Arquivos Economia - Página 5 De 44 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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O marco regulatório das criptomoedas no Brasil

*Wallace Fabrício Paiva Souza A sociedade contemporânea passa por transformações constantes, impulsionadas pela acelerada modernização tecnológica. Embora a revolução das telecomunicações seja relativamente recente, o chamado espaço virtual já possibilita a realização de diversos atos, incluindo muitos de natureza jurídica. E, nesse contexto de evolução, surgiu, em 2008, a tecnologia blockchain, criada por um desconhecido com o pseudônimo Satoshi Nakamoto. O objetivo era ter uma solução para conter eventuais arbítrios da soberania estatal, que controla a indústria financeira. Com a tecnologia blockchain, surgiu a criptomoeda Bitcoin, cuja primeira transação ocorreu em 2009. Ao contrário das moedas tradicionais, como o Real, o Dólar e o Euro, criou-se uma moeda descentralizada, abrindo o sistema financeiro tradicional. Embora a tecnologia blockchain tenha diversas aplicações, as criptomoedas foram seu principal destaque. As moedas em si não são novidades para a humanidade, uma vez que, desde os primórdios da humanidade, já havia bens utilizados como meio de troca. Um ponto principal das moedas hoje em dia é a confiança que elas possuem. Ora, por qual razão alguém trocaria um carro por uma determinada quantidade de moeda? Isso só se justifica pela confiança que ele tem nela. E o Bitcoin, como todas as criptomoedas existentes, que são inúmeras, altera a forma de se obter essa confiança. Não há um Estado garantindo a confiança nos criptoativos, o que, para seus defensores, é uma grande vantagem, pois nenhuma autoridade central sozinha tem o poder de controlar ou desestabilizar. Com o avanço dessa temática, tornou-se necessária uma normatização. Contudo, os Projetos de Lei que tramitaram inicialmente não trouxeram regras adequadas e, em diversos momentos, confundiram os institutos, tratando criptomoedas como programas de milhas aéreas, por exemplo. Além disso, a principal preocupação foi o âmbito criminal, o que mostra que ainda há uma associação dos criptoativos à prática de crimes. Somente em 21 de dezembro de 2022, foi promulgada a Lei n. 14.478, que ficou conhecida como Marco Legal das Criptomoedas, cuja vigência se iniciou em 2023, e teve como objetivo regulamentar as criptomoedas no Brasil e dispor sobre as diretrizes para as Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais. A expectativa é proporcionar maior segurança jurídica ao setor, incentivando novos investimentos, uma vez que, até então, não havia uma legislação específica. Foi um começo, exigindo mais documentos de quem atua no mercado, mas muito aquém do necessário para de fato trazer uma segurança jurídica relevante, ainda mantendo a associação dos criptoativos com a prática de crimes. Essa associação dos criptoativos a práticas criminosas pode ser comparada a responsabilizar o dinheiro pelos assaltos a bancos. Com a nova legislação, quem presta serviços relacionados a criptoativos passa a ser submetido a exigências mais rigorosas de conformidade, incluindo a obrigação de manter registros detalhados de todas as transações e das partes envolvidas, para que as operações sejam realizadas dentro de um ambiente seguro e supervisionado. Outro aspecto relevante do Marco Legal dos Criptoativos é a imposição de um dever de comunicação às prestadoras de serviço sempre que houver indícios de irregularidades. Caso sejam identificadas operações suspeitas, essas precisam ser reportadas imediatamente às autoridades competentes, como forma de colaborar com a fiscalização e repressão de ilícitos financeiros. Essa obrigatoriedade reforça o compromisso do setor com boas práticas de governança e alinhamento às diretrizes internacionais de compliance. Dessa forma, a legislação visa contribuir para a credibilidade do mercado de ativos virtuais no Brasil, estimulando sua adoção pelos agentes do mercado, embora tenha sido tímida. O importante, então, é acompanhar as novidades no Legislativo, Executivo e Judiciário, verificando os rumos da atuação estatal nessa realidade econômica que é muito promissora. Debater a existência dos criptoativos é algo inútil, uma vez que já estão acontecendo e alterando a estrutura do mercado. A economia digital não conhece fronteiras, então que sejam feitas as mudanças necessárias para garantir um tratamento e segurança jurídica adequada. *Wallace Fabrício Paiva Souza é doutor em Direito com tese em criptoativos e professor da Wyden

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Atividade econômica brasileira avança 0,4% em fevereiro e mantém ritmo de crescimento

No acumulado de 12 meses, alta chega a 3,8%; resultado reforça aquecimento da economia, apesar do controle monetário via Selic A atividade econômica brasileira manteve o fôlego positivo em fevereiro, com alta de 0,4% em relação a janeiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do PIB, atingiu 108,8 pontos no mês, consolidando o segundo avanço consecutivo em 2025. Na comparação com fevereiro de 2024, o crescimento foi ainda mais expressivo: 4,1%. No acumulado de 12 meses, o indicador registrou alta de 3,8%, sinalizando uma tendência consistente de expansão, mesmo diante do cenário de juros altos. Atualmente, a taxa Selic está em 14,25% ao ano, patamar elevado mantido pelo Banco Central como resposta ao aumento da inflação. Apesar do aperto monetário, o Copom reconheceu em comunicado que a economia segue aquecida, embora com sinais de moderação. A continuidade dos aumentos da Selic deverá ocorrer de forma mais branda, segundo o BC, que monitora os efeitos do crédito mais caro sobre o consumo e a produção. INFLAÇÃO A inflação oficial desacelerou em março, fechando o mês com alta de 0,56%, abaixo do índice de 1,31% registrado em fevereiro. Apesar da desaceleração, o aumento no preço dos alimentos continua sendo o principal vilão no bolso do consumidor. Segundo o IBGE, o grupo alimentação e bebidas teve alta de 1,17%, com destaque para o tomate (22,55%), café moído (8,14%) e ovos (13,13%). Esses três itens, sozinhos, responderam por 25% da inflação no mês. No acumulado de 12 meses, o IPCA chega a 5,48%, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%. Além dos alimentos, o grupo transportes também teve peso relevante, com avanço de 0,46%, puxado pela alta das passagens aéreas (6,91%). Já os preços monitorados, como combustíveis e energia, cresceram apenas 0,18%, após avanço expressivo em fevereiro. A inflação de serviços subiu 0,62%, reflexo da maior massa salarial e do consumo aquecido, o que mantém o Banco Central em alerta. Com a Selic em 14,25% ao ano, o Copom avalia os efeitos do aperto monetário sobre o controle da inflação, especialmente no setor de serviços, que segue pressionado.

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Gente & Negócios: Pernambuco recebe R$ 340 milhões em investimentos e gera 871 novos empregos

O Governo de Pernambuco anunciou a aprovação de 59 projetos para incentivos fiscais por meio dos programas Prodepe e Proind, totalizando quase R$ 340 milhões em investimentos. Os empreendimentos, que envolvem indústrias, importadores atacadistas e centrais de distribuição, devem gerar 871 novos empregos, sendo 683 no interior do Estado e 188 na Região Metropolitana do Recife. Entre os destaques estão a Arcelormittal, que investirá R$ 31,8 milhões em Petrolina, e a Ativa Mineração, com R$ 186,3 milhões em Escada. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, celebrou o crescimento do Estado e a atração de investimentos para o interior. NOVO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS CIDADES INTELIGENTES, TECNOLÓGICAS E INOVADORAS É DO RECIFE A escolha de Bernardo D’Almeida, presidente da Emprel (Empresa Municipal de Informática do Recife), para liderar a Anciti (Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras) reforça a importância da inovação na gestão pública. Com foco na transformação digital, sua gestão promete impulsionar o uso de inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e análise de dados para tornar os serviços públicos mais eficientes e acessíveis. A ampliação de parcerias estratégicas com o setor privado e acadêmico também está no radar, garantindo que a tecnologia seja um pilar essencial para melhorar a qualidade de vida nas cidades brasileiras. TAMBAÚ ALIMENTOS RENOVA PARCERIA COM A PAIXÃO DE CRISTO DE NOVA JERUSALÉM Reforçando seu compromisso com a tradição e a cultura nordestina, a Tambaú Alimentos patrocina pelo terceiro ano consecutivo a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. O espetáculo, o maior teatro ao ar livre do mundo, acontece de 12 a 20 de abril no Brejo da Madre de Deus e deve atrair cerca de 70 mil espectadores. Além do patrocínio, a marca promoverá uma ativação especial no evento, com um estande interativo onde os visitantes poderão conhecer os produtos da Tambaú, participar de brincadeiras e levar brindes para casa. “A Páscoa é um momento de celebração e união, e queremos estar presentes nas mesas das famílias, tornando esses momentos ainda mais especiais”, destaca Hugo Gonçalves, presidente da Tambaú. PALMARES TRAÇA ROTA PARA FORTALECER O TURISMO LOCAL A cidade de Palmares, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, dá um passo estratégico para impulsionar sua economia com o lançamento do primeiro Plano Municipal de Turismo. Elaborado pela gestão municipal em parceria com o Sebrae Pernambuco, o documento estabelece diretrizes para estruturar e potencializar o setor, integrando ações voltadas ao desenvolvimento sustentável da região. A iniciativa faz parte do programa LIDER, que busca fomentar o crescimento econômico e fortalecer a identidade cultural da região. Com um rico patrimônio histórico e atrações como festivais culturais, turismo rural e cachoeiras, Palmares pretende se posicionar como um destino competitivo no cenário turístico. O plano também visa capacitar empreendedores locais, gerar empregos e estimular investimentos. AMARANTE INVESTE R$ 2 MILHÕES EM ESCRITÓRIO NO RECIFE A Amarante inaugurou um novo espaço corporativo no Recife, investindo quase R$ 2 milhões em um ambiente moderno para seus colaboradores. O projeto, assinado pela arquiteta Marcela Luiza Ferreira, combina design sofisticado, referências aos resorts do grupo e áreas de convivência confortáveis, incluindo salas temáticas, obras de arte e vistas para o mar e o mangue. Com essa expansão, a administradora do Salinas Maragogi, Salinas Maceió e Japaratinga Lounge Resort passa a contar com o escritório corporativo no empresarial Italo Brasil Renda, em Boa Viagem. A área repaginada possui 411m² com capacidade para 49 posições de trabalho e 46 lugares em salas de reuniões e 32 vagas no coworking. “Com o aumento no quadro, os escritórios atuais já não supriam uma quantidade razoável de pessoas colaboradoras. Essa necessidade de crescimento vem associada a alguns dos valores que fazem a cultura da Amarante, como respiramos excelência e amamos gente”, afirma a arquiteta.

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Grupo PE realiza convenção de vendas e projeta expansão no setor de EPIs

Master Convenção reúne grandes marcas para debater inovações, estratégias e segurança no trabalho durante o Abril Verde A crescente demanda por segurança no ambiente de trabalho tem impulsionado o mercado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) no Brasil. De olho nesse cenário promissor, o Grupo PE, referência nacional na distribuição de EPIs, promove no dia 12 de abril a Master Convenção Grupo PE, no Hotel Bugan. O evento reunirá marcas líderes do setor, como 3M, Dupont Tyvek, Mapa e Bracol, com foco em inovações, tendências e estratégias comerciais. Fundado há mais de 20 anos pelo empresário Pedro José Medeiros, o Grupo PE emprega atualmente 110 colaboradores e atua em todo o território nacional. Com novos centros de distribuição em locais estratégicos — como Ceará, São Paulo, Pernambuco e Paraíba — e cinco lojas in company em operação, a empresa busca ampliar sua presença no mercado e oferecer soluções mais ágeis e eficazes para seus clientes. De acordo com o Diretor Operacional Rodrigo Rabelo, a convenção será um momento chave para fortalecer o relacionamento com fornecedores e clientes, além de apresentar as principais novidades do setor. O encontro acontece durante o Abril Verde, mês voltado à conscientização sobre segurança e saúde no trabalho, o que reforça o compromisso da empresa com a prevenção de acidentes laborais. SERVIÇO📍 Master Convenção Grupo PE🗓 12 de abril📌 Hotel Bugan, Recife – PEMais informações: [inserir contato ou site, se desejar]

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Estudo da Fecomércio-PE revela oportunidades para o desenvolvimento econômico no Litoral Norte da RMR

Levantamento propõe diretrizes estratégicas para Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Itapissuma e Ilha de Itamaracá, com foco em sustentabilidade e atração de investimentos Com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento econômico do Litoral Norte da Região Metropolitana do Recife, a Fecomércio Pernambuco, por meio do Instituto Fecomércio-PE, lançou um estudo inédito sobre as “Perspectivas e Oportunidades Econômicas para Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Itapissuma e Ilha de Itamaracá”. O levantamento foi apresentado durante o Fórum de Debates realizado no Senac Paulista, em parceria com o Sebrae-PE e apoio de instituições públicas e privadas. Elaborado pela Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), o estudo analisa aspectos econômicos, sociais, demográficos e de infraestrutura da região, propondo ações para dinamizar a economia local e atrair novos investimentos. A pesquisa destaca, por exemplo, o potencial turístico da Ilha de Itamaracá, a força logística de Abreu e Lima e o protagonismo de Igarassu como polo industrial e tecnológico. Em Paulista, o estudo aponta caminhos para que o município se consolide como um centro urbano autônomo dentro da RMR. Para Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, o material é um “presente” para os municípios. “Com essa pesquisa podemos entender mais a fundo as potencialidades e dificuldades da região”, afirmou. O estudo ainda propõe soluções para desafios estruturais, como a informalidade em setores tradicionais e a necessidade de novos polos industriais em segmentos como alimentos, bebidas e produtos químicos. “Nosso estudo tem informações que nos surpreenderam e nós conhecemos bem a região, mesmo assim alguns dados foram surpreendentes”, afirmou a economista Tânia Bacelar, da Ceplan. A economista esteve ao lado de Admilson Saraiva durante a apresentação do conteúdo, que contou também com a presença de prefeitos e secretários municipais das cidades contempladas. Serviço – Próximo Fórum de Debates Fecomércio-PE📍 Garanhuns (Auditório João de Barros e Silva – Centro Cultural Sesc Garanhuns)📅 29 de abril🕒 Das 18h às 22h🎯 Tema: “Tendências do Varejo para Empresários”

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Estímulo aos pequenos negócios: como impulsionar o empreendedorismo?

Palestrante do projeto Pernambuco em Perspectiva, Tadeu Alencar, afirma que para estimular os pequenos negócios, é preciso expandir mercados, reduzir a burocracia, facilitar o acesso ao crédito, incentivar a qualificação empreendedora e a transformação digital, além de ampliar a participação feminina *Por Rafael Dantas O empreendedorismo tem um papel estratégico na economia pernambucana e é uma das peças para estimular um novo ciclo de desenvolvimento do Estado. Para tratar dos passos para incentivar e tornar mais sustentável esse perfil de negócios, o projeto Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo recebeu em março o secretário executivo do MEMP (Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte) do Governo Federal, Tadeu Alencar. O evento é uma realização da Revista Algomais e da Rede Gestão e conta com patrocínio do BNB (Banco do Nordeste do Brasil) e do Governo Federal. No esforço de formular o horizonte para o novo planejamento de longo prazo, Tadeu Alencar elencou cinco eixos para impulsionar a atividade empreendedora. Os números de microempreendedores, pequenas e médias empresas no Brasil são gigantes para a economia nacional. Eles representam nada menos que 94% do total de CNPJs, os registros formais de empresas no País, fundamentais para a legalização e operação dos negócios. São mais de 24 milhões de organizações que se enquadram nesse perfil e, ao incluir os negócios informais, esse número salta para 44 milhões. Dados do Sebrae apontam que essas empresas são responsáveis por 30% do PIB nacional. Além disso, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), elas empregam formalmente 60% da força de trabalho, reforçando seu papel na geração de renda para os brasileiros. De acordo com os dados apresentados pelo secretário, só em Pernambuco são 479.920 microempreendedores individuais (MEIS) e 192.202 microempresas (que têm faturamento anual de até R$ 360 mil). O Estado conta também com 37.187 empresas de pequeno porte (que faturam até R$ 4,8 milhões por ano). O fortalecimento recente da economia impulsionou a criação de pequenos negócios no último ano. Em 2024, o Mapa das Empresas do MEMP revelou um saldo positivo de 5.823 novos empreendimentos dessa dimensão em Pernambuco. O número de empresas de pequeno porte também avançou, com um acréscimo de 3.163 novas corporações, reforçando o dinamismo do setor. Ou seja, além da geração de empregos formais, que se acelerou nos últimos dois anos, a reduzida taxa de desemprego do País é fruto também da sua força empreendedora. De acordo com dados do Global Entrepreneurship Monitor, o terceiro maior desejo dos brasileiros é criar seu próprio negócio, ficando atrás apenas de viajar e adquirir a casa própria. “Em 2023, 859 mil novas empresas foram abertas no Brasil, mais de 2.300 por dia. Esse é um retrato do empreendedorismo. Mas essas pessoas olham para qualquer governo de qualquer partido com antipatia, porque veem o governo apenas como cobrador de impostos, como que está ali para fazer exigências, para atrapalhar. Historicamente, eles são reativos a qualquer governo. Isso porque não é fácil conviver com essa face burocrática do estado brasileiro”, analisou Tadeu Alencar. CINCO PILARES PARA IMPULSIONAR O EMPREENDEDORISMO Tadeu Alencar afirmou que a criação do MEMP foi mais um passo para melhorar essa relação com o setor. Ele considera ainda que a abertura do novo ministério integra um ciclo de fortalecimento institucional das políticas públicas de incentivo ao empreendedorismo que começou há anos com a criação do Simples Nacional (o sistema de tributação simplificada para esses negócios) e do MEI (regime empresarial simplificado para pequenos empreendedores e trabalhadores autônomos). Além dessas iniciativas, o Brasil conta com a atuação histórica do Sebrae no apoio à qualificação e gestão empresarial, linhas de crédito oferecidas por bancos públicos, como o BNB, e programas universitários, estaduais e municipais voltados para o fomento e a formalização dos pequenos negócios. Expandir mercados, reduzir a burocracia, facilitar o acesso ao crédito, investir na qualificação empreendedora, impulsionar a transformação digital e ampliar a participação feminina nos negócios são alguns dos pilares estratégicos destacados pelo secretário para fortalecer esse segmento. Esses desafios, segundo ele, precisam ser enfrentados, tanto pelo Estado quanto pelo País, para garantir um ambiente mais favorável ao crescimento das micro e pequenas empresas que desempenham um papel essencial na geração de emprego e renda. Para exemplificar o desafio da abertura de novos mercados, Tadeu Alencar afirmou que 40% das empresas exportadoras no País são micro ou pequenas empresas. Porém, essas corporações são responsáveis por apenas 1% das exportações brasileiras. A discrepância dos números mostra o interesse de acessar o consumidor no exterior, mas as dificuldades de concretizar as vendas. Em outras palavras, no desenho de um do novo ciclo de desenvolvimento de Pernambuco, a produção dessas empresas que geram emprego e renda local precisam alcançar novos horizontes. Um gargalo que demanda uma atenção especial do setor público de fomento. A fala mais contundente do secretário, no entanto, foi direcionada ao enfrentamento à burocracia estatal. “Em relação a esse estado burocrático, é necessário uma posição de radicalidade, porque isso tem um custo econômico enorme para todas as empresas e quando ele atinge os pequenos negócios, o efeito é devastador. É preciso enfrentar esse estado burocrático e cartorial, que ainda tem os seus dentes muito afiados”. Como um exemplo de uma política pública, elogiada pelo secretário, que conseguiu vencer a burocracia para gerar oportunidade aos pequenos negócios é o GO MEI. Instituída pela Prefeitura do Recife, a iniciativa conecta microempreendedores individuais a oportunidades de serviço na manutenção de equipamentos públicos. Por meio da plataforma, os MEIs cadastrados recebem notificações para enviar propostas, garantindo um processo ágil e com pagamento via Pix. “É preciso melhorar o ambiente de negócio. O estado burocrático custa muito ao Brasil e nós não vamos fazer a economia do futuro com o estado do passado. Nós precisamos ter fluidez. A cultura burocrática do carimbo agride a competitividade da economia brasileira, nós temos que ter uma unidade política forte do enfrentamento”, destacou Tadeu Alencar. Os investimentos em formação para o empreendedorismo e mesmo de apoio para a transformação

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Confiança no futuro do mercado de trabalho atinge menor nível desde 2017, aponta pesquisa da Robert Half

Índice de Confiança da Robert Half (ICRH) revela otimismo pontual entre empregados, mas mostra queda generalizada nas expectativas futuras A confiança no futuro do mercado de trabalho brasileiro registrou, em março de 2025, o menor índice desde o início da série histórica, em 2017. De acordo com a 31ª edição do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH), o indicador referente aos próximos seis meses caiu de 45,4 para 43,3 pontos (-2,1 p.p.), refletindo uma percepção mais pessimista sobre o cenário futuro. Já o índice atual consolidado recuou de 39,9 para 38,6 pontos (-1,3 p.p.), revelando estabilidade com leve tendência de retração. Na contramão desse movimento, apenas os trabalhadores empregados demonstraram ligeira melhora na avaliação do presente, com aumento de 43,9 para 45,9 pontos (+2,0 p.p.). Ainda assim, a expectativa futura entre eles também caiu, passando de 46,3 para 44,6 pontos. Recrutadores e desempregados indicaram perda de confiança tanto no cenário atual quanto nas projeções para os próximos meses. Entre os principais fatores que ajudam a sustentar o índice de curto prazo está a taxa de desemprego, que atingiu 6,2% na população em geral e apenas 3% entre trabalhadores qualificados — cenário de quase pleno emprego para este público. Contudo, a instabilidade econômica ainda impacta as perspectivas. A maior parte dos recrutadores (60%) considera o ambiente econômico atual ruim e 48% acreditam em piora no médio prazo. Ainda assim, 82% mantêm otimismo em relação ao setor em que atuam. O levantamento também revela as preferências de quem está em busca de uma nova oportunidade: benefícios, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, possibilidade de trabalho remoto ou híbrido, distância entre casa e empresa e perspectiva de crescimento são os principais critérios na escolha de uma vaga. Atualmente, 62% dos empregados se sentem seguros em seus cargos. Para Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul, o momento exige cautela estratégica. “Chama a atenção que o indicador futuro tenha atingido o patamar mais baixo da série. Porém, isso reflete o ambiente de transformações constantes que vivemos. Paralisar não é a solução — o ideal é planejar e agir com estratégia”, avalia.

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CMN prorroga financiamentos do Fundo Constitucional do Nordeste

Operações de crédito de 2022 serão estendidas em 48 meses (Da Agência Brasil) A continuidade da seca no semiárido nordestino fez o Conselho Monetário Nacional (CMN) estender a prorrogação de financiamentos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE). As linhas de crédito concedidas entre 2 de janeiro e 31 de julho de 2022 para agricultores familiares, mini e pequenos produtores rurais serão estendidas por 48 meses. Haverá uma carência de 12 meses, com o tomador recomeçando a pagar as parcelas depois desse prazo. A medida beneficiará as operações de crédito de custeio agrícola e pecuário nos municípios da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) afetados pela seca. Os produtores rurais afetados pela seca poderão formalizar o pedido de renegociação até 31 de maio. Até a próxima segunda-feira (7), o tomador precisará comprovar que tenha sido prejudicado por seca ou estiagem nos municípios da Sudene com situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo federal. Em nota, o Ministério da Fazenda informou que a ajuda foi necessária porque a estiagem prolongou-se no semiárido nordestino. Segundo a pasta, o evento climático dificultou a recuperação da capacidade de pagamento de vários produtores rurais e agricultores familiares nos municípios atendidos pela Sudene. Como o os financiamentos concedidos em 2022 venceram no primeiro trimestre deste ano, as operações de crédito, explicou a Fazenda, não puderam ser renegociadas com base nas ajudas do CMN concedidas em fevereiro de 2024 e em fevereiro deste ano. A medida foi aprovada em reunião extraordinária virtual do CMN nesta sexta. Presidido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o CMN também é composto pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

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Setor de sorvetes deve crescer 4,1% até o fim de 2025 impulsionado por inovação e clima tropical

Frosty lidera no Nordeste e se destaca nacionalmente com portfólio diversificado e aposta em saudabilidade O mercado global de sorvetes segue em expansão e deve registrar um crescimento de 4,1% até o final de 2025, segundo levantamento da Milkpoint. No Brasil, esse avanço é impulsionado pelas altas temperaturas ao longo do ano e pela capacidade de inovação das marcas, que ampliam seus cardápios com sabores sofisticados e opções saudáveis. Segundo a Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis (Abrasorvete), o país ocupa posição de destaque no cenário mundial, com mais de R$14 bilhões movimentados anualmente e mais de 11 mil empresas atuantes — sendo 92% delas micro e pequenas. Os sabores mais consumidos atualmente incluem pistache, creme brulée e tiramisu, refletindo um público cada vez mais exigente. Líder no Nordeste, a Sorvetes Frosty é a marca mais consumida da região e figura entre as cinco mais compradas no autosserviço nacional, segundo o ranking “As 5 Mais Mais”, da Scanntech Brasil em parceria com a SuperVarejo. Em Pernambuco — segundo maior mercado da empresa —, a Frosty também se destaca pela valorização dos sabores regionais. “O investimento em tecnologia de ponta, em qualidade e no treinamento de colaboradores tem sido fundamental para o crescimento e consolidação desse mercado”, afirma Edgard Segantini Júnior, presidente do Sindsorvetes e CEO da Frosty. Ele também destaca a expansão da marca: “Na Frosty, temos um portfólio com mais de 200 produtos e ultrapassamos a marca de 100 lojas de fábrica. Acompanhamos as tendências do mercado com lançamentos como o Pura Fruta, voltado para o consumidor que busca opções mais saudáveis.”

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Sudene discute alternativas para avanço da Transnordestina em Pernambuco

Evento reúne autoridades e setor produtivo para destravar investimentos e acelerar obras da ferrovia. Fotos: Elvis Aleluia (Ascom/Sudene) Os estudos para as obras da Transnordestina em Pernambuco avançaram com novos investimentos e planejamento estratégico desde que a Infra SA assumiu o projeto. Durante o evento “Diálogos do Desenvolvimento: Transnordestina e Pernambuco”, realizado nesta quarta-feira (2), representantes do Governo Federal, gestores estaduais e especialistas do setor ferroviário discutiram soluções para destravar recursos e acelerar as obras do trecho que liga Salgueiro ao Porto de Suape. Com 544 quilômetros de extensão e 38% da construção já concluída, o projeto terá novos editais de contratação lançados ainda em 2025, com previsão de início da retomada da construção no primeiro semestre de 2026. Além do encontro da Sudene, nesta semana o presidente da Infra SA, Jorge Bastos, também esteve em Pernambuco para falar sobre o calendário do empreendimento em encontro na Fiepe. Representantes do Governo Federal ouviram as demandas locais Um dos atrativos do encontro foi a presenta do secretário nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Eduardo Tavares, e do secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Cezar Ribeiro, do Ministério dos Transportes. Além deles, participou remotamente ainda o representante da Infra SA, André Luís Ludolfo, diretor de empreendimentos. Como a obra é realizada com recursos federais e financiamentos dos diversos instrumentos de fomento para o desenvolvimento regional e do setor, a percepção do Governo Federal do engajamento do empresariado local com os atrasos nesse empreendimento é um fator importante no avanço do projeto. Além da classe política, engenheiros especializados em ferrovia aproveitaram a oportunidade para sinalizar suas preocupações e desconfortos com o andamento das obras. O calendário atual aponta para a conclusão apenas em 2029 no trecho pernambucano. Investimentos e impacto na economia nordestina O plano ferroviário para o Nordeste prevê a integração da Transnordestina com a Ferrovia Norte-Sul e outros trechos estratégicos, totalizando mais de 5.500 quilômetros de trilhos e um investimento estimado de R$ 46,3 bilhões. "Nosso objetivo é ampliar o diálogo e criar um canal de participação efetivo para todos os atores que planejam e executam a obra", afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. A autarquia já destinou R$ 4,2 bilhões ao projeto por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), sendo R$ 400 milhões liberados em janeiro de 2024. Além da retomada das obras públicas, o governo avalia um novo modelo de concessão, com incentivos fiscais e acesso a fundos constitucionais, para garantir a conclusão do trecho pernambucano. Novo cenário para a Transnordestina O consultor empresarial, Francisco Cunha, que tem liderado o projeto Pernambuco em Perspectiva, ressaltou a urgente necessidade de revisar o projeto, após o longo período de gestação das obras e de abandono da proposta inicial pela concessionária da Transnordestina. "Todos temos contribuição política no fato de ter trazido Pernambuco para o redesenho da Transnordestina, agora ela precisa estar articulada com a dimensão técnica. Esse redesenho exige uma discussão técnica, pois não é mais a mesma Transnordestina que foi esboçada e traçada. É outra. Não é só completar o que estava lá. Essa é a questão que está em jogo, o passo da vez a ser dado. Caso contrário, vamos fazer a ferrovia errada". Monitoramento e próximos passos A necessidade de maior previsibilidade nos cronogramas e a adoção de soluções inovadoras para superar desafios técnicos foram pontos centrais do encontro. A economista Tânia Bacelar destacou a importância da conexão da Transnordestina com a Ferrovia Norte-Sul, o que fortaleceria as exportações do Nordeste e reduziria custos logísticos. Como medida para garantir o avanço do projeto, a Sudene anunciou a criação de uma comissão multissetorial que acompanhará o andamento das obras e facilitará a articulação entre os envolvidos. "Nosso foco é fortalecer o monitoramento e acelerar o processo de tomada de decisões para que a ferrovia avance sem novos entraves", concluiu Cabral. Participaram no encontro Estiveram presentes no evento o deputado estadual João Paulo, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, o presidente do consórcio de municípios Comagsul, prefeito Marivaldo Pena (Altinho), o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, a vice-presidente do Sinduscom, Betinha Nascimento, o consultor da TGI Francisco Cunha, além de lideranças empresariais, representantes da Academia e da sociedade civil organizada.

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