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Chet Baker

Paulo Miklos: "Sou fã da música e do cinema pernambucanos"

Por Yuri Euzébio Olá!! Eu sou Yuri Euzébio e começo hoje um espaço dedicado à música, aqui no site da Revista de Pernambuco.  Falaremos sobre a cena nacional, novidades que estão surgindo, shows, lançamentos e tudo o mais que envolva ritmo, melodia e letra. Sempre com o sotaque pernambucano, claro. No debut, teremos nada mais nada menos do que Paulo Miklos. Paulo Miklos é um artista inquieto. Músico reconhecido, com longa passagem em uma das mais importantes bandas de rock brasileiro, Titãs, ele mantém em paralelo uma premiada carreira de ator no cinema e estreou nos palcos de teatro há dois anos com uma peça sobre um músico. Ora porque não unir as duas paixões?? Ainda mais contando a história de um dos grandes ícones do jazz norte-americano Chet Baker, morto em 1988? No último domingo, o espetáculo desembarca no Recife e um simpático Paulo atendeu a coluna, por telefone, para conversar sobre essa mais nova empreitada em sua carreira. “Dezessete anos depois da minha estreia como ator no cinema em O Invasor, eu finalmente tive tempo e o convite pra estrear nos palcos”, destacou entusiasmado. Após, o lançamento do seu terceiro disco solo, o primeiro desde que anunciou sua saída dos Titãs, o cantor recebeu o convite do produtor Fábio Santana para estrelar a peça escrita por Sérgio Roveri e dirigida por João Jardim. “O teatro é uma experiência fundamental para o ator e me faltava isso. Depois de O Invasor, fiz diversos longas-metragens, recebi algumas premiações, fiz novela na TV, só faltava mesmo vivenciar uma história no palco”, confidenciou o ex-titã. Em Chet Baker – Apenas Um Sopro, o artista une duas paixões, a atuação e a música, além de celebrar uma de suas grandes influências sonoras. “A peça se passa na década de 1960 e aborda o lado humano e conturbado do Chet Baker, ele é espancado na rua em São Francisco, perde os dentes e acompanhamos sua volta ao estúdio de gravação, sem saber se ele vai conseguir ou não gravar alguma coisa. Ele tem que superar a desconfiança tanto do público quanto dos próprios amigos e outros artistas” provocou. A relação de Paulo com Chet Baker não vem de agora. Sua admiração pelo trompetista surgiu há bastante tempo e foi amor à primeira vista; “Conheci o Chet Baker na adolescência e me interessei muito pelo jazz, cantando e tocando trompete, porque eu sempre toquei flauta transversal desde criança. Quando soube da influência pra bossa nova, reconhecida inclusive pelo mestre João Gilberto, só me fez admirá-lo ainda mais” recorda o compositor. “Com o processo todo da peça, tive que me debruçar novamente sobre a vida dele, li biografias, assistir documentários e vejo como ele é um artista único e lançou uma tendência, um estilo com uma maneira cool de cantar, bem suave”, relembrou o compositor. A grande expectativa da peça é saber o desfecho do drama vivido pelo músico, se ele irá conseguir superar as dificuldades e voltar a tocar ou não. “Nós já sabemos o que aconteceu, ele superou e teve uma carreira brilhante, entrou para a história com sua voz que era quase a continuação do trompete que ele tocava” destacou o músico. Mesmo com a peça agora rodando por todo o Brasil, o músico continua a fazer shows de seu último CD A Gente Mora no Agora (2016) e não demonstra nenhuma preocupação em equilibrar as duas carreiras. No último Festival de Gramado, Paulo Miklos foi eleito melhor ator pelo filme O Homem Cordial, reconhecimento de que caminha na direção certa. Perguntado sobre a música e o cinema pernambucanos, o artista demonstra estar totalmente conectado com o que acontece aqui, relatando um carinho especial pela terra. “Sou muito fã tanto do cinema, como da música pernambucanos. Conheci pessoalmente Kleber Mendonça Filho agora em Gramado, sou muito fã dos filmes dele. Assim como os de Cláudio Assis, Lírio Ferreira e outros”, revelou entusiasmado. “Na música, eu sou apaixonado pela cena pernambucana, basta dizer que a produção musical do meu disco mais recente, A Gente Mora No Agora, ficou à cargo do Pupillo, baterista da Nação Zumbi” celebra. Miklos transmite uma energia boa e isso se reflete tanto em sua música quanto em sua obra cinematográfica, figura solar, mesmo quando era mais ligado ao rock dos Titãs, ele parece não saber ou não se importar com o status que ocupa dentro da música e do cinema brasileiro. E é isso que cativa seus fãs, incluindo aqui o autor dessa coluna que vos escreve.

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"Chet Baker, Apenas um Sopro" em duas apresentações no Recife

  Livremente inspirada na vida do lendário trompetista norte-americano Chet Henry Baker Jr. (1929-1988), o espetáculo Chet Baker, Apenas Um Sopro, protagonizado pelo músico e ator Paulo Miklos, tem duas apresentações no Recife, no Teatro Luis Mendonça, no dia 1º de setembro, às 18h e às 20h. Com direção de José Roberto Jardim e dramaturgia de Sérgio Roveri, a peça ainda traz no elenco Anna Toledo, Jonathas Joba, Piero Damiani e Ladislau Kardos. O ponto de partida para a trama é um episódio real ocorrido na vida do músico. No fim da década de 60, ele foi violentamente espancado em uma rua de São Francisco. A agressão, que teria sido motivada por dívidas com traficantes, produziu no trompetista um efeito devastador: ele teve os lábios rachados e perdeu alguns dentes superiores, sendo obrigado a interromper a carreira até se recuperar dos ferimentos. A peça sobre Chet Baker mostra a primeira sessão de gravação do músico após o acidente. Ele está inseguro e arredio – e seus quatro companheiros de estúdio (um contrabaixista, um baterista, um pianista e uma cantora) parecem estar ainda mais. Todos foram reunidos por um produtor que, por ser amigo e admirador de Chet, acredita que ele está pronto para voltar à ativa. “Um espetáculo que contém muita música e drama, exatamente como a vida do nosso retratado: Chet Baker. Um artista brilhante, um talento natural, aprisionado pela droga e pela auto-complacência. Chet é um dos meus ídolos, muitos deles morreram ainda mais jovens. Respiraram música acima da vida. ‘Chet Baker, Apenas um Sopro’, é um grande presente que eu recebi.”, comenta o músico e ator Paulo Miklos. A peça, que transcorre ao longo de uma tarde e o início de noite, mostra a convivência complicada, dolorida e ao mesmo tempo solidária entre os músicos. A encenação A peça se passa dentro de um estúdio de gravação, o cenário é assinado pelo Grupo Academia de Palhaços, figurinos exclusivos, especialmente criados para o espetáculo, pelo estilista João Pimenta, iluminação de Aline Santini e direção musical de Piero Damiani. “Estou buscando mais do que um espetáculo, uma experimentação músico-narrativa. Tanto que o espaço em cena é o estúdio de música que funciona de forma real, com seus instrumentos e aparelhos sendo usados e acionados pelos próprios atores, tudo sem a utilização de trilha gravada. O que ouvimos, sendo da voz ou dos instrumentos deles, vem sempre da área de atuação. Tudo é ao vivo. Mesmo princípio busquei para a nossa iluminação, as luzes não estão nas varas ou refletores do teatro, elas são integradas ao cenário-estúdio. Por esse motivo, embarquei em outra zona de risco como diretor, trazendo à cena apenas atores que tivessem ligação direta com o universo da música”, explica o diretor José Roberto Jardim. Sobre Chet Baker Ícone do jazz mundial, cool, cult, símbolo sexual – rótulos são insuficientes para definir Chet Baker. Filho único, mimado pela mãe e brutalizado por um pai alcoólatra, o músico alcançou a fama muito cedo. Em 1952, aos 21 anos, era convidado a tocar com o mestre Charlie Parker. No ano seguinte, seria eleito o melhor trompetista de jazz em atividade. Autodidata, Chet começou a tocar aos 13 anos, em Los Angeles, quando ganhou um trompete de presente do pai. Ao longo da carreira, dividiu o palco e os estúdios de gravação com gigantes do porte de Charlie Parker, Stan Getz e Gerry Mulligan Casado três vezes, teve 4 filhos e muitas amantes, mas suas verdadeiras paixões eram a música e a heroína. O vício fez com que Chet vivesse mais de 30 anos em função da droga, desde o auge da carreira, quando sua beleza romântica fascinava multidões, até os últimos dias de vida, quando caiu do segundo andar de um hotel em Amsterdam, em 13 de maio de 1988. O homem que, ao surgir no jazz dos anos 50, encarnou o ideal de sua geração: o jovem de romântica beleza que, com seu trompete e sua voz, transmitia um inconformismo e confronto em surdina com os valores vigentes – um ameaçador “não estar nem aí” que era o epítome do que significava ser cool. Em toda parte, inclusive no Brasil, outros jovens foram afetados pela música de Chet Baker. E não apenas por ela. Suas fotos em preto e branco na capa dos LPs influenciaram o jeito de vestir, de olhar e de se expressar, ao mesmo tempo em que inspiravam desejos proibidos em mulheres e homens. A sua maneira, Chet Baker era Rimbaud, James Dean e Elvis Presley, todos ao mesmo tempo. O homem que imortalizou a música “My Funny Valentine”, era uma espécie de anjo e demônio; gravou mais de 150 discos. SINOPSE Livremente inspirada na vida do trompetista norte-americano Chet Baker, a peça aborda momentos de sua vida quando decide voltar aos estúdios para gravar um novo disco de jazz, após um incidente que o manteve afastado da carreira por quase 2 anos. FICHA TÉCNICA Dramaturgia: Sergio Roveri Direção: José Roberto Jardim Elenco: Paulo Miklos, Anna Toledo, Jonathas Joba, Piero Damiani e Ladislau Kardos Idealizador: Fábio Santana Diretora de Produção: Renata Galvão Produção Geral: Taís Somaio Produção Executiva: Marina Aleixo Direção Musical: Piero Damiani Figurinista: João Pimenta Cenografia: ultraVioleta_s Desenho de Luz: Aline Santini Desenho e Operação de Som: Rafael Thomazini Técnico de Palco: Rogério Febraio Assistente de luz e operação: Michelle Bezerra Visagista: Fabio Namatame Assessoria de Imprensa: Pombo Correio SERVIÇO Chet Baker, Apenas Um Sopro, de Sérgio Roveri Teatro Luis Mendonça - Parque Dona Lindu - Av. Boa Viagem s/n, Recife Quando: 1º de setembro, às 18h e às 20h Ingressos: R$ 40,00 (meia-entrada) e R$ 80,00 (inteira) Pontos de venda: lojas Ticketfolia nos principais shoppings, horário comercial Venda online: eventim.com.br Classificação: 14 anos Duração: 1h20 Capacidade: 587 Lugares

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