Arquivos emagrecer - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

emagrecer

Benefícios do vinagre

Usado na medicina popular há séculos, o vinagre é um alimento versátil produzido por meio da fermentação do álcool, que pode fazer bem à saúde de diversas formas diferentes. Além de ser utilizado nas mais variadas receitas culinárias, o ingrediente também atua no combate a algumas doenças, como hipertensão e diabetes. Existem também aqueles que o consomem com o objetivo da manutenção ou perda de peso. É importante destacar, no entanto, que se usado de maneira equivocada pode ocasionar sérios problemas para a saúde. Segundo a supervisora de nutrição do Hospital São Marcos, Gabriela Tabosa, existem diversos tipos de vinagre, porém, o de maçã é o mais indicado. “O ideal mesmo é que o vinagre seja orgânico, ou seja, livre de agrotóxicos, e com uma maior concentração de componentes provenientes da macieira, pois estes não são filtrados e por isso possuem uma maior quantidade de pectina em sua composição. Essa substância é um poderoso antioxidante, que também estimula enzimas que ajudam na digestão”. Mas será que o vinagre funciona mesmo na batalha contra a balança? Há indícios de que sim. Um estudo realizado na Universidade do Arizona, segundo Gabriela, mostrou que indivíduos com hábitos alimentares saudáveis que fizeram o consumo do vinagre duas vezes ao dia, diluído em água, conseguiram emagrecer em média 2kg em um mês. Porém, para desfrutar desse efeito benéfico não basta apenas consumi-lo. “Não existe fórmula milagrosa. O vinagre faz parte de um conjunto de hábitos saudáveis, composto por atividade física e dieta”, ressalva a nutricionista. Portanto, é melhor “cair na real”: não adianta ter uma alimentação constituída de alimentos gordurosos e cheios de açúcares e consumir o tempero. “Caso o paciente tenha uma dieta altamente inflamatória, composta, por exemplo, por fast foods, o uso do vinagre pode até ser prejudicial, agravando algumas doenças. Por isso é importante que haja o acompanhamento médico e nutricional”. Caso prescrito por um especialista, o vinagre pode ser altamente benéfico para diversos problemas de saúde. Estudos recentes comprovam que ele desempenha uma importante função na prevenção do diabetes tipo 2, aquele que pode ser desenvolvido ao longo da vida. De acordo com Gabriela, o ingrediente auxilia no controle do açúcar no sangue. “Melhora a sensibilidade à insulina, o que facilita a sua ação, evitando assim os picos glicêmicos que podem levar à falência do pâncreas, e consequentemente o desenvolvimento do diabetes tipo 2”, detalha Gabriela. O vinagre também é bastante rico em potássio e, devido a isso, ele acaba competindo com o sódio, que, em excesso, pode desencadear a hipertensão. “O consumo de uma quantidade equilibrada de potássio tem o efeito positivo de redução da pressão arterial”. Porém, é preciso ter muito cuidado. O consumo isolado do vinagre não é sinônimo de cura. “Os hipertensos têm que estar bastante atentos. Para fazer o uso é necessário um acompanhamento periódico tanto cardiológico, como nutricional. A conduta será aplicada ao paciente de forma individualizada”, alertou a especialista. Além de contribuir para o combate de doenças, o vinagre, apesar de atuar como coadjuvante, tem um papel muito importante na perda ou manutenção da massa corporal. “Estudos comprovam que se ingerido uma hora antes das refeições pode inibir a absorção de amido, provocando uma melhora na saciedade. É dessa maneira que ele atua no emagrecimento”, afirmou Gabriela. Segundo ela, uma ou duas colheres uma hora antes do almoço e jantar é o mais indicado. É importante destacar que a ingestão do ingrediente necessita acontecer anteriormente à refeição para surtir efeito. A ação inibidora permite que o corpo esteja saciado por mais tempo. Mas nem tudo é benefício. O alto teor de ácido acético, principal componente do vinagre, pode causar problemas digestivos após o seu consumo. “Não é indicado para aqueles que sofrem de problemas como o refluxo, gastrite e úlcera. Pacientes renais são descompensados de substâncias como o potássio. O consumo do vinagre pode exacerbar a doença”, advertiu Gabriela. O consumo também é contraindicado para pacientes que fazem o uso de medicamentos neurológicos. “Existem estudos que comprovam que o vinagre pode intensificar a frequência de epilepsias”. O ingrediente também é capaz de comprometer o esmalte dentário. Por se tratar de um ingrediente ácido, o vinagre é apontado pela sabedoria popular como um componente fundamental para fazer a higienização de frutas e verduras. A ação, no entanto, não é indicada por Gabriela, que não enxerga o método com bons olhos, pois não é capaz de eliminar os agrotóxicos. “A minha dica é que as pessoas façam o uso de produtos orgânicos”, orienta. Também é comum encontrar na internet, dicas de beleza envolvendo o tempero. “Muitas blogueiras, inclusive, estão usando-o para tornar o cabelo mais forte e brilhoso, mas não existem estudos suficientes que comprovem esses efeitos”, rebate a especialista. A grande dica de Gabriela Tabosa é que haja, sempre, o acompanhamento médico e com um profissional nutricionista, para, então, fazer o uso do vinagre. “É um ingrediente muito rico, mas que exige cuidado”, completou.

Benefícios do vinagre Read More »

É possível manter a dieta na Páscoa?

Páscoa é tempo de se reunir ao redor da mesa e, para muitos, um feriado para saborear bacalhau e outros peixes feitos com bastante azeite, arroz e batatas de acompanhamento. É também tempo de comer doces, as tradicionais colombas – receita italiana de bolo, que é comprado ou feito na data – e dezenas de tipos de chocolates dos mais diversos formatos e sabores para presentear ou servir de sobremesa. Tudo isso é um convite a refeições para lá de fartas e até ao exagero, o que pode desanimar de vez quem fez esforço para começar aquela prometida dieta depois do Carnaval. Para alegria de quem quer manter a boa relação com a balança, a nutricionista da rede dr.consulta Mariana Amaro dá boas dicas. Para a nutricionista, existe uma corrente atualmente que tenta criar “anjos e demônios” na alimentação, e é preciso que as pessoas se conscientizem de que nem tudo é absolutamente proibido. “Na maioria dos casos, é preferível que a pessoa consuma com moderação o que gosta e até que faz parte da sua tradição de família, no caso de datas como a Páscoa. A privação ou exclusão completa de alguns alimentos podem ser ruins no aspecto emocional e psicológico e até gerar comportamentos compensatórios muito piores em outro momento”, esclarece. Para o almoço de Páscoa Bacalhau sim, mas com pouca gordura.  A melhor maneira é consumi-lo cozido ou feito no forno, não adicionando muito azeite, manteiga ou creme de leite. Outra boa opção é prepará-lo desfiado com vegetais ou grão de bico. É importante ter cuidado ao dessalgar o peixe, em especial, se pessoas que têm restrição no consumo de sódio forem consumi-lo. A gordura do bacalhau é da família ômega, a chamada gordura boa, que ajuda na proteção contra as doenças cardiovasculares. Nesse sentido, consumir o bacalhau com moderação pode ser até uma boa pedida, dependendo da condição clínica do paciente. A única questão é a quantidade de gordura que adicionamos no preparo. Acompanhamentos mais nutritivos e menos gordurosos Os legumes são opções muitas vezes mais saborosas, mais ricas em vitaminas, minerais e fibras do que as batatas. Uma boa alternativa é servir vegetais assados ou tomates recheados, por exemplo. Os vegetais folhosos também são bons acompanhamentos, refogados, cozidos ou até como entrada, na forma de salada. As melhores saladas são aquelas compostas por folhas, legumes e grãos. Evite colocar queijos, tomate seco ou outras conservas de vegetais, molhos, ovos ou batata palha. Esses acompanhamentos podem ser muito gordurosos e pesar na sua inocente salada. Substitua arroz branco por integral ou por outros grãos A substituição de arroz branco por integral é ótima do ponto de vista nutricional. A quinoa, a cevadinha e o trigo podem ser misturados ao arroz ou consumidos à parte. Todos esses grãos integrais são excelentes fontes de fibras e de nutrientes, como vitaminas e minerais. Mesmo assim, consuma com moderação. Se for servir farofas, cuidado com a gordura usada no preparo. Para torná-la mais nutritiva, uma solução é incluir grãos e sementes oleaginosas (castanhas ou amêndoas), que são fontes de proteína, fibras e gorduras boas – as insaturadas). Abobrinha refogada e frutas suculentas, como o abacaxi, trazem umidade que seria conquistada com a adição de ingredientes gordurosos. Hidratação sempre Deve-se lembrar que normalmente o almoço de Páscoa é ainda no tempo quente. É fundamental, portanto, incluir sucos naturais aos almoços e jantares. Se fizer questão do vinho, testar uma receita de sangria pode ser uma boa. É uma bebida que mistura frutas, suco, água e vinho, podendo ser muito refrescante e ajudar na hidratação. Novamente, deve-se ter cuidado com a quantidade quando o objetivo é gerenciamento do peso. Qual o tipo de chocolate mais indicado? O chocolate com maior percentual de cacau é o mais rico em elementos antioxidantes, por isso, sempre será a melhor escolha do ponto de vista nutricional. Mas o nível calórico dos chocolates é semelhante, por isso, para quem não se adaptou ainda ao sabor mais amargo, o recomendável é consumir o tipo de que gostar mais. Escolhendo aquilo de que gostamos, conseguiremos nos satisfazer com uma porção moderada, o que não atrapalha demais a dieta para perda de peso. Qual a quantidade de chocolate recomendada para crianças? E para adultos? A porção padrão média para adultos gira em torno de 25 gramas. Porém, isso é muito generalizado – o ideal mesmo é que cada um calcule com o seu nutricionista a dose certa para não comprometer a sua dieta. E sobre os diabéticos, tem uma orientação sobre qual tipo de chocolate consumir? É verdade que os chocolates dietéticos têm menos açúcar, mas são mais gordurosos que os demais? Para os diabéticos, existem as versões diet no mercado. Na maioria dos casos, eles têm mais gordura do que as versões normais, por isso, é muito importante estar sempre atento às informações nas embalagens dos produtos. Confirma o número de calorias por tipo de chocolate*: Chocolate branco 135 cal Chocolate ao leite 135 cal Chocolate ao leite diet 140 cal Chocolate ao leite com castanha-do-pará 140 cal Chocolate meio amargo 119 cal Chocolate 70% 144 cal *Porção de 25g, equivale a quatro quadradinhos de um barra de chocolate

É possível manter a dieta na Páscoa? Read More »

Por que é tão difícil emagrecer?

Quem enfrenta a batalha contra a balança sabe que não é fácil ter a felicidade de ver seus ponteiros em direção à perda de peso. Se você é um desses guerreiros, não perca as esperanças. Pesquisadores têm se debruçado sobre essa dificuldade de emagrecer e chegaram a resultados surpreendentes que podem ajudá-lo nessa luta. Estudos indicam que alimentos processados (industrializados e com aditivos artificiais) são tão viciantes quanto uma droga. Entendeu porque é tão complicado resistir à batata frita ou ao refrigerante? “São substâncias que levam à ansiedade e à compulsão de comer mais desses produtos”, explica a nutricionista do Hospital das Clínicas da UFPE Jerluce Ferraz. A irresistível vontade de comer doces também tem explicação. O açúcar, segundo o endocrinologista Ney Cavalcanti, aumenta no cérebro o nível de serotonina, substância que tem ação tranquilizadora. "Isso explica porque algumas pessoas sentem a necessidade de comer alimentos adocicados, quando submetidas a estresses”, esclarece o médico Nos anos 90 foram feitos estudos que lançaram por terra a concepção que basta o obeso ter força de vontade para emagrecer. Nessa época descobriu-se o hormônio leptina, responsável por enviar ao cérebro a sensação de saciedade quando estamos comendo. Ele, portanto, nos ajuda a reduzir a ingestão de alimentos. Mas pesquisadores surpreenderam-se ao descobrir o que parecia uma contradição: obesos possuem grande concentração de leptina. Acontece, porém, que neles o hormônio da saciedade é pouco sensível a sua atuação". “Também se constatou que ao emagrecer o obeso reduz a quantidade de leptina”, acrescenta Cavalcanti. A ghrelina é outra descoberta importante. Trata-se de um hormônio produzido pelo estômago que estimula o apetite. O curioso é que nas pessoas obesas a concentração hormonal da ghrelina é baixa, porém quando elas perdem peso, ocorre uma elevação. Com essas descobertas ficou fácil entender porque ocorre o efeito sanfona. “Quando o obeso emagrece fica com menos concentração de leptina (portanto demora a se sentir saciado e por isso come mais). Além disso, tem o apetite aumentado, porque o nível de ghrelina se eleva. Daí vem a dificuldade de manter o peso", diz Cavalcanti. “Ou seja, quando o gordo emagrece ele não vira um magro. Ele é ‘um gordo emagrecido’ propenso a voltar engordar”, distingue o médico. A obesidade provoca, ainda, alterações que prejudicam o funcionamento de outro hormônio, o GLP1, também responsável pela saciedade. “Ele é produzido no fim do intestino delgado e é estimulado pela quantidade de comida que chega a essa região”, esclarece Cavalcanti. “Como o intestino dos obesos é maior, o alimento demora mais de fazer esse percurso prejudicando a ação do GLP1”, acrescenta. Outra surpresa foi levantada em estudos apresentados no último Congresso Americano de Endocrinologia que rechaçaram a ideia de que fracionar refeições ao longo do dia emagrece durante. "Pesquisa compararam 2 refeições ao dia com 6 vezes, houve uma maior perda de peso e melhora metabólica no grupo de 2 refeições/dia" diz o endocrinologista Luiz Griz, professor adjunto da UPE. "Isso porque com o jejum prolongado há um aumento do GLP-1 (hormônio que diminui o apetite) e redução da ghrelina (hormônio que aumenta o apetite)" conclui. Por todas essas questões a obesidade é considerada uma doença multifatorial e das mais perigosas porque aumenta as chances de desenvolver outras patologias como: hipertensão, doença cardiovascular, níveis de colesterol e triglicerídeos elevados, diabetes, artrite e até câncer. Obesos também são acometidos por inflamações em todo o corpo. “Excesso de gordura produz substâncias pró-inflamatórias indesejáveis para a saúde”, alerta Jerluce, que também é nutricionista das clínicas Santevie e Coenzima. Se obesidade é uma doença, para tratá-la deve-se consultar um médico, no caso um endocrinologista. Abordagens mais recentes incluem consultas com nutricionistas e psicólogos. De antemão, é bom saber existem duas causas: a herança genética e o estilo de vida. Como não é possível interferir no DNA, pode-se modular com correção de hábitos errados adquiridos na vida contemporânea,como alimentar-se com comida industrializada (pobres em vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos) e o sedentarismo provocado pelas facilidades tecnológicas como o automóvel, o celular, o computador. Razões emocionais, segundo Cavalcanti, embora não causem a obesidade, podem ser um agravante. Que o diga a psicóloga Iana Araújo. Ela participa da equipe que atende pacientes a serem submetidos à cirurgia bariátrica (de redução de estômago) no HC. “Há pessoas que tiveram perdas marcantes, como a morte de um parente, e aliviam o sofrimento na comida”, exemplifica Iana. Outro agravante é a ansiedade. “Estudos mostram que só pelo fato de estar ansioso, o indivíduo pode engordar. Isso foi comprovado em pesquisas feitas após a Primeira e Segunda Guerras, quando as pessoas foram submetidas a uma grande carga de estresse”, embasa a psicóloga. Ser gordo também afeta o estado emocional em razão das dificuldades e dos preconceitos enfrentados. “A ansiedade e a depressão estão presentes pelo isolamento social e pelas limitações: é difícil para um obeso amarrar os sapatos, cruzar as pernas, passar na catraca, muitos não vão a eventos porque não encontram roupa que caiba”, detalha Iana. Saiba como tratar Segundo dados do Ministério da Saúde, quase 50% dos brasileiros estão com sobrepeso ou obesos. “Obesidade é uma epidemia mundial provocada por um padrão que que veio junto com a industrialização e o surgimento da alimentação processada”, analisa Jerluce. Por isso, quem quer emagrecer deve eliminar esses produtos da lista de supermercado, além de seguir um plano alimentar com comida natural e fazer exercícios físicos. Mas nem todo obeso chega ao peso ideal com essas medidas, em razão das dificuldades já mencionadas relacionadas ao funcionamento dos hormônios. Menos de 10% deles conseguem emagrecer com a mudança de hábitos. Nesses casos, uma das alternativas é o tratamento com medicamentos. “São medicações que foram aprovadas pela agência norte-americana FDA (Food and Drug Administration) tendo como critério reduzir acima de 5% do peso em pelo menos três meses. Nesse patamar o medicamento já oferece benefícios como melhora do nível de glicose e redução da pressão arterial”, explica Griz. O tratamento medicamentoso é associado à dieta e atividade física e está indicado para pessoa com IMC (índice de

Por que é tão difícil emagrecer? Read More »

Água é tão bom que ajuda até a emagrecer!

Se você só toma água na hora em que sente sede, é melhor mudar seus hábitos. Quando se está sedento é sinal de que o organismo já está com déficit desse precioso líquido. E bota precioso nisso, afinal 60% do nosso corpo é composto por água e nas crianças esse percentual eleva-se para 80%. Toda essa abundância hídrica é necessária para realizar as inúmeras reações químicas que ocorrem no nosso corpo para mantê-lo funcionando. Por meio dessas reações é que se realiza, por exemplo, a digestão. Presente nas células e tecidos, a água também compõe boa parte do sangue, que é responsável por transportar os nutrientes dos alimentos que ingerimos – como as vitaminas, o ferro, entre outros. Portanto, trata-se de um arsenal importante para nos manter nutridos e fortalecer nossas defesas contra infecções. E pasme: a água também emagrece! “Ela ajuda a ter uma sensação de saciedade, ou seja, a não ter fome”, revela a endocrinologista Lúcia Cordeiro, do Instituto de Endocrinologia do Recife. Esse benefício, segundo a especialista, foi constatado num recente estudo norte-americano que pesquisou crianças em escolas onde o acesso à água era facilitado pela existência de bebedouros e comparou-as com as de colégios onde não havia essa facilidade. “Os alunos com acesso à hidratação tiveram ganho de peso 35% menor quando comparado ao outro grupo de estudantes”, informa a médica, que alerta, no entanto, não ser verdadeira a ideia de que água gelada acelera ainda mais o emagrecimento. “Não existem estudos que comprovem esse benefício”, rechaça Lúcia. A água também auxilia na prevenção da chamada retenção de líquido que provoca os desagradáveis inchaços no corpo, que são comuns nos dias quentes e na tensão pré-menstrual. Isso acontece porque a água presente na circulação sanguínea acaba extravasando para a região abaixo da pele, se acumulando em certos locais do corpo causando o edema. Ao beber muita água, faz com que o líquido retorne para os vasos e saia pela urina. Para que isso ocorra os rins precisam estar em bom funcionamento. E nesse caso, mais uma vez, a água tem papel fundamental. “Eles filtram tudo o que entra no nosso organismo e precisam da água para realizar essa função. Pessoas com tendência a ter cálculo renal devem ter atenção redobrada”, orienta a nutricionista Fabrícia Padilha, coordenadora do Curso de Nutrição da Faculdade Pernambucana de Saúde. Para os que sofrem com problemas intestinais como a prisão de ventre, a água pode ajudar e muito. Ela hidrata e amolece o bolo fecal, reduzindo seu volume e facilitando a excreção das fezes. “Muitos pacientes revelam nos consultórios que comem alimentos com muita fibra, mas não resolvem seus problemas de constipação. Isso ocorre porque eles não ingerem água na quantidade necessária”, aponta Fabrícia. Na verdade, consumir fibras alimentares sem a devida hidratação pode, segundo Lúcia Cordeiro, até aumentar a prisão de ventre. Numa situação extremamente oposta, isto é, na diarreia, o precioso líquido também exerce uma função importante. Isto porque há uma perda excessiva de água no corpo que precisa ser reposta para não provocar desidratação. O mesmo acontece nos quadros de vômitos e também de febre. FEBRE Nos estados febris há um aumento da temperatura corpórea e da transpiração, causando o risco de desidratação. “Quando a temperatura corporal excede os 37 graus perde-se 100 ml de água por hora em cada grau acima dos 37”, alerta Lúcia Cordeiro. Exemplificando podemos entender melhor: quando se está com 38 graus de febre, perde-se 100 ml de água a cada hora. Se alcança 39 graus, a perda eleva-se para 200 ml a cada hora. Portanto, se uma pessoa ficar 6 horas em estado febril e não for hidratada perderá 600 ml! E as consequências advindas por não repor a hidratação poderão ser sérias. “Caso um paciente esteja com febre e diarreia e não for hidratado pode sofrer uma lesão grave nos rins ao tomar um medicamento para a dor”, adverte Lúcia. É por isso, que quando estamos com alguma infecção e somos atendidos numa emergência, sempre nos oferecem analgésicos juntamente com soro fisiológico que combate a desidratação. E falando em febre, saiba que a água também é peça chave no controle da temperatura corporal, que é realizado pela transpiração. Sintetizado pela glândula sudorípara, o suor é produzido no momento em que o corpo atinge a temperatura acima dos 37 graus. Algo não muito difícil de acontecer em quem mora em localidades quentes como Pernambuco e quando se realiza atividades físicas. Pois sabia que o suor é 99% composto de água. Quanto devemos beber? Agora que já está ciente da importância da água para o nosso corpo, você deve estar se perguntando qual a quantidade ideal que devemos consumir para manter o organismo hidratado. Em média, uma pessoa que não realiza exercícios físicos intensos perde nada menos que 2,5 ml de água por dia, por meio da transpiração e da urina. E todo esse volume precisa ser reposto diariamente. Por isso, os médicos aconselham que sejam ingeridos de 2 a 3 litros por dia, algo como de 8 ou mais copos diários. Mas quantidade a ser consumida por um indivíduo que pratica atividade física intensa é diferente, assim como pessoas que apresentam certas doenças, como os que sofrem de insuficiência renal. Pode-se mesclar a hidratação com sucos de frutas e água de coco, porém com certa moderação. As frutas não substituem a água, porque contêm calorias e algumas substâncias que em excesso pode fazer mal a saúde. E fique longe dos isotônicos – que também são calóricos e possuem muito sódio e potássio – e dos refrigerantes, que também apresentam sódio, além de muito açúcar e não oferecem nenhum valor nutritivo. “Nos dias quentes do verão ou em situações como no Carnaval, quando se está exposto ao sol e suando muito, é necessário aumentar a quantidade de água ingerida”, recomenda a nutricionista Fabrícia. Falando em Carnaval, muitas vezes, pessoas passam mal e se sentem tontas no meio da folia. Um estado que pode configurar como falta de hidratação. “Na desidratação, o rim,

Água é tão bom que ajuda até a emagrecer! Read More »