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Se você é mulher, certamente está exausta

*Por Manu Siqueira Este não é um texto fofinho. É um texto-desabafo. E se você é mulher, assim como eu, vem cá me abraçar! Eu também estou exausta. Assim como a maior parte das mulheres que me rodeia. Um dia, eu já fui aquela mulher que se orgulhava de trabalhar no sábado, no domingo ou no feriado. Aliás, toda a minha geração foi educada com base no trabalho duro e árduo e, de preferência, sem reclamações. Mas confesso que, de uns tempos para cá, venho repensando tudo isso. A gente chega a uma certa idade em que não precisa mais provar nada para ninguém — nem para si mesma. Quem trabalha de forma autônoma, como eu, vive sonhando com a possibilidade de tirar uma semaninha de férias. Só uma. Sete dias, apenas. Pois bem, algo razoavelmente simples, às vezes, se torna difícil demais de realizar. Tenho amigas que viajam de férias e continuam trabalhando remotamente. Admiro porque eu, sinceramente, não conseguiria mais, embora já tenha feito isso também. Aliás, há mulheres que não têm outra escolha senão viajar e trabalhar ao mesmo tempo. Que isso fique bem claro, pois aqui não há julgamentos. Penso que o mundo pós-pandemia está mais difícil. Em todos os sentidos. Todo mundo está cansado. E, com as redes sociais, a nossa bateria social parece se esgotar antes mesmo do pôr do sol. Relacionar-se afetivamente virou um fardo. Ninguém está mais disposto a entrar na gangorra emocional que é se envolver com alguém. No trabalho, cada vez mais remoto, idem. Com a polarização política, essa exaustão chegou também aos almoços de família. No São João, me dei o direito de passar alguns dias sem fazer absolutamente nada. Nem preparar almoço, nem limpar a casa, nem ligar para ninguém. Um ócio maravilhoso. Chuva, filme, livro, silêncio e pipoca. Poderia ter passado a semana inteira assim. Mas acabou rapidinho. Quem tiver uma fórmula para a mulher exausta, por favor, compartilhe. Afinal, a mulher que trabalha fora, treina, faz dieta, cuida da casa, dos filhos (quando os tem), dos pais idosos, do marido (que, muitas vezes, não divide as tarefas domésticas) e ainda precisa estar magra e maquiada para ser "atraente", a fim de que ele não vá para a cama com outra... está, definitivamente, vivendo errado. Ah! E, se for empreendedora, ainda precisa arranjar tempo para produzir conteúdo digital. Vem cá! Me abraça de novo. Vamos impor limites. Ressignificar o que não foi tão bom. Recomeçar. Refazer. Isso pode nos ajudar. *Manu Siqueira é jornalista

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Cansaço mental é o maior obstáculo à criatividade no trabalho, mostra pesquisa com brasileiros

Estudo da Conquer Business School revela que, embora 74% dos profissionais se sintam criativos, o esgotamento psicológico ainda limita o potencial inovador nas empresas No ambiente de trabalho, o principal vilão da criatividade não são as redes sociais nem a pressão por resultados. De acordo com uma pesquisa da Conquer Business School, o cansaço mental e a sensação constante de esgotamento são os maiores entraves para que profissionais brasileiros possam expressar todo seu potencial criativo. O estudo ouviu 500 pessoas em todas as regiões do país e apontou que 45% delas enxergam nesse desgaste o principal bloqueio à inovação. Mesmo com esses desafios, a criatividade segue como uma habilidade presente no cotidiano de muitos profissionais: 74% afirmam se sentir criativos em suas atividades. Para essa maioria, a possibilidade de inovar impacta diretamente no engajamento com o trabalho, na autoestima e na produtividade. Os entrevistados relataram se sentir mais motivados (59%), produtivos (49%) e até mesmo orgulhosos de suas entregas (34%) quando conseguem colocar ideias novas em prática. Outro dado relevante do estudo é o papel crescente da Inteligência Artificial no estímulo à criatividade profissional. Para 83% dos participantes, o uso da IA teve impacto positivo. As principais contribuições, segundo eles, são o acesso facilitado a ideias e referências (42%) e a automatização de tarefas repetitivas (41%), que abre espaço na agenda para pensar com mais originalidade. Além do cansaço mental, outros fatores também travam o fluxo criativo nos escritórios. Entre eles, distrações digitais como redes sociais e aplicativos de mensagens (29%), falta de ferramentas adequadas (23%) e culturas organizacionais engessadas (17%) foram citadas. Em contrapartida, os estímulos mais eficazes à criatividade, segundo os entrevistados, são a autonomia para testar ideias (69%), o trabalho colaborativo (58%) e o uso de tecnologias apropriadas (55%). A pesquisa reforça a importância de ambientes corporativos que valorizem o bem-estar e o protagonismo dos colaboradores. “Solucionar os problemas com facilidade, se adaptar às mudanças e apresentar altos índices de produtividade são apenas alguns dos pontos altos de um time criativo — e que consegue exercer essa competência de forma plena diariamente”, afirma Juliana Alencar, Diretora de Marketing da Conquer. “Ao investirem na criatividade de seus profissionais, empresas e líderes não apenas demonstram atenção ao bem-estar e senso de propósito dos colaboradores, mas apostam em um ambiente corporativo mais inovador, com efeitos otimistas a curto e longo prazo.”

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O cansaço das redes sociais

Ficar muito tempo nesses espaços virtuais tem levado à fadiga, afetado a saúde mental e já tem gente decidindo ficar desconectada. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (Reportagem publicada na edição 196.1 da Revista Algomais) As redes sociais revolucionaram a comunicação e trouxeram grandes mudanças na sociedade, mas o seu uso em excesso está deixando um legado de cansaço na população. Instagram, WhatsApp, TikTok, Facebook, Linkedin e tantas outras plataformas ocupam em média aproximadamente quatro horas no dia dos brasileiros, segundo um estudo da agência de marketing digital Sortlist. Quando somados os outros usos de navegação na internet, o tempo conectado supera as 10 horas por dia. Seja por trabalho ou por lazer, a vida virtual excessiva e todo o contexto atrelado a ela (como fake news, cyberbullying, cancelamentos, positividade tóxica, entre outros fenômenos) têm ampliado os problemas de saúde mental e exigido uma mudança na forma como lidamos com o mundo digital. Isadora Domício, 26 anos, é profissional na área de social mídia e enfrentou o cansaço de estar por longas horas conectada. Para além do seu horário de trabalho, ela conta que todos os intervalos e mesmo o horário de almoço eram acompanhados pelo celular e na timeline do Instagram. “Eu vivo na internet. Teve um tempo em que precisei dar uma pausa porque estava me afetando muito. Nas redes vivemos em função das outras pessoas estarem nos vendo e também ficamos observando o que os outros estão fazendo. Eu estava em um ciclo vicioso. Quando não estava no trabalho, usava o Instagram para uso pessoal. Sem perceber, automaticamente estava indo para o Instagram. Isso me cansou”, conta Isadora. A vida nas redes levava Isadora a perder momentos em família, a não aproveitar os contatos presenciais e isso já estava atrapalhando até o desejado networking profissional. “Estava sem tempo de qualidade com a família. Fiz uma pausa de um mês e depois comecei a diminuir a quantidade de entradas nas redes sociais. Parei de ver stories, passei a entrar para postar apenas. Passei a silenciar pessoas que não acrescentavam nada no meu dia. Decidi usar esse momento apenas com perfis que me edificam e não só por vício”. Mesmo após essa experiência de afastamento temporário, ela conta que hoje é preciso manter esse comportamento, inclusive ela usa o alarme do celular para limitar o tempo diário com o aparelho conectado. CANSADOS, MAS CONECTADOS Se estar conectado em excesso promove cansaço, o que nos leva a passar tantas horas nas redes sociais? Para o psicólogo e tutor da FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde), Leopoldo Barbosa, há um conjunto de mecanismos de estímulos e recompensas que nos leva a ficar conectados por mais tempo do que desejaríamos. “O conceito de rede nos remete a conexão. No nosso aspecto mais humano, somos seres que precisam ter pessoas por perto. As redes sociais trazem essa dimensão de um lugar onde podemos nos conectar com as pessoas. Só por isso, essas plataformas já chamam muito a nossa atenção. Mas há um segundo ponto que é o aspecto de estímulo e recompensa do nosso cérebro. Esses canais estão propostos dentro de uma dinâmica de informações rápidas, coloridas, com fotos, vídeos, músicas, estímulos auditivos e visuais. Então, naturalmente esses pontos fazem com que a gente se prenda mais ou gaste mais tempo dentro das redes, porque vamos tendo recompensas para ficar mais fixados a visualizar e observar todas essas informações”. Leopoldo considera que vivemos em um tempo de muitas cobranças para produzirmos sempre mais e melhor. E essa pressão empurra as pessoas a estarem cada vez mais conectadas, buscando estar atualizadas. “Isso gera nas pessoas o cansaço de tela, o cansaço de informações, muitas delas sequer são absorvidas. É preciso fazer uma discussão sobre esse momento social em que vivemos e que tem levado as pessoas à exaustão. As redes sociais são um lugar incrível de aprendizagem, mas o ponto de preocupação da saúde mental é o excesso. Principalmente considerando crianças e adolescentes que usam redes sociais sem orientação e podem entrar num processo de comparação banal com outras pessoas, ou mesmo de desperdício de tempo, a partir de uma perspectiva não funcional. As pessoas devem ser orientadas para o uso correto e adequado das redes sociais”. O cansaço, portanto, não está associado ao uso das redes sociais, mas ao excesso de imersão nelas e na internet de modo geral. Renata Almeida, psicóloga e coordenadora do mestrado profissional do Centro Universitário UniFBV Wyden concorda com essa análise. “Tudo que fazemos em exagero pode causar algum dano à saúde e a internet não sai desse contexto. Precisamos pensar no tempo de conexão com a internet, os tipos de páginas normalmente acessadas, a questão da infomania (busca incessante pela informação). O problema não está na internet, mas no uso que a gente faz dela. É curioso perceber que as tecnologias podem aproximar pessoas distantes, porém, se mal utilizadas, também distanciam pessoas próximas, prejudicam o tempo e servem como gatilho de problemas relacionais”. No meio dessa vasta navegação, a psicóloga ressalta que os usuários lidam com muitas informações falsas (as fake news) e consomem com facilidade conteúdos de ódio, que não são saudáveis para ninguém. A própria busca incessante pelos likes entra no leque de ferramentas que nos prejudicam. Véronique Donard, psicóloga e pesquisadora que dirige o laboratório e a linha de pesquisa em ciberpsicologia da Universidade Católica de Pernambuco, defende ainda que essa sensação de cansaço tem um conjunto de raízes mais abrangente. “A questão é complexa, porque o cansaço experimentado por nossa sociedade não se deve unilateralmente às tecnologias digitais da informação e comunicação e muito menos às redes sociais em si, como se fosse uma lógica de causa/efeito. O que vem exaurindo a população é uma conjunção de fatores: socioeconômico, político, sanitário”. Ela avalia que o papel das redes sociais nessa conjuntura é como uma faca de dois gumes. “Elas nos permitem saber que não estamos sós, permitem que possamos nos expressar, mas também veiculam notícias falsas, aumentam nossa propensão a julgarmos uma

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Cansaço, variação de humor? Pode ser a tireoide

A tireoide é uma das maiores e mais importantes glândulas do corpo humano e tem seu funcionamento despercebido no dia a dia. Até que uma hora começa a apresentar defeitos que atrapalham o metabolismo. É possível, no entanto, perceber no próprio corpo sinais que indicam que o mecanismo da glândula não está funcionando corretamente. Entretanto, os sinais que aparecem no corpo se diferem entre si, de acordo com o problema que afeta a glândula. São três com maior incidência: hipotireoidismo, o mais comum, em que a produção dos hormônios é menor do que o ideal; hipertireoidismo, em que essa produção é maior que o habitual; e os nódulos da tireoide, que podem ser malignos ou benignos e também podem alterar a produção dos hormônios. Quando a produção da tireoide cai - no caso do hipotireoidismo - o metabolismo consequentemente fica mais lento, e o corpo reage geralmente com sintomas que variam de pessoa para pessoa, mas que ,em geral, englobam cansaço, sonolência, inchaço, depressão, oscilações de humor, queda de cabelo, unhas fracas, intestino preso e desânimo. No caso do hipertireoidismo, o processo é o oposto. O metabolismo mais acelerado provoca taquicardia, tremores, perda de peso considerável, cansaço, insônia e irritação. Mas nem sempre os sintomas aparecem. Em caso de nódulos na tireoide, caso eles sejam menores que 2 cm, raramente causam sintomas. É o que explica Carolina Ferraz, endocrinologista do Hospital Samaritano de São Paulo. “Os sintomas só aparecem caso os nódulos sejam grandes. Neste caso, podem levar a sintomas de engasgo, dificuldade de respirar, aumento de volume no pescoço e alteração no tom da voz”. Por isso, segundo a especialista, é importante investigar, mesmo quando não há evidências de nenhum destes indícios. “Caso o paciente esteja apresentando algum desses sintomas, e, o mais importante, se esse sintoma for diferente do que ele sentia antes, deve procurar um endocrinologista para excluir a possibilidade de ter alguma alteração na tireoide”, alerta Carolina. O hiper e o hipotireoidismo são diagnosticados por meio dos sinais clínicos e de exames de sangue. Para o tratamento do hipertireoidismo são recomendados o uso de medicação oral, de iodo radioativo ou cirurgia. “Já o tratamento para o hipotireoidismo é feito com reposição hormonal, análoga ao hormônio T4, que geralmente deverá ser tomado diariamente ao longo da vida”, explica a médica. Já os nódulos da tireoide são diagnosticados via exame de ultrassom e palpação do pescoço, e seu tratamento depende se o nódulo é benigno ou maligno.

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