Arquivos Estreia - Página 5 De 6 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

estreia

"Jurassic World: Reino Ameaçado": franquia retorna com carga maior de terror

Em 2015, Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros marcou a retomada da franquia de sucesso idealizada por Spielberg lá no começo da década de 90. O longa, dirigido por Colin Trevorrow, trouxe de volta o clima e a empolgação do primeiro filme, Jurassic Park (1993), recebendo elogios de público e crítica. Após três anos de hiato, estreará no dia 21 de Junho, Jurassic World: Reino Ameaçado, mais um capítulo dessa história que vem lotando salas de exibição há mais de duas décadas. Trevorrow dá lugar na direção ao espanhol Juan Antonio Bayona. O diretor tem no currículo o terror O Orfanato e o sombrio e belo Sete Minutos Depois da Meia-Noite. Bayona traz para Jurassic World: Reino Ameaçado essa carga de terror, fazendo deste o filme mais tenso da franquia. A história mostra o retorno de Owen (Chris Pratt) e Claire (Bryce Dallas Howard) à Ilha Nublar. A dupla seguirá com uma equipe para resgatar os dinossauros do lugar, que está para ser engolido pela lava de um vulcão em erupção. Mas por trás da missão há uma trama sinistra que poderá mudar drasticamente o destino desses animais e da humanidade.     Jurassic World: Reino Ameaçado retoma sequências clássicas das produções anteriores: quem não lembra da corridinha básica ao lado dos répteis gigantes? Desta vez a fuga é instigada pelo calor da lava do vulcão. A perseguição resulta em um resgate dentro do mar envolvendo a famosa esfera motorizada - uma das cenas mais tensas do longa. Surgem novos personagens: a representante do núcleo infantil, a doce Maisie Lockwood (Isabella Sermon), Zia Rodriguez ( Daniella Pineda), ativista e paleo-veterinária e Franklin Webb (Justice Smith), analista de sistemas do Grupo de Proteção aos Dinossauros, pivô dos momentos mais engraçados do filme. Sem soltar spoilers, adianto que a sequência final aponta para uma nova fase, abrindo um leque de novas possibilidades para a franquia. Não poderia ser diferente. Se conseguirá sustentar-se por mais tempo, só o tempo e o interesse do público poderão responder.  

"Jurassic World: Reino Ameaçado": franquia retorna com carga maior de terror Read More »

"Deadpool 2" chega aos cinemas com o desafio de superar números do primeiro

Com jeito desbocado e senso de humor ácido, Deadpool conquistou plateias em 2016, ano em que estreou na tela grande. Seu primeiro longa chamou a atenção da crítica especializada e do grande público ao apresentar uma proposta ousada, carregada de violência e referências a outros filmes, bem diferente das produções do gênero realizadas até então. Deadpool custou US$ 58 milhões a Fox e arrecadou mais de US$ 783 milhões em todo o mundo. Todo esse sucesso empurra agora para Deadpool 2 a (ingrata) responsabilidade de tentar superar em criatividade e bilheterias o primeiro filme. A sinopse hilária divulgada pela Fox em novembro de 2017 já revelava qual seria o tom do novo longa: Depois de sobreviver a um ataque bovino quase fatal, um chefe de cafeteria desfigurado (Wade Wilson) luta para alcançar seu sonho de se tornar o barman mais quente de Mayberry, enquanto também aprende a lidar com sua perda de paladar. Procurando reencontrar seu gosto pela vida, junto com um capacitor de fluxo, Wade precisa lutar contra ninjas, Yakuza, e uma alcateia de caninos sexualmente agressivos, enquanto faz uma jornada pelo mundo para descobrir a importância da família, amizade e sabor – encontrando um novo gosto para a aventura e ganhando o cobiçado título de Melhor Amante do Mundo em sua caneca de café. Na história, Deadpool (Ryan Reynolds) terá que proteger um jovem mutante chamado Russel (Julian Dennison). Ele está sendo procurado por Cable (Josh Brolin), um soldado que veio do futuro com a missão de eliminar o garoto. O mais louco é notar que a trama se desenvolve em função das piadas, não o contrário. Em uma das cenas, toda uma equipe de heróis é formada, a X-Force, para logo em seguida ser descartada pelo roteiro, apenas com o intuito de concluir uma sequência cômica. Nem tudo é ruim em Deadpool 2. Alguns personagens conseguem se destacar, como o vilão, Cable, em mais uma boa interpretação de Josh Brolin e a novata Dominó (Zazie Beetz), que tem como superpoder (acreditem!) a sorte. A personagem está nas melhores cenas de ação do filme, ora saltando de paraquedas, ora dirigindo um enorme caminhão desgovernado.   Ironicamente, o senso de humor que fez do primeiro filme um grande sucesso torna Deadpool 2, em alguns momentos, repetitivo. O que antes era inovador, aqui tem cara de formulaico. Algumas piadas relacionadas aos universos Marvel e DC agradarão aos já familiarizados com o assunto. Por outro lado, podem não conseguir arrancar risadas daqueles que não sabem muito do tema. Há rumores de que ao menos mais dois longas com o herói serão lançados: Deadpool 3 e X-Force. Mais que fazer piadas de cunho sexual ou ridicularizar a concorrência, chegou a hora dos roteiristas focarem numa boa história. Resta saber se a franquia terá fôlego para tantos projetos.  

"Deadpool 2" chega aos cinemas com o desafio de superar números do primeiro Read More »

Cinema São Luiz retoma programação com a pré-estreia d'O Processo

Boas novas para os cinéfilos pernambucanos: o Cinema São Luiz retomará sua programação no próximo 10/5 (quinta-feira), com a pré-estreia do filme O Processo, a partir das 19h30. A película, dirigida por Maria Augusta Ramos, foi premiada como "Melhor Longa" na última edição do Festival Internacional de Documentários da Suíça e documenta o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Após a exibição do filme, haverá um debate com a diretora do filme, mediado pelo crítico de cinema Luiz Joaquim. O longa ficará em cartaz no circuito comercial a partir do dia 17 de maio. Além d'O Processo, já estão confirmados na grade do equipamento cultural os filmes: Todos os Paulos do Mundo (2017); Quase Memória (2017); Os Iniciados (2017) e Jovem Mulher (2016). CINE PE - Assim como nas últimas três edições, o 22º Cine PE ocupará as dependências do Cinema São Luiz entre os dias 29 de maio e 4 de junho de 2018. O equipamento foi a primeira casa do festival em 1997, e seu retorno, desde 2015, tem atraído cada vez mais público ao espaço, graças à sua centralidade e capacidade técnica de exibição de filmes em diversos formatos. HISTÓRICO - O São Luiz inaugurou em 5 de novembro de 2015 seu novo projetor digital Barco 23B 4k, com capacidade de projetar filmes em DCP/3D, atualização necessária para abarcar os recentes conteúdos audiovisuais produzidos no mundo. Conta com um servidor digital e novos processadores e amplificadores de som para formato Dolby 7.1. O equipamento tem desempenhado papel de destaque na difusão cinematográfica pernambucana, nacional e internacional, tornando-se uma das poucas salas de cinema de rua do país com uma ocupação contínua, efervescente e diversificada. Além do conjunto arquitetônico com suas características originais mantido, a sala conta com projeção digital de alta qualidade (DCP) e projetor 35mm, dialogando com produções contemporâneas e históricas. Fechado apenas às segundas-feiras, o Cinema São Luiz é ocupado por mostras e festivais de cinema, a exemplo do Cine PE, Janela Internacional de Cinema do Recife; do Recifest (Festival de Cinema da Diversidade Sexual); MOV - Festival Internacional de Cinema Universitário de Pernambuco; Ver Ouvindo: Festival de Filmes com Acessibilidade Comunicacional do Recife, entre outros. (Governo do Estado de Pernambuco)

Cinema São Luiz retoma programação com a pré-estreia d'O Processo Read More »

Muita destruição em novo filme arrasa-quarteirão com Dwayne Johnson

Quando se fala em filme de ação dos anos 80, é difícil não lembrar dele: Arnold Schwarzenegger. O gigante austríaco dominava as produções do gênero, fazendo muito sucesso como Conan, O Bárbaro ou protagonizando a franquia Exterminador do Futuro. Mas seu "reinado" foi perdendo força, dando lugar a outros nomes, entre eles, o do ex-jogador de futebol americano, Dwayne "The Rock" Johnson. O grandalhão, de características bem parecidas com as de Arnold (pouca expressão e muita testosterona) conquistou de vez seu espaço. Seu mais novo filme, Rampage: Destruição Total, é uma prova disso. Na história, Dwayne Johnson interpreta Davis Okoye, um primatologista que cuida e tem como grande amigo um gorila albino chamado George. A rotina de Okoye é violentamente sacudida quando um experimento genético que havia sido realizado no espaço cai na Terra, contaminando alguns animais, entre eles, George. O contato com a substância desconhecida acelera o crescimento do animal e altera seu comportamento, tornando-o violento. Dá-se início, então, à principal proposta do longa, como o próprio título já revela: trazer à tela grande muito barulho e destruição.   Rampage: Destruição Total mais parece uma reciclagem de filmes clássicos de monstros como King Kong e Godzilla. A diferença, claro, está na qualidade dos efeitos especiais que, aliada a boa edição de som, proporciona ao espectador uma impressionante imersão na história, com direito a momentos de tensão e muitos sustos. O roteiro é bem confuso. Alguns personagens surgem e logo somem da história sem muita explicação, como os dois jovens auxiliares de Okoye no zoológico. O elenco também é ruim, tanto que (acredite!) apenas Dwayne Johnson se salva, talvez porque não arrisca muito nas expressões (rsrs). A dupla de vilões é, sem dúvida, a pior coisa do filme. A atriz sueca Malin Maria Åkerman e o americano Jake Lacy, que interpretam os irmãos Claire e Brett, proprietários do laboratório responsável pela pesquisa que resultou em toda a confusão, são fortes candidatos a figurar na próxima edição do Framboesa de Ouro. Completam o elenco Naomi Harris e Jeffrey Dean Morgan. Apesar dos pontos negativos, Rampage: Destruição Total deve agradar aos fãs do gênero. E Dwayne Johnson seguirá honrando o legado deixado pelos clássicos arrasa-quarteirões do passado.  

Muita destruição em novo filme arrasa-quarteirão com Dwayne Johnson Read More »

'Ex-Pajé', de Luiz Bolognesi, estreia 3 de maio em Recife

Ex-Pajé, escrito e dirigido por Luiz Bolognesi (Uma História de Amor e Fúria), estreia dia 3 de maio em Recife. O longa foi selecionado para a competição do Festival É Tudo Verdade, principal festival de documentários na América do Sul. O filme recebeu o prêmio especial do Júri Oficial de Documentários da Mostra Panorama, no Festival de Berlim, em fevereiro deste ano. A produção Buriti Filmes e Gullane, tem distribuição da Gullane. "Depois de termos a honra de estrear mundialmente em Berlim, ter a estreia nacional no É Tudo Verdade é uma alegria imensa porque é um dos maiores e mais importantes festivais de documentários do mundo e para o qual é selecionada a melhor safra de documentários nacional e internacional dos últimos meses. O Ex-Pajé estrear em um ambiente de reflexão como é o do festival é muito bacana e estamos muito contentes também porque a sessão de São Paulo será no dia 19 de abril, Dia do índio. Promover um debate sobre a questão da intolerância religiosa e dos pajés nesse dia é muito importante", afirma o diretor, roteirista e produtor Luiz Bolognesi. Na première mundial em Berlim, Bolognesi divulgou um Manifesto de Povos e Lideranças Indígenas do Brasil que propunha um país com mais tolerância e respeito, e que criticava o etnocídio. No momento da premiação o júri oficial declarou que "O espírito de uma comunidade emana da natureza onde suas vidas se desenrolam. A história do mundo é a história da destruição dessa verdade. A menção especial do júri do Prêmio Documentário Original vai para um filme delicado que conta sobre um povo que vem sendo atacado há 500 anos, mas cujo presente é tão digno quanto o passado". "Vencer o prêmio especial do júri oficial de documentários no Festival de Berlim significou muito porque foram mais de dois mil documentários inscritos no festival, aproximadamente 100 exibidos, 18 em competição e dois foram premiados pelo júri oficial. A principal consequência disso é o filme ser visto pelo mundo, temos convites para festivais em três continentes, estamos muito felizes", afirma Bolognesi. "O filme chega agora no Brasil com o respaldo do prêmio em Berlim e sendo selecionado para o É Tudo Verdade, que é um festival importante não só aqui, mas em toda a América Latina. Vamos estrear em um momento delicado para a sociedade brasileira, em que precisamos exercitar a tolerância. O Ex-Pajé nos ensina a refletir sobre a tolerância, a enxergar o ponto de vista do outro, uma outra cultura, uma outra forma de ser e nos ensina também a respeitar a nós mesmos, nossos sentimentos, nossa sensibilidade, é um exercício interno, através do qual desenvolvemos o olhar externo. O longa estreia em um momento que o Brasil precisa dessa provocação, feita com calma e tranquilidade, como o filme faz", aponta a produtora Laís Bodanzky. "Depois de estrear em Berlim e ganhar grande visibilidade mundialmente, nada traz mais alegria para a Gullane que a estreia oficial do filme no Brasil ser durante o festival É Tudo Verdade. Esta seleção é o maior selo que um documentário pode almejar no país e ficamos muito honrados com esta notícia. Nós da Gullane acreditamos que o festival será uma grande janela de visibilidade para um causa tão urgente como esta da situação atual dos Pajés no país", afirma o produtor Fabiano Gullane. Ex-Pajé mostra o drama contemporâneo dos povos indígenas a partir da história de Perpera, um índio Paiter Suruí que viveu até os 20 anos num grupo isolado na floresta onde se tornou pajé. Após o contato com os brancos, um pastor evangélico afirma que os atos e saberes do pajé são coisas do Diabo e Perpera passa a viver um conflito interno. Apesar de se dizer evangélico e se definir como ex-pajé, continua tendo visões dos espíritos da floresta. SINOPSE: Até o contato do povo Paiter Suruí com os brancos, em 1969, Perpera era um pajé poderoso. Após chegada dos brancos, um pastor evangélico afirma que pajelança é coisa do diabo e Perpera perde seu papel na tribo, passando a viver com medo dos espíritos da floresta. Mas quando a morte ronda a aldeia, o poder de falar com os espíritos pode novamente ser necessário.  

'Ex-Pajé', de Luiz Bolognesi, estreia 3 de maio em Recife Read More »

“Um Lugar Silencioso” prova que ainda é possível inovar no terror

Com tantos filmes de terror ruins e genéricos chegando aos cinemas todo ano, não tinha como não desconfiar de mais um, ainda mais se tiver o nome de Michael Bay na produção, figura responsável pela barulhenta e sem noção franquia Transformers. "Um Lugar Silencioso" provou quão desnecessária fora minha desconfiança. Na história, uma família é perseguida por criaturas extraterrestres cegas, mas de audição bem aguçada. Para se protegerem, essas pessoas terão que viver em silêncio total. Além disso, serão assombradas por um trauma fruto de uma tragédia do passado, que marcou profundamente suas vidas. A luta pela sobrevivência frente a ameaça alienígena norteia o desenrolar da trama, mas o filme vai além dos sustos e cenas de perseguição característicos ao gênero.   Um Lugar Silencioso segue fielmente a cartilha de filmes como Tubarão, explorando a ideia de trabalhar o suspense sem mostrar muito, apenas sugerindo o perigo. O longa consegue prender a atenção do espectador com sua narrativa engenhosa, ainda que fugindo do convencional, com silêncio quase que absoluto durante boa parte da exibição. A ausência de som serve de prenúncio para grandes sustos. Parte do sucesso da produção está relacionada ao bom elenco. John Krasinski e Emily Blunt (casados na vida real) esbanjam boa química e carisma no papel do casal de protagonistas, Lee e Evelyn. John também é responsável pela direção, mostrando ter segurança e grande talento na função. Outra que se destaca é Millicent Simmonds, que interpreta Regan, filha do casal. Este é o segundo filme da atriz de apenas 15 anos, que já atuou também ao lado de Juliane Moore no filme Sem Fôlego. Krasinski, responsável também pelo roteiro, mostra ser possível inovar, trazer novas propostas até para gêneros que já se mostram bem saturados. Um Lugar Silencioso está, sem dúvida, entre as boas surpresas do cinema em 2018.

“Um Lugar Silencioso” prova que ainda é possível inovar no terror Read More »

Orquestra Sinfônica do Recife estreia hoje (21) temporada 2018 de concertos gratuitos

A Orquestra Sinfônica do Recife abre a temporada 2018 de concertos oficiais gratuitos nesta quarta-feira (21), às 20h, no Teatro de Santa Isabel. Para participar das apresentações mensais, oferecidas pela Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife, basta chegar com uma hora de antecedência e garantir o ingresso na bilheteria do teatro. Para o primeiro concerto do ano, o diretor e regente da Orquestra, maestro Marlos Nobre, escolheu a Sinfonia nº 8, do compositor checo da Era Romântica Antonín Dvorák. Segundo o regente, a sinfonia tem 4 movimentos, oscilando da explosão sonora marcada pela percussão, ao típico solo de violino de Dvorák, seguido de uma graciosa dança no compasso de valsa, para culminar numa dramática turbulência. A segunda e última peça da noite será Mourão, do compositor, arranjador e estudioso da música brasileira Cesar Guerra-Peixe. O autor, que devotou boa parte de sua produção, estudos e esforços à música popular nordestina, sobretudo ao Maracatu e ao Frevo, flertou com o Movimento Armorial, liderado por Ariano Suassuna, ao qual deu grandiosa contribuição. Embaixador do Turismo- Nesta quarta-feira (21), enquanto estiver regendo o concerto da Orquestra Sinfônica do Recife, o maestro Marlos Nobre, pernambucano do bairro de São José, será representado pela esposa na premiação que irá lhe conferir a comenda de Embaixador do Turismo, outorgada pela Associação dos Embaixadores de Turismo do Rio de Janeiro. Será o 30º prêmio, entre nacionais e internacionais, recebido ao longo de seus 78 anos. Serviço Primeiro Concerto Oficial da Orquestra Sinfônica do Recife em 2018 Data: Quarta-feira, 21 de março Horário: 20h Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio) Entrada franca Informações: 3355-3322

Orquestra Sinfônica do Recife estreia hoje (21) temporada 2018 de concertos gratuitos Read More »

Cinema francês em alta com a estreia de “O Melhor Professor da Minha Vida” (Por Wanderley Andrade)

Histórias inspiradoras sobre professores que transformaram a vida de alunos através de métodos bem à frente do seu tempo, há muito rendem bons filmes. Difícil esquecer de clássicos como Ao Mestre com Carinho (1967) e Sociedade dos Poetas Mortos (1989). Outro belo exemplo, desta vez mais recente, é a coprodução EUA/Reino Unido/Quênia, Uma Lição de Vida (2009). O longa narra a jornada de Kimani Marug, um queniano de 84 anos que, com a ajuda da professora, decide voltar à escola. Essa relação de amizade entre professor e aluno mostra ser fonte inesgotável de inspiração para roteiristas e produtores. Seguindo a mesma temática, chega aos cinemas, nesta quinta, a produção francesa, O Melhor Professor da Minha Vida. No filme, Denis Podalydès interpreta François Foucault, um professor de Literatura de uma importante escola de Paris. Um encontro com uma funcionária do Ministério de Educação resultará na proposta para lecionar em um colégio de periferia. François terá como desafio mudar a realidade de alunos indisciplinados como Seydou (bela interpretação de Abdoulaye Diallo), que sofre com a mãe doente e busca refúgio na marginalidade. O Melhor Professor da Minha Vida discorre sobre transformação. Seydou não será o mesmo após o encontro com François Foucault e a Literatura. Em contrapartida, a experiência com a nova turma marcará profundamente a vida de François e afastará medos e preconceitos acumulados até então. Sua boa relação com os alunos despertará ciúmes nos outros professores. Este é o primeiro longa-metragem dirigido por Olivier Ayache-Vidal, que também assina o roteiro. A fotografia é de David Cailley, que tem no currículo filmes como Amor à Primeira Briga (2014) e In Califórnia (2015). A câmera trêmula de Cailley confere às cenas de conflito maior tensão e um tom mais intimista. A história, fundamentada em um tema já exaustivamente explorado no cinema, poderia, sem cerimônia, atar-se à comodidade e falta de inspiração característicos ao clichê. Mas o roteiro bem escrito, livre de pontas soltas, e a competente direção de Olivier Ayache-Vidal dão ao filme a simplicidade e paradoxal profundidade de uma boa aula. Confira os horários de exibição.

Cinema francês em alta com a estreia de “O Melhor Professor da Minha Vida” (Por Wanderley Andrade) Read More »

AMORES DE CHUMBO (PE) faz sua estreia nacional próximo dia 11 no Festival do Rio

Com direção de Tuca Siqueira, que também assina o roteiro ao lado da carioca Renata Mizrahi, o filme “Amores de Chumbo” (“Black Amber”, PE, 98 minutos) tem consultoria de roteiro de Miguel Machalski. Miguel, Maria Eugênia e Lúcia, personagens entre 65 e 70 anos, vivem um triângulo amoroso nos dias atuais sob o pano de fundo da ditadura militar no Brasil. O filme foi rodado em dezembro de 2015 na cidade do Recife e conta com produção da Plano 9 Produções, em coprodução com a Garimpo e produção associada da Alumia, incentivo do Funcultura/Governo de Pernambuco e recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) da Ancine. Sua estreia será no Festival do Rio 2017, entre os dias 5 e 15 de outubro, dentro da programação Première Brasil - Mostra Novos Rumos de Longas. Permeada por segredos, inversões de culpa e afetos interrompidos, a trama de “Amores de Chumbo” é centrada na interpretação dos personagens. O elenco é sustentado por um trio de intérpretes renomados da dramaturgia brasileira. Juliana Carneiro da Cunha, bailarina carioca radicada na França (integrante do Thêtare du Solei, atuou no filme “Lavoura Arcaica”, de Luiz Fernando Carvalho), Augusta Ferraz, referência do teatro pernambucano e o ator Aderbal Freire Filho, diretor teatral consagrado com quase 50 peças no currículo, foram convidados por Tuca Siqueira para compôr o triângulo amoroso. Com “Amores de Chumbo”, Aderbal volta a atuar no cinema após um hiato de quase dez anos. Com orçamento total de R$ 1,4 milhão, o filme é produzido por Mannu Costa, da Plano 9, e também por Tuca Siqueira, da Garimpo Audioviovisual, em produção associada com Carol Vergolino, da Alumia Produções e Conteúdo. Parte dos recursos para realização da obra foram captados junto ao edital do Funcultura 2013/2014, do Governo de Pernambuco, via Secretaria de Cultura e Fundarpe. “Amores de Chumbo” também foi contemplado pelo edital de desenvolvimento do FSA – Fundo Setorial do Audiovisual - PRODAV 5 (Ancine/Brde), em 2014. Nesse mesmo ano, o longa integrou ainda o BrLab, laboratório de desenvolvimentos de projetos da América Latina, realizado em São Paulo, e, em 2015, participou do programa Cinéma en Développement do Festival Cinélatino, de Toulouse (França). “O filme é um movimento de resgate dentro de uma perspectiva original quando, na atualidade, trata de um período histórico brasileiro, utilizando cenários da região Nordeste, para falar de relações amorosas e sexuais entre pessoas com mais de 60 anos, comunidade pouco explorada na cinematografia brasileira”, explica a produtora Mannu Costa. A direção de fotografia do filme é assinada por Beto Martins, fotógrafo baiano radicado no Recife e premiado pela fotografia de "Ave Maria ou Mãe dos Sertanejos", de Camilo Cavalcante. Também trabalhou em "Loja de Répteis", de Pedro Severien, nos longas "Rio Doce - CDU", de Adelina Pontual, e "História da Eternidade", de Camilo Cavalcante e no curta “Enjaulado”, de Kleber Mendonça Filho. Já a direção de arte ficou a cargo de Séphora Silva (“Amarelo Manga”, de Cláudio Assis, e “Cinema, Aspirina e Urubus”, de Marcelo Gomes). Sinopse Drama ficcional em formato de longa-metragem, “Amores de Chumbo” questiona os limites de cada um numa trama de conflitos que se desenrola à medida que segredos guardados há mais de 40 anos aparecem. Um triângulo amoroso misterioso é o ponto central da trama de “Amores de Chumbo”. Muitos sentimentos confluem na história, baseada nas virtudes e fragilidades dos personagens. O filme trata da capacidade do ser humano em cometer erros e do quanto um determinado contexto social e político pode interferir na vida das pessoas, numa perspectiva que é ao mesmo tempo individual e coletiva. Quarenta anos separam Maria Eugênia (70), ou Maê (Juliana Carneiro da Cunha), escritora pernambucana radicada na França, do casal Miguel (70) (Aderbal Freire Filho) e Lúcia (65) (Augusta Ferraz), que acaba de comemorar união matrimonial de quatro décadas. O retorno de Maê suscita dúvidas e desconfianças há muito tempo guardadas. Miguel, professor de Sociologia e ex-preso político, deseja encarar a verdade, e Lúcia, parceira de vida que se dedicou a tirá-lo da prisão, quer fugir dela. É pelo ponto de vista desses três personagens centrais que conhecemos acontecimentos políticos e sociais dos anos de chumbo no Brasil; uma história que mudou o rumo de muitas vidas. Produção e desenvolvimento do filme “Amores de Chumbo” é o quarto longa-metragem produzido pela Plano 9 Produções (“Avenida Brasília Formosa”, dir.: Gabriel Mascaro; “Eles Voltam”, dir.: Marcelo Lordello, uma coprodução com a Trincheira Filmes; e “Em Nome da América”, dir.: Fernando Weller, em coprodução com a Jaraguá Produções). A Plano 9 finaliza atualmente “Maria Prestes”, documentário com direção de Ludmila Curi (RJ) e está em fase de produção da 2a temporada da série documental “Entrenós”, dirigida por Pablo Polo e Dea Ferraz e de “Fãtásticos, série ficção de André Pinto e Henrique Spencer. Produtora e sócia da Plano 9 Produções, Mannu Costa é professora no curso de Cinema e Audiovisual da UFPE e doutora pela UFRJ, desenvolvendo pesquisas na área de políticas públicas para o cinema no Brasil. Há mais de dez anos, ocupa várias funções na área de produção audiovisual, como produtora, produtora executiva, diretora de produção, assistente de produção e outros, além de ter participado do Programa de residência artística e profissional “Talents 2014”, da Berlinale (Festival de Cinema de Berlim). Produtora associada do filme, Carol Vergolino, da Alumia, é formada em jornalismo pela UNICAP-PE e trabalha com audiovisual há mais de 15 anos, acumulando experiência em produção executiva. É produtora executiva do longa “Câmara de Espelhos”, dir.: Dea Ferraz o do próximo filme do diretor Camilo Cavalcante, “King Kong em Assunción”, além das séries “Saudade”, com direção de Paulo Caldas e “Borboletas e Sereias”, dirigida por Bárbara Cunha. Atualmente é executiva de mais de dez projetos de cinema e TV, além de dois Núcleos Criativos, liderados por Paulo caldas e Kleber Mendonça Filho. Como diretora, realizou o documentário “Alumia”, que acumulou mais de dez prêmios nacionais e internacionais.

AMORES DE CHUMBO (PE) faz sua estreia nacional próximo dia 11 no Festival do Rio Read More »

"Transformers: O Último Cavaleiro" é destaque nos cinemas (por Wanderley Andrade)

Para um filme conquistar grandes bilheterias, na prática, não precisa ter uma boa história, um roteiro bem escrito ou atores muito talentosos. Prova disso é a franquia Transformers. O primeiro longa, dos cinco já produzidos, custou à Paramount US$ 160 milhões e conseguiu arrecadar mais de US$ 709 milhões. Transformers: O Último Cavaleiro, mais recente filme da franquia, alcançou na semana de estreia nos EUA a cifra de US$ 69 milhões. No Brasil, estreou no último dia 20 e já lidera as bilheterias, deixando para trás Homem-Aranha: De Volta Ao Lar e Meu Malvado Favorito 3. A nova aventura de Optmus Prime e sua equipe de Autobots pouco traz de novo. A fórmula é a mesma desde 2007, ano em que estreou o primeiro filme: muita explosão, alguns atores medianos no elenco (entre eles, alguma modelo fazendo sua estreia como atriz), cenários grandiosos, perseguições espetaculares e, por fim, mais explosões. Soma-se a tudo isso as quase três horas de duração. Bem interessante a proposta inicial do roteiro: fazer uma ponte entre a história dos gigantes alienígenas e a lenda dos Cavaleiros da Távola Redonda. Mas o que era bom no início, perde-se rapidamente entre os já conhecidos e barulhentos clichês da franquia. Ironicamente, após duas horas de exibição, a ação ininterrupta (ininterrupta mesmo, desde o início, sem tempo até para raciocinar) torna o espectador indiferente a qualquer outra cena de explosão ou perseguição que surja na tela. Em contrapartida, para os que curtem bons efeitos especiais, Transformers: O Último Cavaleiro não decepciona. Não poderia ser diferente em um filme com Steven Spielberg na produção. O sempre inexpressivo Mark Wahlberg encarna mais uma vez o inventor Cade Yeager. Ele agora tem um par romântico, a bela Vivian Wembley, interpretada pela atriz britânica Laura Haddock. Laura é incrivelmente parecida com Megan Fox, atriz que atuou nos dois primeiros filmes da franquia. O premiado ator galês Anthony Hopkins é a boa surpresa do cast. Ele vive Sir Edmund Burton, personagem de grande importância para a trama. Completa o elenco a talentosa atriz mirim Isabela Moner, no papel da órfã Laura Haddock. Sua personagem não é bem aproveitada e pouco acrescenta à história. Filme solo de Bumblebee A Paramount anunciou recentemente um spin-off com o transformer mais querido da franquia: Bumblebee. O longa será dirigido por Travis Knight, conhecido por seu trabalho na animação Kubo e as Cordas Mágicas. As gravações já começam no dia 31 de julho e sua estreia está prevista para junho de 2018. Confira o trailer de Transformers: O Último Cavaleiro: *Por Wanderley Andrade é jornalista e crítico de cinema (7wanderley@gmail.com)

"Transformers: O Último Cavaleiro" é destaque nos cinemas (por Wanderley Andrade) Read More »