Arquivos crise - Página 3 de 4 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Contratos de energia elétrica do Estado ganham agilidade

Com ações voltadas para o contingenciamento dos gastos públicos, principalmente diante de uma grave crise econômica que o País enfrenta, o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Administração (SAD), deu mais um passo para reduzir despesas e promover investimentos em políticas públicas em prol da população pernambucana. Alinhada às diretrizes governamentais, a Secretaria Executiva de Administração (SEADM/SAD), através da Lei nº 16.062, de 12/06/2017, instituiu competência à SAD para realização dos procedimentos licitatórios dos contratos de energia elétrica nos órgãos da Administração Pública Estadual. Para atender a Resolução 714/2016, será realizada uma dispensa única de licitação. O Secretário de Administração, Milton Coelho, apontou as vantagens que este modelo de licitação única traz para o Estado. “Cada dispensa licitatória tem um custo, além disso, demanda tempo e material humano para serem elaboradas. Imaginemos que 100 órgãos solicitem (cada um) um projeto de energia elétrica. Isso iria demandar 100 dispensas. Além de tornar mais célere a tramitação deste tipo de licitação junto à SAD, o Governo irá reduzir gastos públicos”, ressalta Milton Coelho. “Antes, o processo de licitação para contratos de energia era exclusivamente para os de alta tensão. Porém, após a resolução 714, de julho de 2016, veio uma nova orientação da ANEEL, informando que todos os contratos de energia firmados com concessionárias do Poder Público, tinham que ser através de dispensa de licitação ou inexigibilidade”, completa o Secretário Executivo de Administração, José Augusto Bichara Filho. Já a Chefe do Núcleo Técnico de Água e Energia do Estado, Michelle Ferro, explica que a mudança só foi possível após consulta junto a PGE. “Fizemos uma consulta junto à PGE e eles confirmaram que seria possível fazer esta dispensa no formato “guarda-chuva. Ou seja, todos os órgãos aderem à dispensa única de licitação, elaborada pela SAD, depois firmam o contrato com a Celpe”, detalhou ela, informando ainda que o Estado possui mais de dois mil contratos de baixa tensão, o que equivale a 70% do total. O restante é de alta tensão. Michelle Ferro esclarece ainda que a SAD não firma contratos diretamente com a Celpe. “A SAD emite o parecer ao órgão. Caso seja aprovada a solicitação, o órgão estadual terá que anexar toda a documentação necessária para firmar o contrato de energia elétrica com a concessionária, no caso a Celpe, obedecendo a resolução 414/2010, de acordo com a determinação da Aneel” explica a chefe do Núcleo. Para que fosse elaborado o procedimento único de licitação foi necessário fazer também um Termo de Referência (TR), especificando vários pontos dos contratos de energia elétrica (de baixa e alta tensão). A elaboração deste TR contou com apoio irrestrito da Gerência Geral de Licitações (GGLIC), vinculada à Secretaria Executiva de Compras e Licitação (Selic/SAD). Cada contrato tem uma duração de 12 meses. “Este contrato é automaticamente prorrogado, conforme prevê a normatização da ANEEL. Verificamos o comportamento do órgão solicitante nos últimos 12 meses, caso a solicitação esteja de acordo com o perfil do órgão no ano anterior, ele terá direito a aderir à dispensa única de licitação”, conclui Michelle. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Crise fiscal atinge 96% das cidades pernambucanas

A gestão fiscal de 96% dos municípios de Pernambuco é difícil ou crítica. A falta de recursos em caixa para cobrir os restos a pagar acumulados no ano, o elevado comprometimento do orçamento com despesa de pessoal e o baixo volume de investimentos são os principais indicadores que influenciam esse resultado. Isso é o que aponta o Índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF), divulgado nesta quinta-feira, dia 10, pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), com base em dados oficiais de 2016 declarados pelas prefeituras à Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O objetivo do estudo da Federação é avaliar como são administrados os tributos pagos pela sociedade, já que as prefeituras são responsáveis por administrar um quarto da carga tributária brasileira, ou seja, mais de R$ 461 bilhões, um montante que supera o orçamento do setor público da Argentina e do Uruguai somados. O índice varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1 melhor a situação fiscal do município. Cada um deles é classificado com conceitos A (Gestão de Excelência, com resultados superiores a 0,8 ponto), B (Boa Gestão, entre 0,8 e 0,6 ponto), C (Gestão em Dificuldade, entre 0,6 e 0,4 ponto) ou D (Gestão em situação Crítica, inferiores a 0,4 ponto). De acordo com o levantamento, nenhum município de Pernambuco tem gestão de excelência. Apenas sete prefeituras (4%) registram boa gestão fiscal, enquanto 104 (59,1%) têm situação crítica e 65 (36,9%), difícil. A média estadual ficou abaixo do nacional em todos os indicadores avaliados pelo IFGF. Os resultados se explicam, por exemplo, pelo fato de três em cada quatro cidades pernambucanas (75%) não terem investido nem 8% de suas receitas em 2016 e, com isso, terem recebido conceito D no indicador de Investimentos. Entre os dez melhores do ranking pernambucano, os três primeiros colocados – Triunfo (0,6895 ponto), Casinhas (0,6780) e Jurema (0,6330) – se destacam pelo grau de excelência na programação financeira: todos receberam conceito excelente em Liquidez, indicador que avalia se a cidade encerrou o ano com recursos em caixa para cobrir os restos a pagar acumulados. A lista dos maiores IFGFs do estado é seguida por Santa Filomena (0,6242), Jucati (0,6132), Agrestina (0,6101), Ipojuca (0,6088), Garanhus (0,5974), Recife (0,5958) e Itapetim (0,5800). Décima quinta colocada no ranking das capitais brasileiras, Recife teve sua situação fiscal classificada como difícil, apesar de aparecer entre os maiores resultados de Pernambuco. Junto à capital, outras quatro cidades formam o grupo que corresponde à 36,1% da população do estado: Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Caruaru e Petrolina. Esses municípios também têm situação difícil. Apesar disso, vale destacar os avanços de Caruaru (20,2%) e Jaboatão dos Guararapes (17,6%) em comparação com 2015, impulsionadas, principalmente, pelo indicador de Liquidez. Os dez piores resultados de Pernambuco estão, também, entre os 100 piores resultados do país – os três últimos estão entre os dez menores IFGFs brasileiros. A lista é formada por Gameleira (0,1355 ponto), São João (0,1322), Barreiros (0,1261), Aliança (0,1247), Sairé (0,1242), Barra de Guabiraba (0,1208), Ribeirão (0,1191), Escada (0,1128), Parnamirim (0,1095) e Maraial (0,1067), último do estado. Na comparação com 2015, todos esses municípios pioraram no índice geral, sinalizando que sua situação fiscal já crítica se agravou em 2016. Esta edição do IFGF analisou as contas de 176 dos 184 municípios de Pernambuco, onde vivem 98,8% da população estadual (9,3 milhões de pessoas). Até 3 de julho de 2017, os dados de oito cidades pernambucanas não estavam disponíveis na base de dados da STN ou apresentavam inconsistências.

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País abre 35,9 mil vagas de trabalho; quarto mês com saldo positivo

O mercado de trabalho brasileiro abriu 35,9 mil vagas formais em julho. É o quarto mês consecutivo com saldo positivo e o quinto mês do ano. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgadas ontem (9). O saldo de julho resulta da diferença entre 1.167.770 admissões e 1.131.870 demissões. De janeiro a julho, há saldo positivo acumulado de 103.258 novas vagas. O saldo positivo mensal foi impulsionado pelo setor da indústria da transformação, que criou 12.594 vagas. O comércio abriu 10.156 vagas e o setor de serviços, 7.714. A agropecuária vem logo atrás, com a criação de 7.055 vagas. Por fim, a construção civil teve criação de 724 vagas. Segundo o Ministério do Trabalho, é a primeira vez em 33 meses que a construção civil teve desempenho positivo na criação de empregos. “São empregos que não decorrem de uma sazonalidade e têm muito a ver com o poder de compra do consumidor”, comentou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Segundo ele, a liberação para saque do saldo das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) contribuiu com o resultado positivo. "Foram liberados para o trabalhador R$ 44 bilhões das contas inativas do Fundo de Garantia [do Tempo de Serviço]. O trabalhador teve o direito de usufruir desse dinheiro da forma mais conveniente. Ou pagar contas, ou utilizar desse dinheiro para fazer investimentos. E isso influenciou no crescimento [do emprego] da indústria da transformação", disse o ministro. Ele prevê, ainda, resultados melhores nos próximos meses. "O Brasil não vai ter mais números negativos em emprego. No mês que vem teremos números bem melhores", disse Ronaldo Nogueira. Segundo ele, contribuirão para o emprego os investimentos já programados da General Motors [montadora de veículos] no Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. Ele reafirmou que as mudanças trazidas pela reforma trabalhista têm potencial para criação de 2 milhões de empregos nos próximos dois anos. Pelo Twitter, o presidente Michel Temer comemorou o resultado do Caged. "Quarto mês seguido com criação de empregos formais. As 35 mil carteiras assinadas em julho mostram que já estamos vencendo o fantasma do desemprego", disse Temer. Por outro lado, fecharam vagas no mês de julho os setores de serviços industriais de utilidade pública (-1.125), administração pública (-994) e a área extrativa mineral (-224). (Agência Brasil)

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Em razão da crise, 80% dos brasileiros cortaram gastos em 2017; alimentação fora de casa lidera ranking, apontam SPC Brasil e CNDL

Com o país há quase três anos mergulhado em uma crise econômica, a maior parte dos brasileiros chega ao segundo semestre de 2017 sem ainda ter notado melhora no quadro econômico. Um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional e Dirigentes Lojistas (CNDL) com consumidores de todas as regiões, idades e classes sociais revela que, na comparação com 2016, 80% dos brasileiros tiveram de fazer cortes no orçamento ao longo do primeiro semestre deste ano para lidar com os efeitos da crise. O principal item cortado por esses consumidores foi a alimentação fora de casa, citado por seis em cada dez (57%) pessoas. Outros produtos e serviços que também deixaram de ser prioridades para o brasileiro foi a aquisição de roupas, calçados e assessórios (55%), idas a bares e restaurantes (53%), gastos com lazer e cultura, como cinema e teatro (51%), viagens (51%), idas a salões de beleza (50%) e a compra de itens supérfluos nos supermercados (50%). Para 76% dos brasileiros, vida financeira está igual ou pior que no ano passado; economia do país piorou para 39% A pesquisa demonstra que a melhora de alguns índices econômicos como o recuo da inflação e a queda das taxas de juros ainda não se refletiu em efetiva percepção de melhora no dia a dia do consumidor. De acordo com o balanço do primeiro semestre, para 76% dos consumidores, a vida financeira pessoal continuou igual ou pior do que no ano passado. Apenas 19% consideram que houve melhora no período avaliado. A percepção predominantemente negativa se mantém elevada em todos os estratos analisados, como gênero, idade e classe social. A avaliação que os entrevistados fazem do desempenho da economia do país como um todo também vai na mesma direção: para 39% dos entrevistados, as condições da economia brasileira pioraram nos seis primeiros meses deste ano em relação ao ano passado, enquanto para 38%, ela se manteve do mesmo jeito. De modo inverso, apenas 19% acreditam que houve melhora ao longo do período. “A reconquista da confiança dos brasileiros ainda demandará tempo e depende de resultados mais palpáveis no campo econômico. No momento, a condição para que a economia melhore é a solução do impasse político e a aprovação das reformas estruturais, como a da previdência e a trabalhista. As projeções indicavam que o início da recuperação se daria ao longo do segundo semestre. Agora, porém, levantam-se muitas dúvidas sobre essa possibilidade acontecer neste ano”, avalia o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. Três em cada dez atribuem piora nas finanças à diminuição da renda ou desemprego; 57% dos brasileiros passaram a fazer bicos em 2017 Considerando a parcela de brasileiros que avaliam que o estado de suas finanças piorou ao longo do primeiro semestre, as razões relacionadas a crise ganham destaque: 34% atribuem a piora à queda da renda familiar, 32% mencionam o fato de não conseguirem mais poupar como antes e 30% culpam o desemprego. Já entre a minoria que notou alguma melhora na situação financeira pessoal, a razão mais citada é o controle do próprio orçamento, mencionado por 37% desses entrevistados. Outro dado que demonstra o alcance da crise é que 57% dos brasileiros passaram a fazer bicos e trabalhos extras para complementar a renda de casa. O desemprego bateu à porta de 36% dos consumidores ouvidos e pouco mais de um terço (35%) precisou recorrer a empréstimos bancários ou ajuda de familiares para organizar o orçamento. Há ainda, 26% de entrevistados que para conseguir algum dinheiro tiveram de vender algum bem. Resultado do dinheiro mais curto é que 38% dos entrevistados foram parar nos cadastros de inadimplentes pelo não pagamento das contas. Mais da metade (51%) dos consumidores admitiram ter ficado vários meses ao longo deste ano com as contas no vermelho e 56% não estão conseguindo pagar todas as contas em dia. Os atrasos impactam tanto as contas de primeira necessidade, como em modalidades usuais de crédito, como o cartão e cheque especial. De acordo com a pesquisa, 28% dos consumidores brasileiros se encontram atualmente em atraso no pagamento das contas de água e luz. Os atrasos no cartão de crédito e no cheque especial, duas das modalidades que cobram os juros mais elevados do mercado, alcançam 31% e 16%, respectivamente. Também há falta de pagamento nos cartões de loja (26%), contas de internet (27%), telefone (24%) e TV por assinatura (21%). “Apesar de o ano ter registrado alguns ganhos na economia, como a desaceleração da inflação e a queda das taxas de juros, o consumidor continua imerso em um ambiente de poucas certezas, vendo o desemprego ainda crescer e a renda mais curta para consumir”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Em um cenário de dificuldades, 77% dos brasileiros não conseguiram juntar dinheiro do primeiro semestre e apenas 23% conseguiram concretizar algum sonho de consumo no período. 47% dos brasileiros não acreditam que país superará a recessão ainda em 2017; 70% acreditam na dificuldade de realizar planos Os entrevistados também foram questionados sobre o que esperam para o segundo semestre de 2017. A maior parte (47%) mostra-se desacreditada da possibilidade de crescimento da economia brasileira ainda neste ano. Apenas 29% dos brasileiros nutrem alguma esperança de que o país volte a crescer ainda em 2017. Na comparação com o primeiro semestre, 38% acreditam que, nos próximos meses, a economia permanecerá na mesma toada, enquanto 14% acreditam que será pior. Para 30% a situação tende a melhorar até o fim do ano. Quando a análise se detém à situação financeira do entrevistado, os números não diferem tanto: 13% acreditam que o segundo semestre será pior, 35% pensam que será igual, ao passo que outros 35% têm esperanças de que haja alguma melhora. Entre aqueles que apostam na piora da vida financeira, mais da metade (57%) justifica dizendo que a economia do país não deverá melhorar, impactando por consequência o bolso dos brasileiros. Também aparece com destaque o fato de a situação financeira estar difícil (40%), a falta de expectativa

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Veio a demissão. E agora?

Num período de crise prolongada como a que o Brasil enfrenta, o desemprego é um dos efeitos colaterais que mais afeta a população. Hoje são nada menos que 14 milhões sem emprego no País, segundo dados de abril do IBGE. É normal para quem está nessa condição sentir-se triste e até apreensivo. É preciso um tempo para assimilar essa situação difícil, porém o profissional não pode sucumbir ao desânimo e desespero, que podem atrapalhar na busca por uma recolocação no mercado de trabalho. Carla Miranda, sócia da ÁgilisRH, recorda-se de um candidato a uma vaga num processo de seleção que se colocava pouco confiante, que mal se ouvia sua voz na entrevista. “Por mais talentoso que fosse, as empresas tendiam a não contratá-lo em razão da sua postura”, alerta Carla. A saída é levantar a cabeça e traçar algumas estratégias para conseguir voltar a trabalhar. Um passo importante é estar atento às oportunidades, recorrer a sites de empregos e a redes sociais como o Likedin. Um cuidado importante: procurar empresas idôneas para enviar o currículo. Uma pesquisa nos sites de busca da internet ajuda a identificar organizações sérias. Essa pesquisa também será muito útil no momento da entrevista do processo de seleção. É possível conhecer como as organizações estão atuando, seus investimentos, o perfil do seu consumidor, etc, por meio do site das empresas onde se pretende trabalhar, da fanpage no Facebook e do noticiário. De posse dessas informações, o candidato à vaga, ao ser entrevistado, pode adaptar o seu discurso à realidade da organização. Outra dica preciosa é aproveitar o tempo vago para estudar para concurso e avisar aos amigos e às pessoas do seu network que está disponível para o mercado de trabalho. E nada de sentir-se constrangido por solicitar essa ajuda. Afinal, como ressalta Carla, as empresas não empregam para atender ao pedido de um amigo, mas sim em razão da competência do profissional e da disponibilidade de vaga. E, falando em network, uma boa forma de fazer relacionamentos é matricular-se num curso, oportunidade que permite conhecer pessoas de várias empresas. Além, claro, de se reciclar e ficar atualizado com as inovações da área em que se atua. Enquanto não aparece uma contratação, deve-se estar aberto a trabalhos como freelancer. “Fazer prestação de serviço de forma não continuada é uma maneira de manter-se no mercado e ainda obter renda”, aconselha a sócia da ÁgilisRH. Na hora de fazer o currículo todo cuidado é pouco. Nada de fotos – porque nem sempre a imagem é adequada, ainda mais se for um retrato três por quatro. A regra é ser objetivo. “Não precisa colocar molduras, cores, nem enfeites. Deve ser limpo e direto”, alerta Carla. Seguindo essa linha, as informações devem ser enxutas, mas não tão sucintas a ponto de não revelarem as habilidades do candidato. Por isso, é importante informar as atividades desenvolvidas nos empregos anteriores e os cursos como os de extensão e pós-graduação. Mas deve-se evitar colocar no currículo aqueles com matrícula trancada ou incompletos. Da mesma forma, não mencionar que possui inglês ou qualquer outro idioma em nível intermediário. “Caso a pessoa não seja fluente não vai conseguir executar a função exigida pela empresa”, recomenda Carla. Também estão descartadas frases subjetivas do tipo: “tenho liderança e empatia”. Deve-se evitar, ainda, dados relativos à documentação, como RG, CPF, o que é até perigoso. Bastam as informações essenciais para contatar o candidato, como endereço, telefone e e-mail. Nesse período de busca por uma colocação no mercado de trabalho torna-se imprescindível ficar de olho no bolso. Afinal, sem a renda proveniente do salário, a saída é “esticar” ao máximo o dinheiro da indenização e do seguro desemprego. É hora de liquidar o cartão de crédito, as prestações, não fazer novas dívidas e reduzir os gastos. “Sempre há gordura para cortar”, assegura Carla Miranda. Por fim, é interessante abrir os olhos para outras possibilidades de atuação em áreas distintas das que trabalhava. Muitas pessoas chegam até a abrir um negócio próprio. Veja na próxima edição da Algomais dicas para quem quer empreender.

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Pequenas indústrias são as mais afetadas pela crise, diz pesquisa da CNI

Responsáveis pela metade dos empregos na indústria, as pequenas empresas têm sido as mais afetadas pela crise, indica levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com acesso restrito ao crédito e com menos reservas para suportar a queda da demanda, as indústrias de menor porte têm mais dificuldade de se recuperar da recessão. O estudo mostra que as indústrias de pequeno porte têm obtido indicadores piores que as de grande porte desde o início de 2015, quando o país entrou em recessão. Os números foram obtidos com base na Sondagem Industrial, pesquisa mensal divulgada pela CNI que revela as expectativas e as decisões dos empresários da indústria. Medida de 0 a 100 pontos, a Sondagem Industrial tem uma linha de corte de 50 pontos, que indica estabilidade. A pesquisa indica cenário negativo abaixo desse valor e perspectivas favoráveis acima desse nível. Com a intensificação da crise econômica, toda a indústria passou a registrar indicadores abaixo de 50 pontos, mas as pequenas empresas sempre ficaram atrás das grandes. Entre 2015 e 2017, os indicadores de produção e de número de empregados têm oscilado em torno de 40 pontos, contra 45 pontos das grandes indústrias. Em relação à expectativa de demanda, as pequenas empresas oscilaram em torno de 46 pontos. As indústrias de maior porte registraram 49 pontos, ainda pessimista, mas próximo da estabilidade. Os números foram obtidos retirando-se a mediana (valor central em torno do qual um indicador oscila) da Sondagem Industrial. As disparidades são maiores nos indicadores que refletem as finanças das empresas. Nos últimos dois anos e meio, o indicador de situação financeira (avaliação do empresário sobre as finanças da companhia) tem variado em torno de 34 pontos para as pequenas indústrias, contra 43 para as grandes companhias. No acesso ao crédito, a pontuação tem oscilado em torno de 27,5 pontos para as menores empresas e 33,5 para as maiores. Em relação à utilização da capacidade instalada, o levantamento mostra maior ociosidade nas pequenas indústrias. A mediana para as empresas de menor porte corresponde a 58% de utilização do maquinário, contra 70% para as de maior porte. Em abril, as indústrias menores utilizavam 57% da capacidade instalada, contra 67% registrados nas grandes fábricas. Crédito difícil Segundo a CNI, a melhoria do acesso ao crédito, a desburocratização e a melhoria do ambiente de negócios representam os principais caminhos para recuperar a atividade da indústria, principalmente das de menor porte. A entidade aponta, como principais dificuldades, taxas de juros elevadas e exigência de garantias reais – bens que podem ser tomados pelo banco em caso de calote. De acordo com a CNI, no ano passado, apenas 20% das pequenas empresas conseguiram contratar uma nova linha de crédito, 40% renovaram uma linha antiga e 40% das pequenas empresas não conseguiram contratar nem renovar crédito em 2016. Para a Confederação Nacional da Indústria, a falta de crédito impede o acesso ao capital de giro, causa atraso no pagamento de fornecedores, perda de oportunidades de negócio, atraso no pagamento de tributos e necessidade de renegociação de prazos para pagamento de credores. (Agência Brasil)

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Desemprego cresce 8,7% e atinge 14 milhões de pessoas

A taxa de desocupação no país foi estimada em 13,6% no trimestre móvel encerrado em abril, ficando 1 ponto percentual acima da taxa do trimestre imediatamente anterior (novembro a janeiro), quando havia fechado em 12,6%. Os dados foram divulgados hoje (31), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua – PNDA. Com a alta do último trimestre, a população desocupada em abril chegou a 14 milhões, uma alta de 8,7% em relação ao trimestre encerrado em janeiro. Assim, houve um acréscimo de 1,1 milhão de pessoas no número de desempregados. Dados comparativos Na comparação com igual trimestre de 2016, o total de desocupados subiu 23,1%, o que significa um aumento de 2,6 milhões em um ano no número de desempregados. Quando a comparação se dá com o mesmo trimestre do ano passado (novembro de 2015/janeiro de 2016, quando a taxa de desemprego estava em 11,2%), houve crescimento de 2,4 pontos percentuais no desemprego. Já a população ocupada no trimestre encerrado em abril era de 89,2 milhões de pessoas, uma queda de 0,7%, quando comparada com o trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017 (89,9 milhões de pessoas). Em comparação com igual trimestre de 2016, quando o total de ocupados era de 90,6 milhões de pessoas, em janeiro deste ano o número de desempregados aumentou 1,4 milhão de pessoas – uma queda na taxa de desemprego de 1,5%. Carteira assinada Entre as 14 milhões de pessoas que perderam o emprego entre os trimestres encerrados em janeiro e em abril, 572 mil fazem parte do contingente com emprego formal, ou seja, com carteira de trabalho assinada. Os dados fazem parte da Pnad Contínua e indicam que havia em abril, quando do fechamento do trimestre, 33,3 milhões de pessoas com carteira assinada, uma queda de 1,7% na comparação com o trimestre de novembro a janeiro, quando havia 33,9 milhões de pessoas com carteira assinada. Frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2016, a queda é de 3,6%, o que significa que em um ano aproximadamente 1,2 milhão de pessoas com carteira assinada perderam emprego. Rendimento médio real Apesar da alta taxa de desemprego, a maior da história do país, o rendimento médio real pago ao trabalhador brasileiro vem se mantendo estável, tanto em relação ao trimestre encerrado em janeiro quanto ao mesmo trimestre do ano passado. Os dados da Pnad Contínua indicam que o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos no trimestre fechado em abril era de R$ 2,107 mil; no trimestre móvel finalizado em janeiro o valor era de R$ 2,095 mil; e de R$ 2,052 mil em igual trimestre do ano passado. Também a massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos ficou estável no trimestre fechado em abril: R$ 183,3 bilhões; no semestre encerrado em janeiro era de R$ 183,5 bilhões; e frente ao mesmo trimestre do ano anterior, de R$ 181,2 bilhões. (Agência Brasil)

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39% dos brasileiros está na lista da inadimplência

Em 2016, o PIB brasileiro caiu pela segunda vez consecutiva e no último trimestre ajustes começaram a ser realizados para que o país consiga sair da crise. Ainda assim, 2017 inicia com uma conjuntura econômica em recessão. Diante desse quadro, o número de negativados cresceu, alcançando 58,3 milhões de consumidores em dezembro de 2016, segundo estimativa do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Apesar de expressivo, o número mostra uma desaceleração da taxa de crescimento da inadimplência. Em janeiro de 2016, a estimativa era de 57,6 milhões de consumidores, o que mostra um aumento de 700 mil casos ao longo do ano. No mesmo período de 2015, porém, o aumento foi de 2,5 milhões. O dado revela que 39% da população brasileira adulta está registrada em listas de inadimplentes, enfrentando dificuldades para realizar compras a prazo, fazer empréstimos, financiamentos ou contrair crédito. "A explicação para a desaceleração do crescimento da inadimplência desde o primeiro trimestre do ano reside no fato de que o próprio cenário de recessão da economia, que reduziu a capacidade de pagamento das famílias, também restringiu a tomada de crédito por parte dos consumidores", afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro. "Isso quer dizer que o consumidor encontra mais dificuldade para se endividar e, sem se endividar, não pode ficar inadimplente", explica. Queda da inadimplência na variação mensal Apesar do crescimento do número de negativados no acumulado de 2016, o dado de dezembro ficou abaixo do observado em novembro. O indicador mensal de devedores apresentou um recuo de -0,41%. Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, "o movimento é típico da época, que concentra o pagamento de direitos como o décimo terceiro. A injeção desse recurso na economia é uma oportunidade para o consumidor com dívidas quitar suas pendências." Já na comparação entre 2016 e 2015, o indicador avançou 1,44% - a menor variação para um ano desde o início da série histórica. "O dado confirma a tendência de desaceleração da inadimplência observada desde o primeiro trimestre de 2016", afirma Kawauti. Sudeste concentra maior número absoluto de inadimplentes De acordo com o indicador, a região Sudeste concentra o maior número absoluto de consumidores negativados no país: 24,23 milhões de brasileiros, o que representa 37,3% da população adulta da região. A segunda região com maior número absoluto de devedores é o Nordeste, que conta com 15,74 milhões de negativados, ou 39,7% da população. Em seguida, aparecem o Sul, com 7,96 milhões de inadimplentes (35,8% da população adulta), o Norte, com 5,34 milhões de devedores (46,0% do total da população residente) e o Centro-Oeste, que por sua vez, aparece com um total de 4,99 milhões de inadimplentes, ou 43,8% da sua população. Quase metade da população entre 30 e 39 anos está negativada A estimativa por faixa etária revela que é entre os 30 e 39 anos que se observa a maior frequência de negativados. Em dezembro, quase metade da população nesta faixa etária (49,38%) tinha o nome inscrito em alguma lista de devedores - um total de 16,81 milhões. Também merece destaque uma porcentagem significativa da população com idade entre 25 e 29 anos (46,65%) estar negativada, assim como os consumidores com idade entre 40 e 49 anos (46,24% em situação de inadimplência). Entre os mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, a proporção cai para 19,38% - em número absoluto, 4,63 milhões. Já a população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 29,50%, o que representa 4,58 milhões de pessoas. Número de dívidas diminuem 2,24% em novembro O indicador do SPC Brasil e da CNDL também analisa o volume de dívidas em nome de pessoas físicas. Neste caso, a variação negativa foi de -2,24%na comparação anual - dezembro de 2016 frente ao mesmo mês de 2015. O setor de comunicação, que engloba atrasos em contas de telefonia, internet e TV por assinatura, foi o que mostrou a maior queda de dívidas em dezembro. Na comparação anual, as pendências de pessoas físicas com o setor caíram -17,77%. Os atrasos no comércio apresentaram uma retração de -3,90% e as dívidas bancárias, que contemplam atrasos no cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e seguros, cresceram +0,78%. O setor que apresentou a maior alta foi o de água e luz, cujo crescimento foi de 13,62%, também na variação anual. Em termos de participação, considerando-se mais uma vez o total do Brasil,os bancos concentram a maior parte das dívidas existem no país: 48,26%. Em seguida, aparece o Comércio, com 20,04% desse total; o setor de Comunicação (13,07%) e o de Água e Luz, concentrando 8,55% do total de pendências.

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Coworking: compartilhar é a tendência

Em tempos de recessão e crise financeira, empresas pernambucanas decidiram se aliar com outras e realizar o compartilhamento dos escritórios. A ideia, aos poucos, está se alastrando. De acordo com dados da Coworking Brasil, organização que representa os números dos escritórios compartilhados, desde 2011, a quantidade de espaços divididos entre diferentes empresas subiu de 11 para 240 em todo o País. Uma das empresas que decidiram optar pelo compartilhamento do escritório foi a A Ponte Comunicação, que presta serviços de assessoria de imprensa. De acordo com Kennedy Michilis, dono da instituição, além da redução de custos, houve também uma melhora nas relações interpessoais dos funcionários. "Nós somos três empresas no prédio, que dividimos as contas. Houve uma melhora de clima dentro da equipe, porque você acaba interagindo com mais pessoas. Nós, por exemplo, temos uma copa coletiva, onde as pessoas conversam, almoçam, trocam ideias ou até mesmo ficam para a hora do cafezinho", conta. Além da A Ponte Comunicação, há mais uma assessoria de imprensa e um estabelecimento de mídia exterior. A divisão de custos é levada a sério em empresas que compactuam o mesmo local de trabalho. De acordo com Kennedy, elas dividem desde os custos com aluguel até faturas de água e energia ou até mesmo manutenções que são feitas esporadicamente. "Acho que é uma tendência, pelo menos enquanto a economia estiver retraída desse jeito", acredita. Entretanto, apesar dos reais benefícios, há alguns problemas a serem contornados. "Como o número de empresas que o espaço consegue acomodar bem é quatro e hoje só existem três, acaba sendo uma desvantagem porque existe um espaço ocioso na casa e esse espaço precisa ser bancado por quem fica. Hoje, essa redução está em torno de 20%, mas, ainda assim, são números bem interessantes", explica Kennedy. O jornalista, entretanto, alerta para possíveis obstáculos para aqueles que almejam compartilhar. Para ele, empresas de ramos diferentes podem não dar certo em um mesmo espaço. "O compartilhamento depende muito da característica do serviço, pois é isso que vai determinar ou não se você consegue compartilhar um espaço. Esse modelo funciona muito para pequenas empresas, profissionais liberais, arquitetos e advogados, por exemplo", explica. "Realmente o que determina é o modelo de negócio, não é qualquer coisa que vai dar certo, como por exemplo, um salão de beleza e uma locadora de veículos. É necessário possuir alguma convergência", esclarece. Em janeiro, o designer João Faissal decidiu sair de João Pessoa, sua terra natal, para morar no Recife. Da Paraíba, ele trouxe o modelo de escritórios compartilhados. Desde janeiro, ele divide o mesmo espaço com mais duas empresas em uma sala num prédio na Avenida Dantas Barreto, no bairro de Santo Antônio, área central da capital pernambucana. De acordo com o designer, o compartilhamento de espaços em João Pessoa ainda não atingiu o padrão seguido no Recife. "Acho que o nível das empresas independentes do Recife, aquelas que não estão ligadas a grandes clientes, é um pouco maior. Em João Pessoa, o pessoal ainda está começando a ter um pouco de liberdade de trabalho. Aqui, o pessoal já está muito mais à vontade", conta. Além da redução nos gastos, ele ressalta que a troca de experiências e o aprendizado é diário nesse novo tipo de empreendimento. "Antes de tudo, nós compartilhamos conhecimento. Eu trabalho ao lado de pessoas que, teoricamente, são meus concorrentes no mercado, se pensarmos no modelo tradicional. Mas, eles estão sentados perto de mim e sempre conversamos sobre como resolver problemas e abordar soluções. Para mim, isso é o que mais importa", comenta. Exatamente pela liberdade com os demais ocupantes do espaço, de acordo com João Faissal, abre-se um leque de opções para a realização de trabalhos e serviços, ou seja, a rede de contatos se estende. A queda do modelo habitual mercadológico, na opinião do designer, é uma questão de tempo. Para ele, a divisão de um espaço entre integrantes de empresas diferentes é um fragmento da evolução das relações interpessoais. "O compartilhamento é um nível inicial de se desconectar desse mercado tradicional. Creio que essa prática não é algo que vai passar, não é uma moda. Muito pelo contrário. É uma necessidade do ser humano deixar de ser tão individualista. Essa prática só favorece as relações humanas e de trabalho", analisa. De olho nessa tendência, já existem organizações especializadas em oferecer escritórios compartilhados para locação. A empresária Daniela Melo é uma das proprietárias da Workhall Coworking, que fundou em 2016, ao perceber as mudanças nos conceitos tradicionais de trabalho. "Durante a fase de montagem da empresa, que durou um ano, uma coisa que nos chamou atenção foi a tendência de compartilhar. O compartilhamento está mudando a maneira de consumo de muitos serviços, como o de transporte, como o Uber, hospedagem, como o Airbnb e, claro, de trabalho", afirma Daniela. A empresa oferece diversos serviços relacionados a essas novas práticas, com preços diferentes de acordo com a necessidade do cliente. "Procuramos oferecer toda a estrutura para o profissional, como mesas de trabalho num espaço compartilhado, salas de reunião, que podem ser alugadas por hora, e salas privativas, para aquelas pessoas que, mesmo compartilhando a estrutura, ainda precisam ter um lugar mais reservado para elas", explica. "A principal vantagem, além da economia, é a possibilidade de compartilhar e trocar experiências com outras pessoas", completa. O crescimento na procura pelos serviços faz com que o futuro seja encarado como favorável. "A nossa aposta para o futuro desse mercado é promissora. Com a tendência de compartilhamento, podemos dizer que o coworking é definitivamente um mercado do presente que permanecerá no futuro", prevê Daniela.

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Crise parou de se agravar

O ritmo de agravamento da crise econômica está diminuindo. É o que mostra o Termômetro da Indústria,  ferramenta interativa que reúne o desempenho de nove indicadores do setor industrial: produção, horas trabalhadas, emprego, faturamento, exportações, intenção de investimento, confiança do empresário, utilização da capacidade instalada e estoques. A combinação desses indicadores revela se a indústria brasileira está indo bem ou mal em determinado período. Elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Termômetro mostra que, entre os indicadores divulgados em agosto, cinco tiveram desempenho positivo, três foram negativos e um neutro. A predominância de resultados positivos indica que há sinais de que a crise parou de se agravar, embora a atividade industrial ainda não tenha se recuperado, observa a Nota Econômica, artigo da CNI que apresenta o Termômetro da Indústria. "Ainda não é possível dizer que a crise ficou para trás. Mas o comportamento de alguns indicadores é um sinal de que as coisas começam a melhorar e que as medidas adotadas pelo governo até aqui estão na direção correta", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Ele avalia que a recuperação da economia será lenta e dependerá, sobretudo, de ações efetivas para reequilibrar as contas públicas e das reformas estruturais, como a da Previdência e a modernização da legislação trabalhista. Além do retrato da situação da indústria, obtido pela combinação do desempenho conjunto dos nove indicadores, o internauta pode acompanhar, a evolução de cada um dos dados e a respectiva série histórica. A ferramenta explica o que mede, porque é importante e como interpretar cada um dos indicadores.     Os indicadores com desempenho positivo: 1) Produção industrial: em junho, o indicador cresceu 1,1% em relação a maio, na série livre de influências sazonais. Foi o quarto aumento consecutivo da produção, o que confirma a reversão da tendência de queda registrada desde 2013. Mesmo assim, a produção industrial está 18,4% menor do que o pico histórico, verificado em junho de 2013. A produção industrial é calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2) Horas trabalhadas na produção: em junho, o indicador, calculado pela CNI, cresceu 0,2% na comparação com maio na série dessazonalizada. Ainda assim, está 7,8% abaixo do registrado em junho de 2015 e permanece com tendência de queda. 3) Faturamento: em junho, o faturamento da indústria, calculado pela CNI, cresceu 2%, na série livre de influências sazonais. Mas ainda está 8,3% menor do que o de junho de 2015 e mantém a tendência de queda. 4) ICEI: em agosto, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) alcançou os 51,5 pontos. Foi a primeira vez em 28 meses que o indicador, calculado pela CNI, ultrapassa a linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. 5) Exportações: em julho, a quantidade exportada de produtos manufaturados cresceu 4,7% e está 8,1% acima do registrado em igual mês de 2015. O indicador, elaborado pela Funcex, registra tendência de crescimento e acumula aumento de 26,4% entre fevereiro de 2015 e julho de 2016. Confira o Termômetro da Indústria no Portal da Indústria

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