Arquivos Exposição - Página 3 De 11 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Galeria de Artes do Sesc Santo Amaro tem vernissage hoje

Um olhar reflexivo e inquietante sobre as relações de trabalho desde a época de colonização brasileira e o paralelo com o cenário atual. Com um questionamento sobre os novos e velhos modelos de escravidão, o artista pernambucano Márcio Almeida leva para a Galeria de Artes Corbiniano Lins, no Sesc Santo Amaro, a exposição “Nheë Nheë Nheë”, tem início hoje (10/07), às 17h, com acesso gratuito e curadoria de Beano de Borba. “É um paralelo em relação à questão do trabalho ocidental e ócio tropical e tem como base a interferência das religiões e as estratégias que os colonizadores usavam para catequisar os povos indígenas”, define o artista, que, durante residência no Usina de Arte Santa Terezinha, concebeu a exposição. O nome vem do tupi-guarani “Nhe”, que significa “fala”, e se amplia para acompanhar a mudança de significado que teve no decorrer do tempo e que, hoje, define “quem fala muito”. Serão quatro instalações, e duas delas são inéditas. Uma das novidades é “Nheë Nheë Nheë”, que leva o mesmo nome da mostra, e traz 13 peças criadas com galhos de oliveira, pás e ferro de cova que dão forma a ferramentas de trabalho. Na tarde de abertura, a artista e performer Flávia Pinheiro vai ungir com óleo de urucum as peças de uma ânfora de 1,5 metro quebrada para mostrar a soma de elementos religiosos e versar sobre a disrupção sobre entendimento de trabalho e cultura. A outra que será apresentada pela primeira vez ao público é “Nosso descanso é carregar pedras”, que utiliza cartões de ponto pintados com aquarela em formato de pedras. As duas demais são “Waiting for work” com uma série de dez fotografias reais retratando o descanso de funcionários após o intervalo do almoço, e “Truck Sistem”, que lança luz sobre a servidão por dívida. Por meio de mais de 30 papeis carbono coletados e grafados, Márcio pretende atentar para uma escravidão que se dá a partir de débitos da classe trabalhadora. Serviço – Exposição “Nheë Nheë Nheë” Quando: de 10 de julho a 28 de setembro Horário: 9h às 17h Informações: 3216-1728 Entrada: gratuita Endereço: Sesc Santo Amaro (Rua 13 de Maio, 455, Santo Amaro)

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MAMAM recebe exposição da artista Adriana Varejão

"Adriana Varejão - Por uma retórica canibal" é o título da exposição que o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) recebe a partir desta sexta (28), com evento de abertura às 19h. A mostra tem curadoria de Luisa Duarte e reúne 25 obras dos mais de 30 anos de trajetória da artista visual carioca. A visitação aberta e gratuita ao público começa neste sábado (29) e vai até 8 de setembro. O título da exposição faz referência ao vínculo da obra de Adriana Varejão com a tradição barroca. A retórica é uma estratégia recorrente do barroco, sendo um procedimento que busca a persuasão. Se o método rendeu obras e discursos suntuosos e exuberantes, a favor da narrativa cristã e do projeto de colonização europeu, a retórica canibal, ao contrário, se apresenta como um contraprograma, uma contracatequese, uma contraconquista. Trata-se de uma ruptura com as formas ocidentais modernas de pensamento e ação, em busca dos saberes locais, como o legado da antropofagia. Saem de cena o ouro e os anjos (tão presentes em igrejas barrocas no Recife e em Salvador), entram em cena a carne e toda uma cultura marcada por uma miscigenação por vezes violenta. Influência pernambucana “Desde os anos 1980, quando comecei a pintar e pesquisar sobre o barroco, tomei como referência várias igrejas do Recife. Algumas imagens sempre permaneceram dentro de mim e as carrego até hoje, como o altar da Basílica de Nossa Senhora do Carmo, a azulejaria do Convento de Santo Antônio, ou mesmo o teto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares. Todo esse repertório me ajudou a moldar minha linguagem", revela Adriana Varejão. De acordo com ela, outra lembrança marcante da passagem por Pernambuco foi uma visita à Feira de Caruaru. "Lá me deparei com as carnes de charque dobradas e cortadas em nacos, com sua superfície marmoreada. A partir daí, iniciei a série das Ruínas de Charque, que tenho desenvolvido até hoje. Esses e outros exemplos reiteram a minha emoção de estar realizando esta primeira individual no Recife, tão perto de algumas importantes referências”, conta a artista. A exposição "Adriana Varejão - Por uma retórica canibal" faz parte de um projeto que pretende descentralizar o acesso à criação da artista, realizada entre 1992 e 2018. Trata-se de um conjunto significativo de sua produção, que inclui trabalhos seminais como Mapa de Lopo Homem II (1992-2004), Quadro Ferido (1992) e Proposta para uma Catequese, em suas Partes I e II (1993). A mostra vai ocupar todas as salas do MAMAM, equipamento cultural mantido pela Prefeitura do Recife. No andar térreo, o público poderá ver a instalação em vídeo Transbarroco (2014). Nos demais andares, as outras obras serão dispostas junto com um conjunto de textos curtos, que descrevem e contextualizam cada uma delas, funcionando como ferramenta de mediação com o visitante. SERVIÇO Adriana Varejão – Por uma retórica canibal Abertura: 28 de junho de 2019 (sexta-feira), 19h às 22h. Visitação: 29 de junho a 8 de setembro de 2019. Terça a sexta, 12 às 18h. Sábados e domingos, 13 às 17h Onde: Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães / MAMAM Rua da Aurora, 265. Informações: (81) 3355-6870 Quanto: Gratuito Classificação indicativa: Livre

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O mundo cru e simples de Maurício Arraes em “O Silêncio do Bairro”

Em 41 anos de trajetória nas Artes Plásticas, Maurício Arraes segue em constante aperfeiçoamento e renovação. Nesta terça-feira (04/06), ele inaugura em vernissage para convidados a sua mais nova exposição na Arte Plural Galeria - "O Silêncio do Bairro" com 32 quadros que refletem sobre uma arte crua, sincera e enxuta, que comunica a melancolia de espaços vazios e pessoas quase invisíveis do cotidiano. O artista comenta que a exposição vem sendo gestada há aproximadamente três anos, época em que realizou sua última exposição. De lá prá cá, paisagens de bairros periféricos do Recife, além de contextos do Agreste e do Sertão, o inspiraram a apresentar cenários de uma forma diferente. "O subúrbio e a periferia sempre foram temáticas da minha pintura. Mas agora, essa influência caminha para imagens mais silenciosas e reflexivas, menos ruidosas", explica ele. Entre pinturas em tinta acrílica e desenhos, ele expõe desde quadros menores, de 30x60cm, até painéis de 1,70x1m. Nas telas vê-se paisagens bucólicas, placas com dizeres banais, animais de rua, centros urbanos quase desertos, paredes e estruturas de construções, figuras humanas em momentos corriqueiros, aparentemente irrelevantes, mas que revelam sentimentos e sensações. Tudo isso fruto da mente criativa do artista em sua interação com o mundo, na tentativa de questionar a poética do dia a dia. "Foi um processo de construção lento. É uma pintura cujo ponto de partida é mais fruto da criação da mente do que da observação. São várias cenas cotidianas que inspiram a cena de apenas um quadro”, comenta Maurício. Júlio Cavani, que faz a curadoria da mostra, classifica que a produção de Arraes vem tomando novas proporções, abrindo margem para reflexões a nível artístico e social. Com base no que vê, pensa e sente, o artista exprime na pintura um universo de sensações que tem o silêncio e o vazio como pontos de partida. "O Silêncio do Bairro" abre ao público geral a partir de 05 de junho e permanece em exposição na Arte Plural Galeria até 10 de agosto, com entrada gratuita. SERVIÇO: Exposição "O Silêncio do Bairro", de Maurício Arraes Estreia: terça-feira, 04 de junho de 2019, às 19h (vernissage para convidados) Visitação pública de 05/06 a 10/08, sempre de terça a sexta-feira, das 13h às 19h, e aos sábados das 14h às 18h Local: Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 - Bairro do Recife) Entrada gratuita. Mais informações: (81) 3424-4431

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Raoni Assis expõe em Lisboa

O artista visual recifense, Raoni Assis, abre sua primeira exposição fora do país, no próximo dia 6 de junho, em Lisboa, Portugal. Intitulada MARGINAL, a exposição de Raoni apresenta seu traço marcante e cheio de cores em desenhos de aquarelas, poscas e canetas sobre papel. A arte reconta a história, reinventa as caravelas e Pernambuco desbrava Lisboa. Para Raoni, o olhar sobre as coisas é cheio de vícios, por isso, o momento é de mudar o ângulo. Hoje, é do Brasil que se diz terra à vista, “Quero observar e repensar minhas perspectivas. Ver de outros pontos. Não quero me olhar no espelho. Aliás, não quero nenhuma troca com espelhos. Estou voltando, carregando na bagagem umas ideias para trocar e outras possibilidades”, explica. Algumas das obras são explicitamente associadas pelo artista a textos como “O Soneto do Desmantelo Azul”, de Carlos Pena Filho, “O Cântico Negro”, de José Regio, e “As três Flores da Esperança", do subcomandante Marcos. A exposição ficará em cartaz na Fábrica Braço de Prata - centro cultural que ocupa as instalações de uma antiga sede militar, entre os dias 6 de junho e 3 de julho próximo. Sobre Raoni: Raoni é formado em Publicidade e já realizou dezenas de exposições individuais e coletivas no Brasil, ações urbanas e oficinas, além de ter trabalhos publicados em revistas, jornais, discos e livros. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão o cartaz oficial da Sede Recife para Copa do Mundo da FIFA - Brasil 2014; a ilustração “Urro do boi no alto da serra” como trabalho de estreia do Cow Parade na Região Nordeste (2017), realizado em Recife; e criação da identidade visual da decoração do Carnaval de Olinda de 2016. No audiovisual escreveu e dirigiu os curta-metragens Hotel do Coração Partido e Gaivota, além de ter participado de vários outros projetos. Idealizou e coordenou A Casa do Cachorro Preto, em Olinda, espaço de confluência da arte em Pernambuco. Atualmente coordena ações na Casa BALEA. Seu portfólio pode ser acessado através do site: https://behance.net/raoniassis Sobre a Braço de Prata: A Fábrica Braço de Prata é um centro cultural, que ocupa as instalações da sede da antiga Fábrica Militar de Braço de Prata, em Lisboa. O centro cultural foi criado em junho de 2007 e inclui uma livraria, salas de exposições, salas de cinema e teatro e sala de espetáculos musicais. Endereço Rua da Fábrica de Material de Guerra, 1, 1950-128 Lisboa.

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Exposição celebra 15 anos do Baile do Menino Deus ao ar livre

Desde de 2004, a beleza da peça Baile do Menino Deus - Uma Brincadeira de Natal, que é considerada uma das principais da dramaturgia pernambucana, transformam o Marco Zero, no Bairro do Recife, em uma grande celebração do nascimento de Jesus. O espetáculo tornou-se também tradição deste período no Estado. Assinado por Assis Lima e Ronaldo Correia de Brito, a exibição será realizada ao ar livre, de 23 a 25 de dezembro, a partir das 20h, na Praça do Marco Zero. E para comemorar a 15ª edição do festival no Marco Zero, serão realizadas rodas de conversa e uma exposição comemorativa na Associação Comercial de Pernambuco na Praça do Marco Zero, que ocorre dos dias 16 a 25 de dezembro. O evento conta com figurinos criados por Marcondes Lima, e também com adereços que contam um pouco da história do espetáculo nesses 15 anos. A expografia foi criada por Sephora Silva e Marcondes Lima. As rodas de conversa acontecem nos fins de semana com os diretores e criadores do espetáculo. Serviço Exposição do Baile do Menino Deus Data: 16 a 25 de dezembro Local: Associação Comercial de Pernambuco na Praça do Marco Zero. Horário: Dos dias 16 a 22 de dezembro, das 10h às 19h. Dias 23 e 25 de dezembro, das 14h às 23h. No dia 24 de dezembro, das 14h às 20h Domingo -16/12 Hora: 16h Roda de conversa com Ronaldo Correia de Brito, Carla Valença, Arilson Lopes e Daniel Barros Sábado – 22/12 Hora: 16h Roda de conversa com José Renato Accioly, Sephora Silva, Marcondes Lima e Sandra Rino

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Exposição Natureza Gigante, no Riomar

Para educar e divertir as crianças neste mês de outubro, o RioMar Recife inaugura a partir do dia 6 de outubro, a exposição Natureza Gigante, que retrata de forma lúdica e interativa, com movimentos, curiosidades, ecologia e biodiversidade a importância dos pequenos habitantes da terra. Serão dez insetos animatrônicos, em exposição no Piso L3, com dispositivos robóticos desenvolvidos com o objetivo de reproduzir um ser vivo. Cada uma das espécies estão entre nós, em todos os lugares. Suas adaptações os permitiram viver nos mais diferentes ambientes da Terra, seja na água ou sobrevoando por aí. A atração alia conhecimento com diversão e demonstra a importância de cada inseto em seus diversos aspectos. Irá funcionar de segunda a sábado, das 14h às 22h, e domingos e feriados, das 12h às 20h. Os ingressos custam a partir de R$ 20 (meia entrada) de segunda a sexta-feira. O diretor da Smartmix Brasil, Lúcio Oliveira, responsável pela produção da exposição, explica que o gigantismo é o diferencial do evento. “A mostra retrata a natureza como se as pessoas tivessem encolhido enquanto os animais se tornaram gigantes. Isso tudo numa cenografia especial, que passa a impressão aos visitantes de estarem numa florestconclui Lúcio. A gerente de Marketing, Denielly Halinski diz que esta exposição, além de divertir, é uma verdadeira aula de ciência, ótima oportunidade para grupos de estudantes e seus professores tanto de escolas públicas como privadas. A mostra exibe: Formigas, Joaninha, Borboleta Azul, Besouro Rinoceronte, Vagalume, Louva-a-Deus, Centopeia, Gafanhoto interativo para fotos, além de dois de seus predadores, a Aranha Caranguejeira e o Escorpião Negro. A visita é guiada por monitores preparados para informar, divertir e acompanhar os visitantes de todas as idades. O evento também conta com ações interativas como encenação, realidade virtual , dentre outros. A Exposição conta com placas informativas sobre cada uma das espécies, retratando além de suas características, os diversos efeitos positivos que estes animais proporcionam aos seres humanos, nos fornecendo alimentos, consumindo materiais em decomposição melhorando o solo, ajudando na polinização das plantas e distribuindo sementes. Elas mostram que os insetos também podem ser usados no controle de pragas e até mesmo em alguns compostos usados em medicamentos. A produção fica a cargo da Smartmix Brasil, empresa com mais de 40 anos de mercado, pioneira em Entretenimento Familiar para shoppings. A empresa também é responsável por outras grandes exposições de sucesso que circulam pelo país, como: O Corpo Humano, Mundo Jurássico, Xperience – Ciência e Diversão, Supergames, Exposição Internacional Dragões, Mundo Marinho , Brinquedoteka, Mar – Mistérios e Aventura, Nave Planetária entre outros. Serviço Exposição NATUREZA GIGANTE Quando: de 06 de outubro a 04 de novembro de 2018 Onde: Shopping Rio Mar Recife – Piso L3 Horários: de segunda a sábado das 14h às 22h e domingos e feriados das 12h às 20h Promoções de pacote família - ingresso especial para grupos de 3 a 5 pessoas, desde que ingressem na exposição Ingressos: de segunda a sexta feira, R$ 20,00 (meia-entrada) e R$ 40,00 (inteira); sábados, domingos e feriados, R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 50,00 (inteira) Promoções de pacote família - ingresso especial para grupos de 3 a 5 pessoas, desde que ingressem na exposição juntos: Essas promoções não são cumulativas com outras que já existirem ou vierem a existir. Preços Pacote família promocional : SEGUNDA A SEXTA : 3 pessoas R$ 60,00 4 pessoas R$ 80 ,00 5 pessoas R$ 100,00 SABADOS, DOMINGOS E FERIADOS : 3 pessoas R$ 75, 4 pessoas R$ 100 5 pessoas R$ 125 Valores para grupos e Escolas Valor único - R$ 15,00 Venda de Ingressos especiais para grupos de no mínimo 30 pessoas. Visitas em horários diferenciados. Vendas e agendamentos pelo email: naturezagigante@lojadoshow.com.br / (81) 98699-7461

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Exposição Danger encerra domingo (30)

Domingo (30) é o último dia para conferir a mostra Danger, do artista visual francês Serge Huot, na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. A exposição gratuita, em cartaz desde julho, provoca uma reflexão sobre questões ambientais importantes a partir da ótica de quem está sobre uma prancha de surf. Trata-se de um conjunto de obras feitas a partir de restos de pranchas de surf, que relaciona a prática do esporte com temas ligados ao meio ambiente. Desde que o artista chegou ao Brasil, no final dos anos 1980, manifesta interesse pela relação entre homem, natureza e sociedade e também sobre o mundo urbano industrializado e o seu impacto no meio ambiente. Atualmente, Huot vive em Tambaba, litoral sul paraibano. Logo na entrada da galeria, centenas de pedaços de prancha espalhados no chão sugerem uma geografia do lixo, lembrando o desenho dos continentes e as toneladas de plásticos e diversos outros materiais que dizimam a vida nos oceanos. Já no primeiro andar da galeria, o público é recebido por esculturas que parecem criaturas feitas de pedaços de prancha, entidades que resignificam e devolvem vida ao lixo. A mostra também apresenta gravuras em papel fotográfico, que retratam corpos de surfistas e pessoas próximas a Huot, carimbados com tinta, revelando texturas que parecem sugerir uma cartografia humana e afetiva. A exposição conta ainda com vídeos que fazem ecoar e imperar dentro da galeria o barulho da água e o ritmo soberano da natureza. As obras e instalações expostas da galeria foram feitas com materiais doados por surfistas conhecidos e coletadas por Huot desde 2013. “Meus trabalhos com as pranchas são metáforas da ausência do surf, mas também podem se referir a outras maneiras de contato das pessoas com essa parte oceânica da natureza, cada vez mais afetada pelas inúmeras formas de exploração comercial e industrialização desordenada”, comenta o artista. Para a curadora Valquiria Farias, há nas obras de Danger a referência ao surf como “relação ideal” entre o homem e a natureza. “O corpo está imerso nesse jogo ideal, eleva seu pensamento ao ritmo de uma onda preexistente. Por outro lado, há a fatura que liga essas obras a uma crítica real do consumo em que o próprio surf não está incólume”. Ainda segundo ela, Serge Huot procura mostrar esses dois momentos ao reunir restos de pranchas recortadas e retrabalhadas por ele em diversas situações. Além disso, as noções de acúmulo e efemeridade das coisas, recorrentes na produção do artista, fazem referência às noções apregoadas pelo novo realismo francês, principal influência do artista. Serviço Danger - Exposição do artista Serge Huot Visitação: até domingo, 30 de setembro de 2018 Horário: Quarta a sexta-feira, das 12h às 20h; Sábados, das 14h às 20h; Domingos, das 15h às 19h Local: Galeria Janete Costa – Parque Dona Lindu Entrada gratuita Informações: 3355-9825 ou galeriajanetecosta@gmail.com

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Alexandre Dacosta inaugura no MAMAM a exposição Autopoese

Advindo da Geração 80, Alexandre Dacosta, artista visual, cineasta, compositor, músico, ator e poeta, apresenta pela primeira vez seu trabalho na cidade do Recife, em exposição individual no MAMAM – Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães. AUTOPOESE reúne obras visuais diversas do artista, que vale-se do humor e da crítica nas suas produções. Uma mostra que abarca todos os andares do Museu, reunindo dezoito anos de atividade do artista com a linguagem poética-visual. São poemas-objeto, poesias gráficas e vídeos que fazem parte de seus livros autopoese, lançado em forma de E-Book pela editora Lacre em 2018, [tecnopoética] (e Editora 7 Letras em 2011) e do Livro-CD ADJETOS - com dezoito canções para esculturas (Editora 7 Letras 2011). São 60 obras tridimensionais e 12 vídeos poéticos-experimentais de curta duração que serão exibidos numa das salas do museu. Na exposição, realizada sob a curadoria de Joana D’Arc, o público poderá conferir os diversos materiais usados pelo artista: “Rãdiografia”, uma caixa de luz de médico com o raio-x de uma rã com o poema: “a rã coaxa ao rés do brejo parco/acha que chá de sumiço é mergulho no charco” - “Furor”, um alvo de tiro de 70 centímetros de diâmetro em que as letras que formam, Furor e Fulgor, aparecem como tiros - “Atrorretrato”, um porta-retrato digital com 16 fotos 3 X 4 do artista de várias épocas, que se sucedem com versos, formando um poema-confissão: “se meu atro dentro incomoda/a sombra do outro me acomoda. “Vi...Aturas?”, uma traseira de carro com a frase composta de diversas letras de marcas automotivas: “Toda Via Atura Milhas e Marcas de Supérfluas Viaturas” - “Cérebro”, uma caixa com 20 chaves diferentes, uma para cada região da nossa massa encefálica - “Lubrificalma”, um recipiente de plástico, cujo produto interno quando ingerido limpa e renova a alma, dizem os dois rótulos aplicados. Também as poesias gráficas de Alexandre estarão ampliadas em chapas de PVC, com textos inseridos em diagramas, fluxogramas e em divertidos desenhos técnicos de aparelhos eletrônicos e maquinários diversos, bem como, placas antigas de preço com letras aplicadas, utilizadas em padarias e botequins, e pequenas placas de aviso inusitadas e desorientadoras estarão distribuídas por todo o espaço do Museu. No setor educativo do MAMAM, um tablet estará disponível para o público acionar o E-Book Autopoese e o álbum Antimatéria com 13 canções do artista lançado no ano passado. E Fragmentos da “Rádio Varejo” serão ouvidos junto com os vídeos da exposição - arte sonora que Dacosta está gravando desde 2016, que já conta com 2 horas ininterruptas de áudio-poemas, canções, textos e sons experimentais. Na inauguração desta exposição serão apresentadas ao vivo a série Participatura - Metodologia do Espontâneo, composições musicais de Alexandre Dacosta, cujas partituras-vídeo são projetadas para os músicos interpretarem a escritura visual-musical ao vivo. Serão tocadas 2 “canções insinuativas”: "Em Raios Fúlgidos“ para trombone e "Bolor" para fagote com os músicos pernambucanos. Essas duas peças já foram executadas em concertos no Rio de Janeiro e Montevideo / Uruguai. Alexandre escreve na introdução do seu E-book: “Alguns poemas-objeto não comportam textos, frases, palavras, apenas uma estranha fisionomia, que à primeira vista, pode deixar o expectorante espectador em sentido de interrogação. A chave está no título, que deflagra a fagulha da ignição e liga a engrenagem do motor de uma forma diversa do olhar. (...) “Página a página, com a materialidade física dos poemas-objeto e a impalpabilidade das poesias gráficas, procuro criar um vínculo intrapessoal de incursão do leitor em um espaço cósmico cômico onde o requintado adorno do humor se insere de maneira a particularizar o campo focal: vista aérea de um amplo mapa que representa um autoterritório, um autoplaneta, um autouniverso, uma área útil de sensível exploração filosófica do pensamento”. O poeta e crítico de arte Ferreira Gullar definiu o trabalho de Alexandre Dacosta em edição do jornal A Folha de São Paulo em 6 de janeiro de 2013: “São criações de gratificante originalidade, em que o artista mescla objetos, cores, palavras e signos visuais, postos todos a serviço de um senso de humor que explora o nonsense. Ao contrário de outros artistas que tentam impor-se pelo gigantismo das obras, Alexandre inventa pequenos objetos, à vezes ‘máquinas inúteis’, à La Picabia. (...) Ele define seus objetos como “inutensílios capazes de deslocar a percepção para uma invertida reflexão do cotidiano”. Trata-se de uma das manifestações mais inteligentes e criativas dentre as que vi ultimamente nesse gênero de arte”. “Alexandre Dacosta é personagem fundamental no redesenho da imagem do artista na arte brasileira pós-80, em sua demarcação consciente de uma performatividade dessa imagem (talento pós-mídia): provoca, pois, uma recepção pública mais complexa e desestabilizadora, ao promover ações em campos, gêneros e áreas contíguas – para ele, não há sentido advogar por qualquer adjetolândia artificial e falsamente consagradora, já que também atuar como artista requererá, sempre, a encenação em camadas de um jogo intenso, próximo do fogo” - Ricardo Basbaum - artista visual e escritor. Alexandre Dacosta (Rio de Janeiro - 1959) Professor do Curso Fundamentação e de Práticas Artísticas Contemporâneas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage / RJ (2011-2016). Realizou 18 exposições individuais, RJ/SP e Montevideo - Uruguay, e mais de 100 coletivas no Brasil e no exterior. Recebeu 2 prêmios de pintura: IBEU (1985) e Secretária de Cultura no XVIII Salão de Belo Horizonte MG (1986). Em 1981 cria com Ricardo Basbaum a “Dupla Especializada” e dois anos depois o Grupo 6 Mãos, com Basbaum e Barrão. Integra o Grupo 8 Pés, que vestidos de garçons, fazem intervenções em vernissages. Como cantor, músico e compositor produziu o álbum “Antimatéria” (2017) com 13 canções autorais que estão nas plataformas digitais de música e o CD Livro ADJETOS (2011) com 18 canções para esculturas/objetos, além de fazer trilhas sonoras para filmes e peças de teatro. Criou com sua mulher Lucília de Assis a dupla performática de cantores e compositores “Claymara Borges e Heurico Fidélis" e gravou os CDs "Cascata de Sucessos/1992 Leblon Records e “Pirata Ao Vivo”/2003. Como diretor e roteirista produziu

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Toda a beleza mascate do Centro em cartaz no Murillo La Greca

Entre ruas apertadas, construções antigas, generosos tabuleiros e ruidosos comerciais de quase tudo, o centro da mascate capital pernambucana ferve, bem abaixo da inequívoca revoada de pombos. Para retratar as formas que a cidade assume em sua sina de seguir e revelar as belezas, paisagens e histórias que o cotidiano se apressa em esconder, estreiou nesta quinta-feira (13), no Museu Murillo La Greca, a exposição {Centro} o design do dia a dia, com curadoria, concepção, pesquisa, som direto e expografia do designer Arthur Braga.   A primeira mostra do artista na cidade traduz a “muvuca” do centro em artefatos, personagens, fotos e vídeos, tudo junto e misturado. “O acervo conta com 31 fotos, feitas hoje, por Jão Vicente e ontem, por Liêdo Maranhão, além de 18 placas confeccionadas por Carioca, letrista que atende os comerciantes do Centro, e dos tamboretes de Quinha, um dos muitos artistas ambulantes da cidade, que faz bancos misturando materiais descartados”, conta Arthur Braga. Recifense e fascinado pela efervescência do Centro desde que se entende por gente, Arthur também levou para dentro do museu os sons e rostos apressados, vultos das gentes que passam o dia inteiro passando por aquelas ruas, onde saberes e fazeres convergem. Na tentativa de retratar toda a riqueza que ocupa aquele entorno, captou imagens e áudios, entrevistou ambulantes, parou as pessoas e ouviu suas histórias, dando vez e voz ao que muita gente nem consegue mais enxergar.  “Ao ocupar-se da linguagem dos artefatos, a partir de uma visão antropológica, o design busca observar as distintas relações criadas entre coisas e pessoas, percebendo o cotidiano de uma população que faz arte a partir do improviso, que faz muito a partir do pouco, que faz de sua labuta diária o cenário ideal para a produção espontânea de artefatos que insistem em passar despercebidos por nós diariamente”, diz Braga, sobre a cidade invisível que se revela arte na exposição, gratuita e aberta ao público, em cartaz no Murillo La Greca. A direção de arte é de Sara Régia. A mixagem e masterização, de Fabrício Amaral. Rômulo Vieira e Rodrigo Pinheiro assinam a montagem. A impressão fotográfica é do Estudio 81. A mostra fica em cartaz até o próximo dia 11 de outubro.   Serviço Exposição: {Centro} o design do dia a dia  Visitação:14 de setembro a 11 de outubro Horário: Terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Sábados, das 15h às 18h Local: Museu Murillo La Greca, na rua Leonardo Bezerra Cavalcante, 366, Parnamirim Entrada Franca

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Bate-papo sobre a exposição Hermes de Bruno Vilela

No próximo dia 31 de agosto, às 18h30, a Galeria Amparo 60 promove um bate-papo especial, intitulado Arte e memórias arquetípicas, sobre a exposição Hermes, de Bruno Vilela, em exibição desde o fim de julho. A galerista Lúcia Santos e o artista vão receber a terapeuta sistêmica e consteladora Ana da Fonte, referência importante no método Hellinger da constelação, que resgata a "Ancestralidade", tema base da pesquisa de Vilela nesta mostra. Segundo o artista, a relação da arte com a psicanálise será o ponto central da conversa. “Ana vai mostrar que arquétipos, interpretação de sonhos, mitologia e os deuses são representações de características humanas usadas como bases científicas no tratamento no consultório”, explica vilela. O evento é gratuito e aberto ao público. A exposição Hermes marca os 20 anos de carreira do artista, que estava há quatro sem expor no Recife. Esta é a primeira exposição em que Vilela integra desenho, pintura, fotografia e estudos, funcionando como uma grande instalação. As obras são costuradas por textos nas paredes, símbolos e ícones ressignificados pelo artista. Para inspirar essa série de trabalhos o artista se lançou numa pesquisa sobre o hermetismo. É por volta de 2.600 a.C. que surgem os primeiros registros do Hermetismo na história. Incorporados pelos egípcios na figura do Deus Toth, Hermes Trismegistos, o três vezes grande, é Mercúrio na mitologia romana. O semideus que tem a capacidade de levar o conhecimento do divino aos homens. “A figura de Hermes aparece até em igrejas católicas. Existe um mosaico da lendária figura numa catedral em Siena. A lenda diz que Hermes passou o conhecimento a Abraão e desde então todas as religiões têm fundamentos nos princípios herméticos. Do hermetismo surge a alquimia e dela os grandes arquitetos e artistas do renascimento que eram alquimistas”, conta Bruno. A grande obra do hermetismo é o Caibalion. Um pequeno livro com pouco mais de 120 páginas que elabora as sete leis herméticas. Na realidade a alquimia é a arte da transmutação. E a tão falada pedra filosofal é o conhecimento que transforma chumbo, pensamentos e sentimentos grosseiros, em ouro, elevação espiritual e iluminação. O hermetismo nada mais é que uma grande ciência, religião e arte, através da qual o homem aprende o caminho para a evolução. Através da pesquisa desses princípios, Bruno Vilela criou obras que revelam visualmente o conhecimento do grande mestre. São pinturas, desenhos e fotografias que surgem de um profundo mergulho no hermetismo. “As escrituras falam que Deus, O TODO, é indizível e incognoscível. A arte tem então a vocação de mostrar justamente o que não se consegue explicar com palavras”, destaca. A figura de Hermes abre a exposição na fotografia de uma escultura numa fonte. Espécie de oráculo que representa a conhecida citação do Caibalion: “Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto para os ouvidos do Entendimento. Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para os preencher com a Sabedoria.” A segunda obra tem como título mais uma citação do Caibalion: O Todo está em tudo. Tudo está no TODO. Um grande motor numa fábrica, feito de carvão e tinta acrílica, tem uma auréola que sai da sua grande roda. A sacralização e a possibilidade de se ver o criador em qualquer lugar. O grande motor criador do universo. A primeira obra do salão principal é uma fotografia de grande formato da asa de um avião. O Mensageiro faz referência as asas nos pés de Mercúrio. No céu vemos o Circumponto, antigo símbolo asiático que representa o sol e o universo, utilizado para meditação, feito de folha de prata, através de uma intervenção na fotografia. Ao lado surge o caduceu de Hermes, ressignificado através de duas fotografias e uma intervenção na parede, 2.600 a.C. é um díptico feito de uma imagem de uma Pirita, mineral que tem a propriedade de ser um amuleto que atrai prosperidade e elimina nós energéticos. Essa, em especial, foi fotografada pelo artista no Museu do Minério, em Belo Horizonte (MG), e tem o incrível formato de asa. A fotografia é replicada, espelhada e separada por um desenho feito a carvão na parede. Duas serpen tes sobem em direção ao teto e são feitas das digitais do artista. O princípio da Transmutação dá título à obra seguinte. O leão de São Marcos recebe asas e também tem o papel de levar o conhecimento dos céus a nós mortais através do livro sagrado em suas patas. O espaço representado pela auréola e círculos ao redor de sua cabeça são os infinitos anéis do universo. O leão é feito de óleo e carvão. Na outra parede,  vemos uma grande montanha pintada a óleo. A obra tem 150x200 cm. No cume paira um triângulo em perspectiva feito de folha de prata. A montanha representa  O TODO das leis herméticas. Deus. O incognoscível. O triângulo ascendente é o céu. O triângulo descendente a terra. Os dois juntos formam a estrela de Davi. O casamento do Céu e do inferno escrito por William Blake. Os mesmos triângulos aparecem no teto e no chão da galeria com as frases: O que está em cima...É como que está embaixo. No centro da parede temos uma fotografia. É o ateliê de Burle Marx no seu sítio, no Rio de Janeiro. A composição mostra claramente um templo. Orientalismo foi um movimento do século XIX na pintura e dos anos 30 aos 60 no cinema regido pelas cores do Technicolor. Vemos o templo do mestre, de Hermes, perdido num delírio tropical entre as palmeiras. A última obra da parede tem por título também uma das leis herméticas: O que está em cima é como o que está em embaixo. O templo de Delfos na Grécia aparece como que mergulhado num mar escarlate. São as pálpebras dos olhos saturadas pela luz solar. Nesse templo, o oráculo falava aos humanos as palavras dos deuses através dos gases que saiam da terra e deixavam as sacerdotisas em transe. Também uma ligação, religação, religião, do céu com a terra. Do homem com

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