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Paulo Dantas agrodan

"Hoje somos o maior produtor e exportador de mangas do Brasil"

Diretor da empresa agrícola conta que iniciou os negócios sem conhecer agronomia, num período de hiperinflação e optou por cultivar uma fruta sem tradição na região do São Francisco. Mesmo assim, teve êxito ao exportar para a Europa. Também fala dos projetos sociais nas áreas de saúde e educação e dos planos para conquistar o mercado interno. "A Agrodan tinha tudo para dar errado”, conta o diretor-geral da empresa Paulo Dantas, num misto de orgulho e satisfação por ter construído, junto com os familiares, a maior produtora e exportadora de mangas do Brasil. Mas por que a empresa não daria certo? Engenheiro elétrico, funcionário da Chesf e professor da UPE, ele nada entendia dos negócios rurais, assim como seu pai, médico reconhecido em Belém de São Francisco, e seus outros irmãos. Mas a família possuía umas terras na cidade banhada pelo Velho Chico e o professor pensou que seria interessante cultivá-las com irrigação, para obter uma renda extra. Porém, além de desconhecer agronomia, a conjuntura era desfavorável, com a hiperinflação corroendo a economia brasileira e, para agravar, além de uva e banana, Dantas decidiu plantar mangas, uma cultura sem tradição na na região, outro fator desfavorável para o êxito do empreendimento. Mas foi justamente a manga que salvou o seu projeto, por ser comercializada com altos preços no mercado europeu. Hoje a empresa familiar possui sete fazendas, que produzem 30 mil toneladas de manga por ano e apresentou o faturamento em torno de R$ 168 milhões em 2024 e este ano a expectativa é ampliar para R$ 220 milhões.  Nesta entrevista a Cláudia Santos, Paulo Dantas conta a história de sucesso da Agrodan e destaca como esse êxito tem sido compartilhado com os 1.400 empregados, que recebem participação nos lucros, e com a população de Belém de São Francisco, beneficiada com ações de assistência de saúde. Preocupado com o analfabetismo na região, ele também ergueu a Escola Profª Olindina Roriz Dantas, que atualmente oferece educação de qualidade do maternal ao ensino médio. E os planos não param por aí. “Estou inclinado a fazer um curso técnico agrícola de alto nível usando tecnologias, ofertando um grande laboratório para aprender a cultivar”, arquiteta o ex-professor. Como surgiu a Agrodan? A Agrodan é uma empresa familiar que, em 2025, completa 38 anos, fundada por mim juntamente com meus pais e irmãos. Meu pai, Álvaro Dantas, tinha uma fazenda que havia comprado da herança dos cunhados, mas não realizava nenhum cultivo. Em 1987, eu estava como engenheiro da Chesf e dei a ideia aos meus irmãos de usar as terras plantando algo para ter um rendimento extra. Não sabíamos nem o que plantar. Nenhum de nós era da área agrícola. Meu pai era médico, meu irmão era recém-formado em engenharia mecânica, eu engenheiro elétrico, tive que aprender agronomia para ficar à frente do negócio junto com meu irmão e também outros irmãos que entraram como sócios.  Conversamos com pessoas do ramo, em Petrolina, e resolvemos plantar frutas numa parte das terras. Eram 41 hectares, escolhemos 8 para uva, porque uva já era uma cultura tradicional, 14 para banana, porque, em um ano, essa fruta começa a dar retorno, e em 19 hectares, o projetista sugeriu goiaba mas eu sugeri mudar para manga. Convencemos nossos pais a colocarem os bens como garantia de um financiamento bancário e começamos esse projeto, que era desacreditado devido a ingredientes desfavoráveis.  O primeiro deles era a hiperinflação brasileira, pois o financiamento que fizemos era indexado à inflação, naquela época, de 15 a 20% ao mês, e a dívida subia todos os dias. O segundo ingrediente desfavorável era a falta de conhecimento da família com agricultura. Na parte da produção, ficávamos meu irmão e eu, minha mãe ajudava muito no financeiro e meu pai ia todos os dias ao banco, para ver como estava a dívida, que subia sempre, mas ninguém tinha intimidade com agricultura.  Outro fator desfavorável era que, na época, ninguém produzia manga e não havia consultores que entendessem dessa fruta para ensinar ou implementar projetos, como há muitos hoje em Petrolina.  Então, a Agrodan tinha tudo para dar errado e foi sorte ter feito essa opção, porque, quando começou a produção, o preço da manga era muito alto. Os comentários sobre meu pai, na cidade, eram: “vai perder tudo, os filhos o colocaram num abismo”. Meu pai se assustava com o crescimento exponencial da dívida e chegou a dizer que só conseguiríamos pagar se a uva fosse de ouro. Não foi uva de ouro, mas foi manga com o preço de ouro (risos).  Um amigo me apresentou a um japonês chamado Victor Kikuti, que já havia começado a produzir manga,  nos ensinou sobre colheita e até a diferenciar os tipos, qual era a manga Tommy e a Haden.  Vitor também me apresentou a um cliente dele de São Paulo. Assim, em 1990, começamos a vender manga em São Paulo com um preço altíssimo e, apesar da hiperinflação, os anos de 1990 e 1991 foram suficientes para pagar toda dívida do financiamento.  Hoje, temos 1125 hectares de mangas próprias e mais 250 hectares de mangas de parceiros. Temos sete fazendas, essa primeira que é a principal, duas na Bahia e quatro nas ilhas que pertencem a Belém de São Francisco. Hoje nós somos os maiores exportadores do Brasil, principalmente para a Europa, que é nosso mercado principal. E o grande desafio é conquistar o mercado interno e gerar muitos empregos. Assim, queremos continuar crescendo na Europa, mas crescer mais no mercado interno, vendendo aqui as variedades novas que vêm surgindo. Começamos com Tommy e Haden. A manga Haden já se erradicou, ainda temos a Tommy e temos ainda a Kent e a Keitt, são mangas quase sem fibra, sem aquele fiapo. A que se deve o crescimento da Agrodan no mercado europeu e quais os desafios desse mercado atualmente? A Agrodan é forte no mercado da Europa. Nosso faturamento de 2024 foi 97% de exportação e apenas 3% de mercado interno. Por isso, um grande desafio é abrir

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FIEPE Internacional debate futuro do comércio global pós-eleições nos EUA

Evento online e gratuito discutirá impactos econômicos da nova administração americana O Conselho Temático de Comércio Exterior (Comex) da FIEPE promove, no dia 26 de fevereiro, mais uma edição do FIEPE Internacional. O evento será transmitido ao vivo da Casa da Indústria e abordará os impactos das eleições americanas no comércio mundial. Empresários, profissionais do setor e demais interessados podem se inscrever gratuitamente pelo site fiepe.org.br e garantir um certificado de participação. A programação inclui uma palestra do professor João Correia sobre "Pós-eleições nos EUA: Trump e o futuro do comércio mundial". A apresentação discutirá as mudanças na política econômica americana, destacando medidas protecionistas, relações comerciais com China, União Europeia e América Latina, além de temas como política migratória e reformas fiscais. De acordo com o presidente do Comex, Rubem Martins, as ações do governo americano impactam diretamente o comércio global e o Brasil não está imune a essas transformações. "Nosso objetivo é esclarecer as possíveis direções da política comercial americana e seus reflexos para Pernambuco, o Brasil e o mundo", afirmou. O evento integra as ações do Sistema FIEPE, que busca fortalecer a competitividade da indústria por meio da FIEPE, SESI, SENAI e IEL. Além da defesa dos interesses do setor produtivo, a instituição oferece serviços em saúde, educação, capacitação profissional, inovação e consultorias especializadas.

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Pequenos negócios, porém exportadores: mercado internacional no horizonte

Apesar das barreiras para levar seus produtos e serviços para o exterior, na última década mais empresas pernambucanas de pequeno porte começaram a atuar no mercado internacional *Por Rafael Dantas Já imaginou circular em Buenos Aires em um veículo fabricado em Goiana, comprar uma frutinha num supermercado norte- -americano que foi colhida em Petrolina ou mesmo encontrar uma toalha de mesa confeccionada em Salgadinho em uma loja portuguesa? Mesmo com uma economia ainda um tanto fechada, Pernambuco, desde 2014, exporta mais do que importa. Embora o maior volume e faturamento envolvido nesses números seja das grandes empresas, há um movimento para estimular os pequenos negócios a também acessarem o mercado global. Direto da pequena cidade de Salgadinho, no Agreste Pernambucano, que tem menos de 6 mil habitantes, Letícia Martins comemora a primeira exportação da CoopMulheres (Cooperativa de Costura Bordado e Confecção de Salgadinho). Com a marca Fios de Ouro, lençóis, guardanapos, toalhas e fronhas atravessaram o Oceano Atlântico para entrar na vitrine de uma loja portuguesa. As peças bordadas chegaram a ser expostas também em Paris. “Fizemos a primeira exportação neste ano. Nossa expectativa é de fazer mais. Conseguimos enviar nossos produtos a partir de uma consultoria e da parceria com outra empresa. Não tem como comparar o mercado. Além do faturamento, é uma venda importante para que essas mulheres sintam a importância do bordado delas saindo do interior do Estado”, afirmou Letícia, que é presidente da cooperativa que reúne 20 cooperadas e gera serviço para aproximadamente 30 bordadeiras. A entrada das peças bordadas no mercado português permite a venda dos produtos por uma margem bem maior que a praticada em Pernambuco, além de representar um portfólio importante para a CoopMulheres. “Tivemos uma pequena mostra em Paris, em um desfile, dos nossos produtos. Nossa ideia agora é de expansão, ganhar o mercado de hoteis de luxo com os produtos de cama, mesa e banho, além de acessar lojas de artesanato que valorizam a cultura brasileira”, conta Letícia. De acordo com dados da Secex/MDIC (Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), os MEIs, micro e pequenas empresas pernambucanas representam em 2024 quase um terço (31%) do total de corporações que fazem exportações no Estado. Apesar de percentualmente ser um número relevante, a verdade é que a minoria dos negócios locais conseguem ultrapassar as fronteiras, especialmente quando comparados a outros estados da região e à média nacional. “Neste mesmo ano, 2024, a participação de MEI, micro e pequenas empresas nas exportações brasileiras representou 41% do total de empresas, contabilizando 11.456 dos 28.524 CNPJs exportadores. Importante comentar que, em relação aos Estados da Bahia, Ceará, e Paraíba, Pernambuco possui a menor participação de MEIs e MPEs nas exportações”, compara João Canto, vice-presidente do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia). Os números são também da Secex/MDIC. Apesar disso, a tendência dos últimos anos foi de avanço. Em 2023, último ano fechado, 91 empresas desse porte (MEIs, micro e pequenas) do Estado faziam exportações. Em 2019, antes da pandemia, apenas 50 dessas empresas tiveram a experiência de levar seus produtos made in Pernambuco para fora do País. Entre 2018 e 2023, a tendência, portanto, foi de aumento da participação dos pequenos negócios. “Nota-se uma curva ascendente a partir de 2019, refletindo um movimento de crescimento na quantidade MEI, micro e pequenas empresas no quantitativo de exportadores”, afirmou João Canto. A única exceção nesse período foi justamente entre os anos de 2022 e 2023, quando a presença de empresas desse porte nas exportações teve uma oscilação negativa de 2%. A falta de cultura exportadora e as dimensões do mercado nacional são alguns dos fatores que justificam que as empresas locais tenham menos ambição de chegar ao consumidor internacional. “O que se percebe é que os pequenos negócios não têm uma cultura exportadora. Eles entendem que as exportações são mais para grandes empresas, não veem o mercado externo como uma oportunidade, mas é uma excelente oportunidade para vários segmentos”, avalia Jussara Siqueira, analista do Sebrae-PE. O que também acaba desestimulando investir no mercado internacional é o fato de o próprio Brasil oferecer enormes possibilidades de consumo interno. “Normalmente, esses pequenos produtores quando querem estar além de Pernambuco acabam comercializando para outros Estados do Nordeste ou mesmo outras regiões dentro do País. Isso contribui para que a cultura exportadora não seja tão buscada”. Para quem já atravessou as fronteiras, vencer as barreiras burocráticas de acesso aos principais mercados do mundo é um dos fatores relevantes. “As pequenas empresas locais enfrentam várias barreiras para exportar, incluindo o conhecimento limitado sobre os processos de exportação e os requisitos legais, o que torna difícil a adaptação às normas internacionais”, afirma a coordenadora do CIN (Centro Internacional de Negócios) da FIEPE (Federação das Indústrias de Pernambuco) Sthefany Miyeko. Além disso, a própria exigência de padrões de produção e certificações entra no pacote de desafios a serem superados para quem deseja ver seus produtos saindo do Brasil. “Essas empresas têm acesso restrito a financiamentos e apoio financeiro, o que compromete os investimentos necessários para adequar seus produtos aos padrões exigidos por mercados externos. Essa adequação a normas e certificações internacionais exige investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Por fim, os altos custos logísticos impactam diretamente a competitividade dos produtos no exterior, tornando mais difícil competir em mercados distantes”, reforça Sthefany Miyeko. O diretor de gestão estratégica do NTCPE (Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco), Wamberto Barbosa, afirma que o Brasil tem uma grande participação na importação no seu setor, mas a exportação ainda é muito pequena. “Essas empresas historicamente encontram obstáculos em acessar o mercado exportador por questões de dificuldade de logística, gestão, infraestrutura e capital para investimento”. Ele destacou ainda que as legislações do setor têm elevado as exigências para acessar o mercado internacional. “Isso, sem dúvida, é mais um desafio para o mercado brasileiro”. BENEFÍCIOS INTERNOS E POTENCIALIDADES O primeiro benefício mais óbvio para quem consegue exportar é aumentar o faturamento, especialmente conquistando maiores margens de lucro se

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Masterboi de Canhotinho comemora envio para Africa

Unidade da Masterboi em Canhotinho faz primeira exportação de carne

O Frigorífico da Masterboi, localizado em Canhotinho, no Agreste, dá início nesta semana às exportações de carne bovina. No dia 17 deste mês, uma carga de 27 toneladas de carne partirá do Porto de Santos (SP) com destino à África. A carga será enviada para Luanda, em Angola, e foi adquirida por um único comprador, responsável pela comercialização no país. A previsão é de que a chegada à África ocorra em 9 de julho. Essa primeira exportação da planta em Canhotinho abre novas oportunidades comerciais no mercado internacional, uma vez que a unidade possui autorização para exportar para a Lista Brasil, que engloba mais de 90 países, além de Israel.

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"A Rnest vai duplicar a movimentação de Suape e a Transertaneja vai triplicá-la"

No ano passado, Algomais entrevistou Roberto Gusmão, o presidente do Complexo de Suape que estava cheio de planos e enfrentando muitos desafios. Alguns foram concretizados e superados, como a Transertaneja, que será a primeira integração ferroviária do porto. Foi uma solução gerada num esforço conjunto de políticos e empresários, para o problema da Transnordestina cujas obras estavam inconclusas há anos. Mas outros obstáculos persistem, como a dificuldade em retomar a autonomia de Suape, cuja gestão hoje é federalizada. Apesar disso, o saldo tem sido positivo para o complexo portuário e industrial que teve um aumento no faturamento no ano passado de 14%, chegando a R$ 300 milhões. E as perspectivas também são promissoras com a aprovação do projeto BR do Mar que incentiva a cabotagem, a retomada das obras da refinaria e a implantação de um terminal de regaseificação, que vai permitir o aumento da concorrência no fornecimento de gás. A área industrial do complexo também promete investimentos estratégicos com a instalação de plantas de produção de hidrogênio verde. Os planos de Gusmão são ambiciosos: “Não queremos ser apenas um exportador de hidrogênio verde para combustível, queremos produzir aqui ingredientes para a atração da indústria verde no Complexo Industrial de Suape”. Confira a entrevista: O projeto da nova ferrovia ligando Piauí a Suape vai aproveitar algum trecho já construído da Transnordestina? Ela terá recursos públicos? Existia um projeto de lei no Senado, o PLS 261 (que trata de novos instrumentos de outorga para ferrovias em regime privado). Havia também uma medida provisória tratando do mesmo assunto. O Ministério da Infraestrutura, o Governo de Pernambuco e outros governos pressionaram para que o ministro Tarcísio de Freitas não aguardasse apenas a aprovação da lei. Por isso, foi feita uma medida provisória em praticamente igual teor ao do projeto de lei. Tanto o PL como a MP não limitam que os atores envolvidos possam conversar e, se for o caso, aproveitar trechos em compartilhamentos de qualquer empreendimento. O que a gente espera com o desfecho que conseguimos estabelecer — com muita ajuda do ministro da Infraestrutura, da grande mobilização que foi feita da bancada federal pernambucana e dos empresários — é que haja um entendimento que possa facilitar o tempo de execução da obra. Acontece o seguinte: o que define é a carga, não é o governo, não é o terminal. E a carga (no caso, a empresa Bemisa que construirá a ferrovia) colocou bem claro que Suape tem melhor condição de fazer esse escoamento. Achamos importante que a Transnordestina cumpra o que está no contrato que é terminar o trecho até Pecém (CE) e que tenhamos uma competição entre os portos de outras cargas envolvidas. Grande parte do trecho de Curral Novo (PI) até Salgueiro está pronto e se houver um entendimento seria interessante. Mas, de toda forma vai dar certo. Os recursos para a construção da ferrovia são 100% privados. Essa é a diferença do que é uma concessão pública e o que é uma autorização de outorga. A empresa vai construir a ferrovia independentemente da Transnordestina – que foi o que a gente batalhou sempre: sair desse imbróglio da Transnordestina. Trata-se de um projeto verticalizado da Bemisa que tem a mina de minério de ferro, a ferrovia e o terminal de minérios na Ilha de Cocaia. O ministro Tarcísio deu início ao processo de consulta pública para que a Ilha de Cocaia seja retirada da área do Porto Organizado de Suape, tornando viável a instalação de um terminal privado de minério de ferro. A ferrovia vai se chamar Transertaneja e será a primeira integração ferroviária em Suape, o que vai ser muito importante para Pernambuco, um empreendimento que promoverá uma mudança econômica, talvez maior que a instalação de Suape há 43 anos. As obras da segunda etapa da Refinaria Abreu e Lima serão retomadas. Qual o impacto disso para Suape e para o Estado? A refinaria foi projetada para processar 230 mil barris diários e só estava operando a 115 mil barris/dia. O investimento da Petrobrás é de quase US$ 1 bilhão e é extremamente importante porque dobra a movimentação de Suape e a Transertaneja vai triplicá-la, saindo de 25 milhões de toneladas por ano para 75 milhões a 80 milhões de toneladas/ano no médio a longo prazo. Então, consolidamos Suape como hub e como um dos três principais portos do Brasil. Como estão as negociações com a Qair para instalar a planta de hidrogênio verde em Suape? Temos um protocolo assinado não só com a Qair, mas também com seis outras empresas interessadas no hidrogênio verde. O Nordeste brasileiro e a Austrália são qualificados como regiões foco desse novo mercado. A Qair já tinha feito os projetos básicos para poder implantar parte da planta até 2026. Mas não queremos ser apenas um exportador de hidrogênio verde para combustível, queremos produzir aqui ingredientes para a atração da indústria verde no Complexo Industrial de Suape. A produção do hidrogênio se dá por meio da tecnologia da eletrólise da molécula de água separando o hidrogênio do oxigênio. A faísca da energia elétrica que produz a quebra da molécula pode vir do gás, originando o hidrogênio azul, ou do carvão (hidrogênio cinza). No caso do hidrogênio verde, a eletricidade pode ser originária de três fontes: solar, eólica ou hídrica, que é o que temos aqui no Nordeste, principalmente solar e eólica. O processo de eletrólise existe há mais de 80 anos, e pode produzir o hidrogênio, mas também o oxigênio. Temos aqui a fábrica da White Martins que produz esse gás, então poderemos ter uma oferta de oxigênio. Nós vimos a importância dele agora na pandemia. Quando ocorre a mistura do hidrogênio com o nitrogênio, tem-se a amônia. Somos importadores desse insumo, principalmente na parte de fertilizantes. Isso pode agregar valor não só à agricultura, mas também à indústria, já que a amônia é insumo na fabricação de produtos como biscoitos e lácteos. A chamada nova indústria verde, de emissão de carbono zero, é a que queremos atrair. Grande parte das empresas

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"Pernambuco tem um grande potencial de exportação no setor têxtil"

Conversamos na entrevista de hoje da Coluna Gente & Negócios com Edmilton Ribeiro. Ele é despachante aduaneiro federal e consultor internacional com formação em Comércio Exterior. Atualmente Edmilton é o CEO da Ribeiro Aduaneiro e Consultoria Internacional e atua também como diretor executivo da Mundial Serviços Aduaneiros, além de ser também delegado e diretor de comunicação da Associação dos Despachantes Aduaneiros do Brasil. Ele fala nesta entrevista sobre a experiência de sua empresa na pandemia e sobre o potencial pernambucano no segmento de comércio exterior. Como a sua família entrou nesse segmento de mercado que é tão especializado? A minha família entrou no ramo de despacho aduaneiro através do meu avô, Sr. Humberto Nicolino. Ele foi despachante lá no Porto de Salvador, na Bahia. E naquela época, o despachante da bandeira era nomeado pelo Presidente da República, ao qual o meu avô foi submetido, teve, inclusive, essa honra. E depois disso, na minha família, a minha tia, Ana Nascimento, se tornou despachante através do meu avô. Em seguida foi minha mãe, Ângela Maria Nascimento. Alguns primos também já trabalharam no segmento. E eu segui a sequência da minha mãe. Comecei a trabalhar com isso no ano 2000 e logo me apaixonei pelo comércio exterior e venho operando como despachante aduaneiro, da forma mais completa de poder operar dentro das aduanas. Como a pandemia afetou a sua empresa em 2020? A pandemia veio exatamente em um momento que a gente estava numa crescente. A Ribeira Aduaneiro começou em 2018 e passamos por um ano muito difícil, como todo negócio para começa. Em 2019, a gente já tava com um crescimento consolidado. Chegou 2020, estávamos cheios de de expectativas de crescimento, alugamos uma nova sala, bem organizada, a equipe estava crescendo e em fevereiro veio a notícia da pandemia. Começamos a trabalhar no regime de home office. Como a minha empresa já era bem moderna, habituada a trabalhar nas plataformas digitais, em compartilhamento de arquivos e acompanhamento de processos, então a gente não sentiu muito para migrar para o trabalho de home office. Em 2018, na verdade, eu comecei trabalhando de home office. Então, foi muito tranquila essa transição. Como a gente já vinha de uma crescente, mesmo com a pandemia, como eu aproveitei esse momento para estudar mais sobre marketing digital e investir em divulgação e marketing. Dessa forma, aconteceu que a empresa continuou crescendo bastante mesmo em 2020. Hoje temos ainda uma quantidade pequena de empresas em Pernambuco que exportam. Qual a razão disso? Hoje em dia Pernambuco é um hub portuário e aeroportuário de importação. Tradicionalmente, ele tem esse perfil muito mais importador do que exportador. Ao que se justifica isso? Primeiro pela própria dinâmica do estado de empreendedorismo e comercialização. Muitos empresários daqui costumam ir comprar para revender. E a indústria importa bastante insumos também, inclusive na parte de granéis líquidos. E também pelo alto custo de se exportar aqui pelo Porto de Suape, é um dos portos mais caros que existe. Então as demandas de exportação de frutas, da produção do agronegócio, por exemplo, acabam indo parar no Porto de Salvador ou no Porto de Pecém. Tanto pela questão do custo de operação, como também pelas rotas. Os armadores preferem concentrar em alguns locais para ter uma rota direta, principalmente esses produtos que o Brasil exporta mais, que são da agricultura e precisam de prazos bem curtos. Esse momento de crise econômica é mais desafiador para novas empresas buscarem o mercado internacional? Ou essa é a hora de apostar nisso? Depende. O comércio exterior pode ser até uma solução a depender de qual o motivo daquela crise. Se, de repente, o mercado interno não tem demanda, o idela seria investir no mercado externo. E se tiver uma taxa de câmbio favorável, que é um outro fator importante, melhoram ainda as oportunidades para se exportar. E já no caso da importação, se tiver com a a taxa de câmbio muito baixa, aí já compensa realmente estar importando. As vezes pode acontecer no momento de crise que esteja faltando ofertas de produtos no mercado interno. Aí a solução é realmente importar para suprir essa demanda. Que segmentos da economia pernambucana ainda não explorados pelo mercado internacional tem maior potencial na sua opinião? O estado de Pernambuco tem um grande potencial na produção da indústria têxtil, ou seja, vestuário. Então, é uma área que eu acho que poderia ser muito mais explorada. Aqui se consegue fabricar os produtos da linha da indústria têxtil, de vestuário em geral, com custo baixo. Como são vários pequenos produtores, de repente se formasse uma cooperativa conseguiria fazer uma grande indústria, com grande potencial para exportação, porque tem qualidade e tem preço. . . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente rafael@algomais.com rafaeldantas.jornalista@gmail.com

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Apex seleciona instituições para executar o Programa de Qualificação para Exportação em PE e AL

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) está com chamamento aberto para selecionar entidade parceira para executar o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) em Pernambuco e Alagoas. O chamamento para instituições públicas e privadas está aberto até 15 de janeiro. O PEIEX é oferecido pela Apex-Brasil com o objetivo de qualificar as empresas brasileiras para que iniciem o processo de exportação de forma planejada e segura. O Programa é implementado em todo o país por meio de parcerias que a Agência firma com instituições como Universidades, Parques Tecnológicos, Fundação de Amparo à Pesquisa, Federações de Indústria, entre outras “Quando a parceria é estabelecida, as instituições tornam-se entidades executoras do Programa e são responsáveis pela aplicação da metodologia do PEIEX na qualificação das empresas, designando profissionais especialistas em comércio exterior para orientar os empresários nos caminhos mais adequados para se prepararem para competir internacionalmente”, destaca Rita Albuquerque, Coordenadora de Qualificação da Apex-Brasil. A cidade de Recife (PE) sediará o Núcleo Operacional do PEIEX e Maceió (AL) receberá um polo de atendimento do programa. Empresas localizadas em um raio de até 100 km do Núcleo Operacional em Recife ou do polo de atendimento em Maceió poderão ser qualificadas presencialmente ou a distância. Aquelas que estiverem situadas a uma distância superior, serão atendidas exclusivamente na modalidade a distância. Pernambuco abriga um ecossistema pujante no tocante a serviços, com a existência de um parque tecnológico nacionalmente reconhecido e outros centros de inovação que são referências nacionais. Assim, a Apex-Brasil pretende que o novo núcleo do PEIEX na região tenha expertise para qualificar empresas de serviço. Os segmentos prioritários serão tecnologia da informação, games e serviços editoriais. Empresas que atuam em todos esses segmentos e que ainda não exportam podem se beneficiar da qualificação oferecida pelo PEIEX e, a curto prazo, integrar o esforço exportador pernambucano. No decorrer do Programa, será possível incorporar outros setores estratégicos que venham a ser identificados. Em decorrência da expertise que se intenciona estabelecer no âmbito do novo Núcleo Operacional do PEIEX, o atendimento especializado a empresas de serviços deverá ser realizado exclusivamente na modalidade “a distância”, independentemente da localização das empresas nos estados de Pernambuco ou Alagoas. Ainda sob esta modalidade, de forma piloto e conforme metodologia da Apex-Brasil, poderão ser realizados também atendimentos especializados a empresas de serviços localizadas em outros estados do Norte e do Nordeste. A expectativa é que pelo menos 50 das 150 empresas qualificadas via núcleo de Recife/PE sejam, obrigatoriamente, de serviços, sendo as demais produtoras de bens e dos mais variados segmentos. Outras 25 empresas serão qualificadas via polo de Maceió/AL. Dessa forma, o convênio terá como meta total a qualificação de 175 empresas. Apenas uma instituição será selecionada pela Apex-Brasil para executar o PEIEX em ambos os estados. Instituições interessadas têm até as 23h59 do dia 15 de janeiro para submeter sua proposta. A instituição selecionada firmará com a Apex-Brasil um convênio com duração de 30 meses. Para execução do PEIEX em ambos os estados são previstos R$ 1,65 milhões, sendo que a Apex-Brasil aportará R$ 1,1 milhão e a instituição parceira R$ 550 mil, a título de contrapartida. SERVIÇO Seleção de instituição executora do PEIEX em Pernambuco e Alagoas DATA: Envio das propostas até as 23h59 do dia 15 de janeiro. LOCAL DE ENVIO DAS PROPOSTAS: pelo link INFORMAÇÕES SOBRE O EDITAL: https://portal.apexbrasil.com.br/licitacoes-apex/ COMO ACESSAR: selecionar o Status: em andamento; selecionar o Ano 2020 e clicar em Filtrar. Em seguida, no Chamamento Público 09/2020, clicar em Participar;

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Movimentação de carga do Porto do Recife já supera o total de 2018

Em meio as turbulências da economia nacional e acompanhando o Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, o Porto do Recife tem registrado números positivos ao longo de todo o ano de 2019. Nos primeiros dias de novembro já foram movimentadas 107.097 toneladas de produtos, o que totaliza uma movimentação de 1.230.728 toneladas durante o ano. De janeiro a dezembro de 2018 o Porto do Recife movimentou 1.228.167 toneladas de cargas e a expectativa é que esse valor seja 14% maior em 2019. “Temos que comemorar e ter a convicção que esse número pode crescer muito quando conseguirmos realizar a dragagem do Porto. É preciso considerar que estamos trabalhando com a capacidade mínima em função da profundidade de nossos berços de atracação”, ressalta Carlos Vilar, presidente do Porto do Recife. “O Governo de Pernambuco já conseguiu inúmeros avanços, junto ao Ministério de Infraestrutura, para viabilizar a dragagem do Porto do Recife, um serviço extremamente importante, que manterá o porto competitivo. No último encontro com o ministro Tarcísio Freitas, nos foi garantido o direcionamento de R$ 23 milhões para a obra. O Termo de Compromisso já está em fase de minuta”, enfatizou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, MOVIMENTAÇÃO - O mês de outubro foi o terceiro maior mês em movimentação até o momento. Exatas 135.306 toneladas de produtos passaram pelo ancoradouro recifense, número 53,5% maior do que no mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, até outubro, o Porto movimentou 1.123.631 toneladas, o que corresponde a um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior. “A nossa preocupação maior foi manter a atração das cargas tradicionais e já consolidadas no Porto do Recife, como açúcar, malte, barrilha, fertilizante e trigo e concomitante buscar outras cargas, como o coque de petróleo. A estratégia deu certo e já podemos celebrar. Agora já estamos trabalhando a atração de novas cargas para 2020, como a Ilmenita, minério de ferro extraído de um jazida em Floresta, sertão pernambucano”, enfatiza Carlos Vilar, presidente do Porto do Recife. O açúcar foi o produto mais movimentado no mês de outubro. Seguido do coque de petróleo, fertilizante e do malte de cevada. Saíram do Porto recifense 42.335 toneladas de açúcar com destino a América do Norte e a África. O produto ajudou a alavancar a exportação que registrou um crescimento de 145%, no ancoradouro. No acumulado do ano já foram movimentadas 64.665 toneladas de açúcar a granel, o que representa um aumento de 17%, e 53.170 toneladas de açúcar ensacado, um crescimento de 130% na movimentação do produto. O coque de petróleo, combustível fóssil sólido, muito utilizado na siderurgia, foi o segundo produto mais movimentado em outubro. 30.875 (aumento de 6,6%) toneladas do produto saíram em navegação de cabotagem para o sudeste do país. De janeiro a outubro já foram embarcadas 193.837 toneladas de coque, o que representa um crescimento de 43% no acumulado do ano. O total de coque do ano passado foi de 135.725 toneladas. A importação do malte de cevada, matéria-prima do pólo cervejeiro de Pernambuco, concentrado em Igarassu e Itapissuma, também continua em franca expansão. Em 2018 não foi registrada movimentação do produto no mês de outubro, já no mesmo mês de 2019, 18.113 toneladas foram desembarcadas. No acumulado, 182.198 toneladas de malte já seguiram do ancoradouro recifense para a indústria cervejeira esse ano, um crescimento de 52% em relação ao ano passado e que já ultrapassa o total (148.543) de toda a cevada movimentada em 2018. Só agora em novembro mais 20 mil toneladas foram desembarcadas e a expectativa é que outras 19 mil toneladas cheguem em dezembro. “Até o final de novembro devemos receber mais 80 mil toneladas de produtos e em dezembro outras 145 mil. Se tudo acontecer como esperado, fecharemos o ano com a movimentação de 1 milhão e 400 mil toneladas, 14% a mais do que no ano passado” ressalta Carlos Vilar. Essa movimentação garante a manutenção de 1,3 mil empregos diretos ligados à carga e descarga de produtos no ancoradouro recifense, de acordo como Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Portuários. (Do Porto do Recife)

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Exportação de frutas cresce 18,3% nos primeiros meses de 2018

Nos dois primeiros meses do ano, produtores brasileiros exportaram 124,3 mil toneladas de frutas frescas e processadas para diversos países, um aumento de 14,4% no volume exportado em relação ao mesmo período de 2017. Quando se observa o valor arrecadado com as vendas, de US$ 98,1 milhões, o crescimento foi ainda maior, cerca de 18,3% em apenas um ano. Os dados são da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), entidade que representa um total de 53 associados, entre cooperativas, empresas e grupos regionais de produtores. O maior destaque entre as frutas exportadas no período é a laranja (fresca ou seca), cujo volume vendido ao exterior aumentou 96.380%, passando de 4 mil toneladas no ano passado para mais de 3,8 milhões de toneladas embarcadas nos últimos dois meses. Morango (394%) e banana (267%) também registraram forte crescimento nas vendas, em termos de volume. Apesar dos bons números do setor na exportação, apenas 2,5% de todo o volume de frutas produzidos no país é vendido para outros países. Mesmo sendo o terceiro maior produtor de frutas do mundo, com volume anual de 44 milhões de toneladas – atrás apenas de China e Índia – o Brasil é apenas o 23º colocado na lista dos principais exportadores. “Diferentemente de produtos como carnes, café e açúcar, com os quais estamos ao mesmo tempo na lista dos maiores produtores e dos principais exportadores, no setor de frutas, ainda temos esse desafio de crescer muito nas exportações”, explica Jorge Souza, diretor técnico da Abrafrutas. A União Europeia responde por 70% das cargas brasileiras de frutas, seguida pelos Estados Unidos (15%), e outras fatias distribuídas entre países da América do Sul e o Oriente Médio. Segundo Jorge Souza, há um potencial enorme de expansão para a Ásia, que concentra o maior contingente populacional do planeta, ainda pouco explorado pelos produtores de frutas do Brasil. “Não podemos vender ainda para a China, porque não temos acordo fitossanitário para nenhum tipo de fruta fresca para aquele país, mas já há tratativas em curso sobre isso”, revelou. Além das barreiras fitossanitárias, o protecionismo do setor está entre os desafios para ampliar as vendas externas dos produtores nacionais. “Do ponto de vista do ambiente de negócios, esses movimentos nacionalistas que temos visto em termos comerciais pode dificultar a abertura de novos mercados. No âmbito interno, é mais um trabalho de desenvolvimento da cultura exportadora do produtor”, disse o diretor técnico da Abrafrutas. De acordo com Souza, a maioria dos produtores brasileiros é formada de pequenos proprietários, o que demanda um processo abrangente de capacitação. Outro gargalo está na infraestrutura para escoamento da produção. “No caso das frutas, que são altamente perecíveis, os portos e aeroportos precisam estar mais bem preparados, com cadeia de frios, para garantir a integridade dos produtos”, afirma Jorge de Souza. O Brasil tem muita competitividade, disse Souza, com a exclusividade de produtos como açaí, castanha e frutos do cerrado. “Nosso país é reconhecido internacionalmente por produzir uma fruta muito doce e saborosa. Precisamos explorar essa potencialidade.” Em dezembro do ano passado, a Abrafrutas e a Agência de Promoção de Exportações (Apex-Brasil) assinaram convênio para a promoção de ações com o objetivo de aumentar as exportações de frutas. O acordo foi firmado há dois anos, e a meta é que as exportações de frutas brasileiras alcancem a marca recorde de US$ 1 bilhão até o fim de 2019. Com a ajuda da Apex, os produtores vão participar de feiras e missões e visitar outros países. (Agência Brasil)

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Combustíveis e veículos puxam a exportação de PE, no mês de fevereiro

Pernambuco registrou o terceiro melhor mês para as exportações nos últimos 12 meses, em fevereiro deste ano. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), o montante de US$ 163.000.660 só perdeu para os meses de outubro e maio de 2017, quando os resultados foram bem interessantes, registrando, respectivamente, US$ 229.700.937 e US$ 173.612.938 de vendas para o mercado externo. “O resultado do mês passado foi puxado, sobretudo, pelas altas na comercialização de combustíveis e veículos. Em relação a janeiro de 2018, as exportações destes produtos cresceram 32,6% e 135,8%, nesta ordem”, analisou o gerente de Desenvolvimento Empresarial da FIEPE, Maurício Laranjeira. No balanço geral do mês, no entanto, as vendas para o exterior apresentaram queda de 14,4% em relação ao mês de fevereiro de 2017. Agora, em comparação com janeiro de 2018, quando o Estado exportou a cifra de US$ 134.529.887, houve um aumento de aproximadamente 21,2%. Já as importações, apresentaram aumento de 17,7% em relação a fevereiro de 2017 (US$ 501.158.227) e queda de 36,2% em relação ao resultado apresentado em janeiro de 2018, quando importou US$ 924.852.814. Logo, a balança comercial local continua deficitária em US$ 1.217.093.073 no acumulado de 2018.

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