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Perda auditiva na terceira idade: como driblar a deficiência

É preciso saber envelhecer, buscar alegria no convívio com familiares e amigos, estar conectado ao mundo, escutar bem o som das conversas e das músicas. Entre todas as dificuldades que afetam a vida de um idoso, a surdez é uma das mais cruéis porque pode isolar o indivíduo da vida em sociedade. E o que fazer para evitar isso? As células auditivas morrem com o passar do tempo e hábitos ruins, como o de frequentar ambientes barulhentos durante a vida, podem agravar esse quadro. Quanto mais essas células são perdidas, maior é a perda auditiva. Pesquisa realizada pelo site Heart-it comprova: pessoas que não escutam bem têm problemas de relacionamento e ficam isoladas, sem participar dos momentos alegres do cotidiano, o que pode acarretar depressão e até demência. “Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil. Há muita resistência em admitir a surdez. Mas trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer. Estudos confirmam que uma das soluções para a perda de audição é o uso de aparelhos auditivos, o que resulta em melhoras significativas na qualidade de vida do idoso”, afirma Isabela Papera, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas. São mais de 15 milhões de brasileiros com dificuldades auditivas, segundo a Organização Mundial de Saúde. Neste balanço estão incluídos os 12 milhões com mais de 65 anos.De acordo com especialistas, muitas pessoas já apresentam algum grau de surdez a partir dos 40 anos, por causa do envelhecimento natural do corpo. O processo é diferente em cada um, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária já têm dificuldades para ouvir. E depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um médico otorrinolaringologista aos primeiros sinais de surdez. “O uso diário do aparelho auditivo e o apoio da família são essenciais para que o idoso resgate a sua autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já está grave. A perda de audição acontece de maneira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, a deficiência atinge um estágio mais avançado”, explica a fonoaudióloga, que é especialista em audiologia. A maioria das pessoas com presbiacusia começa a perder a audição quando há um declínio na sua capacidade de ouvir sons de alta frequência - uma conversação contém sons de alta freqüência. Portanto, o primeiro sinal de presbiacusia pode ser a dificuldade de ouvir o que as pessoas dizem para você. Os sons da fala com mais alta freqüência são as consoantes, como o S, T, K, P e F. Cabe ao médico otorrinolaringologista examinar o paciente e ao fonoaudiólogo indicar qual tipo e modelo de aparelho atende às necessidades do deficiente auditivo. “Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do resto do corpo, pois uma boa audição traz mais prazer de viver. E na área auditiva, a tecnologia cada vez mais avançada surge como uma grande aliada do deficiente auditivo. Já existem modernos e discretos aparelhos que garantem uma audição perfeita e sem constrangimentos – alguns aparelhos ficam, inclusive, invisíveis dentro do canal auditivo. O melhor então é procurar ajuda para voltar logo a ouvir os sons da vida”, conclui a fonoaudióloga da Telex. Segundo dados do IBGE, o número de idosos ultrapassou os 30 milhões, em 2017, no Brasil; um crescimento de 18% nos últimos cinco anos. Na última década, também aumentou a expectativa de vida média do brasileiro, que hoje já passa de 73 anos. Deste modo, é preciso estar alerta para ter uma velhice saudável e, para isso, é fundamental ouvir bem! Conheça dez sintomas que podem indicar indícios de perda auditiva: -   Ouvir as pessoas falando como se elas estivessem sussurrando -  Assistir televisão em volume mais alto do que as outras pessoas da casa, pedindo para aumentar o som - Não ouvir quando é chamado por uma pessoa que não está à sua frente ou que se encontra em outro cômodo - Comunicar-se com dificuldade quando está em grupo ou em uma reunião - Pedir com freqüência que as pessoas repitam o que disseram - Ouvir com dificuldade o toque de campainha ou telefone; ou mesmo ficar embaraçado ao não entender o que outro diz pelo telefone - Dificuldade em comunicar-se em ambientes ruidosos, como no carro, no ônibus ou em uma festa - Fazer uso de leitura labial durante uma conversa. - Família e amigos comentam que você não está ouvindo bem. - Se concentrar muito para entender o que as pessoas falam.

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Como cuidar da audição em viagens aéreas

O período de férias escolares está terminando e muitas pessoas estão voltando para casa ou já planejando suas viagens para os onze feriados prolongados de 2018. As idas e vindas de avião costumam gerar zumbido nos ouvidos de muitos viajantes e para quem utiliza aparelhos auditivos o desconforto pode ser maior. Para não sofrer com este e outros problemas é preciso tomar alguns cuidados. Para evitar dores no ouvido, é importante a cada pouso e decolagem não deixar de usar os aparelhos, garantido assim o entendimento de todas as orientações dos comissários de bordo. O incômodo nas viagens aéreas ocorre pela rápida mudança de altitude, com o avião em geral atingindo entre 10 e 12 mil metros. Uma dica para quem sofre com problemas de audição é escolher um assento na lateral do avião oposto ao seu ouvido com melhor escuta. Por exemplo, se você ouve melhor com o ouvido direito, escolha um assento na janela da fileira esquerda; assim você pode escutar melhor as recomendações e serviços da companhia área. Quando possível, escolha assentos longe dos motores do avião, onde há mais ruído. "Um cuidado muito importante para os viajantes que utilizam aparelhos auditivos é não esquecer de levar seu desumidificador e de colocar seu aparelho nele durante a noite, garantindo assim uma boa vida útil ao equipamento. Leve sempre um estoque de pilhas em mais de uma bolsa para garantir que, mesmo que alguma se perca, você possa continuar ouvindo bem durante todo o dia", aconselha Isabela Papera, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas. Durante o vôo, é recomendado também fazer movimentos de bocejar, engolir ou mastigar para que a Trompa de Eustáquio se abra e feche, mantendo assim o equilíbrio da pressão do ar entre os dois lados da membrana do tímpano, aliviando o zumbido e o incômodo. Pessoas que utilizam aparelhos auditivos também podem viajar sozinhas com o auxílio de novas tecnologias. O modelo Oticon Opn, comercializado pela Telex Soluções Auditivas, se conecta com mais de 280 tipos de serviços de internet que estejam em nuvem. Ao receber um e-mail de companhia de viagens, por exemplo, o usuário não precisa recorrer a dispositivos móveis para checar as mensagens. Ele pode programar o aplicativo do Opn para receber o conteúdo da mensagem de modo sonoro, direto no seu aparelho auditivo. Isso pode ser feito também para alarmes, despertador e notificações de redes sociais, facilitando ainda mais a viagem.

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Neste fim de ano, proteja sua audição

O período de festas de fim de ano já está a todo vapor. E além da tradicional comilança e distribuição de presentes, sempre tem muito barulho nas comemorações. Confraternizações com grandes aglomerados de gente e música alta, fogos de artifício, brinquedos barulhentos das crianças – tudo isso pode causar danos à audição. Mas calma! Não precisa ser antissocial e não ir à festa da firma, ou deixar de dar aquele presente que seu filho tanto quer. Basta tomar alguns cuidados. O barulho das conversas em tom de voz elevado e a música alta que anima as confraternizações que surgem aos montes em dezembro podem acarretar danos graves à audição. Isso ocorre porque em ambientes fechados o som fica concentrado, não se propaga e, acima de 85 decibéis, causa danos às células ciliadas do ouvido e aos nervos internos da orelha ao longo da vida. “Após quatro horas de exposição a ruídos acima de 90 decibéis, o indivíduo poderá ter sua acuidade auditiva afetada”, diz a fonoaudióloga Isabela Papera, da Telex Soluções Auditivas. A perda de audição é cumulativa. Pode não se manifestar imediatamente, mas seus efeitos serão sentidos mais tarde. Os principais sintomas de que a audição está prejudicada é a sensação de pressão ou ouvido tampado, dores de cabeça, zumbido ou dificuldades para escutar e entender o que as pessoas falam. Estudos mostram que 95% da população já ouviram zumbido pelo menos uma vez na vida e até 17% apresentam os sintomas. Os brinquedos musicais – que muitas vezes são pedidos ao Papai Noel – também podem trazer riscos à audição, principalmente nas crianças pequenas. No mercado o que não falta são opções “barulhentas” para presentear a criançada, porém é preciso ficar atento à intensidade do som. O que aparentemente é inofensivo pode representar um grande perigo para a audição das crianças. Na hora da compra, os adultos devem ficar atentos às condições de segurança. O selo do Inmetro é um importante indicador de que o brinquedo é seguro e que está dentro dos limites estabelecidos pela legislação. Brinquedos sonoros do tipo “made in China”, vendidos em camelôs, por exemplo, são os que trazem maiores riscos e chegam a emitir ruídos acima do limite recomendado. Instrumentos musicais infantis, por exemplo, como guitarra elétrica, bateria, tambor e trombeta, podem emitir sons de até 120 decibéis. “O contato frequente com um brinquedo que emite um som muito alto pode causar danos auditivos, desde os primeiros anos de vida, afetando para sempre a audição das crianças. Os menores, de até três anos de idade, são os mais afetados. E a dificuldade de ouvir pode atrasar todo o seu desenvolvimento, seja na área da fala e também no desempenho escolar”, pontua a fonoaudióloga, que é especialista em audiologia. Outro perigo tradicional das festas de fim de ano são os fogos de artifício, que ajudam a animar as comemorações. Eles podem trazer riscos irreversíveis à audição – além dos riscos em manipulá-los de forma incorreta. O barulho excessivo causado pelos rojões pode causar uma perda auditiva severa, um trauma acústico com perda de audição uni ou bilateral, temporária ou – nos casos mais graves – definitiva. Isso acontece porque o estrondo dos fogos, principalmente dos rojões, é inesperado. O forte ruído pode chegar a uma intensidade de 140 decibéis. Para se ter uma ideia do quão forte é esse barulho, um avião durante a decolagem produz um som de 130dB. “O som entra pelo conduto auditivo até chegar à cóclea, onde ficam as células ciliadas do ouvido, que são os receptores sensoriais do sistema auditivo. Com a exposição intensa a altos volumes sonoros as células vão morrendo e, como não são regeneradas pelo organismo, a audição vai diminuindo de forma lenta, mas progressiva. É o que se denomina Perda Auditiva Induzida por Nível de Pressão Sonora Elevada (PAINPSE). Ela é irreversível e pode se agravar ao longo dos anos”, explica Isabela. Para evitar que o ouvido seja afetado, o ideal é manter-se distante do local da queima de fogos. Em meio à festa, no entanto, se for inevitável ficar próximo aos fogos, Isabela Carvalho, que é especialista em audiologia, aconselha o uso de protetores de ouvido. “Existem no mercado vários tipos de protetores. Os da Telex, por exemplo, são leves e moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa, diminuem o barulho em aproximadamente 15 ou 25 decibéis, de acordo com o desejo do usuário e podem proteger a capacidade auditiva em até 10 anos”, explica a especialista, que complementa: “Em caso de exposição a um impacto sonoro muito forte, o mais indicado é procurar um médico otorrinolaringologista, para avaliar se o dano auditivo causado pelos fogos é temporário ou irreversível”, conclui a fonoaudióloga da Telex. Estima-se que mais de 10 % da população mundial têm algum grau de perda auditiva, sendo que grande parte danificou sua audição por exposição excessiva a sons que poderiam ter sido evitados, como o de rojões.

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Os cuidados com a saúde auditiva

Ouvir é uma das experiências sensoriais mais importantes para as pessoas, mas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a perda auditiva é a deficiência mais comum em todo o mundo. No Brasil cerca de 15 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência auditiva, seja ela total ou parcial. O problema é que a maioria das pessoas com perda auditiva espera até sete anos após o diagnóstico para procurar tratamento, segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, ignorando o fato de que quanto mais rápido o diagnóstico, menor o prejuízo na audição. Muitas vezes, a dificuldade em vencer o preconceito na hora de usar o aparelho auditivo é maior do que o desejo de cura. Ter uma audição perfeita faz parte de uma boa saúde, porém as pessoas esquecem que para isto é preciso tomar algumas medidas que previnam problemas com este sentido. É mais comum a realização de ‘check-ups’ médicos para avaliar outras partes do corpo humano, como o coração e visão, mas o cuidado com a audição na está entre as prioridades de muita gente. E essa indiferença com os ouvidos pode se transformar em um prejuízo grave para a saúde auditiva. Normalmente, as pessoas são vítimas dos males causados pelo barulho do dia a dia sem nem perceber, já que há algum tipo de barulho em toda parte. De acordo com a Sociedade Brasileira de Otologia, cerca de 35% das perdas auditivas são consequência da exposição desses ruídos diários. “A verdade é que quando detectado algum prejuízo auditivo, este é considerado irreversível. Por isso a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para evitar problemas ou para detectá-los precocemente e assim iniciar o tratamento de reabilitação auditiva”, explica Aline Magalhães, fonoaudióloga da Menthel, licenciada exclusiva da Siemens em Pernambuco. Problemas auditivos podem acontecer em qualquer idade e apresentar vários graus de comprometimento. Entre as causas, a questão genética, a exposição constante a ruídos intensos, trauma ou choque acústico, além da idade avançada e da perda auditiva condutiva, originada por algumas doenças. Hábitos simples, cultivados desde cedo, contribuem para prevenir o problema. “Evitar a exposição à poluição sonora, controlar o uso de aparelhos de som e fones de ouvido, observar se está tendo dificuldades para ouvir, são recomendações que ajudam a evitar problemas auditivos, além da frequência regular a um médico especialista”, comenta a fonoaudióloga É importante realizar exames auditivos com frequência e não esperar para cuidar da audição apenas quando perceber algum incômodo. No caso de pessoas que já estão com a audição comprometida, o tratamento através do aparelho auditivo é indicado para qualquer grau de perda auditiva. “É importante que ele seja colocado assim que for identificado o déficit auditivo para que haja uma estimulação neural e essa perda não progrida de maneira rápida”, conclui Aline

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Saúde Auditiva preocupa especialistas

A saúde auditiva preocupa especialistas do mundo inteiro em um cenário preocupante, na qual problemas de audição provocados por causas diversas já afetam 360 milhões de indivíduos, de acordo com alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). As perdas auditivas chegam a ser irreversíveis e, de acordo com o organismo internacional, podem ser divididas em duas categorias: as chamadas causas congênitas e as causas adquiridas. A primeira envolve aquelas que estão relacionadas a doenças como rubéola congênita, sífilis e outras infecções durante a gravidez; nascimento abaixo do peso ideal; falta de oxigênio na hora do parto; uso inapropriado de medicamentos ao longo da gestação; e icterícia neonatal, um problema de saúde que pode danificar o nervo auditivo em recém-nascidos. E segunda está relacionada ao desenvolvimento de meningite, sarampo, caxumba, infecções crônicas no ouvido, otite média, lesões na cabeça ou no ouvido e uso de alguns remédios, como os utilizados no tratamento de infecções neonatais, malária, câncer e tuberculoses agressivas. “Apesar do avanço no diagnóstico precoce. Nos ainda falhamos muito no diagnóstico precoce da deficiência auditiva. Temos 1 milhão de jovens com surdez e 2 milhões com perda auditiva severa ou profunda. 30% dos idosos com mais de 60 anos tem surdez. E 80 a 90 % dos com mais de 85 anos. E a predominância hereditária tem importância fundamental devendo ser pesquisada nos pacientes em causa aparente para deficiência auditiva”, destaca a Dra Patrícia Santos, vice-gerente do serviço de ORL (Serviço de Otorrinolaringologia) do Hospital Agamenon Magalhães, uma das duas maiores unidades hospitalares responsáveis pelos tratamentos mais graves do problema. Um problema que é crescente entre os mais jovens, segundo pesquisa recente Organização Mundial de Saúde, a deficiência auditiva não faz distinção de idade, sexo ou genética, mesmo atingindo atualmente uma maioria de adolescentes e adultos jovens que correm o risco de prejudicar sua audição devido a suas práticas de escuta inseguras. Afinal, no dia a dia, somos expostos a um volume absurdo de sons e ruídos que podem comprometer de diversas formas a audição e, consequentemente, a fala. Este quadro de contato constante com música alta diretamente no ouvido e outras formas de impacto de ruídos e sons, perceptíveis e não perceptíveis, é maior a incidência de danos das células ciliadas sensíveis no ouvido interno e, desta forma, que faz com que se corra o risco de perder a audição muito cedo. Quando a pessoa se expõe a um determinado tipo de ruído diariamente, ela fica exposta a uma forma mais insidiosa ao aparecimento de problemas na qual talvez não se perceba. Só após diversos anos é que vai notar que já está havendo um problema auditivo. “Tive um paciente com acidente de moto que sofreu trauma e ficou com surdez profunda bilateral. O resultado após o implante foi muito bom, mas o paciente tinha 16 anos e aceitação da deficiência até realizar a cirurgia foi um longo processo bastante doloroso. Acho que as causas de deficiência que podemos prevenir são as que precisamos fazer um trabalho de conscientização. Os trabalhadores que precisam de EPI são muito prejudicados porque a perda auditiva vai ocorrendo progressivamente chegando a níveis de tornar o trabalhador inapto para o trabalho”, lembra Santos. Esclarecimento e conscientização podem amenizar, desta forma, o cenário de deficiência auditiva no Brasil especialmente na indústria e construção onde fatores específicos colocam em questão a saúde auditiva e aumentam os índices de deficiência auditiva no Brasil, preocupando especialistas. Mas, além disso, tudo a perda auditiva requer cuidados e adaptações para resultados adequados e melhoria da qualidade de vida dos brasileiros que chegam a 10 milhões entre os portadores de surdez. Cuidados e tratamentos nos casos graves podem fazer a diferença dentro de um cenário que já é difícil para o paciente, acometido pela perda auditiva irreversível, que não teria remissão com tratamentos com medicamentos ou cirurgicamente. Se a perda for definitiva, a intervenção necessária será a indicação de um aparelho auditivo e/ou implante coclear, dependendo do grau dessa perda auditiva. E depois de passar por todo este delicado e difícil processo, o paciente tem que ultrapassar a principal barreira, a da sua própria discriminação e das pessoas ao seu redor, pois a criança e o adolescente em um novo universo ao qual não está preparada. “O desafio inicial é aceitar que possui uma alteração auditiva e necessita de um sistema auxiliar para melhorar a condição de escuta. Principalmente, os familiares de crianças que possuem o diagnóstico precoce, que é a condição ideal. Aceitar que seu filho possui uma alteração auditiva necessita de todo apoio da equipe multidisciplinar e dos familiares para superar a notícia inicial”, comenta a fonoaudióloga Roberta Garcia do Serviço de Implante do IMIP. De acordo com ela, os desafios afetam todos os envolvidos e em graus distintos. Temos então o desafio do AASI (Aparelho de Amplificação Sonora Individual) em criança é fazer a criança usar, enquanto para os pais e familiares é estar bem atentos as situações em que a criança não quer utilizar para ajudar o fonoaudiólogo na programação, além de verificar se a criança não está fazendo do uso do equipamento um motivo para desestabilizar os pais emocionalmente. “No caso de alguns adultos que estão indicados o uso de Aparelho de Amplificação Sonora Individual, precisamos desmistificar a ideia de que é algo incômodo. Sempre relatam que alguém falou que usar AASI é incômodo. Mas na realidade, alguns desses pacientes foram adaptados, mas não retornaram ao fonoaudiólogo responsável pela adaptação para relatar a queixa na tentativa de solucionar a queixa. Já no caso das próteses implantáveis o uso e manuseio é um grande desafio, seja qual for o dispositivo e a idade, assim como, adaptação ao novo som (o profissional tem que orientar que se o paciente já ouviu antes, não será a mesma qualidade sonora); a reabilitação auditiva; tempo para que os avanços aconteçam”, destaca Garcia. Para quem usa os implantes cocleares os desafios são os mesmos ou até maiores, pórem, superadas as dificuldades, as barreiras e os preconceitos, esses pacientes mudam totalmente após

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Sinais de alerta para a perda auditiva

A audição é essencial em nossas vidas, desempenhando um papel fundamental na comunicação humana. É por meio dela que conseguimos perceber os sons do ambiente e os sons da fala. O som é capaz de proporcionar e modificar as emoções, que por sua vez têm um papel fundamental nos relacionamentos, na saúde e na qualidade de vida. Problemas com a audição podem levar a sentimentos de depressão e, em alguns casos, até ao isolamento social. Isso porque, segundo a Fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas, Isabela Carvalho, a nossa audição fornece uma grande fonte de informações, algumas delas óbvias e outras quase imperceptíveis, que quando combinadas, são o elo entre o mundo e a forma como interagimos com ele. "A audição nos ajuda a conduzir a nossa vida diária sem limitações", justifica. A orelha, apesar de seu tamanho pequeno, é um órgão altamente complexo e composto por minúsculas células sensoriais e fibras nervosas que captam as vibrações do som e os transformam em impulsos elétricos, para o que o cérebro possa processar e interpretar a informação sonora. O cérebro é o responsável por dar sentido aos sons, facilitando assim a compreensão da fala, sem esforço de escuta. E caso as orelhas fiquem expostas a fortes vibrações sonoras por longos períodos de tempo, as células auditivas podem ser danificadas, ocasionando assim a perda auditiva. Junto com a diminuição da capacidade auditiva vem a redução da percepção sonora e dificuldades com a localização dos sons e com a compressão da fala. Normalmente o indivíduo passa a ter problemas para compreender as informações durante as conversas, ao ouvir música, ao falar ao telefone, ao assistir TV, dentre outros. Nos idosos é muito comum a ‘presbiacusia’, que é a perda auditiva decorrente do envelhecimento natural das células. A Fonoaudióloga Isabela Carvalho explica que isso pode levar a dificuldades na comunicação. "É muito difícil saber de onde vem os sons e entender esses sons com clareza", argumenta. Então fique alerta se você: - Constantemente pensa ou fala: Eu ouço mas não entendo o que as pessoas falam. - Coloca a TV ou o rádio em volume mais alto do que outras pessoas a seu redor. - Tem dificuldades de entender conversas com ruídos ao fundo, como por exemplo, em um jantar de família. - Não consegue acompanhar conversas em grupo. - Sempre pede aos outros para repetirem o que estão falando. - Tem amigos ou familiares que dizem que você não está ouvindo bem. Procure ajuda de profissionais especializados como os Otorrinolaringologistas e os Fonoaudiólogos que podem ajudar a diagnosticar e a tratar de sua audição. Algumas dicas úteis para ajudar na comunicação: - Falar próximo ao deficiente auditivo facilita o entendimento da frase. - Sempre que possível repita o que foi falado de forma pausada e articulada. - Gritar dificulta a compreensão e o reconhecimento de fala além de causar distorção nos sons. - Use gestos representativos e indicativos. - Mímicas e expressões faciais ajudam a completar a mensagem. - Sempre que possível, prefira locais mais calmos para as conversas.

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