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Flávia Brito, CEO da Bidweb: "Proteger os dados é proteger a vida"

A área de saúde é a que mais sofre com ataques cibernéticos no mundo, segundo Relatório da IBM. Uma vulnerabilidade que levou a CEO da Bidweb a abrir uma empresa para oferecer serviços de proteção a players do setor. Ela explica as causas dessa situação e alerta que as guerras no Oriente Médio e na Ucrania mostram que a cibersegurança deve ser encarada como essencial para a soberania do País. Durante a feira Hospitalar 2025, um dos maiores eventos de saúde da América Latina, o repórter Rafael Dantas conversou com Flávia Brito, CEO da Bidweb e uma das principais referências em cibersegurança no Brasil. À frente de uma empresa com mais de duas décadas de atuação e sediada no Porto Digital, Flávia acaba de lançar a BidHealth, especializada na proteção de dados e sistemas e voltada exclusivamente para o setor de saúde, segmento que lidera o ranking global de ataques cibernéticos há 13 anos consecutivos, segundo relatório da IBM. Na entrevista, Flávia compartilha a trajetória que a levou a empreender num setor ainda dominado por homens, defende a soberania nacional sobre os dados estratégicos e alerta para os riscos reais da “guerra invisível” travada no ambiente digital. Com uma meta ambiciosa, a empresária planeja atender mais de 100 instituições de saúde já no primeiro ano da nova operação, sem abrir mão da democratização do acesso à segurança digital.  Como nasceu a BidHealth? A BidHealth é a empresa nossa do segmento de saúde. A gente se uniu com a MV para montar essa marca que vem com a herança do propósito que a gente já tem na Bidweb: fazer essa transformação numa jornada de proteger as empresas de saúde. Acreditamos que, assim como na saúde, prevenir é muito menos custoso do que tratar um ataque, ou seja, tratar uma doença. A prevenção é necessária em tudo. Já trabalhamos em várias salas de guerra, de ataque que clientes sofreram e estamos aqui com um propósito de dar continuidade ao que a gente já vem fazendo há muito tempo. Só que com um olhar específico para o setor de saúde. Quando fundei essa empresa, a Bidweb, não existia este momento que a gente está vivendo hoje. Muitas vezes eu era questionada: “Nossa, isso vai acontecer aqui? Isso é coisa de Hollywood, isso é coisa da Nasa! Isso não faz parte do nosso contexto”. Mas eu me identifiquei muito com essa área de cibersegurança e venho desenvolvendo esse trabalho há 23 anos. Somos uma empresa embarcada no Porto Digital, acredito muito no ecossistema, no desenvolvimento de cooperação em conjunto. Sou aluna do doutorado da Cesar School. A gente acredita que a cibersegurança é necessária para o uso de tecnologias e das inúmeras plataformas. Mas temos a premissa de que a inteligência precisa ser nossa. Nós precisamos de uma soberania nacional para defender os nossos interesses. A saúde é um setor muito atacado?  O setor de saúde vem liderando o número de ataques pelo 13° ano consecutivo. É o mais atacado e mais visado no mundo, segundo o Relatório da IBM. Nosso trabalho é proteger e cuidar dos dados dos hospitais para garantir o melhor acesso e o melhor atendimento ao usuário. Então, imagina que você tem um exame ou uma cirurgia marcada, ou qualquer outro procedimento hospitalar e os sistemas estão inoperantes [por um ataque de hacker]. A indisponibilidade dos serviços afeta diretamente a população. Então, sendo um serviço crítico, é estratégico para nós. Estamos muito entusiasmados com esse nosso novo empreendimento. Nós oferecemos toda a análise e estrutura para oferecer o serviço. Desde o assessment, ou seja, desde o início para entender onde a empresa está em relação a maturidade e risco. Analisar o que nós podemos fazer para melhorar e mitigar esses riscos e diminuir as vulnerabilidades, até a implantação, sustentação e o monitoramento 24 horas.  Temos uma rede de parceiros e de fabricantes que nos apoiam. Fizemos uma composição de entrega em que a gente consegue ser eficiente, competitivo e crescer nesse segmento. Já temos experiência vasta em outros segmentos e também temos clientes de saúde. Por que o setor de saúde sofre tanto ataque cibernético? Primeiro, [a cibersegurança] sempre concorreu com o investimento de um tomógrafo, de um equipamento hospitalar. As empresas e instituições do setor prestam um serviço para a população que é muito necessário, mas que o nível de maturidade e de risco para um ambiente de saúde nunca foi tão desenvolvido. E obviamente a área de saúde tem muitos dados críticos e sensíveis. Isso faz com que os hackers entendam que, devido à baixa maturidade em cibersegurança e à existência de muito risco e dados críticos, eles têm a possibilidade de atacar. Existem vários casos emblemáticos de empresas que foram atacadas e tiveram que pagar resgate. Outras não pagaram mas tiveram a sua operação paralisada por muito tempo. É isso que a gente quer evitar. Porque é uma área que tem dados muito críticos e é muito necessária para a população, que ainda não tem um nível de maturidade em cibersegurança. O dano de imagem da empresa quando ela é atacada é gigante. Sim, o dano reputacional. Muitos clientes falam assim: "Eu não preciso de vocês, porque tudo meu está na nuvem”. Muito pelo contrário. É aquela sensação de que “o que os olhos não veem, o coração não sente". Mas mesmo tendo todos os seus dados fora de casa, você precisa controlar o acesso, ter políticas bem definidas, controlar e monitorar as vulnerabilidades. Existe um arcabouço de soluções, de tecnologias e de serviços de inteligência que podem ajudar para que o ataque não aconteça. Ninguém nunca vai garantir 100% de proteção. Mas se acontecer um ataque, a resposta da empresa que investe em cibersegurança vai ser muito mais rápida.  Como é que a LGPD contribui para o negócio em si da cibersegurança voltado para saúde?  A LGPD não diz para implantar tal serviço, ou tal solução.  O que é que ela diz? Tenha cuidado com os dados. Use a boa fé.  Tivemos nos últimos três

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Curso gratuito de cibersegurança abre novas oportunidades para mulheres no setor

Iniciativa capacita gratuitamente e incentiva maior representatividade feminina na segurança digital A participação feminina na cibersegurança ainda é baixa. Segundo o Cybersecurity Workforce Study 2023, apenas 25% dos profissionais do setor no mundo são mulheres, e no Brasil, essa porcentagem é ainda menor. Para mudar esse cenário, a terceira edição do projeto Mulheres em Ciber oferece um curso gratuito e especializado, capacitando mulheres para atuar na área de segurança digital. As inscrições são até hoje (12). Realizada pela Bidweb em parceria com a Trend Micro, Porto Digital e ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), a iniciativa acontecerá entre 24 e 28 de março, no laboratório do Porto Digital, no Bairro do Recife. O que o curso oferece? 📌 Aulas teóricas e práticas com especialistas renomados da área📌 Técnicas de cibersegurança e arquitetura de segurança corporativa📌 Cenário de ameaças digitais e práticas de investigação de incidentes📌 Desafios das mulheres na tecnologia e criação de uma rede de apoio Além da capacitação técnica, o projeto busca promover networking e troca de experiências, fortalecendo a presença feminina no setor. Quem pode participar? O curso oferece 20 vagas para mulheres que: ✔ Já atuam na área de tecnologia e querem se especializar em cibersegurança✔ Estão em transição de carreira e buscam novas oportunidades✔ Concluíram a graduação e desejam ingressar na área de segurança digital A seleção será feita por meio de uma prova classificatória e eliminatória, com 20 questões de múltipla escolha sobre tecnologia e segurança da informação. Inscrições e prazos 📅 Inscrições abertas até 12 de março📍 Mais informações e inscrição: Acesse aqui📧 Dúvidas? Entre em contato: mulheresemciber@bidweb.com.br Por que investir na presença feminina na cibersegurança? As edições anteriores do Mulheres em Ciber já capacitaram dezenas de profissionais, resultando na inserção de mais de 15 mulheres no mercado de trabalho. A falta de representatividade feminina na cibersegurança não só reflete a baixa participação de mulheres na tecnologia, mas também impacta a diversidade e inovação do setor. Diferentes perspectivas são essenciais para enfrentar ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas e desenvolver soluções eficazes. A capacitação gratuita representa um passo importante para aumentar a participação feminina na cibersegurança e abrir portas para novas oportunidades no setor de tecnologia.

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CESAR lança revista sobre IA e Cibersegurança

Publicação discute desafios, tendências e impactos da inteligência artificial na proteção digital O avanço da Inteligência Artificial (IA) e sua crescente aplicação em diferentes setores trouxeram novos desafios para a cibersegurança. Para aprofundar essa discussão, o CESAR lançou a revista Horizontes Seguros: Navegando na Convergência entre Cibersegurança e IA, explorando riscos, tendências e impactos éticos dessa interseção. O material, disponível em português e inglês, reúne especialistas do centro de inovação para debater ameaças digitais, privacidade e o futuro do mercado de trabalho. Entre os destaques da publicação, está um bate-papo entre Eduardo Peixoto e Giordano Cabral, CEO e presidente do Conselho do CESAR, sobre a formação de talentos e gestão de riscos em um cenário cada vez mais digital. A revista também conta com contribuições de pesquisadores do Centro Integrado de Segurança em Sistemas Avançados (CISSA), uma iniciativa do CESAR e da Embrapii focada no desenvolvimento de soluções inovadoras para a proteção de dados. O conteúdo aborda questões como o impacto da IA em ataques cibernéticos, a disseminação de phishing em massa com deepfakes e a necessidade urgente de profissionais capacitados para combater ameaças sofisticadas. “Cibercriminosos estão usando Inteligência Artificial para ataques sofisticados. Os futuros profissionais de cibersegurança precisam pensar como a I.A., entender seus detalhes”, alerta Giordano Cabral. Além disso, a revista destaca o papel da ética e da legislação na construção de um ambiente digital mais seguro e transparente. A revista Horizontes Seguros pode ser acessada gratuitamente no site do CESAR (www.cesar.org.br), servindo como fonte de estudo para pesquisadores, profissionais e interessados no impacto da IA na segurança digital.

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6 passos para reforçar a cibersegurança da sua empresa 

O atual cenário da cibersegurança demanda uma nova postura das empresas, calcada na resiliência, ou seja, na capacidade de uma organização de estar pronta para responder e se recuperar de um ataque cibernético, mitigando riscos.   Aplicado à cibersegurança, resiliência diz respeito à necessidade de elevar a segurança ao nível dos negócios, ajudando a identificar e responder de forma mais eficaz às ameaças e retomar a operação rapidamente. Tudo isso passa por questões práticas como a identificação e defesa das “jóias da coroa” do negócio.   Para aumentar o grau de resiliência e maturidade em segurança cibernética, é necessário que aconteçam mudanças no mindset da organização como um todo, da alta administração até os colaboradores, criando uma verdadeira cultura de cibersegurança. Lincoln Mattos, CEO e fundador da Tempest, aponta seis iniciativas que podem aumentar o grau de resiliência das organizações.  Conectar a cibersegurança à estrutura organizacional;  Há uma crescente percepção de que riscos cibernéticos são riscos aos negócios. Nesse cenário, é fundamental que haja uma maior conexão entre os assuntos ligados à cibersegurança e o próprio mapa de riscos do negócio.   Identificar dados e sistemas mais importantes para o seu negócio  Realizar um mapeamento dos dados e sistemas mais importantes para o negócio pode ajudar a diminuir as chances de ataques e, caso isso ocorra, essas informações estarão mais seguras.   Engajar as pessoas e desenvolver uma cultura de segurança positiva  A segurança digital deve ser considerada um pilar da cultura organizacional, apresentada e discutida com colaboradores, com o objetivo de educá-los e conscientizá-los sobre a importância da segurança da informação para o bem-estar organizacional e da sociedade como um todo. Uma cultura de segurança positiva ajudará muito a mitigar riscos internos e externos.   Envolver o seu supply chain e seus parceiros de negócios;  De acordo com última edição da pesquisa Tempest de Cibersegurança, realizada em parceria com o Datafolha, 85% das empresas ainda não consideram suas cadeias de suprimentos como um risco elevado à própria segurança. Trata-se de um dado que traz um alerta, afinal grande parte dos ataques cibernéticos ocorridos nos últimos anos exploram vulnerabilidades nesta cadeia. As conexões estabelecidas com empresas ou parceiros terceirizados em diferentes níveis se tornaram uma das mais sérias formas de exposição a ciberataques.  Usar gestão de riscos para tomar decisões de segurança  O atual cenário da cibersegurança demanda uma nova postura das empresas, calcada na resiliência, ou seja, na capacidade de uma organização de estar pronta para responder e se recuperar de um ataque cibernético, mitigando riscos.  Prepare-se para incidentes de segurança.  É necessário garantir agilidade de resposta em casos de ciberataques. Principalmente porque é questão de tempo até que todas as empresas sofram ataques digitais, por isso contar com profissionais especializados e conscientes sobre essa questão torna-se fundamental para garantir uma maior proteção do negócio. 

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