Arquivos cultura - Página 57 de 66 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Sarau com Daniela Câmara e visita-jogo pelas instalações do Teatro de Santa Isabel na programação do Teatrando!

Terça-feira é dia de passear pelos 168 anos de histórias e serviços prestados à cultura brasileira pelo Teatro de Santa Isabel. Em cartaz no equipamento desde o último mês de março, o projeto de educação patrimonial Teatrando! convida mais uma vez, no próximo dia 25, os recifenses a se emocionarem e se informarem dentro de um dos teatros mais bonitos e antigos do país, símbolo dos movimentos abolicionista e republicano, sinônimo de luta e de arte. A programação da próxima terça começa às 15h, com a visita-jogo Proscenium!, e segue, às 19h, com o monólogo Mulheres de Sol e Sangue, da atriz Daniela Câmara, sobre o feminino. A programação é toda gratuita. Confirmando a vocação da casa para pioneirismos, o Teatrando! usa arte para contar e fazer história ao mesmo tempo, construindo pontes entre o público e um dos mais importantes palcos da cidade. A visita, que apresenta detalhes da história do Santa Isabel de forma divertida e emocionante, mistura ficção e realidade, sustos e risos, convida o público a virar parte do enredo, resolvendo desafios impostos pelo elenco nas instalações do teatro. A visita gratuita tem duração média de duas horas. O elenco é formado pelos atores Alexandre Sampaio, Bruna Luiza Barros, Douglas Duan, Ellis Regina, Kadydja Erlen, Luciana Lemos, Paulo de Pontes e Rafael Dyon. O roteiro é de Analice Croccia, Célio Pontes e Quiercles Santana, e a direção geral leva as assinaturas também de Célio Pontes e Quiercles Santana. Mais tarde, a partir das 19h, a atriz e jornalista Daniela Câmara apresenta o “monólogo lítero-musical” Mulheres de Sol e Sangue, cujo texto é composto por dez poesias fêmeas, escritas por mulheres de Tabira, Cabo de Santo Agostinho, São José do Egito e Recife. Os interessados em participar da visita Proscenium! devem realizar inscrição prévia pelos dos telefones 3355-3323 ou 3355-3324. Já para assistir ao sarau, basta chegar uma hora antes do espetáculo e garantir o ingresso.

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Espetáculo recifense faz um convite à inclusão

O Resta 1 Coletivo de Teatro leva o espetáculo Alguém pra fugir comigo ao palco do Teatro Marco Camarotti, nos dias 29 e 30 de setembro. A peça, com direção de Quiercles Santana e Analice Croccia, mescla acontecimentos históricos e atuais a partir de três eixos: desigualdade, resistência e laços afetivos, para falar da injustiça cotidiana presente em vários grupos sociais no Brasil. E entre a imensa parcela da população brasileira que trava uma batalha diária por condições dignas, está o cidadão com deficiência. E como setembro é o mês que marca a luta desta população por direitos e cidadania, o grupo traz ao palco tradutores de Libras (Língua Brasileira de Sinais). "Se o acesso à cultura está cada dia mais difícil à população, imagine para quem é cadeirante, surdo, ou cego. Esta é a nossa contribuição no que se refere ao direito que esses cidadãos têm de usufruir da rica produção de seu país", explica Ana Paula Sá, produtora da obra. A peça tem classificação etária de 14 anos, com ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Membros de sindicatos e movimentos sociais têm gratuidade, mediante agendamento prévio, com vagas limitadas. Estudantes, professores, artistas e idosos têm direito à meia-entrada. "Alguém pra fugir comigo" trata do bruto e o injusto que existe no nosso cotidiano, desde as coisas mais simples. Sendo assim, não poderia deixar de contemplar um público que geralmente não encontra uma estrutura adequada que o permita usufruir de seus direitos como qualquer outro cidadão. A premissa parte dos direitos culturais, instrumentos legais proclamados na Declaração Universal dos Direitos do Homem, adotada em 1948 pela ONU, e reconhecidos em 2001 como parte indissociável dos direitos humanos, imprescindíveis para o fortalecimento democrático. "Portanto, quando falamos no rico potencial de nossas expressões culturais, precisamos levar em consideração que ele deve ser usufruído e cuidado por todos, sem exceção. É preciso promover condições para receber pessoas com deficiência, seja motora, auditiva ou visual nas mostras, nos teatros, no cinema... Dentro dos recursos que o artista possui, prezar pelo mínimo de acessibilidade possível é algo que todos deveriam fazer, e oferecer a possibilidade de uma tradução em tempo real para a língua de sinais é o mínimo que podemos fazer", afirma Ana Paula. Espetáculo que propõe reflexão A obra não apresenta uma narrativa com começo, meio e fim, mas se mostra como um mosaico de vários fragmentos, separados pelo tempo, e unidos pelo mesmo contexto de corrupção, discriminação, ignorância e solidão. “É um espetáculo sobre não ter lugar certo, sobre o massacre sofrido a cada novo dia, as injustiças, a democracia de fachada, a liberdade ferida, os séculos de escravidão perpétua. É sobre fugas e sonhos desejados. Sobre o poder de subversão do corpo, da voz, da vida que se nega a ceder aos ditames das oligarquias. Isso tudo com humor e coragem. Sem panfletos”, revela o diretor Quiercles Santana. E justamente pelo teatro ser uma força de reflexão e questionamento num país onde nem todos têm acesso à cultura, o Resta 1 toma para si a responsabilidade de ampliar as chances do público conferir o espetáculo. Estudantes, professores, artistas e idosos têm direito à meia-entrada. Membros de sindicatos e movimentos sociais podem adquirir convites gratuitos sob um número limitado de vagas, mediante agendamento prévio com o coletivo. "Estamos encenando esta temporada num momento bastante oportuno em nossa história, no auge de um processo político bastante turbulento, às portas de uma eleição. Portanto, nada mais urgente do que olhar para o nosso próprio histórico de mazelas, a fim de reacender nossa empatia e tomada de consciência sobre o respeito e a dignidade que todos merecemos, sem exceção. Por isso, estamos fazendo a nossa parte enquanto artistas, enquanto agentes da subjetividade que toca nossos anseios, dúvidas e sonhos mais íntimos. É importante e muito necessário dar chance a todos que quiserem assistir a peça", completa Quiercles. Histórico O espetáculo estreou no 23° Janeiro de Grandes Espetáculos, onde levou 5 prêmios APACEPE, e reforçou o seu caráter de amplificador da reflexão promovida pela arte, ao adaptar o texto nos mais diversos locais, como teatro em casa e apresentação para comunidades quilombolas no agreste pernambucano. De janeiro de 2017 até agora já foram quatro temporadas, com participação em dois festivais internacionais, além do Trema! Festival de 2018. Na primeira metade de 2018, o Resta 1 dedicou-se aos intercâmbios criativos com outros grupos, com vistas à pesquisa continuada e montagem de outros trabalhos, sempre em processo colaborativo. O primeiro deles, com o grupo português Gambuzinos com 1 pé de fora, resultou na montagem do segundo espetáculo do jovem coletivo recifense, intitulado A Mula, inspirado no Auto da Mula de Padre, texto de Hermilo Borba Filho, e também no convite para apresentar o Alguém pra fugir comigo em Portugal, no encerramento do Ao Teatro! 2018, com solicitação de sessão extra, tamanho interesse despertado. Em seu retorno à capital pernambucana, o Resta 1 teve a oportunidade de interagir com o grupo mineiro Quatroloscinco Teatro do Comum, a convite do Festival Palco Giratório, cujo diálogo foi instigante e inspirador.

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Começam inscrições para a mostra "Poesia na Tela"

Começam hoje as inscrições para participação na mostra de cinema Poesia na Tela, que será realizada em Tabira, no sertão de Pernambuco, de 22 a 26 de outubro de 2018. Pela primeira vez o evento abre uma chamada pública para filmes que irão compor a mostra. Podem ser inscritos curtas-metragens nacionais de quaisquer categorias, com duração de até 30 minutos e finalizados a partir de janeiro de 2017. O evento está na quarta edição e terá oficinas, mesa de discussão, homenagens e atrações musicais, além da exibição de filmes em escolas públicas e praças de Tabira, fechando a programação de cinco dias. A proposta do Poesia na Tela é exibir filmes inspirados em poesias e filmes sobre histórias e vidas de poetas. Para o coordenador e produtor do evento Devyd Santos, é uma oportunidade para conhecer o que está sendo produzido na região, “as salas de cinema não exibem o que é produzido em Pernambuco, no Nordeste. Artistas que tinham participado em algumas produções, não tinham visto o trabalho ainda. A mostra preenche, um pouco, esta lacuna, além de apresentar o audiovisual como uma importante ferramenta de documentação”. Para inscrever o trabalho, basta preencher o formulário de inscrição disponível no link, com informações sobre o filme. No ano passado foram exibidos 27 curtas e um longa. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 02 de outubro. Não há limite de inscrição por realizador. Os filmes selecionados serão divulgados até dia 12 de outubro por e-mail. Poesia na identidade visual   a identidade visual do Poesia na Tela é assinada pelo artista visual arcoverdense Rodolfo Araújo e surgiu a partir de uma oficina realizada com jovens da cidade de Tabira, onde foram trabalhadas as relações afetivas de cada participante com o patrimônio e memória da cidade. A personagem intitulada “POESIA” foi inspirada nos povos indígenas da região do Pajeú pernambucano e faz referência, também, ao extinto Cine Alvorada, à torre da Telpe, ao Poço Escrito e à geografia do planalto da Borborema. “Tabira foi o Pajé dos povos originários daquele território (Nações Umã, Oê e Chocó), significa ‘grande guerreiro’. Sendo uma das premissas do encontro, ‘feminilizar’ esta identidade visual, apresentamos ‘Poesia’ como Grande Guerreira da cidade”, disse Rodolfo Araújo ao explicar a referência à exterminação destas nações.   Serviço: Inscrição para a 4ª Mostra “Poesia na Tela” Data: de 18/09 a 02/10/2018 Local: Tabira – Pernambuco Coordenação: Devyd Santos Identidade Visual: Rodolfo Araújo Link para inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdEEZrIPPhBZcVykz3FG_V5tLpQ_qNi02dUgl-Jlra7uZcCaA/viewform?c=0&w=1

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Fenelivro garante programação musical diversificada e gratuita

Os paraibanos Jessier Quirino e Frei Damião Silva, o baiano Moraes Moreira, o cearense Bráulio Bessa e o pernambucano Maciel Melo são alguns nomes de peso da cultura regional que se apresentam – e fazem lançamentos literários – durante a IV Feira Nordestina do Livro (Fenelivro), que acontecerá de quarta-feira (19) a domingo (23), no Centro de Convenções de Pernambuco. Os shows – assim como os demais eventos da feira literária – são gratuitos e acontecem à noite, no palco principal. Inspirado no atual momento político nacional, o poeta Jessier Quirino apresentará nesta quarta-feira (19), às 19h30, o espetáculo Mentira provisória: a verdade eleitoral. Com cerca de uma hora e meia de duração, o show poético mergulha no universo nordestino para contar causos e verdades que, segundo o humorista, vão de “mentirolas carrapeta a mentirão de candidato”. Abrindo a programação de shows da quinta-feira (20), o padre Francisco Damião Silva, com quase vinte anos dedicado ao sacerdócio, apresentará um repertório musical com canções autorais e de outros artistas. Para o  frei, a música é uma expressão da alma utilizada por ele como instrumento para tocar o coração das pessoas, falar sobre a esperança e  lutar contra a intolerância. Com mais de 40 discos lançados, o músico Moraes Moreira resolveu contar em forma de cordel a história dos Novos Baianos, grupo que revolucionou a cena musical brasileira a partir dos anos de 1970. Com quase duzentas páginas, a nova edição do livro A história dos Novos Baianos e Outros Versos será lançada também na quinta-feira, às 19h45, seguida de um pocket show do artista, que vem ao Recife especialmente para a feira literária. Ainda sob a inspiração da arte cordelista, Bráulio Bessa, poeta levou seus versos rimados pelo Brasil afora quando se tornou integrante do elenco fixo do programa Encontro, com Fátima Bernardes, faz apresentação para o público da Fenelivro na próxima sexta-feira (21), a partir das 19h45, quando lançará seus livros Poesia que transforma e Poesia com rapadura. Por sinal, seu primeiro livro (Poesia que transforma) foi considerado um fenômeno no mercado editorial tendo ficado durante semanas entre os mais vendidos no país. Do poeta, o cantor mineiro Milton Nascimento já declarou que “cada palavra que sai da boca do Bráulio Bessa toca minha alma de uma forma raríssima”. Show de músicas e poesias é o que promete o cantor Maciel Melo para o sábado (22), a partir das 20h, no palco principal da Fenelivro, que também autografará edições dos seus dois livros A poeira na estrada (ficcional sem deixar de ser autobiográfico) e O refúgio das interrogações (que reúne cerca de cem crônicas escritas ao longo dos últimos anos). “A literatura entrou na minha vida para não mais sair e será um grande prazer participar da Fenelivro, uma feira que respira cultura”, garante o poeta sertanejo.

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Curta pernambucano sobre o Forró na Europa é selecionado para MIMO Festival 2018

Existem cerca de 20 festivais musicais exclusivamente de forró e shows cada vez mais demandados em vários países na Europa. Esse é o cenário vivido hoje pelo forró brasileiro de raiz no continente, um mercado que já voltava seus ouvidos há algum tempo para essa música, mas que nos últimos anos entrou num processo de consolidação. Tal movimentação está registrada no documentário Quanto Mais Longe Vou, Mais Perto Fico, dirigido por Daniel Ortega, com produção do coletivo pernambucano LA Sangre Mamute Produções, com estreia marcada para a edição do MIMO Festival 2018. O Mimo é responsável por dar relevo à música instrumental em território brasileiro, tradicionalmente realizado em cidades históricas, a edição brasileira do festival terá apresentações em Paraty (RJ), Rio de Janeiro, São Paulo e Olinda (PE). As filmagens foram realizadas em 2013, durante a segunda turnê do Quarteto Olinda pelo Velho Continente, em que Daniel Ortega assinou também a fotografia com Yuri Rabid. Quanto Mais Longe Vou, Mais Perto Fico mescla registros das experiências dos quatro músicos (Cláudio Rabeca, Guga Amorim, Carlos Amarelo, além de Rabid), que compunham a banda, com entrevistas com pessoas que movimentam essa cena cultural, como professores, músicos e alunos. O grupo levou o forró tocado com Rabeca com um repertório de canções próprias, de outros artistas da música nordestina e clássicos do Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Um trabalho importante na disseminação do forró é desenvolvido por professores e grupos brasileiros de dança que atuam na Europa. Durante todo o ano, esses grupos fomentam a cultura do forró em apresentações e aulas. O filme aborda a preservação da história de artistas do forró, dando destaque às danças e aos bailarinos desta manifestação popular. Os festivais de forró no Velho Continente atraem cada vez mais participantes interessados em aprender a dança e os ritmos, tornando-se um ponto de encontro cultural entre brasileiros e estrangeiros. Há russos, italianos, franceses, alemães, formados por brasileiros. O modelo desses eventos demonstra que os europeus estão muito interessados em conhecer a fundo as raízes do ritmo que se desenvolveu mais fortemente no Nordeste Brasileiro. Em boa parte dos festivais, além de shows musicais, são promovidas oficinas de dança e instrumentos musicais e workshops em que o debate enfoca a natureza e as origens do forró. A turnê teve início em Lisboa e, em seguida, percorreu Munique, Berlim, Colônia, Londres, Dublin, Paris, Nantes, Bordeaux, São Petersburgo, Genebra e Roma.

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Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto pela primeira vez na sua terra de origem e inspiração

“Valencianas” apresenta um recorte na biografia musical de Alceu Valença. Em 2012, ao completar 40 anos de carreira, o pernambucano teve, pela primeira vez, suas canções adaptadas para a música de concerto. O feito se deu pela Orquestra Ouro Preto, regida e dirigida pelo maestro Rodrigo Toffolo. Idealizado há oito anos, “Valencianas” chega à terra que inspirou o projeto, após passar por Belo Horizonte, Ouro Preto, Rio de Janeiro, São Paulo e Portugal. Será no Teatro Guararapes, 29 de setembro. O espetáculo tem arranjos assinados pelo violinista da OOP, Mateus Freire, paraibano que teve o cuidado de preservar e não descaracterizar a essência da obra do compositor, com seu compromisso permanente com a cultura popular brasileira. “Valencianas” começou a ser preparado em 2010, quando o maestro e o cantor foram apresentados, em Ouro Preto, por um amigo em comum, depois produtor do espetáculo, Paulo Rogério Lage - há tempos, ele acalentava proporcionar contornos orquestrais ao cancioneiro de Alceu. No verão de 2012, o maestro Toffolo, Mateus Freire e Paulo Rogério foram ao encontro do compositor, desta vez em Olinda, e voltaram na bagagem com mais de 40 músicas sugeridas por Alceu. Foram escolhidas 13 para o espetáculo. O público terá a oportunidade de conferir a versão orquestral cantada por Alceu de sucessos como “Anunciação”, “Tropicana”, “Girassol”, “Coração Bobo”, “La Belle Du Jour” e “Sete Desejos”, mas também de canções menos conhecidas como “Junho”, “Porto da Saudade”, “Acende a Luz”, “Sino de Ouro” e “Ladeiras”. Esta última representando o eixo central do espetáculo, a ponte que une artisticamente as ladeiras de Olinda e Ouro Preto. Mais que propor o diálogo entre a música erudita e a canção popular, “Valencianas” procura demonstrar a universalidade artística de Alceu e a diversidade de sua obra. De acordo com o maestro Rodrigo Toffolo, o “desafio é respeitar aquilo que torna a obra de Alceu Valença única. O espetáculo é grandioso e busca evidenciar a maestria do cantor e a nordestinidade inerente à sua obra, capítulo fundamental na história da música de nosso país, que contribuiu, inclusive, para a ideia de música popular brasileira que temos hoje”, afirma. Para Alceu Valença, “num mundo dominado pela indústria do entretenimento, onde tudo é dinheiro e há pouco sentimento, a música de concerto é uma forma de transcendência. Este projeto representa uma nova vertente na minha carreira”, celebra. Já para Paulo Rogério Lage, diretor de cena, que também assina o cenário e iluminação, “Valencianas” mostra que além do cuidado no repertório houve a preocupação de na cena se juntar os mundos de Alceu e da Orquestra - os balões das festas juninas nordestinas a se confundirem com os balões do pintor Guignard, numa poética Ouro Preto em noite de São João – tudo a deixar transparecer a força das composições e da voz de Alceu, agora associada à maestria dos músicos de uma orquestra, que cada vez mais se afirma nacionalmente. Gravado em CD e DVD, “Valencianas” foi consagrado em 2015 com o Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Álbum da Música Popular Brasileira. ORQUESTRA OURO PRETO Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do País, a Orquestra Ouro Preto tem como diretor artístico e regente titular o maestro Rodrigo Toffolo. Premiado nacionalmente, o grupo jovem vem se apresentando nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo. A orquestra foi criada em 2000 e seu trabalho é marcado pelo experimentalismo e ineditismo. Doutorando em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa, mestre em Musicologia pelo Departamento de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rodrigo Toffolo é membro fundador e diretor artístico da Orquestra Ouro Preto, assumindo, em 2007, a regência titular do grupo. SERVIÇO Valencianas Dia 29 de setembro (sábado), às 21h Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco Informações: (81) 3182.8020 Ingressos: Plateia: R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia) Balcão: R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia) * À venda na bilheteria do teatro (segunda a sábado, das 9h às 17h), lojas Ticketfolia e www.eventim.com.br

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Terça Negra celebra o reggae

No próximo dia 18, o Pátio de São Pedro celebra a cultura de matriz africana em mais uma edição da Terça Negra. O evento é realizado uma vez por mês, com promoção e articulação do Movimento Negro Unificado e apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, da Fundação de Cultura Cidade do Recife e do Núcleo da Cultura Afro-brasileira. A programação vai começar às 18h, com uma roda de capoeira e seguirá, às 20h, com o reggae da banda Estado Civil. Às 21h, Edvaldo Melo subirá ao tradicional palco da Terça Negra. A última atração da noite será Valdir Afonjah, que celebrará, a partir das 22h, os 30 anos do lançamento de seu primeiro LP, Negra Magia, relembrando seus sucessos. A festa a céu aberto, naquele importante cenário da história e da cultura pernambucana, é gratuita e aberta ao público. Terça Negra de setembro Data: Terça (18) Local: Pátio de São Pedro, Bairro de Santo Antônio Horário: 18h Entrada franca Programação 18h – Roda de capoeira 20h – Banda Estado Civil 21h – Edvaldo Lima 22h – Valdir Afonjah

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Orquestra Sinfônica do Recife oferece agenda gratuita de apresentações, nas próximas terça (18) e quarta (19)

Beethoven e Alberto Nepomuceno estão na programação do sétimo concerto oficial da temporada 2018 da Orquestra Sinfônica do Recife. A apresentação gratuita e aberta ao público ocorrerá na próxima quarta-feira, a partir das 20h, no Teatro de Santa Isabel. Como de costume, na manhã do dia anterior, às 10h, os músicos e o maestro Marlos Nobre realizarão uma aula-espetáculo para jovens de diversas instituições no mesmo teatro monumento. Para compor o programa, o maestro Nobre escolheu a Sinfonia nº 5 em Do Menor, Opus 67, do célebre Ludwig Van Beethoven (1770-1827). De acordo com ele, “o gênio da música erudita” trabalhou por muito tempo na elaboração desta peça, apesar de ela ser uma das mais curtas de sua carreira: “A obra foi concluída na primavera de 1808. No entanto,  esboços desta sinfonia datam de 1804, o que demonstra o trabalho minucioso e laborioso do compositor”, diz o maestro, para quem a novidade e a originalidade desta 5ª sinfonia já se revelam logo no primeiro movimento Allegro com brio. “Beethoven constrói um grande movimento sinfônico a partir de uma única célula musical, rítmica e melódica: o famoso motivo de quatro notas que abre a obra.” Quem também estará na programação da Orquestra Sinfônica do Recife é Alberto Nepomuceno, que passou a infância no Recife e, aos 18 anos, foi estudar na Itália, na Academia Santa Cecília, em Roma. Dele, será executada a percussiva peça Batuque para Orquestra. “Seguramente, sua vivência no Recife foi de extremo relevo para que o compositor escrevesse, em sua temporada na Europa, obras tão significativamente rítmicas e ligadas às batidas feéricas do Maracatu”, destaca Nobre. Para assistir ao concerto da próxima quarta-feira, basta chegar uma hora antes do espetáculo para retirar o convite na bilheteria no teatro. Já a aula-espetáculo da terça-feira, parte do projeto Concertos para a Juventude, exige inscrição prévia pelo telefone: 3355-3323.   Serviço Concertos para Juventude Data: Terça-feira, 18 de setembro Horário: 10h Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio) Inscrições: 3355-3323 Sétimo Concerto Oficial da Temporada 2018 da Orquestra Sinfônica do Recife Data: Quarta-feira, 19 de setembro Horário: 20h Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio) Entrada franca. Ingressos distribuídos na bilheteria do teatro, uma hora antes da apresentação Informações: 3355-3322

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Seminário gratuito discute práticas e políticas culturais para museus

Partilhando as encruzilhadas e os caminhos das políticas culturais aplicadas a museus e espaços expositivos de arte, será realizado, entre os próximos dias 17 e 19 de setembro, no auditório do Museu da Abolição, o Seminário de Educação Museal: das incertezas, os futuros. Idealizado por equipamentos mantidos pela Prefeitura do Recife, como o Paço do Frevo e o Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães (MAMAM), além do Museu da Abolição e da Remic-PE (Rede de Educadores de Museus e Instituições Culturais-Pernambuco), o evento reunirá estudantes, profissionais e público em geral para prospectar futuro e fôlego para esses espaços de preservação da memória e da identidade cultural do Brasil. Entre as perguntas que o evento pretende responder estão: Como provocar experiências que transcendam a visualidade dos objetos? Como atuar em museus diante das instabilidades econômicas e políticas? Como atrair públicos e atender às suas especificidades? Como fortalecer as práticas educativas em museus e os profissionais que neles atuam? Como despertar em museus e seus públicos olhares empáticos sobre o outro? Para tanto, a programação contará com oficinas, performances, rodas de conversa e painéis criativos. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site do Paço do Frevo. Informações: 3355-9527. Confira a programação: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO MUSEAL: DAS INCERTEZAS, OS FUTUROS No auditório do Museu da Abolição SEGUNDA-FEIRA (17/09) 14h – Oficina de Aplicabilidade da Política Nacional de Educação Museal (PNEM) – Rafaela Gueiros (IBRAM/MinC): O processo de desenvolvimento da PNEM e o caderno da PNEM 16h – Cafezinho colaborativo 16h30 às 19h – A PNEM na prática TERÇA-FEIRA (18/09) 14h – Performance como educação: atividade performática 14h30 – RodAtiva: Experiências de Educação Museal em Pernambuco (2000/2010) 16h – Cafezinho colaborativo 16h30 – RodAtiva: Experiências de Educação Museal em Pernambuco (2010/2018) 18h – Fórum de trocas: debate aberto sobre a RodAtiva QUARTA-FEIRA (19/09) 14h – Performance como educação: atividade performática 14h30 – Futuros presentes: proposições diversas a partir de vivências educativas contemporâneas, com protagonismo de educadores e estagiários em atuação na atualidade 16h – Cafezinho colaborativo 16h30 – Rearticulação da REMIC: que futuros construiremos juntos? 18h30 – Painel de inspirações: construção coletiva de um moodboard sobre os futuros da educação em museus

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Concurso seleciona três artistas para o REC’n’Play 2018

Com proposta de valorizar nomes do cenário musical do Estado, o REC'n'Play - festival de experiências digitais que será realizado no Bairro do Recife entre 7 e 10 de novembro - contará com três seletivas para escolher atrações musicais que se apresentarão no festival. Os nomes serão escolhidos em eventos no Sertão, Agreste e Recife. O REC’n’Play 2018 vai receber mais de 260 atividades nas áreas de tecnologia, economia criativa e cidades inteligentes e, em três noites, vai vibrar com a nova música feita em Pernambuco com o palco montado na Rua do Observatório. A proposta de valorizar a inovação também permeia a programação musical do festival via que vai escalar, em seletivas em Serra Talhada, Belo Jardim e no Recife, três nomes para compor a grade. Batizada como Let’s Play, a seletiva já tem a primeira etapa neste fim de semana durante o “SerTão Mais Criativo”, evento que ocorre entre os dias 13 e 16 de setembro, em Serra Talhada. Em cada uma das noites, oito bandas se apresentam na área de shows do Som na Rural. O segundo nome será selecionado na etapa Belo Jardim do Festival “No Ar Coquetel Molotov”, que ocorrerá de 17 a 20 de outubro. Já para pleitear a terceira vaga, os artistas devem ficar atentos ao site do REC'n'Play, onde será disponibilizado um formulário para se inscrever, entre 24 de setembro e 7 de outubro, na seletiva no Recife. Dos inscritos, seis atrações serão escolhidas para uma apresentação no dia 20 de outubro no Apolo 17, no Bairro do Recife, de onde sairá um vencedor e último selecionado para participar do festival. O resultado será divulgado no dia 24 de outubro. Para participar da seletiva do Let’s Play os artistas devem possuir repertório autoral e estar em atividade. “Apesar de ser um festival novo, o REC’n’Play já conquistou espaço na agenda cultural local. O nosso palco é uma grande oportunidade para bandas menores se apresentarem em uma infraestrutura diferenciada. Queremos ver propostas musicais de bandas que estejam ativas, lançando material novo e fazendo shows, em especial as que venham com uma proposta mais inovadora”, explica Ugo Portela, curador musical do REC’n’Play 2018. Na edição do ano passado, a convocatória do Let’s Play recebeu mais de 70 inscrições e definiu RØKR e 70mg para se apresentarem no palco principal do REC’n’Play 2017. Ao todo, a programação musical do festival totalizou mais de 20 atividades entre shows, palestras, oficinas e workshops inseridas no universo da música.   Seletivas Let’s Play 2018 Etapa Serra Talhada SerTão Mais Criativo // 13 a 16 de setembro Local: Estação do Forró – VI Ferroviária, São Cristóvão – Serra Talhada – PE   Etapa Belo Jardim No Ar Coquetel Molotov // 17 a 20 de outubro Local: Parque do Bambu - Rua Pedro Bezerra s/n - Belo Jardim - PE   Etapa Recife Seletiva Recife // 20 de outubro Local: Apolo 17- Rua Apolo 171, Bairro do Recife - Recife - PE Inscrições: 24 de setembro a 07 de outubro, através do site http://www.recnplay.pe/

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