - Exposição do artista Serge Huot Abertura: 21 de julho, às 15h Visitação: 22 de julho a 16 de Setembro de 2018 Horário: Quarta a sexta-feira, das 12h às 20h; Sábados, das 14h às 20h; Domingos, das 15h às 19h Local: Galeria Janete Costa – Parque Dona Lindu Entrada gratuita Informações: 3355-9825 ou galeriajanetecosta@gmail.com

Galeria Janete Costa recebe exposição sobre surf e meio ambiente Read More »