Arquivos Cultura - Página 54 De 70 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Galeria de Artes do Sesc Santo Amaro tem vernissage hoje

Um olhar reflexivo e inquietante sobre as relações de trabalho desde a época de colonização brasileira e o paralelo com o cenário atual. Com um questionamento sobre os novos e velhos modelos de escravidão, o artista pernambucano Márcio Almeida leva para a Galeria de Artes Corbiniano Lins, no Sesc Santo Amaro, a exposição “Nheë Nheë Nheë”, tem início hoje (10/07), às 17h, com acesso gratuito e curadoria de Beano de Borba. “É um paralelo em relação à questão do trabalho ocidental e ócio tropical e tem como base a interferência das religiões e as estratégias que os colonizadores usavam para catequisar os povos indígenas”, define o artista, que, durante residência no Usina de Arte Santa Terezinha, concebeu a exposição. O nome vem do tupi-guarani “Nhe”, que significa “fala”, e se amplia para acompanhar a mudança de significado que teve no decorrer do tempo e que, hoje, define “quem fala muito”. Serão quatro instalações, e duas delas são inéditas. Uma das novidades é “Nheë Nheë Nheë”, que leva o mesmo nome da mostra, e traz 13 peças criadas com galhos de oliveira, pás e ferro de cova que dão forma a ferramentas de trabalho. Na tarde de abertura, a artista e performer Flávia Pinheiro vai ungir com óleo de urucum as peças de uma ânfora de 1,5 metro quebrada para mostrar a soma de elementos religiosos e versar sobre a disrupção sobre entendimento de trabalho e cultura. A outra que será apresentada pela primeira vez ao público é “Nosso descanso é carregar pedras”, que utiliza cartões de ponto pintados com aquarela em formato de pedras. As duas demais são “Waiting for work” com uma série de dez fotografias reais retratando o descanso de funcionários após o intervalo do almoço, e “Truck Sistem”, que lança luz sobre a servidão por dívida. Por meio de mais de 30 papeis carbono coletados e grafados, Márcio pretende atentar para uma escravidão que se dá a partir de débitos da classe trabalhadora. Serviço – Exposição “Nheë Nheë Nheë” Quando: de 10 de julho a 28 de setembro Horário: 9h às 17h Informações: 3216-1728 Entrada: gratuita Endereço: Sesc Santo Amaro (Rua 13 de Maio, 455, Santo Amaro)

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Taca Mais Música recebe o sambista Cris Galvão

Na próxima quinta-feira 11 de julho, o cantor Cris Galvão vai colocar o público para cair no samba, num show de tributo a Zeca Pagodinho e Beth Carvalho, no Taca Mais Música, projeto gratuito do Shopping Tacaruna que oferece música de qualidade aos clientes do mall todas as quintas-feiras, às 19 horas Entre os sucessos de Beth, que nos deixou no último mês de abril, aos 72 anos e é conhecida carinhosamente como a madrinha do samba, não podem faltar as canções “Andanças”, “As rosas não falam” e “Coisinha do Pai”. Da extensa lista de canções de Zeca Pagodinho, Galvão vai apresentar “Deixa a vida me levar”, “Vai Vadiar”, “Com que roupa sem compromisso”, entre outras. Já no dia 18 de julho, os fãs do cantor Reginaldo Rossi poderão matar as saudades da irreverência e romantismo característicos do artista, falecido em 2013, com a banda The Rossi, que faz um verdadeiro tributo ao rei do brega. A banda, que foi criada para dar continuidade ao trabalho artístico do cantor, segue divulgando o trabalho musical de Reginaldo. O repertório do show vai trazer algumas músicas do último CD O Cabaré do Rossi, como “O Cara Errado”, “Boate Azul” e “A Dama de Vermelho”. Também vai resgatar os sucessos “Meu Fracasso”, “Era Domingo”, “Pedaço de Mau Caminho” e “O Pão”, além de músicas que marcaram a carreira dele: “Garçom”, “A Raposa e as Uvas”, “Recife Minha Cidade” e outras. Encerrando a programação do mês de julho do Taca Mais Música, a banda Ela e o Bando fará uma releitura do Pop Rock Nacional, no dia 25 de julho. O show aposta num ecletismo e terá canções de Roberto Carlos, Geraldo Azevedo, Zeca Baleiro, Paralamas do Sucesso, Rita Lee, Legião Urbana, Lenine e outros astros da música brasileira. Criada em 2015, a “Ela e o Bando” é fruto da parceria entre os irmãos Carolina Alves e João Alves. Através das experiências adquiridas na família de músicos, a dupla foi desenvolvendo ideias e composições ao longo da vida. Serviço: Taca Mais Música de Julho Todas as quintas-feiras de julho, às 19h Rooftop do Shopping Tacaruna Entrada gratuita Programação: 11/07 - Cris Galvão, Tributo a Beth Carvalho e Zeca Pagodinho 18/07 – Banda The Rossi, Tributo a Reginaldo Rossi 25/07 – Ela e o Bando, Releitura do Pop Rock Nacional

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Turnê Voyage do Power-Kon Chega ao Shopping Patteo Olinda em Agosto

A Fase 2 do Power-Kon Recife Promete muitas novidades para este Segundo Semestre de 2019, A Turnê VOYAGE do evento de Cultura Pop que promove uma verdadeira experiência em aventura para todos os fãs de Cultura Pop, que já Passou por diversos Locais e Shoppings como Centro de Convenções-PE, Paço Alfândega e o Paulista North Way Shopping, agora desembarca no Shopping Patteo Olinda para celebrar os 10 anos do Festival do Videogame-PE. A maratona de Games e Cultura Pop já está confirmada para Agosto. O Festival do Vídeogame-PE acontece 16 a 18 de Agosto no Piso L4 do Shopping Patteo Olinda, trazendo para o público Pernambucano e de outros estados que virão a recente safra da era dos Jogos Digitais, assim como os mais diversos Jogos Retrô. No ano em que completa dez anos, o evento ultrapassa a marca de um milhão de participantes. idealizado desde 2009 pelo Produtor Kelmer Luciano(Cidadão Kelmer Produções), tem também como proposta trazer para o público Infanto-Juvenil e também para toda Família uma diversidade de atrações de Cultura Pop Eletrizantes durante os 03 Dias de Evento. Nos últimos dez anos o Festival do Vídeogame-PE conquistou o Gamer de todas as idades por ser um evento que além de ser um grande encontro de fãs do gênero, promove inclusão social a jovens que não tinham acesso a tecnologia. “Para nós será uma grande honra poder comemorar os 10 anos do festival do Vídeogame-PE sendo o primeiro e Grande evento de Cultura Pop que Olinda já teve, espero que seja um ponta pé inicial para que muitos outros possam vir”, diz o produtor Kelmer Luciano Serão vários setores e algumas outras surpresas maiores serão divulgadas nos próximos dias reunindo os mais importantes videogames já lançados, desde clássicos como Tele-jogo(em uma super exposição contando a evolução do Vídeo Game) até os atuais da Nintendo, Xbox 360, e PlayStation 3 e 4 – serão vários consoles diferentes em uma mostra fantástica. A Entrada é Gratuita, mas a produção agradece aqueles que possam doar 1Kg de Alimento não Perecível que será Doado para instituições carentes. Mas não fica só por aí, entre as atrações o público receberá o projeto Guitar Gamers, um show inédito com guitarristas tocando os clássicos de todos os tempos enquanto rolam as cenas dos temas dos jogos mais épicos no telão, haverá também o tão esperado campeonato de Just Dance, Palestras com designers criadores de games, Blogueiros e Youtubers Locais do Universo Gamer mostrando o que há de mais atual no universo digital, Jogos de Mesa, Concursos de Cosplay, K-Pop(Concurso e Kpop World Stage), Outras Atrações estaremos estaremos divulgando nos próximos Dias. Serviço: O QUE: Festival do Vídeogame-PE Edição Especial de 10 Anos. QUANDO: Sexta à Domingo, De 16 à 18 de Agosto, 2019. ONDE: Shopping Patteo Olinda, R. Carmelita Muniz de Araújo, S/N - Casa Caiada, Olinda - PE, 53130-150 . PISO L4. HORÁRIO: Das 11h às 20h. ENTRADA GRATUITA: Mas Agradecemos quem possa doar 1Kg de Alimento não perecível.

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24º Festival de Dança do Recife recebe propostas de espetáculos

As inscrições estão abertas até o próximo dia 8 de agosto e devem ser feitas presencialmente, na Divisão de Artes Cênicas, localizada no Pátio de São Pedro, ou por Sedex. Festival será realizado pela Prefeitura do Recife, entre os próximos dias 17 e 27 de outubro Estão abertas as inscrições para bailarinos e grupos interessados em ocupar os palcos do 24º Festival de Dança do Recife, que será realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, entre os próximos dias 17 e 27 de outubro. As inscrições devem ser realizadas até o próximo dia 8 de agosto, presencialmente, na, Casa 10 – 1º Andar, Bairro de São José, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Ou podem ser realizadas por SEDEX, com data de postagem dentro do prazo de inscrições. Não serão aceitos documentos enviados por fax ou por e-mail. As propostas devem ser entregues ou encaminhadas em envelope lacrado, com release, sinopse, ficha técnica do espetáculo e histórico de apresentações, além de clipagem e fotos, além de currículo do grupo, documentação de pessoa física ou jurídica do proponente, certidões negativas da União, Estado e Município, entre outros. Também é preciso preencher e entregar os formulários de inscrição, disponíveis para impressão, junto com o regulamento do concurso, na página da Secretaria de Cultura, dentro do site da Prefeitura (http://www2.recife.pe.gov.br/pagina/secretaria-de-cultura). Espetáculos de outras cidades e estados Os espetáculos concorrentes de outros estados e municípios fora da Região Metropolitana do Recife, terão, obrigatoriamente, que ser inéditos na capital pernambucana, sob pena de desclassificação. E nenhum espetáculo, local ou não, poderá ter participado das últimas duas edições do evento, realizado pela Prefeitura do Recife anualmente. Seleção e critérios As propostas serão examinadas e avaliadas por uma Comissão de Avaliação Artística composta por cinco membros, entre representantes da sociedade civil e convidados da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Entre os critérios a serem utilizados para a habilitação artística dos espetáculos, estarão: o histórico profissional, qualidade artística, visibilidade da obra, oportunidade da obra e sua contribuição artística, além de viabilidade. Os resultados serão publicados no Diário Oficial do dia 20 de agosto.

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Viagem através da literatura brasileira

No Rio de Janeiro, Brás Cubas, personagem póstumo de Machado de Assis, revela suas memórias do século XIX. Na mesma época, a situação e o cenário eram bem distintos no Sertão da Bahia descrito por Euclides da Cunha. A diversidade da literatura brasileira não reflete apenas a amplitude geográfica de seu continente, mas também as distinções políticas, sociais e culturais do nosso povo, presentes nos títulos literários. Partindo de obras canônicas brasileiras, surge o projeto Viagem ao País do Futuro, assinado pela jornalista portuguesa Isabel Lucas. A ideia é escrever 12 grandes reportagens sobre lugares/livros visitados/lidos pela autora para traçar o Brasil de agora. Ao final de um ano, as matérias se transformarão em livro a ser editado pela Cepe em parceria com o jornal português Público e a Fundação Oceanos. O projeto será apresentado oficialmente na edição 2019 da Festa Internacional de Paraty (Flip), dentro da programação da Casa Paratodxs, dia 11 de julho, às 19h, em conversa entre Isabel Lucas e o editor da Cepe, Wellington de Melo. Antes disso, no dia 6 de julho, já será publicada - na versão online do jornal literário Pernambuco (Cepe), e no jornal Público - a primeira das 12 reportagens, e o Pernambuco também já terá na versão impressa do mês de julho uma entrevista exclusiva com a escritora falando sobre o projeto. “Em meio à crise política e social em que vive o Brasil, pensar a literatura é fundamental, tanto a canônica quanto a que está sendo feita neste momento, no calor da hora. A ficção sempre vê mais longe”, defende o editor do Pernambuco, Schneider Carpeggiani. Selma Caetano, representante da Fundação Oceanos, enxerga ainda uma possibilidade de “aproximar literaturas e artes de língua portuguesa”. A escolha por títulos pertencentes ao cânone literário brasileiro, segundo Isabel, foi uma forma de abrir as possibilidades para abordar a diversidade temática e geográfica que compõe a identidade brasileira. “É uma escolha que se pode dizer conservadora, mas que tem o objetivo de, durante a viagem, descobrir e integrar obras mais atuais, chegando ao que neste momento o Brasil escreve sobre o Brasil”, esclarece Isabel. Além de Os Sertões (Euclides da Cunha) e Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis), a autora utiliza como pontos de partida os títulos Vidas Secas (Graciliano Ramos), Menino de engenho (José Lins do Rego), Casa-Grande & Senzala (Gilberto Freyre), A hora da estrela (Clarice Lispector), Olhai os lírios do campo (Érico Veríssimo), Grande Sertão: Veredas (Guimarães Rosa), Viva o Povo Brasileiro (João Ubaldo Ribeiro), Dois irmãos (Milton Hatoum), As menina (Lygia Fagundes Telles), Macunaíma (Mário de Andrade), e Lavoura Arcaica (Raduan Nassar). O primeiro texto do road book começou a ser escrito no Recife, em junho passado. Por aqui, a jornalista e escritora portuguesa Isabel Lucas iniciou sua narrativa baseada em pessoas anônimas que por aqui conheceu, e em escritores contemporâneos, como o poeta Miró da Muribeca, que emprestaram seus olhos para que Isabel enxergasse a capital pernambucana à sua maneira. Hotel Central, Mercado da Boa Vista, Ponte Duarte Coelho e Praça Maciel Pinheiro vistos pelos versos de Miró não são os mesmos de um cartão postal. Depois do Recife, Garanhuns, Caetés, Palmeira dos Índios e Quebrangulo (AL), Canudos (BA), e Petrolina (PE) foram os destinos. De 10 a 21 de julho, os destinos serão para Rio de Janeiro e Paraty. De 2 a 12 de setembro, Isabel passará por Porto Alegre, São Paulo, Salvador e Itaparica, e termina sua viagem entre São Paulo, Manaus e Pindorama, de 21 de outubro a 6 de novembro. Isabel já havia feito projeto semelhante nos Estados Unidos, por onde viajou por 16 cidades para tentar entender a complexa realidade daquele País. O resultado foi o livro Viagem ao sonho americano, publicado em Portugal em junho de 2017. O título é tão repleto de ironias quanto o que, por ora, batiza o projeto brasileiro, pois o que Isabel descobriu em terras norte-americanas desmontou muitos dos conceitos prévios. “Naquela época, 2015, o então candidato a presidente Donald Trump surgia como uma piada que se tornou realidade”. Algo semelhante ao que ocorreu no Brasil com o atual presidente. Já a escolha dos livros foi pautada por questões de raça, imigração, tecnologia… “Achava que sabia o que era racismo nos Estados Unidos e descobri que não sabia nada; é um país de imigrantes conservadores”, confessa Isabel.   Há dois anos Isabel ‘descobriu’ o Brasil quando fez sua primeira visita aos trópicos. Mas a cultura brasileira há muito que ‘conquistou’ a ela e aos portugueses. Caso de Jorge Amado, muito conhecido por lá. Em Portugal, no entanto, é grande o desconhecimento da literatura brasileira. “E os portugueses acham que conhecem o Brasil ,por causa das novelas!”, conta Isabel. Apesar de não haver a barreira linguística, há sim uma barreira de vocabulário, pois nem tudo se conhece do mesmo jeito aqui e do outro lado do Atlântico. “Meu trabalho consiste também em fazer uma tradução de valores; uma tradução cultural”. Quanto ao fato de ser uma portuguesa, ‘colonizadora’ escrevendo sobre o Brasil ‘colonizado’, Isabel pondera que a alteridade pode favorecer o olhar. “Provavelmente esse livro não será consensual. Se assim fosse, escreveria lá de Lisboa mesmo”.  

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'Bacurau' vence o prêmio de melhor filme em competição internacional

“Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, venceu o prêmio de melhor filme no 37° Festival de Cinema de Munique (Filmfest München), na principal Mostra, a CineMasters Competition. Em maio, o longa havia sido contemplado com o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, onde teve sua première mundial. No Brasil, “Bacurau” terá sua primeira projeção no Festival de Gramado, como Filme de Abertura fora de competição no dia 16 de agosto. A estreia nas salas brasileiras será no dia 29 de agosto, com distribuição da Vitrine Filmes. O prêmio em Munique prevê 50 mil euros em equipamentos Arri para o próximo filme dos realizadores. Juliano Dornelles, codiretor e coroteirista de “Bacurau” e a produtora Emilie Lesclaux, foram a Munique receber o prêmio. “Uma honra poder receber esse prêmio que ja permite pensar num próximo projeto”, diz Emilie Lesclaux. “Bacurau” teve a sua première portuguesa sábado à noite abrindo o Festival de Vila do Conde para um Teatro Municipal lotado. A sessão foi apresentada por Kleber Mendonça Filho. Desde a sua première mundial em Cannes, “Bacurau” ja recebeu convites para mais de 100 festivais e mostras ao redor do mundo e já foi vendido para inúmeros territórios em cerca de, até agora, 30 países. A distribuição internacional inclui lançamentos em salas, home video e streaming nos Estados Unidos e Canada, Reino Unido, França, Japão, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, República Tcheca, Taiwan, em países da América Latina e Escandinávia. Nos Estados Unidos, os direitos de distribuição foram comprados pela prestigiosa Kino Lorber, que tem lançado filmes como o vencedor da Palma de Ouro em Cannes “Sono de Inverno”, de Nuri Blidge Ceylan, o Urso de Prata em Berlim “Tabu” de Miguel Gomes e “A Visitante Francesa” de Hong Sang-Soo. Em entrevista à revista Variety, esta semana, a Vice-Presidente da distribuidora Wendy Lidell, afirmou que “Bacurau” tem potencial. “Platéias certamente serão seduzidas pela atmosfera fantástica do filme, que mistura questões politicas, humanismo, ficção cientifica e elementos do gênero Western, e há elementos para tornar-se um sucesso de bilheteria”. “Bacurau” também já foi exibido no Festival de Cinema de Sidney, Austrália, e no SoFilm Summercamp, em Nantes, e La Rochelle, ambos na França (onde o filme estreia em setembro), e segue esta semana para a competição do Neuchâtel International Fantastic Film Festival, na Suíça. Rodado no Sertão do Seridó, divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba, “Bacurau” é um filme de aventura ambientado no Brasil ‘daqui a alguns anos’. Conta a história do povoado Bacurau, que some do mapa após o falecimento de uma de suas moradoras mais queridas, Dona Carmelita, aos 94 anos. "Bacurau" é a segunda coprodução entre a CinemaScopio do Recife (“O Som ao Redor”, “Aquarius”) e a SBS em Paris (“Synonymes”, de Navad Lapid, vencedor do urso de ouro em Berlim, “Elle”, de Paul Verhoeven, “Mapas Para as Estrelas”, de David Cronenberg). “Bacurau” também é uma coprodução com a Globo Filmes, Simio Filmes, Arte France Cinema, Telecine e Canal Brasil. Produzido por Emilie Lesclaux, Said Ben Said e Michel Merkt, tem patrocínio da Petrobras, Fundo Setorial do Audiovisual, Funcultura (Governo de Pernambuco) e do CNC (Centre National de la Cinematographie, France). SINOPSE: Um western brasileiro. Um filme de aventura e ficção científica. Daqui a alguns anos... BACURAU, um pequeno povoado do sertão brasileiro, dá adeus a Dona Carmelita, mulher forte e querida, falecida aos 94 anos. Dias depois, os moradores de Bacurau percebem que a comunidade nao consta mais nos mapas.

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Pirão: água, farinha, tempero & arte

“Nunca no Brasil se pintou um quadro nem se escreveu um poema que nem se plasmou uma estátua nem se compôs uma sinfonia que igualassem sugestões de beleza a um prato de pirão” . Gilberto Freyre in “O pirão glória do Brasil” jornal Diário de Pernambuco, anos 1920. Certamente o brasileiro se encontra e se reconhece na mandioca. São produtos para comer, e para outros usos na casa e no trabalho. O produto mais geral, comum, nacional, é a farinha, a farinha de mandioca de tantos tipos, nomes, texturas, cores, sabores, e principalmente no uso em receitas, cobrindo todo o nosso território. Farinha pura, farinha com água, um tipo de bebida engrossada, mata-fome geral, na Amazônia chamada de chibé ou caribé. Embucha, dá aquela sensação de barriga cheia, só sensação, pois o corpo necessita de mais nutrientes e de variedades de alimentos para funcionar. É essa fornalha, a barriga, que está sempre a processar, sempre a consumir comida. Contudo, as farinhas, desde a mais comum, seca, chamada afetivamente de farinha de pau ou de guerra é a do dia-a-dia, base para forrar o prato, cama do feijão, de molhos, assados, guisados, ou mesmo na tão celebrada farofa. Aliás, considero a farofa uma das mais notáveis invenções da mesa brasileira. Farofa que já vem pronta da cozinha, onde se pode misturar de um tudo ou aquela que nasce no prato, para engrossar e aumentar, naquele momento em que o gosto está mais apurado, quando a refeição está quase concluída e a comida começa, então, a ser mais ainda desejada. Aí se reescreve a farinha, num texto gastronômico cujo reconhecimento imediato é o Brasil. É o molho que ficou; um pedaço de carne; uma cebola que está encharcada de gordura; tudo é tema, motivo, inspiração, para ali no prato, na hora, fazer uma farofinha gloriosa, culminância, clímax que a boca tanto quer e o espírito também. O mesmo se dá com o pirão, outra fantástica descoberta gastronômica genialmente brasileira. Viva o pirão! Essa mistura mole, com mais água, caldo, ingredientes vários poderá se apresentar mais líquida ou mais sólida. Isso ocorre em função do acompanhamento, se é peixe, se é carne ou, então, se é o cozido. Se for cozido o pirão é variadíssimo em sabor, pois se misturam todos os caldos: legumes, carnes frescas, carne seca, embutidos, banana, carne de frango se a receita for mais lusitana. Travessas magníficas cobertas de folhas de couve, folhas protetoras dos muitos gostos ali guardados nesse prato plural que alimenta e principalmente é convite para os rituais de comensalidade. Pirão é para ser comido em prato fundo. Nasce de farinha de mandioca da bem fininha acrescida de generoso caldo, e pode também ser farinha grossa, granulada, exalando ainda o tucupi que muitas vezes também colore a matéria, tudo bem misturado, com ingredientes que vão do caldo do peixe, as pimentas, os cheiros verdes, e tanto mais que se queira adicionar. Deve ser comido com a colher de sopa, muito, sem medo, pois pirão e um bom incentivo à gula. Prepara-se então pirão a gosto, mais duro, mais mole, e se quiser, o mesmo caldo da mistura poderá ser servido junto com a abrideira da refeição, uma boa branquinha. Ainda, o azeite de oliva é um ótimo acréscimo a esse pirão que já se pode chamar de rico, ou seja, pirão com adubos especiais. Entre os muitos chamados de rico destaco o tradicionalíssimo feito de peixe. É pirão que acompanha a Peixada, e assim, o caldo do peixe e legumes faz a base desse complemento. O enriquecimento se dá com peixe desfiado, e recentemente comi um a base de Dourado. Realmente uma delícia. O ritual aconteceu vendo-se as pontes do Recife, suas Igrejas destacadas nas torres, lembrando minaretes, formando um cenário ungido no encontro do rio com o mar. Assim, fez-se mais essa experiência gastronômica. Aliás, antes da peixada, camarões bem escolhidos prepararam a boca e principalmente o espírito para comer tudo: cenário, cheiros, luminosidade, e o Recife.

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Escritor gaúcho Reginaldo Pujol Filho lança o livro "Não, não é bem isso" no Sebo Casa Azul.

No sábado, 13 de julho, a partir das 19h23, o escritor gaúcho Reginaldo Pujol Filho participará de bate-papo com o escritor Bernardo Brayner e com a jornalista Gianni Paula Mello no Sebo Casa Azul, em Olinda. O evento marca o lançamento do quarto livro do autor, Não, não é bem isso (Não Editora). O autor define o evento como “lançamento mundial” do seu livro, já que esta apresentação é a primeira atividade em torno da obra – o lançamento em Porto Alegre será em 5 de agosto. Não, não é bem isso é definido como um conjunto de experiências narrativas, em que o autor busca, a cada novo, encontrar uma nova forma, uma nova voz, um novo jeito de narrar, extrapolando a escrita feita de palavras e frases. Usando o espaço da página, a distribuição do texto, figuras, imagens, o livro traz narrativas no formato de uma página da Wikipedia, de monólogo teatral ou na voz de uma menina que quer ser santa. Entre a reflexão e o humor, a experimentação e a narração, Reginaldo parece dizer, ao fim de cada texto “Não, não é bem isso, é preciso tentar de novo”. O título da obra é uma citação do escritor Sérgio Sant’Anna, que assina a orelha do livro. Nesta apresentação, o autor, um dos maiores contistas do Brasil afirma que “Não, não é bem isso, sem nenhum exagero, é das melhores coisas que li de literatura brasileira nos últimos tempos(...) Chega a espantar-me que alguém possa ter alcançado esse nível de enredo e linguagem (...) Aliás o livro todo, sem deixar de ser clássico, é de uma contemporaneidade irretocável. Lembrei, na obra toda, um pouco de Borges, mas um Borges do século 21”. O livro estará a venda no local pelo preço de 44,90. ***** Lançamento de Não, não é bem isso e Bate-papo com Reginaldo Pujol Filho, Bernardo Brayner e Gianni Paula de Melo Local: Sebo Casa Azul (rua 13 de Maio, 121, Carmo, Olinda) 13 de julho, sábado. A partir das 19h23 ***** MAIS SOBRE O AUTOR: Reginaldo Pujol Filho é autor dos livros Só Faltou o Título, Quero Ser Reginaldo Pujol Filho e Azar do Personagem. Tem mestrado e doutorado em Escrita Criativa pela PUCRS, ministra cursos de criação literária e escreve crítica e ensaio para veículos como O Globo, Zero Hora e Suplemento PE. Também escreve roteiros de cinema e é curador da Coleção Gira de Literaturas de Língua Portuguesa da editora Dublinense.

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Início do ciclo de palestras e corredores movimentados marcam o 2 º dia de Fenearte

Artesãos comemoram as vendas aquecidas e os corredores cheios nos dois primeiros dias da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte). Artistas também fecharam negócios e encomendas que garantem trabalho e renda o ano inteiro. Na Alameda dos Mestres, multiplicam-se placas de "peça vendida". Mas o público que conferiu a feira nesta quinta-feira também aproveitou uma intensa programação cultural com palestra, oficinas, atividades infantis e shows. No Espaço Janete Costa, o público conferiu a abertura do ciclo de palestras que aconteceu com a jornalista de decoração e designer têxtil, Zizi Carderari, que veio de São Paulo apresentar o Projeto Sertões Pernambuco, com o objetivo de difundir o artesanato e a arte popular na decoração, valorizando o jeito pernambucano do morar. E como conhecimento bom é conhecimento compartilhado, o dia de hoje também foi uma oportunidade de participar de oficinas que adoçaram a boca de muitos pernambucanos desde a infância com Alfinin – a balinha doce, além dos encantos do Bordado Livre e toda a singularidade das Bonecas Abayomi. PROGRAMAÇÃO// Nesta sexta-feira (05) serão realizadas oficinas de Bordado Livre (14h30 e 18h), Alfinin - a balinha doce (14h30 e 18h), Bonecas Abayomi (14h30 e 18h), Tapeçaria (14h) e Linhas Pingouin (15h e 18h). No Espaço Janete Costa, acontecem as palestras de Nannacay e Ária Social (16h) e 100 mil km de buscas por artistas populares brasileiros (18h). No palco, apresentam-se às 16h a Ciranda Praieira, às 18h o Caboclinho União Sete Flechas e às 20h o Homem da Meia Noite. No Mezaninho infantil, as crianças irão conferir a apresentação As Trovoadas. Ainda no mezanino, no Espaço do Museu do Homem do Nordeste, às 15h e 17h, serão realizadas duas edições da Oficina de Ciranda Corpo Sonos e às 18h, a apresentação de curtas pernambucanos. SERVIÇO 20ª FENEARTE Translado: Estão sendo fornecidos ao grande público um serviço de translado com microônibus gratuitos a cada 15 minutos do Shopping Tacaruna até o Centro de Convenções, e a cada 30 minutos saindo do Shopping Riomar – com estacionamento progressivo. Durante a semana das 13h às 23h e aos fins de semana das 9h às 23h em ambos os pontos.

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Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Ipojuca homenageia Sivuca em apresentação

No dia 10 de julho, às 19h, a Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Ipojuca vai promover seu primeiro concerto na Caixa Cultural Recife em 2019. Regidos pelo maestro Márcio Pereira, os jovens instrumentistas do projeto sociomusical levarão ao público um programa que mescla peças de compositores europeus das eras clássica e romântica e de artistas brasileiros que se notabilizaram no século 20, com destaque para uma homenagem ao músico paraibano Severino Dias de Oliveira, o Sivuca (1930-2006). A primeira parte da apresentação é dedicada à obra Divertimento em fá maior, do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), em três movimentos: I. Allegro, II. Andante e III. Presto. Em seguida, os Meninos do Ipojuca executam uma peça do período romântico: o primeiro movimento (Allegro) da Sinfonia para cordas n° 7 em ré menor, do alemão Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847). A música brasileira também tem espaço com duas suítes de compositores pernambucanos: Israel, de Benny Wolkoff (1921-1995), e Sem lei nem rei, de Capiba (1904-1997). Ao final, o grupo celebra Sivuca com um medley das músicas Feira de mangaio, João e Maria e Folião ausente, com arranjo de Nilson Lopes. A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social incentivado pelo Ministério da Cidadania, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal. Já a Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Ipojuca tem patrocínio máster da Prefeitura do Ipojuca. Serviço: [MÚSICA]: Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Ipojuca na Caixa Cultural Recife Local: Caixa Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero, Bairro do Recife. Tel. (81) 3425-1915. Data: 10 de julho de 2018 (quarta-feira) Horário: 19h Informações: (81) 3425-1915 Entrada Gratuita Bilheteria: Ingressos devem ser retirados uma hora antes do concerto. Duração: 60 minutos Classificação: Livre Acesso para pessoas com deficiência Patrocínio: Caixa e Governo Federal.

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