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“Ter mulheres ocupando posições de liderança não é uma opção, é uma necessidade.”

Empresas que planejam o futuro dos seus negócios devem pensar seriamente na posição que as mulheres ocupam no seu time de funcionários. Estudo da McKinsey & Company apontou que dos nove traços identificados como essenciais para as lideranças enfrentarem os desafios que estão por vir, elas se saem melhor em cinco e empatam com os homens em dois – estímulo intelectual e comunicação eficiente. “A favor das mulheres estão a capacidade de inspirar e servir como modelo de conduta, a participação ativa nas decisões, o equilíbrio entre expectativas e recompensas e o desenvolvimento de pessoas”, especifica Pollyanna Cavalcanti, diretora de pessoas, cultura e performance da empresa Avantia. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Pollyanna analisa por que, mesmo com todas essas vantagens, mulheres em cargos de liderança ainda são exceções no Brasil e no mundo. Entretanto, existem saídas. Pollyanna aponta algumas delas, como implantar políticas afirmativas nas empresas que estimulem uma cultura inclusiva. Ela também ressalta a importância dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU – que inclui a igualdade de gênero – do papel do RH nesse processo e do entendimento de que a maternidade não seja vista como uma pausa ou uma perda no período produtivo da mulher. Quais as vantagens que as empresas podem ter ao contarem com mulheres no seu time e em cargos de liderança? Melinda Gates disse recentemente que “se você quer elevar a humanidade, empodere as mulheres. É o investimento mais amplo, universal e com maior potencial de alavancagem que podemos fazer pelo bem do ser humano”. Eu acredito que esse empoderamento se faz necessário para que as organizações possam, de fato, exercitar a diversidade de pensamentos e ideias e, consequentemente, promover ambientes mais inovadores e sustentáveis. Em um estudo da McKinsey & Company, dos nove traços identificados como essenciais para as lideranças enfrentarem os desafios futuros, as mulheres se saem melhor em cinco e empatam com os homens em dois – estímulo intelectual e comunicação eficiente. A favor das mulheres estão a capacidade de inspirar e servir como modelo de conduta, a participação ativa nas decisões, o equilíbrio entre expectativas e recompensas e o desenvolvimento de pessoas. Logo, na minha opinião, ter mulheres ocupando posições de liderança não é uma opção. É uma necessidade. Por que as mulheres no Brasil ocupam hoje apenas 34% dos cargos de liderança sênior nas empresas, segundo mostram alguns estudos? Corroborando sua pergunta, a Mckinsey publicou um estudo em 2020 que trazia uma fotografia semelhante: a cada 100 homens promovidos para posições de gestão, apenas 85 mulheres eram promovidas. Esse gap aumenta ainda mais quando falamos de mulheres negras. Quando paramos para avaliar as justificativas, vemos inúmeros fatores, tais como: processos seletivos que não garantem amostras equivalentes de candidatos (internos/externos) para as vagas em questão; ausência de políticas afirmativas nas organizações que estimulem uma cultura mais inclusiva e apoiem as mulheres em novas posições; ausência de programas de capacitação e mentorias para mulheres em posições de liderança. Além desses pontos, os desafios gerados pela crise da Covid-19 também trazem um grande alerta: muitas mulheres foram desligadas ou consideram deixar seus empregos por não conseguir conciliar suas atividades do trabalho com os cuidados do lar e criação dos filhos. Ou seja, com essa baixa de mulheres no mercado, a tendência é ter cada vez menos mulheres em posições de liderança atuais e futuras. . Pesquisas também mostram que mulheres em posição de liderança ganham em média 25% a menos que os homens. Como alcançar a igualdade? Nenhuma empresa declaradamente remunera homens e mulheres de maneira diferente. Porém, vários estudos comprovam que a diferença existe, sim. Então, para se alcançar a igualdade, várias medidas precisam ser adotadas em ambos os lados. Nas empresas, considero importante que: o espaço para negociação de remuneração (tanto nas contratações, quanto nas promoções) seja ampliado, tanto pela área de RH quanto pelos próprios líderes; a maternidade não seja vista como uma pausa ou uma perda no período produtivo da mulher; contratações, promoções ou indicações para assumir novas posições não sejam repensadas pelo fato da mulher ser mãe. As mulheres por sua vez, precisam aprender a negociar melhor suas condições de remuneração, buscar seu espaço de fala e, também, a dizer não para cenários que não sejam favoráveis. O caminho é longo, mas não impossível. As escolhas que fizermos hoje, certamente irão nortear o ritmo das mudanças e alcance da igualdade em nossos ambientes de trabalho. O que você acha da iniciativa da ONU de incluir entre os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas? Importantíssima. Na Avantia, nós aderimos ao WEPS (Women’s Empowerment Principles) em março de 2019. Fomos a primeira empresa de tecnologia do Porto Digital a fazer parte do movimento. Na época, poucas empresas locais estavam trabalhando esta pauta de maneira mais ativa. Em dezembro de 2019, tínhamos 18% de mulheres em nossa área de desenvolvimento. Hoje, esse número aumentou para 27%. Resolvemos todas as nossas questões relacionadas ao assunto? Não, mas consideramos que cada passo já é um avanço. Ter assumido o compromisso nos fez parar para planejar nossa atuação, sensibilizar e capacitar nossas lideranças para a temática, implementar políticas mais atrativas para as mulheres, envolver os homens na pauta e mensurar números que antes não eram vistos. Leia a entrevista completa na edição 180.1 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Mulheres Negras de todas as regiões do Estado promovem encontro neste fim de semana

Tem início nesta sexta-feira (14) e vai até o domingo (16) o Encontro de Mulheres Negras de Pernambuco. O evento acontece em Recife e é parte integrante da agenda de ações que precedem o Encontro Nacional de Mulheres Negras + 30 anos, terceira reunião nacional das mulheres negras desde 1988. Tendo sido construído por 47 coletivos e instituições do movimento negro, de mulheres e movimentos outros que se solidarizam com as demandas das mulheres negras, o Encontro promove um debate sobre a participação das mulheres negras nas mudanças em Pernambuco e no Brasil. As convidadas para a discussão são Denise Botelho, Rivane Arantes, Robeyoncé Lima, Gilamara Santana e Aparecida Nascimento e elas nos darão um retrato sobre como a população negra em geral e sobretudo as mulheres, em suas diferentes especificidades, tem se mantido de pé frente à conjutura cruel que enfrentamos todos os dias. A mediação fica por conta de Rosa Marques, socióloga e representante de Pernambuco na organização do evento nacional, que acontece em dezembro em Goiania, Goiás. A mesa inicial é aberta para todas as pessoas e convida a sociedade civil para a análise de conjuntura e debate sobre o espaço das mulheres negras no decorrer da história. O objetivo é a promoção da unidade estadual na luta contra o racismo e o sexismo e, para isso, o encontro acolheu 200 mulheres de todas as regiões do Estado nesse momento de imersão, discussão e preparação para o encontro nacional, em que todo o Brasil feminino negro estará pensando junto como agir e se portar diante da crescente perda de direitos recentemente adquiridos. O encontro foi organizado em cinco meses e por sete comissões: comunicação; finanças e infraestrutura; metodologia; creche; mobilização; saúde; e cultura. Só poderão participar do evento mulheres que estiveram nas plenárias de organização que aconteceram entre maio e setembro, seja a partir de comissão ou não. Este ano completa-se 30 anos desde a primeira vez que mulheres negras realizaram um encontro de âmbito nacional. O I Encontro Nacional de Mulheres Negras aconteceu no Rio de Janeiro em setembro de 1988 e é em celebração a este evento que foi deliberado no Fórum Permanente de Mulheres Negras, realizado no Fórum Social Mundial de 2018, a organização de outro encontro nacional e a realização de encontros estaduais preparatórios, que em Pernambuco acontece no mês de julho.

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TEDxDevryRecifeWomen, primeiro evento sobre empoderamento feminino do Norte/Nordeste, acontece no Recife

Compartilhar as experiências de mulheres empoderadas que atuam em diversas áreas e que com seus exemplos, ideias e atitudes inspiram gerações. Esse é mote principal do TEDxDevyRecifeWomen2017, que compõe uma das ações do evento mundial TEDxWomen2017 e que terá a primeira edição do Norte/Nordeste brasileiro realizada no Recife. Com o tema “Bridges" (pontes em português), o TEDxDeVryRecifeWomen acontece nesta sexta-feira (10/11), na Faculdade Boa Viagem (DeVry|FBV), a partir das 16h, com palestras de diversas figuras femininas de destaque no Estado. “Convidamos para palestrar no TEDxDeVryRecifeWomen mulheres que fazem a diferença em suas áreas de atuação e que de alguma forma conseguiram modificar e servirem de exemplo no ambiente em que estão inseridas. Elas irão falar um pouco sobre suas experiências e como se tornaram fontes de inspiração para muitas pessoas, independente do sexo”, conta Iara Margolis, coordenadora do evento no Recife. Provando que lugar de mulher é onde ela quiser, foram escolhidas mulheres de destaque nos mais diversos segmentos, entre eles economia, educação, cultura, saúde, comunicação, negócios, direito e empreendedorismo social. Nomes como Jô Mazzarolo, Camila Haeckel, Carol Levy, Sandra Mattos, Mary Elbe Queiroz, Fernanda Bérgamo, entre outras, farão parte da programação contando suas ideias inspiradoras. Neste ano, serão realizados, ao todo, 188 TEDxWomen pelo mundo, sendo três deles no Brasil (Recife, São Paulo e Blumenau). “Para ampliar a discussão do tema emponderamento feminino além das fronteiras, os participantes do TEDxDeVryRecifeWomen poderão conferir a transmissão ao vivo do primeiro bloco do TEDxWomen de New Orleans, nos EUA”, conta Rafael Lucian, que também está à frente da coordenação do evento. O TEDxDeVryRecifeWomen será transmitido ao vivo para o grande público por meio da página www.facebook.com/TEDxDevryRecifeWomen. Presencialmente será aberto para convidados.

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Cinco palestras que você vai gostar de assistir (por Beatriz Braga)

Hoje comecei o dia ouvindo, mais uma vez, a palestra de Shonda Rimes, produtora de séries de TV como Grey´s Anatomy e How to get away with murder, no TED (www.ted.com). Ela conta sobre o acordo que fez consigo mesma de, por um ano, dizer “sim” para todas as situações que a assustavam. “Para qualquer coisa que me deixasse nervosa, e me tirasse da minha zona de conforto, eu me forcei a dizer sim”. As consequências foram incríveis. Sempre quando ouso me desanimar diante de um começo de semana, vou atrás desses vídeos para resgatar o gás. O TED nunca me decepciona. Por isso, sempre deixo algumas das suas palestras baixadas no celular e, volta e meia, escuto essas vozes poderosas. Assim o dia ganha mais força. E eu também. Aqui seguem seis dicas de palestras inspiradoras de homens e mulheres que têm muito a dizer. Está sem tempo? Faz como eu e aproveita o momento a caminho do trabalho ou de algum compromisso para se inspirar também. Tenho certeza que você vai gostar. 1) Shonda Rimes – Meu ano de dizer sim para tudo “Todas as cores pareciam ser uma só, e eu não estava mais me divertindo. E era a minha vida. Era tudo o que eu fazia. Eu era o zumbido, e o zumbido era eu. Então, o que fazer quando aquilo que você faz, o trabalho que você adora, passa a ter gosto de poeira?” 2) Ziauddin Yousafzai - Minha filha, Malala O pai da garota paquistanesa que levou um tiro por se “atrever” ir à escola (e virou ícone da luta contra misoginia) é uma prova de como precisamos prestar atenção na maneira que criamos nossos filhos. “As pessoas me perguntam o que há de especial na minha orientação que deixou Malala tão corajosa, destemida e segura. E eu digo: "Não me perguntem o que eu fiz. Perguntem-me o que eu não fiz. Eu não cortei suas asas, foi só isso". 3) Roxane Gay - Confissões de uma feminista ruim A autora do livro ‘Má feminista’ faz uma linda palestra na qual reflete sobre rótulos e sai em defesa das imperfeições. “Eu preferiria ser uma feminista ruim a não ser feminista de jeito nenhum. Isso é verdadeiro por muitas razões, mas, principalmente, digo isso porque no passado, minha voz foi roubada de mim e o feminismo me ajudou a consegui-la de volta” 4) Jimmy Carter - Por que eu acredito que os maus-tratos às mulheres sejam a principal violação aos direitos humanos O ex-presidente estadunidense fala sobre o perigo da interpretação dos homens sobre religião, violência contra mulher e a importância de darmos vozes às mulheres anônimas espalhadas pelo mundo. “O homem mediano realmente não se importa. Mesmo que digam: "Sou contra discriminação contra meninas e mulheres", eles desfrutam uma posição privilegiada. Eu diria que a melhor coisa que poderíamos fazer hoje é que as mulheres das nações poderosas como esta, que têm influência e liberdade para falar e agir, precisam assumir a responsabilidade para elas mesmas e serem contundentes na exigência do fim da discriminação racial contra meninas e mulheres no mundo todo”. 5) Halla Tómasdóttir: É hora das mulheres se candidatarem à presidência Nesse talk inspirador, a empresária fala sobre sua candidatura à presidência da Islândia, considerado o melhor lugar do mundo para ser mulher, e a importância de dar exemplo às novas gerações. “Foi a jornada da minha vida. Foi incrível. A jornada começou com 20 candidatos em potencial. Reduziu-se a 9 qualificados, e por fim, quatro: três homens e eu. Mas esse não é o fim do drama, ainda”.   *Beatriz Braga é jornalista e empresária (biabbraga@gmail.com). Ela escreve semanalmente a coluna Maria pensa assim para o site da Revista Algomais

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