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Palavra Crítica: série apresenta trajetória e pensamento de críticos de cinema

Via assessoria de imprensa A série documental "Palavra Crítica" apresenta a trajetória e  o pensamento de 12 críticos de cinema a partir do dia 02 de fevereiro. A série terá exibição toda terça, às 20h30, na grade de programação local da TV Universitária Recife (Canal 11). Cada episódio apresenta a trajetória de um crítico, revelando desde as primeiras memórias relacionadas ao cinema, passando pelos caminhos que levaram à profissão, até chegar ao debate sobre a análise fílmica e à relação da crítica com o mercado audiovisual. A série documental tem roteiro e direção de Tiago Leitão e produção de Mannu Costa. Os interessados podem seguir o perfil criado no Instagram @palavracritica para acompanhar alguns conteúdos dos bastidores e trechos dos episódios. "Palavra Crítica" é uma realização da Opara Filmes em coprodução com a Plano 9 Produções e incentivo do Funcultura, Secretaria de Cultura, Fundarpe, Governo de Pernambuco e do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA),  Agência Nacional do Cinema (Ancine) e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A produção também conta com o apoio da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). O diretor Tiago Leitão conta como surgiu a iniciativa de desenvolver a série: "sentia uma ausência de produtos de televisão sobre críticos, que tratassem da crítica cinematográfica. Temos muitos programas sobre diretores, roteiristas e atores. Então, eu vi uma oportunidade de desenvolver um projeto nessa área e convidei André Dib como crítico e jornalista para me ajudar na formatação".   A primeira temporada de "Palavra Crítica" apresenta o pensamento de críticos de diferentes gerações e de várias partes do Brasil, com destaque cinco pernambucanos. Participam da série os críticos: Alexandre Figueirôa (Recife), Ângela Prysthon (Recife), Ernesto Barros (Recife), Carol Almeida (Recife), Celso Marconi (Recife), Heitor Augusto (São Paulo), Luiz Joaquim (Recife), Luiz Zanin (São Paulo), João Batista de Brito (João Pessoa), José Geraldo Couto (Florianópolis / São Paulo), Marcelo Ikeda (Rio de Janeiro/ Fortaleza) e Marcelo Lyra (São Paulo). "Quando Tiago me convidou para o projeto, a ideia era valorizar esta expressão criativa no campo da cultura e desmistificar a relação entre cinefilia e crítica especializada. Elaboramos então um recorte que apontasse para um mapeamento do pensamento sobre cinema, a partir de profissionais de diferentes regiões, formações e campo de atuação. Por isso, além da dimensão conceitual ou teórica, as entrevistas privilegiam histórias pessoais que levaram à profissionalização", detalha André Dib, crítico, pesquisador e consultor do projeto. Os profissionais têm marcante atuação como críticos nos veículos de imprensa e em atividades como curadoria, programação de salas, pesquisa e ensino. Alguns deles ainda se tornaram realizadores audiovisuais, criando seus próprios filmes. Os jornalistas e críticos pernambucanos Luiz Joaquim e Carol Almeida, além de depoentes, foram convidados para serem entrevistadores dos colegas de crítica junto a André Dib. As gravações aconteceram no Recife, no estúdio da Opara Filmes, em 2019. Além das entrevistas, os episódios contam com cenas animadas sobre a trajetória de cada crítico. "Para as gravações das entrevistas, eu concebi a seguinte forma, o crítico sentado numa cadeira simbólica de diretor, como condutor do processo, e pontos marcantes da vida dele eram projetados na tela de cinema por trás, aí ele passa de diretor para ser a obra", explica Tiago Leitão. "Naquele tempo, não havia como prever que a estreia seria num momento de tantas crises, no qual o poder de leitura, análise e posicionamento crítico se tornariam ainda mais necessários. De uma maneira geral, é disso que se trata: formas de ver e estar no mundo a partir do cinema; e de ver o cinema, com olhos próprios", destaca André Dib. A produtora Mannu Costa acrescenta sobre a amplitude das narrativas trazidas por cada crítico. "Para mim foi muito importante perceber que o debate promovido pelos entrevistados vai muito além da crítica em si, pois trazem aspectos políticos (espaço, representatividade, mercado, público, política e formação de identidade), que podem interessar às pessoas que não são só do cinema ou fãs de filmes", afirma.   EQUIPE - A série documental "Palavra Crítica tem roteiro e direção de Tiago Leitão e produção de Mannu Costa, pesquisa e consultoria de roteiro de André Dib, direção de fotografia de Mariano Pablo Maestre, direção de produção de Carol Correia, ilustrações de Luciano Bresdem, animações de André Pinto, projeções e mapping de Gabriel Furtado, desenho de som e mixagem de Nicolau Domingues, trilha sonora de Diogo Felipe, e montagem e finalização de Henrique Spencer.   SOBRE AS PRODUTORAS A Opara Filmes é uma produtora audiovisual pernambucana, dedicada à produção de conteúdo para TV, Cinema e Publicidade. Entre os trabalhos já lançados, estão: Salustianos (doc, longa-metragem, Dir. Tiago Leitão), Bajado (doc, curta-metragem, Dir. Marcelo Pinheiro), Palavra Plástica (doc, curta-metragem, Dir. Leo Falcão), Destinos (doc, curta-metragem, Dir. Tiago Leitão), Vou Estraçaiá (doc, curta-metragem,  Dir. Tiago Leitão). A Plano 9 é uma produtora pernambucana, com quase 15 anos de atuação. Realiza filmes, séries, videoclipes e também vídeos institucionais e comerciais de TV. Trabalhando em parceria com realizadores de todo o país, já desenvolveu, realizou e distribuiu curtas, médias e longas-metragens nos mercados nacional e internacional. No mercado televisivo, os lançamentos mais recentes são a série documental Entrenós e a série de fantasia e terror, Fãtásticos. Atualmente, está desenvolvendo a série documental Drag Ataque e a finalização do longa Paterno, de Marcelo Lordello, em coprodução com a Trincheira Filmes, e o primeiro longa de Ludmila Curi (RJ), intitulado Marias. Com Eduardo Morotó e a Enquadramento Filmes (SP), produziu o longa A Morte Habita à Noite, que teve estreia no Festival Internacional de Rotterdam. Entre os trabalhos já lançados, estão: Amores de Chumbo (2018, longa, ficção,Tuca Siqueira), Em nome da América (2018, longa, documentário, Fernando Weller), Eles Voltam (2014, longa, ficção, Marcelo Lordello) Turno da Noite (2011, curta, ficção, Henrique Spencer); Ofélia (curta, ficção, 2011, Mannu Costa); Avenida Brasília Formosa (2010, longa, documentário, Gabriel Mascaro); Entrenós (série documental, 2 temporadas, Pablo Polo); Casa de Botão (interprograma e programa de TV, 02 temporadas, Mannu Costa; Gustavo Almeida).   SOBRE O CONSULTOR André Dib é jornalista, pesquisador e

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Nimbus: curta de animação pernambucano é destaque em festivais

Entre os dias 8 e 13 de setembro, ocorrerá em São Paulo a 10ª edição do Cinefantasy - Festival Internacional de Cinema Fantástico. Na lista de curtas-metragens selecionados para as mostras competitivas, destaque para a animação Nimbus, do pernambucano Marcos Buccini. No mês de julho o curta já havia participado do I Festival Nacional de Curtas do Cinema da Fundação. Nimbus tem como personagem central a conhecida figura do sertanejo em prece aos céus por chuva. No entanto, o foco da história não está na oração, nem tão pouco na resposta que logo se materializa na forma de nuvens carregadas. Está em como estas nuvens são produzidas. É quando entra em cena toda a criatividade de Buccini, que propõe sua versão futurista desse, digamos, processo de produção, guiado por operários bem peculiares no céu. Processo futurista, é verdade, quando contraposto ao cenário sertanejo. Porém, com os pés muito bem fincados no passado das máquinas à vapor e do modo de produção industrial.     Longo processo até a estreia Buccini conta que o projeto surgiu há quase 20 anos. Inicialmente, seria um clipe para a música "A Tempestade", da banda "Cordel de Fogo Encantado", mas o pouco dinheiro impossibilitou o trabalho. "Nós fizemos bonecos, cenário, mas não tínhamos um bom equipamento de captura de imagem, a câmera não era boa. Era um negócio meio precário, então, não foi pra frente.” A ideia foi colocada de lado por algum tempo até Buccini decidir fazer um curta, ao invés do clipe. Submeteu o projeto ao Funcultura, e, após passar por um longo processo de produção e pós-produção, foi, enfim, lançado. Demorou dez anos para ficar pronto. A relação de Marcos Buccini com o cinema de animação não se resume ao curta. Em 2017, o cineasta, que também é professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, lançou o livro "História do Cinema de Animação em Pernambuco". Além de desvelar a história do gênero, como diz o título, a obra reflete sobre as particularidades de cada animação produzida no estado.

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Jeorge Pereira, diretor de "Organismo", fala sobre o filme, que estreou esta semana

Estreou na última quinta (25), nos cinemas São Luiz e da Fundação/ Derby, o filme pernambucano, Organismo, que narra a história de um jovem que fica tetraplégico após sofrer um grave acidente. O diretor Jeorge Pereira, cadeirante desde a infância por conta de uma poliomielite, fala sobre seu primeiro longa-metragem e revela como surgiu a inspiração para essa história comovente.   Como surgiu a ideia e o que te inspirou a escrever e, consequentemente, dirigir “Organismo”? De uma experiência trabalhando alguns anos em uma ONG de um amigo, o Michel Peneveyre, onde eu atendia pessoas com lesão medular, que tinham passado por qualquer tipo de incidente e que tinham ficado paraplégicas, às vezes tetraplégicas. Eu entregava essas cadeiras e acompanhava essas pessoas. Fui conhecendo caso a caso e formando uma ideia sobre o que era aquele universo, que era diferente do meu. Como vivo em uma cadeira por conta da pólio, era outro mundo pra mim. Certo dia, Michel me contou uma história que foi, pra mim, o ponto de partida para escrever o curta “Organismo” (primeiro seria um curta). Ele contou que estava morando sozinho (ele é tetraplégico, mas tem uma certa autonomia, tinha uma diarista que ia em sua casa fazer limpeza duas vezes na semana) e, uma vez ela foi, ele estava dormindo e ao limpar o quarto, tirou a cadeira de perto da cama e esqueceu de pôr de volta. Quando Michel acordou, não tinha como sair da cama, nem para onde ir. Não tinha telefone celular nessa época e acabou por passar um dia inteiro preso à cama por conta disso. Ele conta sempre com muito bom humor esse fato, que foi o gatilho para a história de “Organismo”.   Qual o maior desafio enfrentado na produção do longa? Maior desafio foi o processo de capitação. Foram dois momentos distintos com um intervalo de um ano entre a primeira e a segunda etapa. A espera foi um dos grandes desafios. Um filme que ao todo, desde o primeiro momento do roteiro até o corte, me levou quase cinco anos da minha vida. Mas foi um exercício de grande aprendizado, de grandes realizações e que mudou completamente a minha concepção sobre o próprio cinema.   “Se você me perguntar o que sou hoje, é isso: um contador de histórias.” Jeorge Pereira     A princípio, você enveredou pela literatura, com a publicação do livro “Letagonia”, em 2002. Quando e como surgiu o interesse pelo cinema? O interesse pelo cinema cresceu junto com o próprio interesse, lá no início, antes mesmo da literatura, que foi a dramaturgia. Foi no teatro que aprendi adaptação de esquetes e descobri que curtia muito mais trabalhar a narrativa e construir esses universos. Foi a partir dessas experiências que fui entrando no mundo da literatura. Nesse universo literário tive a imensa sorte conhecer, ser amigo e aluno por mais de cinco anos do professor Raimundo Carrero. Ele foi a primeira pessoa que disse: “Olha, você escreve muito visualmente.” Também na época da faculdade, na AESO, fui da primeira turma do curso de cinema de animação, onde criei todo um círculo de amigos, de relações que perduram até hoje, uma delas, por exemplo, que guardo com muito carinho é do cineasta Pedro Severien. Figuras como Marcelo Lordello, Fernando Veler, Maurício Nunes, grandes amigos e grandes parceiros que tenho até hoje. A narrativa foi apenas uma mudança de modalidade, na verdade, continua tudo dentro da contação de histórias. Se você me perguntar o que sou hoje, é isso: um contador de histórias.     Quais os próximos projetos? Mais um longa pode vir em breve? Tenho vários projetos. Procuro ser um autor inquieto, e, atualmente, participo de um grupo de outros inquietos, que são roteiristas, diretores e produtores, entre eles, Henrique Spencer, André Pinto e outras figuras muito massa. Nos juntamos e temos hoje um trabalho muito consistente em desenvolvimento de roteiros. De lá estamos saindo com narrativas que irão surpreender, daquilo que se chama “cinema de gênero”. De cunho particular, tenho um projeto que estou fomentando com as meninas da Inquieta já há alguns anos. Estamos em busca de recursos para ele. É um longa que mistura um pouco de fantasia e drama histórico, passado na década de 60, para ser preciso no ano do golpe militar. É a história de um garoto cego que pretendo levar um dia às telas e outro projeto que ainda está em fase de desenvolvimento, também um filme de época.   Com as novas mudanças anunciadas para a ANCINE, o que esperar do cinema brasileiro nos próximos anos? Estamos vivendo um cenário de muita incerteza, com esta questão da Ancine, e o mercado inteiro está num momento bem complicado, mas estamos esperançosos de que toda essa situação possa se resolver. É um momento crítico, não me lembro de ter presenciado um momento assim antes no Brasil. Preocupa, porque se não há um ataque direcionado à cultura, pelo menos parece muito isso. O modo como se tem visto cultura no Brasil nos três últimos anos é algo que me inquieta muito, a forma até marginal como se tem colocado o artista brasileiro. Porém acredito muito na força da união do setor cultural, e na força que a própria cultura tem historicamente de ser resiliente, e de se reconstruir nos momentos mais críticos. Nós, aqui no Brasil, estamos passando por isso agora, mas em diversos momentos da história isso aconteceu tanto com cientistas, quanto com artistas, pessoas que, de certa forma, ameaçam o status quo de um modelo social que muitas vezes está falido, mas não abre mão daquilo que o levou a ser o que é. Mas é isso, é lutar e resistir sempre.     Organismo O filme acompanha Diego (Rômulo Braga), um jovem arquiteto que, após um grave acidente, fica tetraplégico.  A nova condição mergulha o protagonista numa profunda crise existencial, abalando sua relação com Helena (Bianca Joy Porte). A trama é costurada alternando flashes do passado com cenas do presente. A infância de Diego,

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1º Sacoleja exibe o filme “Um Homem Sentado no Corredor”

Dando continuidade ao 1º Sacoleja  – Mostra Livre de Cinema Pernambucano, será exibido nesta terça-feira (19), no Cine São Luiz, o longa Um Homem Sentado no Corredor, do cineasta pernambucano Felipe André Silva. Com influências do mumblecore americano e tendo como referência cineastas do porte de Chantal Akerman e John Cassavetes, os filmes de Felipe André apresentam como característica uma pegada mais experimentalista. Seu trabalho mais conhecido, o longa Santa Monica, é um bom exemplo disso. Gravado totalmente com um celular, teve custo praticamente zero. Foi exibido no VIII Janela Internacional de Cinema e na 16ª Mostra do Filme Livre, no Rio de janeiro. Em entrevista à Revista Algomais, Felipe André Silva conta detalhes de seu último filme e fala sobre os desafios enfrentados por quem deseja trabalhar com cinema em Pernambuco. Revista Algomais - De que se trata "Um Homem Sentado no Corredor"? Felipe André Silva - Na gênese do processo eu queria falar sobre interpretação, focando na ideia de que o trabalho do ator é uma performance constante e que todos nós estamos vivendo algum nível dessa performatividade quando nos moldamos àquilo que o ambiente deseja, mas durante o processo ele se tornou também um filme sobre uma juventude algo perdida, desmotivada de certa forma, ainda que muito agarrada às suas certezas. Não chamo de retrato geracional porque não era minha intenção, mas fala um pouco de alguns jovens que estão por aí hoje, da minha geração sobretudo.   Qual mensagem deseja passar com o longa? Eu não me alinho muito a essa ideia de 'filme com mensagem', acho que os personagens são preexistentes ao próprio filme e as coisas que eles fazem e falam estão repletas de mensagens, caberia mais ao espectador filtrar aquilo que lhe pareça mais cabível. Como surgiu a ideia do filme? Eu assisti um experimento cênico chamado War Nam Nihadan e aquilo me encheu de curiosidade pelo universo do teatro, que havia abandonado a muitos anos. Comecei a dar forma a alguns diálogos e personagens que devolvessem em torno de uma companhia teatral mas notei que só aquilo não era o filme que eu buscava depois de fazer uma coisa tão experimental quanto Santa Monica. Nos meus arquivos encontrei essa história de dois adolescentes explorando a própria sexualidade e achei que havia um ponto em comum aí, o processo da descoberta, etc. Daí caminhou mais fácil.   Qual maior desafio enfrenta quem está começando a fazer cinema em Pernambuco? Talvez aprender a trilhar os caminhos da burocracia, se esse for o desejo. O Funcultura é um processo penoso, por vezes caro, e difícil para quem não tem experiência. Todos os meus filmes até agora forem feitos sem esse aporte, por questões relativas a essas. Eu não sou um cineasta de classe média que pode tirar dinheiro do bolso para fazer numa grande produção, então aprendi a fazer filmes que caibam na minha realidade. O importante é conhecer suas limitações, ainda que sempre lutando para expandir o limite delas, e se cercar de pessoas que acreditam nas suas ideias. Teu trabalho sofre influência de algum cineasta específico? Quando comecei a filmar eu era muito influenciado pelo mumblecore americano - e dentro desse, em especial o cinema de Joe Swanberg -, um movimento que fazia também filmes de baixo orçamento sobre jovens perdidos, sempre focados em diálogo, etc. Creio que o grosso da minha experiência estética vem daí, mas sempre existem as referências cinéfilas como Chantal Akerman, John Cassavetes, Valeska Grisebach, Straub-Huillet, Hong Sang-soo. Talvez não estejam presentes nos filmes, mas estão sempre acompanhando a gênese das ideias. Já planeja mais um filme? Dei uma pausa nas produções mas devo retornar em breve. A ideia é fazer um musical, não sei se conseguiremos, mas o desejo tá aí. Confira a programação completa do 1º Sacoleja.

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5 filmes para conhecer o cinema pernambucano (dicas de Camilo Cavalcante)

O cinema pernambucano é destaque no cenário nacional. Para ter um roteiro de que películas assistir para conhecer a multipremiada produção cinematográfica local, pedimos ao cineasta Camilo Cavalcante as suas indicações. Camilo, que já foi entrevistado pela Revista Algomais, é diretor do longa A História da Eternidade. Na sua seleção estão trabalhos de Kléber Mendonça Filho, Hilton Lacerda, Cláudio Assis, Gabriel Mascaro e Lírio Ferreira. Confira abaixo as indicações:   Som ao redor (2013) Com direção de Kléber Mendonça Filho, o longa-metragem traz para as telonas a trama da chegada de uma milícia de rua no bairro de Boa Viagem, zona sul do Recife e a reação dos moradores com a sua atuação na segurança local. Comemorado por alguns, criticada por outros. O filme traz Irandhir Santos, no papel de Clodoaldo, chefe da segurança privada. O trabalho venceu vários prêmios, como o International Film Festival Rotterdam, o Copenhagen International Film Festival e o Festival de Cinema da Polônia.     Amarelo Manga (2003) Estrelado por Matheus Nachtergaele, o filme de Cláudio de Assis conta a história de Lígia, uma mulher sem perspectivas que trabalha num bar do subúrbio da capital pernambucana e mora no quarto anexo ao bar. Além de Lígia, o filme apresenta também a história de traição do açougueiro Wellington, casado com a religiosa Kika, mas que mantém um relacionamento extraconjugal. Matheus faz o papel de Dunga, gay, ele trabalha no Hotel Texas e é apaixonado por Wellington. No trama das paixões, um dos hóspedes do hotel, Isaac, se interessa por Lígia. A película foi também bastante premiada, tendo levado os prêmios C.I.C.A.E. no Fórum do Novo Cinema, no Festival de Berlim; o Fórum de Cinema Novo do Festival de Berlim; e o prêmio Coral à ópera-prima no Festival do Novo Cinema Latino Americano, em Havana.       Boi Neon (2015) O filme de Gabriel Mascaro é o mais novo da lista elaborada por Camilo Cavalcante. Vencedor de diversos prêmios, o longa-metragem apresenta os bastidores das vaquedajas. Numa história que apresenta o trabalho e a vida de Iremar (interpretado por Juliano Cazarré), que prepara os bois para o espetáculo típico do interior nordestino. A casa é o caminhão que leva os animais de evento em evento. Mascaro apresenta um cotidiano intenso de outros personagens que juntamente como Iremar montam a vaquejada, como Zé e a Galega. Sonhos e desejos de Iremar compõe a narrativa do cineasta pernambucano.     Árido Movie (2006) Obra de Lírio Ferreira, Árido Movie narra a história de um repórter que vivia no Estado de São Paulo, mas que volta ao interior pernambucano na ocasião do enterro do seu pai. Além de conhecer diversos novos membros da família, ele se depara com a pressão dos parentes para que ele se vingue da morte do pai. O longa conta com um elenco de peso que inclui Guilherme Weber, Giulia Gam, Selton Mello, Matheus Nachtergaele, Renata Sorrah, entre outros.       Tatuagem (2013) O longa-metragem de Hilton Lacerda traz Irandhir Santos como protagonista com o papel de Clécio. Um artista popular homossexual, da periferia do Grande Recife, que tem um trabalho artístico provocador em plena ditadura militar (1978). O filme, gravado entre Recife, Olinda e Cabo de Santo Agostinho, narra o relacionamento de Clécio com o soldado Arlindo Araújo, o Fininha, que é interpretado por Jesuíta Barbosa.       Se você é cinéfilo, mas conhece pouco ainda do cinema pernambucano, está aí um roteiro para conhecer a produção do Estado que é uma das mais ricas e reconhecidas do País. Com frequência os cineastas pernambucanos e suas produções têm garantido lugar nos mais disputados festivais de cinema do mundo. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@revistaalgomais.com.br) LEIA TAMBÉM Entrevista com Camilo Cavalcante

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