Arquivos Crédito - Página 3 De 4 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Alimentos e remédios lideram gastos no cartão de crédito em junho, aponta indicador da CNDL/SPC Brasil

Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que o uso do cartão de crédito já não se limita a compra de itens de mais alto valor, que geralmente são parcelados. As despesas correntes, incluindo produtos de primeira necessidade, também já fazem parte das aquisições mais feitas via cartão. No último mês de junho, os alimentos de supermercados lideraram esse tipo de compra, com 63% de menções, seguidos dos remédios (45%) e dos combustíveis (37%). Somente em quarto lugar aparecem as roupas, calçados e acessórios (36%). De acordo com o levantamento, no último mês de junho, 40% dos brasileiros recorreram à alguma modalidade de crédito, sendo que o cartão de crédito foi o mais comum, citado por 35% dos consumidores. Em seguida, aparecem o crediário ou carnê, com 8% de utilização, empréstimos (5%), cheque especial (5%) e financiamentos (3%). Os que não se utilizaram de nenhuma modalidade no período somam 60% dos consumidores. Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, por trata-se de uma modalidade de crédito pré-aprovada, o cartão de crédito é um instrumento bastante popular como forma de pagamento. “Hoje o cartão de crédito já não é uma exclusividade dos bancos. Redes varejistas e fintechs já oferecem o instrumento, tornando-o ainda mais acessível para várias camadas da população”, explica a economista. 25% dos usuários de cartão caíram no rotativo em junho; média da fatura supera R$ 1 mil Apesar de ser um aliado do consumidor que não pode pagar por um bem à vista, o cartão de crédito também pode se tornar fonte de problemas financeiros para pessoas que perdem o controle dos gastos. A CNDL e o SPC Brasil apuraram que no último mês de junho, um quarto (25%) dos usuários de cartão de crédito no país entraram no rotativo, ao não quitarem a fatura integral no período. Os que pagaram o valor cheio da fatura somam 72% da amostra. Para a maioria dos entrevistados, o tamanho da fatura do mês de junho aumentou na comparação com o mês de maio, observação feita por 39% dos usuários de cartão de crédito. Apenas 23% notaram queda na fatura, ao passo que 32% acreditam que ela permaneceu igual. Considerando os que souberam reportar o valor gasto com as compras em junho realizadas no cartão de crédito, a média é de R$ 1.045,63. Para o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, o cartão de crédito é um instrumento de pagamento que facilita a vida das pessoas, mas que deve ser utilizado com vigilância. “O requisito básico para o usuário do cartão de crédito é ter organização. Ele é um excelente meio de pagamento porque ao contrário do crediário, só cobra juros se não houver o pagamento mínimo da fatura. Então, se os gastos estiverem dentro de um planejamento, o cartão cumpre um papel positivo na vida financeira do consumidor”, explica Vignoli. Apenas 13% dos brasileiros estão com contas ‘no azul’. Maioria vive no limite do orçamento e as principais razões são preços elevados e queda da renda O Indicador de Propensão ao Consumo investigou a vida financeira dos consumidores e descobriu que somente uma minoria se encontra em situação confortável. Em cada dez brasileiros, oito (80%) vivem no aperto financeiro, seja por estarem no ‘zero a zero’, ou seja, sem sobras de dinheiro no orçamento (44%) ou até mesmo ‘no vermelho’, isto é, não conseguem terminar o mês com todos os compromissos financeiros quitados (36%). Os que estão com as contas ‘no azul’ formam 13% da amostra. Na avaliação dos próprios entrevistados, as principais razões para tantos brasileiros viverem com dificuldades financeiras são os preços elevados (43%) – embora a inflação esteja sob controle -, queda da renda (33%), desemprego (27%) e descontrole dos gastos (12%). Para o último mês de julho, mais da metade (56%) dos consumidores planejavam cortar gastos ao longo do mês, contra apenas 6% que iriam desembolsar mais. Metodologia O Indicador abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. Baixe a íntegra do indicador em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

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Portabilidade de crédito cresce quase 100% em 2017

A transferência de um empréstimo de um banco para outro, chamada de portabilidade, cresceu quase 100% em 2017 comparado ao ano anterior. Segundo dados do Banco Central (BC), foram feitas 2,1 milhões de portabilidade no ano passado, alta de 93,7% em relação a 2016. O valor movimentado chegou a R$16,9 bilhões, um aumento de 122,2%. Neste ano, nos dados até maio, a portabilidade segue em expansão. Nos cinco meses de 2018, já foram realizadas 1,3 milhão de transferências, com crescimento de 59,5% em relação ao mesmo período de 2017. O volume chegou a R$ 990,5 milhões, alta de 71% em relação ao período de janeiro a maio do ano passado. Crédito consignado Segundo o Relatório de Econômica Bancária, divulgado neste mês pelo BC, a maior parte dos empréstimos transferidos é do tipo crédito consignado, que respondeu por 99,9% dos pedidos de portabilidade e 99,5% do valor portado. Segundo o BC, a portabilidade do crédito consignado é mais fácil por não ter vinculação com um carro ou uma casa, por exemplo. De acordo com o BC, o valor acumulado (R$16,9 bilhões) dos contratos de consignado portados em 2017 correspondeu a 10,9% do total de concessões dessa modalidade (R$ 155 bilhões). “Apesar do expressivo volume portado, a portabilidade não consegue alterar o comportamento geral do mercado em relação às taxas praticadas: a grande maioria das operações de consignado continua ocorrendo próximo às máximas permitidas em cada convênio”, diz o BC. A taxa máxima dos empréstimos para aposentados e pensionistas é definida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O governo também define as taxas máxima para servidores públicos federais. Com a redução da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano, essas taxas máximas definidas pelo governo foram reduzidas. No início de 2015, os juros máximos definidos pelo INSS eram de 28,9% ao ano. Essa taxa subiu para 32% ao ano no final de outubro de 2015, voltou a 28,9% ao ano no final de março de 2017 e caiu novamente para 28% ao ano em setembro do ano passado. Nesses mesmos períodos, o teto para servidores públicos federais caiu de 34,5% ao ano para 29,8% ao ano e 27,6% ao ano. “A diminuição da taxa de referência aumentou o espaço para as instituições melhorarem as condições originais do contrato, uma vez que as taxas de concessão, usualmente praticadas próximas às taxas máximas regulamentadas, caíram marginalmente no período”, diz o BC. Como fazer portabilidade Para fazer a portabilidade, é necessário que o cliente obtenha informações sobre a sua dívida. As instituições financeiras devem fornecer aos clientes em até um dia útil, contado a partir da data da solicitação, as informações relativas às suas operações de crédito: número do contrato; saldo devedor atualizado; demonstrativo da evolução do saldo devedor; modalidade; taxa de juros anual, nominal e efetiva; prazo total e remanescente; sistema de pagamento; valor de cada prestação, especificando o valor do principal e dos encargos; e data do último vencimento da operação. Caso a instituição não forneça as informações, é possível recorrer à ouvidoria, e depois ao Procon e ao BC, se o problema não tiver sido resolvido. Depois de ter as informações do empréstimo, o cliente pode pesquisar condições melhores em outras instituições. O banco escolhido para migrar a dívida quita antecipadamente o saldo devedor da operação original. Segundo o BC, os custos relacionados à transferência de recursos para a quitação da operação não podem ser repassados ao cliente. No caso de portabilidade de crédito de pessoas físicas, o valor e o prazo da nova operação não podem ser superiores ao saldo devedor e ao prazo remanescente da operação original a ser liquidada. A instituição financeira credora original tem até cinco dias para renegociar com seu cliente ou enviar as informações necessárias ao banco proponente do novo crédito para a finalização do pedido de portabilidade. Caso o cliente desista da portabilidade, ele deve formalizar a desistência com a instituição credora original que comunicará ao banco proponente do novo crédito. O BC orienta ainda que antes de realizar a portabilidade, no processo de negociação da operação com a instituição proponente do novo crédito, é importante que o cliente solicite o valor do Custo Efetivo Total (CET) da nova operação, que é a forma mais fácil de comparar os valores dos encargos e despesas cobrados pelas instituições. No site do BC é possível conferir uma série de perguntas e respostas sobre a portabilidade de crédito. (Agência Brasil)

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56% dos inadimplentes no cartão de crédito não pagaram dívida mesmo após serem notificados

Um levantamento feito em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que mais da metade (56%) dos consumidores inadimplentes no cartão de crédito não regularizaram suas dívidas mesmo após serem notificados pela empresa credora. Trata-se do segundo tipo mais citado de conta em que a cobrança formal não resultou em quitação da dívida, ficando atrás apenas das mensalidades escolares, cuja incidência de não pagamento é de 57%. Completam o ranking das dívidas que possuem o índice mais significativo de não pagamento mesmo após notificação o cheque especial (54%), os empréstimos (54%) e até mesmo o financiamento de carros ou motos (51%), que no geral, implica na tomada do bem em caso de não pagamento das parcelas. De acordo com a pesquisa, a eficiência das cobranças varia em função do segmento da conta em atraso. Compromissos com planos de saúde (77%) e contas de internet (75%) são os tipos de compromissos que tiveram os maiores índices de sucesso nas cobranças para pagamento da dívida. Outros destaques também são as contas de luz (67%) e TV por assinatura (66%). “A recessão econômica reduziu o poder de compra do consumidor impondo uma série de dificuldades para arcarem com seus compromissos. Nesse contexto, o mercado de cobrança exerce papel importante não apenas para recuperar o valor perdido pelas empresas, mas também devolver o acesso ao crédito às famílias. Quanto mais rapidamente o consumidor é procurado para resolver a situação, tão logo poderá se planejar para solucionar o problema. Por isso, o melhor caminho para regular uma pendência é se planejar, negociar, dialogar com o credor e procurar prazos e condições de pagamento realistas que caibam no orçamento mensal”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Carta simples é meio mais comum de cobrança, mas inadimplentes consideram o e-mail a ferramenta mais apropriada A pesquisa constatou ainda que a carta simples é o tipo de notificação mais adotada como forma de cobrança em caso de inadimplência. Na metade (50%) dos casos os consumidores entrevistados receberam em suas residências uma carta com informações sobre a pendência. Outra forma bastante usual é a ligação direta do cobrador, com 45% de citações. As mensagens por e-mail (29%), SMS (22%) e mensagens gravadas por telefone (11%) completam a lista de tipos de cobrança mais comuns no país. Protestos em cartórios foram utilizados em 9% das situações relatadas e em apenas 6% dos casos não houve cobrança por parte do credor. Mas quando questionados sobre a forma de cobrança em que se sentem mais confortáveis de receber, os inadimplentes escolheram majoritariamente o e-mail, com 33% de citações. Em segundo lugar aparece a carta simples (21%), seguida da ligação do próprio credor (13%). Apenas 1% dos inadimplentes disse que prefere ser notificado por cartório no caso de não pagamento das dívidas. “A pesquisa mostra que o consumidor que está devendo prefere a discrição do e-mail ou da carta simples, que são instrumentos que não expõem o devedor”, afirma a economista Marcela Kawauti. Maioria dos devedores diz ter recebido abordagem respeitosa, ainda assim, 39% se sentiram constrangidos no ato Apesar da situação delicada, a maior parte dos entrevistados ouvidos na pesquisa avalia o tratamento recebido da parte do cobrador como adequado. Em cada dez inadimplentes ouvidos no levantamento, três (27%) disseram que a abordagem foi respeitosa e 21% avaliaram o tratamento como cordial. Há, contudo, situações em que os consumidores relataram um comportamento inapropriado: 15% acharam a abordagem fria, 13% ameaçadora e 8% agressiva. Já os sentimentos mais comuns no ato da cobrança foram constrangimento (39%), chateação (28%), angústia (27%) e pressão (22%). Os principais argumentos utilizados pelo cobrador para convencer o inadimplente a pagar a dívida foi a possibilidade de incluir o CPF do cliente em serviços de proteção ao crédito, caso não honrassem o pagamento do compromisso (40%) e o risco de acionar a justiça para recuperar o valor perdido (16%). “O cobrador não deve se utilizar de métodos agressivos que exponham o cliente a uma situação constrangedora. Mas isso não o impede de realizar a cobrança de forma direta, objetiva e clara. Em qualquer relação de consumo, ambas as partes assumem responsabilidades que precisam ser cumpridas. Fugir ou se esconder do credor não fará com que o problema seja resolvido. Ignorar uma notificação de cobrança é a pior maneira de lidar com uma dívida porque os juros fazem a pendência aumentar, o que pode torna-la ainda mais difícil de ser paga”, avalia a economista Marcela Kawauti.

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Demanda do consumidor por crédito cresce 15,2% no primeiro quadrimestre

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito cresceu 15,2% no acumulado dos primeiros quatro meses de 2018. Somente em abril/18, a alta interanual, isto é, em relação ao mesmo mês do ano passado foi de 23,9% (porém este resultado foi impactado pela maior quantidade de dias úteis em abril deste ano, 21 contra 18 em abril de 2017). Já com relação a março/18, a demanda do consumidor por crédito apresentou pequeno recuo de 0,3%. De acordo com os economistas da Serasa Experian, o crescimento da procura por crédito por parte do consumidor neste ano relaciona-se não apenas com taxas de juros mais baixas do que as que prevaleciam há um ano, mas também com um maior grau de confiança do consumidor, dado basicamente pela queda da inflação, que o encoraja a demandar mais crédito. Análise por classe de renda pessoal mensal O crescimento interanual, na comparação com abril de 2017, da demanda dos consumidores por crédito em abril/18 ocorreu em todas as classes de renda. Para os que ganham até R$ 500, foi de 50,2%. Para os consumidores com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000, foi de 21,3%. Para a renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 2.000, foi de 21,2%. Já os consumidores com renda mensal entre R$ 2.000 e R$ 5.000, foi de 20,4%. Já para os que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês, o avanço foi de 19,3% e, por fim, para a renda mensal maior que R$ 10.000, o crescimento na procura por crédito foi de 19,5%. No acumulado do primeiro quadrimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, a procura do consumidor por crédito apresentou variações positivas também em todas as faixas de renda: alta de 38,8% para quem recebe até R$ 500 por mês; de 12,7% para quem ganha entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais; e 12,7% para os que recebem entre R$ 1.000 e R$ 2.000 por mês. Já nas rendas mais altas, os avanços na procura por crédito no acumulado do primeiro quadrimestre de 2018 foram: 12,5% para a faixa de renda entre R$ 2.000 e R$ 5.000 mensais; 12,5% para o consumidor com renda entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês e de 13,1% para quem ganha mais de R$ 10.000. Análise por região O crescimento da demanda por crédito em abril/18 ocorreu eu todas as regiões do país. Na Região Sul, a alta foi de 22,4% em relação a abril/17. No Norte foi de 26,6%. No Centro-Oeste, o avanço foi de 27,7% e no Sudeste o crescimento foi de 20,6%. No Nordeste a alta foi de 32,0% frente a abril/17. Na comparação contra o acumulado do primeiro quadrimestre do ano passado, houve avanços da demanda por crédito em todas as regiões: no Nordeste (22,4%); Sudeste (14,6%); Norte (14,4%); Centro-Oeste (14,8%) e no Sul (10,4%).  

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22% dos consumidores tiveram crédito negado ao tentarem parcelar compra em janeiro

O Indicador de Uso do Crédito apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) revela que 22% dos brasileiros tiveram crédito negado no último mês de janeiro ao tentarem parcelar uma compra em estabelecimentos comerciais ou contratar serviços a prazo. A falta de comprovação de renda ou insuficiente de renda (36%) e as restrições ao CPF (31%) em virtude da inadimplência foram as principais razões para a negativa. De acordo com a sondagem, em cada dez consumidores, seis (58%) não se utilizaram de nenhuma modalidade de crédito no último mês de janeiro, como cartões, crediário, cheque especial, linhas de financiamentos ou empréstimos. Outros 42% mencionaram ao menos uma modalidade a qual tenham recorrido no período. Em dezembro, período de tradicional aquecimento das vendas no varejo, esse índice era ligeiramente maior e atingiu 46% dos consumidores. Ainda assim, o número observado em janeiro deste ano é o segundo mais elevado desde junho de 2017, quando 44% dos brasileiros haviam se utilizado de ao menos um tipo de crédito naquele mês. Os cartões de crédito (36%) e o crediário (12%) foram as modalidades mais usadas em janeiro deste ano. O cheque especial foi citado por 7% da amostra e os financiamentos por 6%. Na escala do Indicador de Uso do Crédito que varia de zero a 100, sendo que quanto mais alto, maior a utilização de modalidades de crédito, o resultado observado em janeiro ficou em 28,1 pontos, pouco abaixo dos 31,0 pontos verificados em dezembro último. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o resultado timido do indicador é reflexo ainda da queda nas concessões de crédito ocorrida no período mais agudo da crise. “Com a renda do brasileiro menor, a análise de crédito tornou-se mais criteriosa para evitar a inadimplência e as concessões caíram ao longo do período mais severo da recessão. Somente agora o crédito começa a recuperar-se, mas é prudente que haja controle e critérios sobre a liberação de crédito por parte das instituições e que o consumidor se mantenha cauteloso antes de se endividar”, afirma Pellizzaro Junior. Para 51%, contratar crédito é algo difícil; 48% dos que tomaram empréstimo ou financiamento atrasaram parcela em algum momento No total, apenas 14% dos consumidores consideram a tomada de crédito como algo fácil nos dias de hoje. Para 51%, trata-se de algo dificil, ao passo que 22% consideram regular. “Crédito fácil e sem burocracia pode parecer algo positivo aos olhos do consumidor, mas em muitos casos, a contrapartida dessa agilidade é a cobrança de taxas de juros muito elevadas. O crédito pode ser um aliado do consumidor para aquisição de bens de maior valor, mas se não bem utilizado, pode ser a porta de entrada para o descontrole financeiro” explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Sobre as dificuldades que o mau uso do crédito pode acarretar, o levantamento aponta que 48% dos tomadores de empréstimos e financiamentos atrasaram, em algum momento, parcelas dessa dívida – sendo que 15% ainda possuem prestações pendentes. 23% dos usuários de cartão de crédito caíram no rotativo em janeiro e 41% viram valor da fatura aumentar O indicador apurado pelo SPC Brasil e pela CNDL também revela que o percentual de consumidores que não pagaram o valor integral da fatura do cartão de crédito oscilou de 28% em dezembro do ano passado para 23% em janeiro deste ano. Desse total, 10% entraram no chamado ‘rotativo não regular’, quando não há nem mesmo o pagamento do mínimo. Já 13% ficaram dentro do ‘rotativo regular’, ou seja, pagaram ao menos o mínimo da fatura. Os consumidores que pagaram o valor total da fatura em janeiro somam 76% dos usuários do cartão. Os juros cobrados pelos bancos quando o cliente não paga o valor integral da fatura do cartão de crédito são altos e chegam a 387% ao ano, em média, no caso do não regular e, 241% no caso do regular, segundo dados oficiais do Banco Central. Entre os consumidores que se utilizaram do cartão de crédito no mês de janeiro, 41% aumentaram o valor da fatura nesse período e somente 21% notaram um queda. Para 35% houve estabilidade. Entre os que se lembram o valor que gastaram, a média da fatura encerrada em janeiro foi de R$ 849, cifra ligeiramente abaixo da observada em dezembro último, que era de R$ 966. A pesquisa ainda mostra que o uso do cartão já não se limita a compra de itens de alto valor, que geralmente precisam ser parcelados. As despesas correntes de todo mês também estão sendo feitas a crédito pelo consumidor brasileiro. Em primeiro lugar ficaram as compras em supermercados, citadas por 59% de seus usuários. Em segundo lugar está a aquisição de remédios, com 45% de menções. Depois aparecem gastos como roupas, calçados e acessórios (34%), combustíveis (32%) e idas para bares e restaurantes (25%). Mesmo com inflação sob controle, preços elevados fazem 49% planejarem corte de gastos; 40% estão com as contas no ‘zero a zero’ De acordo com os dados do Indicador de Propensão ao Consumo, no último mês de fevereiro, quase a metade (49%) dos consumidores manifestaram a intenção de reduzir gastos no orçamento, contra somente 8% que planejavam aumentar o valor de suas compras. Para 40%, os gastos devem se manter estáveis. Apesar de a inflação estar sob controle, os preços elevados dos produtos (37%) é a principal razão para a contenção de gastos do brasileiro, seguido da busca constante por economizar (25%) e do desemprego (19%). Entre os produtos que os consumidores pretendem comprar em março, excluindo os itens de supermercado, os remédios lideram a lista (28%), seguido das roupas, calçados e acessórios (19%) e da recarga para celular (18%). O estado das finanças do consumidor colabora para esse comportamento mais cauteloso. Apenas 18% dos consumidores brasileiros estão com as contas no azul – ou seja, com sobra de recursos para consumir ou fazer investimentos. A maior parte (40%) admite estar no ‘zero a zero’, sem sobra

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Brasileiros de todas as classes têm dificuldade para poupar, diz SPC

Poupar dinheiro não é um hábito do consumidor brasileiro, mem mesmo entre aqueles que têm renda maior. É o que diz o Indicador Mensal de Reserva Financeira. Os dados mostram que, em cada 10 brasileiros com renda superior a cinco salários mínimos (R$ 4.690), apenas três (30%) conseguiram encerrar o último mês de novembro com sobras de dinheiro. No total, 66% das pessoas que fazem parte das classes A e B não foram capazes de guardar nenhuma parte dos rendimentos e 4% não sabem ou não responderam. Apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), os dados foram divulgado hoje (19) em São Paulo. Considerando a população de todas as classes sociais, a proporção dos que conseguem guardar dinheiro é ainda menor. Somente 20% conseguiram fechar novembro com sobras contra 70% de não poupadores. Entre aqueles que conseguiram guardar dinheiro em novembrom e que sabem o valor guardado, a média é de R$ 400,57. “A conjuntura econômica é um fator que contribui fortemente para que as pessoas terminem o mês sem dinheiro para investir, mas a falta de disciplina e de controle das finanças também é um grande entrave. O consumidor deve ter em mente que um orçamento controlado pode fazer toda a diferença no fim do mês. O ideal não é poupar somente o que sobra no fim do mês, mas sempre reservar uma quantia fixa”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Exemplo desse comportamento é que apenas 5% dos poupadores reconhecem guardar sempre a mesma quantia todos os meses. Um quarto (25%) guarda apenas o que sobra no orçamento quando termina de pagar todas as contas. “Se o consumidor deixar para poupar o que sobra, é mais difícil ceder aos apelos de consumo. O mais indicado é dividir o orçamento em gastos obrigatórios, gastos com lazer e com daquilo de que se gosta e uma parte para investimentos, que precisa ser sagrada e ter objetivos distintos”, explica o educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli. Caderneta é a preferida Segundo o Indicador Mensal de Reserva Financeira, a caderneta de poupança é o destino mais frequente do dinheiro guardado, com 60% de menções. Em segundo lugar, aparecem as pessoas que deixam o dinheiro guardado em casa (18%). Completam o ranking os fundos de investimento, com 13%; a previdência privada, com 10%; os certificados de depósito bancário (CDBs), com 8%; o Tesouro Direto, com 4%; e o dólar, com 2%. O principal motivo alegado pelos que deixam dinheiro guardado em casa é a liquidez, com 41% de menções, ou seja, a facilidade para dispor desse dinheiro quando precisam usá-lo em momentos de necessidade. Também se destacam a sensação de segurança (20%), o fato de serem pequenas quantias (20%) e até mesmo o receio de um confisco da poupança (16%), “algo que objetivamente pode ser descartado”, afirmam o SPC Brasil e a CNDL. Para o educador financeiro José Vignoli, se a preocupação do consumidor for a liquidez, o dinheiro pode ser depositado em uma conta poupança, que gera rendimentos e de onde pode ser sacado com facilidade. “Dessa forma, o dinheiro não fica parado e não deixa o consumidor vulnerável, uma vez que os recursos guardados na própria casa podem ser roubados ou perdidos.” Vignoli destaca que, além disso, os recursos ficam segurados pelo Fundo Garantidor de Crédito, o que dá tranquilidade ao poupador. Tesouro Direto Além de mostrar que a poupança é o investimento que os poupadores mais conhecem, o indicador do SPC Brasil revelou revelou que o Tesouro Direito ainda é pouco familiar: 79% das pessoas que não usam a poupança disseram já ter ouvido falar dessa modalidade. No caso da previdência privada, 61% dos que não a têm já ao menos ouviram falar ao seu respeito. Investimentos em ações são de conhecimento de 57% desses entrevistados e fundos de investimentos por 55%. Alternativa que ganhou espaço nos últimos anos, período em que a taxa Selic se manteve elevada, o tesouro direto é conhecido por apenas 33% dos poupadores que não têm essa modalidade de investimento. De acordo com especialistas do SPC Brasil, o recuo da taxa básica de juros da economia (Selic) para 7% ao ano torna a poupança, comparativamente com outras aplicações de renda fixa, um tipo de investimento um pouco mais atrativo. “O atual ciclo de queda de juros acaba diminuindo a rentabilidade de investimentos atrelados à Selic e favorecendo a poupança, que é isenta de imposto de renda”, explica a economista Marcela Kawauti. Garantia para aposentadoria Técnicos do SPC Brasi alertam que a pessoa deve ter reservas distintas para cada objetivo de vida, como garantir-se contra imprevistos, conseguir uma aposentadoria tranquila ou realizar um sonho de consumo. A pesquisa mostra que proteger-se de imprevistos é o principal propósito dos brasileiros que guardam dinheiro. Pouco mais de um terço (34%) dos poupadores reservaram parte de seus rendimentos para lidar com uma eventual doença ou morte na família. Para 32%, o principal objetivo é garantir o bem-estar da família no futuro, ao passo que 28% pensam em ter uma reserva que cubra gastos em uma situação de desemprego. Apenas 11% dos poupadores brasileiros guardam dinheiro pensando na aposentadoria. De acordo com a pesquisa, em cada 10 brasileiros que têm reserva financeira, quatro (42%) tiveram de sacar ao menos parte desses recursos, para pagar contas de casa (13%), imprevistos (9%) ou dívidas (9%). (Agência Brasil)

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Juros pagos pelas famílias brasileiras aumentaram 36% entre 2013 e 2016

Os efeitos da crise econômica foram fortemente sentidos pelo mercado de crédito. Entre 2013 e 2016, o saldo das operações de crédito com recursos livres para pessoa física (PF) recuou 13% em termos reais, ao passar de R$ 943 bilhões para R$ 820,3 bilhões, ou seja, uma perda de R$ 123 bilhões em apenas três anos. Embora o volume de empréstimos tenha caído nesse período, a taxa média efetiva de juros cobrada cresceu mais de 16 pontos porcentuais (p.p.), ao passar de 42,9% em 2013 para 59,2% em 2016. Como consequência, o valor pago pelas famílias anualmente apenas a título de juros passou de R$ 212 bilhões em 2013 para mais de R$ 288 bilhões em 2016, um aumento de 36% em termos reais, e que corresponde a um dispêndio extra de R$ 76,3 bilhões. Com juros elevados e menor oferta de crédito, as famílias brasileiras viram sua capacidade de consumo diminuir drasticamente. É o que mostra o estudo “Juros e Inadimplência no Brasil 2014-2016”, realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Banco Central contemplando apenas as operações formais de empréstimo e desconsiderando operações lastreadas em recursos direcionados. O volume de juros pagos pelas famílias em 2014 foi de R$ 251,2 bilhões, alcançando seu maior valor em 2015 (R$ 293,2 bilhões) e apresentando leve recuo em 2016, atingindo R$ 288,3 bilhões, o que representa 4,46% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e 9,2% da renda anual das famílias. Isso significa que o pagamento de juros, em termos individuais, representou um dos maiores itens de despesa das famílias, superando o dispêndio total por ano com grupos de itens como os de saúde, educação e vestuário. Mesmo diante dessas circunstâncias, as famílias brasileiras mostraram forte disposição para cortar gastos e controlar sua inadimplência no período. A taxa de inadimplência das famílias inicialmente apresentou comportamento de crescimento, saltando de 5,3% em dezembro de 2014 para 6,2% no fim de 2015 e praticamente se estabilizando em dezembro de 2016 (6,1%). Em termos de valores em atraso, nota-se claramente um forte ajuste por parte das famílias, que conseguiram reduzir em 8% o volume real das dívidas com mais de 90 dias de atraso, cujo montante caiu de R$ 53,9 bilhões em dezembro de 2013 para R$ 49,6 bilhões no fim de 2016, retração de R$ 4,3 bilhões no período. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, embora a inadimplência das pessoas físicas seja uma das questões mais preocupantes nos tempos atuais, isso se dá muito mais em decorrência da sua alta disseminação em termos do grande conjunto de famílias inadimplentes do que propriamente de seu volume agregado. Para a Federação, o custo elevado do crédito no Brasil é decorrente, obviamente, das altas taxas de juros praticadas no País, consequência direta do descontrole das contas públicas, que se refletem em uma dívida gigantesca que, em meio a crescente perda de confiança dos agentes econômicos, necessita ser financiada diariamente no mercado, com juros elevados pelo risco de descontrole. Isso também torna o setor público o maior tomador de crédito, de acordo com a Entidade, no qual os recursos são escassos, colaborando para fixação de um piso elevado para todos os demais tomadores. Em junho de 2017, a dívida pública bruta atingiu R$ 4,7 trilhões, correspondentes a 73% do PIB. Em apenas três anos e meio, essa dívida cresceu quase 70%, acrescentando quase R$ 2 trilhões ao montante do início de 2014, sendo que R$ 747 bilhões foram gerados nos últimos 18 meses, período em que a sua taxa em relação ao PIB saltou de 65% para os atuais 73%. Nesse ritmo, e com os imensos déficits públicos estimados para os próximos meses, o passivo público deve atingir, antes do fim de 2018, o delicado patamar de 80% do PIB. Para a Federação, fica evidente a pressão que uma dívida pública dessa dimensão exerce na fixação dos juros na economia. Na avaliação da FecomercioSP, seria lógico supor que com uma dívida significativamente menor, a taxa de juros necessária para seu financiamento também seria proporcionalmente inferior ao dos patamares atuais.

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Caixa libera mais de R$ 8,7 bilhões para o crédito imobiliário

A Caixa Econômica Federal anunciou a liberação suplementar de mais de R$ 8,7 bilhões para o crédito imobiliário. Os recursos são do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com essa suplementação, a Caixa diz que terá recursos suficientes para normalizar o ritmo de contratações do Programa Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda familiar bruta mensal de até R$ 4 mil. Em nota, o banco informou também que os contratos que seriam finalizados pelas agências antes das novas medidas de redução das cotas, cujo percentual de financiamento poderia atingir até 80%, terão as condições mantidas e prorrogadas até o fim deste mês. Havia queixas de clientes de que os contratos de crédito habitacional, mesmo com carta de financiamento aprovada, estavam parados devido à falta de recursos. “As avaliações dos imóveis em garantia ao crédito de pessoa física que tiveram sua validade expirada durante o período de transição serão renovadas automaticamente até o final do ano, garantindo a continuidade dos financiamentos”, acrescentou o banco, em nota. Em setembro, a Caixa reduziu para 50% do valor do imóvel o limite máximo de financiamento. O banco informou que adotou a estratégia de execução mensal do orçamento para todas linhas de crédito imobiliário, “com objetivo de cumprir o orçamento anual disponível até dezembro”. Segundo a Caixa, as condições de contratações de imóveis novos não sofreram alterações, permanecendo as cotas de financiamento de até 80%. “Essa medida tem objetivo de manter aquecida a indústria da construção civil do país, responsável por gerar emprego e renda”, destaca a nota. O banco disse ainda que a contratação do crédito imobiliário neste ano está cerca de 20% superior em relação ao mesmo período do ano passado. A Caixa emprestou mais de R$ 72,4 bilhões até o momento em todas suas modalidades de crédito imobiliário. (Agência Brasil)

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25% dos brasileiros tiveram crédito negado em maio, revela indicador do SPC Brasil e CNDL

O Indicador de Uso do Crédito apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) revela que 25% dos brasileiros tiveram crédito negado no último mês de maio ao tentarem fazer uma compra a prazo ou contratarem algum tipo de empréstimo ou financiamento. A principal razão para a negativa foi o fato de estarem com o nome inserido em cadastros de inadimplentes (10%) ou a falta de comprovação de renda (4%). Dado que reforça o comportamento mais restritivo por parte dos credores é que 46% dos brasileiros consideram ‘difícil ou muito difícil’ contratar empréstimos ou linhas de financiamento. Apenas 13% dos consumidores avaliam o processo como fácil. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a facilidade na obtenção de crédito nem sempre representa algo positivo para o consumidor. “Crédito fácil e desburocratizado pode parecer algo positivo para quem precisa de dinheiro imediato para resolver um problema financeiro. Em muitos casos, porém, a contrapartida da agilidade e do crédito farto é a cobrança de taxas de juros muito elevadas. Nesses casos, se o consumidor não analisar a sua capacidade de pagamento, ele poderá ficar inadimplente e desajustar todo o seu orçamento”, alerta a economista. 58% dos brasileiros não tomaram crédito em maio De forma geral, seis em cada dez (58%) consumidores brasileiros não utilizaram nenhuma modalidade de crédito no mês de maio, como empréstimos, linhas de financiamento, crediários e cartões de crédito. O restante (42%), porém, mencionou ao menos uma modalidade a qual tenham recorrido no período. Os cartões de crédito (35%) e os cartões de loja e crediário (16%) foram as modalidades mais usadas no último mês. O cheque especial foi citado por 7% da amostra. Há ainda, 5% de consumidores que recorreram à empréstimos e 4% que buscaram financiamentos. Em maio, o Indicador de Uso do Crédito, que mensura a propensão ao consumo, marcou 27,5 pontos, estável em relação aos 27,6 pontos observados em abril. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, maior a disposição do consumidor e tomar crédito. “Com a inadimplência em patamar elevado, desemprego crescente e recessão ainda longe do fim, tanto bancos como financeiras têm restringido o crédito no mercado, o que dificulta a contratação por parte do consumidor. Além disso, as taxas de juros, ainda muito elevadas, acabam inibindo o apetite do brasileiro na busca de recursos financeiros para consumir”, explica o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior. Para 33%, fatura do cartão de crédito aumentou. Consumidor está usando cartão para fazer compras no supermercado Entre os brasileiros que se utilizaram do cartão de crédito (35%) em maio, a minoria (23%) conseguiu diminuir o valor da fatura. Para 38% ela se manteve em patamar estável na comparação com o mês anterior, ao passo que 33% observaram aumento no valor utilizado. Desconsiderando os que não souberam responder o valor exato que gastaram no cartão (30%), o valor médio reportado pelos entrevistados foi de R$ 933. As compras de supermercados lideraram entre os itens mais adquiridos via cartão de crédito, com 65% de menções. Em seguida surgem os gastos com remédios e farmácia (52%), roupas, calçados e acessórios (37%), combustível (35%) e gastos com bares e restaurantes (28%). O educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, aconselha que, a cada pagamento no cartão, o consumidor avalie o quanto a prestação comprometerá a sua renda. “O cartão é um excelente instrumento de pagamento, pois ao contrário do crediário e do empréstimo, ele só cobra juros em casos de não pagamento ou pagamento mínimo da fatura. Isso requer organização do consumidor para que ele tenha a garantia de que não haverá atrasos ou uso do rotativo, uma vez que os juros superam os 300% ao ano quando não há quitação em dia”, alerta Vignoli. 57% pretendem diminuir gastos em julho e apenas 16% estão com sobras no orçamento De acordo com o Indicador de Propensão ao Consumo, apenas 16% dos consumidores brasileiros estão com as contas no azul – ou seja, com sobra de recursos para consumir ou fazer investimentos. A maior parte (42%) admite estar no zero a zero, sem sobra e nem falta de dinheiro, enquanto 34% encontram-se no vermelho e não conseguem pagar todas as contas com a renda que possuem. Excluindo os itens de supermercado, os produtos que os consumidores planejam adquirir ao longo do mês de julho são em sua maioria remédios (23%), roupas, calçados e acessórios (20%), recarga para celular pré-pago (15%) e perfumes e cosméticos (11%). Ainda assim,a maioria (57%) dos consumidores ouvidos pretende cortas gastos no mês de julho. A redução da renda, o desemprego ou o endividamento foram as razões apontadas por 37% dos que vão reduzir o consumo. Esses entrevistados destacam, também, o fato de estarem sempre tentando economizar (25%), além da percepção de que os preços estão elevados (24%) e da intenção de fazer uma reserva financeira (8%). Apenas 4,8% dos entrevistados pretendem diminuir os gastos para poder viajar, mesmo sendo julho um mês de férias escolares. Metodologia A pesquisa foi realizada em abril e abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. Baixe a íntegra do indicador em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

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Menos pessoas estão procurando crédito

O número de pessoas que buscaram crédito em abril caiu 15,1% na comparação com março deste ano. Em relação a abril do ano passado, a demanda do consumidor por crédito recuou 5,1%. No acumulado do ano, houve queda de 0,7%, de acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. De acordo com economistas da Serasa Experian, o nível de confiança ainda contido e o desemprego elevado continuam mantendo o consumidor com baixa disposição para se endividar, deixando-o relativamente afastado do mercado de crédito. Segundo os dados, houve queda na procura por crédito em todas as faixas de renda. Para os consumidores que ganham até R$ 500 por mês, o recuo foi de 14,5%. Entre os que recebem de R$ 500 a R$ 1 mil, a queda foi de 15,3%, próxima da ocorrida para quem ganha entre R$ 1 mil e R$ 2 mil (-15,2%). Na faixa dos consumidores que ganham entre R$ 2 mil e R$ 5 mil mensais, o recuo foi de 14,6% e, para os que ganham entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, de 14,3%. Entre os consumidores de renda mensal acima de R$ 10 mil, a procura por crédito caiu 13,8%. Quando analisadas as regiões, todas apresentaram queda em abril. As maiores foram de 17,6%, no Norte, e 17,3%, no Sul. No Nordeste, o recuo foi de 15,5% e, no Sudeste, de 14,2%. No Centro-Oeste, a queda foi de 13,1%. (Agência Brasil)

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