Arquivos Exterior - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

exterior

navio lego exportacao 768x432.jpg 1

Pequenos negócios, porém exportadores: mercado internacional no horizonte

Apesar das barreiras para levar seus produtos e serviços para o exterior, na última década mais empresas pernambucanas de pequeno porte começaram a atuar no mercado internacional *Por Rafael Dantas Já imaginou circular em Buenos Aires em um veículo fabricado em Goiana, comprar uma frutinha num supermercado norte- -americano que foi colhida em Petrolina ou mesmo encontrar uma toalha de mesa confeccionada em Salgadinho em uma loja portuguesa? Mesmo com uma economia ainda um tanto fechada, Pernambuco, desde 2014, exporta mais do que importa. Embora o maior volume e faturamento envolvido nesses números seja das grandes empresas, há um movimento para estimular os pequenos negócios a também acessarem o mercado global. Direto da pequena cidade de Salgadinho, no Agreste Pernambucano, que tem menos de 6 mil habitantes, Letícia Martins comemora a primeira exportação da CoopMulheres (Cooperativa de Costura Bordado e Confecção de Salgadinho). Com a marca Fios de Ouro, lençóis, guardanapos, toalhas e fronhas atravessaram o Oceano Atlântico para entrar na vitrine de uma loja portuguesa. As peças bordadas chegaram a ser expostas também em Paris. “Fizemos a primeira exportação neste ano. Nossa expectativa é de fazer mais. Conseguimos enviar nossos produtos a partir de uma consultoria e da parceria com outra empresa. Não tem como comparar o mercado. Além do faturamento, é uma venda importante para que essas mulheres sintam a importância do bordado delas saindo do interior do Estado”, afirmou Letícia, que é presidente da cooperativa que reúne 20 cooperadas e gera serviço para aproximadamente 30 bordadeiras. A entrada das peças bordadas no mercado português permite a venda dos produtos por uma margem bem maior que a praticada em Pernambuco, além de representar um portfólio importante para a CoopMulheres. “Tivemos uma pequena mostra em Paris, em um desfile, dos nossos produtos. Nossa ideia agora é de expansão, ganhar o mercado de hoteis de luxo com os produtos de cama, mesa e banho, além de acessar lojas de artesanato que valorizam a cultura brasileira”, conta Letícia. De acordo com dados da Secex/MDIC (Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), os MEIs, micro e pequenas empresas pernambucanas representam em 2024 quase um terço (31%) do total de corporações que fazem exportações no Estado. Apesar de percentualmente ser um número relevante, a verdade é que a minoria dos negócios locais conseguem ultrapassar as fronteiras, especialmente quando comparados a outros estados da região e à média nacional. “Neste mesmo ano, 2024, a participação de MEI, micro e pequenas empresas nas exportações brasileiras representou 41% do total de empresas, contabilizando 11.456 dos 28.524 CNPJs exportadores. Importante comentar que, em relação aos Estados da Bahia, Ceará, e Paraíba, Pernambuco possui a menor participação de MEIs e MPEs nas exportações”, compara João Canto, vice-presidente do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia). Os números são também da Secex/MDIC. Apesar disso, a tendência dos últimos anos foi de avanço. Em 2023, último ano fechado, 91 empresas desse porte (MEIs, micro e pequenas) do Estado faziam exportações. Em 2019, antes da pandemia, apenas 50 dessas empresas tiveram a experiência de levar seus produtos made in Pernambuco para fora do País. Entre 2018 e 2023, a tendência, portanto, foi de aumento da participação dos pequenos negócios. “Nota-se uma curva ascendente a partir de 2019, refletindo um movimento de crescimento na quantidade MEI, micro e pequenas empresas no quantitativo de exportadores”, afirmou João Canto. A única exceção nesse período foi justamente entre os anos de 2022 e 2023, quando a presença de empresas desse porte nas exportações teve uma oscilação negativa de 2%. A falta de cultura exportadora e as dimensões do mercado nacional são alguns dos fatores que justificam que as empresas locais tenham menos ambição de chegar ao consumidor internacional. “O que se percebe é que os pequenos negócios não têm uma cultura exportadora. Eles entendem que as exportações são mais para grandes empresas, não veem o mercado externo como uma oportunidade, mas é uma excelente oportunidade para vários segmentos”, avalia Jussara Siqueira, analista do Sebrae-PE. O que também acaba desestimulando investir no mercado internacional é o fato de o próprio Brasil oferecer enormes possibilidades de consumo interno. “Normalmente, esses pequenos produtores quando querem estar além de Pernambuco acabam comercializando para outros Estados do Nordeste ou mesmo outras regiões dentro do País. Isso contribui para que a cultura exportadora não seja tão buscada”. Para quem já atravessou as fronteiras, vencer as barreiras burocráticas de acesso aos principais mercados do mundo é um dos fatores relevantes. “As pequenas empresas locais enfrentam várias barreiras para exportar, incluindo o conhecimento limitado sobre os processos de exportação e os requisitos legais, o que torna difícil a adaptação às normas internacionais”, afirma a coordenadora do CIN (Centro Internacional de Negócios) da FIEPE (Federação das Indústrias de Pernambuco) Sthefany Miyeko. Além disso, a própria exigência de padrões de produção e certificações entra no pacote de desafios a serem superados para quem deseja ver seus produtos saindo do Brasil. “Essas empresas têm acesso restrito a financiamentos e apoio financeiro, o que compromete os investimentos necessários para adequar seus produtos aos padrões exigidos por mercados externos. Essa adequação a normas e certificações internacionais exige investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Por fim, os altos custos logísticos impactam diretamente a competitividade dos produtos no exterior, tornando mais difícil competir em mercados distantes”, reforça Sthefany Miyeko. O diretor de gestão estratégica do NTCPE (Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco), Wamberto Barbosa, afirma que o Brasil tem uma grande participação na importação no seu setor, mas a exportação ainda é muito pequena. “Essas empresas historicamente encontram obstáculos em acessar o mercado exportador por questões de dificuldade de logística, gestão, infraestrutura e capital para investimento”. Ele destacou ainda que as legislações do setor têm elevado as exigências para acessar o mercado internacional. “Isso, sem dúvida, é mais um desafio para o mercado brasileiro”. BENEFÍCIOS INTERNOS E POTENCIALIDADES O primeiro benefício mais óbvio para quem consegue exportar é aumentar o faturamento, especialmente conquistando maiores margens de lucro se

Pequenos negócios, porém exportadores: mercado internacional no horizonte Read More »

"Pernambuco tem um grande potencial de exportação no setor têxtil"

Conversamos na entrevista de hoje da Coluna Gente & Negócios com Edmilton Ribeiro. Ele é despachante aduaneiro federal e consultor internacional com formação em Comércio Exterior. Atualmente Edmilton é o CEO da Ribeiro Aduaneiro e Consultoria Internacional e atua também como diretor executivo da Mundial Serviços Aduaneiros, além de ser também delegado e diretor de comunicação da Associação dos Despachantes Aduaneiros do Brasil. Ele fala nesta entrevista sobre a experiência de sua empresa na pandemia e sobre o potencial pernambucano no segmento de comércio exterior. Como a sua família entrou nesse segmento de mercado que é tão especializado? A minha família entrou no ramo de despacho aduaneiro através do meu avô, Sr. Humberto Nicolino. Ele foi despachante lá no Porto de Salvador, na Bahia. E naquela época, o despachante da bandeira era nomeado pelo Presidente da República, ao qual o meu avô foi submetido, teve, inclusive, essa honra. E depois disso, na minha família, a minha tia, Ana Nascimento, se tornou despachante através do meu avô. Em seguida foi minha mãe, Ângela Maria Nascimento. Alguns primos também já trabalharam no segmento. E eu segui a sequência da minha mãe. Comecei a trabalhar com isso no ano 2000 e logo me apaixonei pelo comércio exterior e venho operando como despachante aduaneiro, da forma mais completa de poder operar dentro das aduanas. Como a pandemia afetou a sua empresa em 2020? A pandemia veio exatamente em um momento que a gente estava numa crescente. A Ribeira Aduaneiro começou em 2018 e passamos por um ano muito difícil, como todo negócio para começa. Em 2019, a gente já tava com um crescimento consolidado. Chegou 2020, estávamos cheios de de expectativas de crescimento, alugamos uma nova sala, bem organizada, a equipe estava crescendo e em fevereiro veio a notícia da pandemia. Começamos a trabalhar no regime de home office. Como a minha empresa já era bem moderna, habituada a trabalhar nas plataformas digitais, em compartilhamento de arquivos e acompanhamento de processos, então a gente não sentiu muito para migrar para o trabalho de home office. Em 2018, na verdade, eu comecei trabalhando de home office. Então, foi muito tranquila essa transição. Como a gente já vinha de uma crescente, mesmo com a pandemia, como eu aproveitei esse momento para estudar mais sobre marketing digital e investir em divulgação e marketing. Dessa forma, aconteceu que a empresa continuou crescendo bastante mesmo em 2020. Hoje temos ainda uma quantidade pequena de empresas em Pernambuco que exportam. Qual a razão disso? Hoje em dia Pernambuco é um hub portuário e aeroportuário de importação. Tradicionalmente, ele tem esse perfil muito mais importador do que exportador. Ao que se justifica isso? Primeiro pela própria dinâmica do estado de empreendedorismo e comercialização. Muitos empresários daqui costumam ir comprar para revender. E a indústria importa bastante insumos também, inclusive na parte de granéis líquidos. E também pelo alto custo de se exportar aqui pelo Porto de Suape, é um dos portos mais caros que existe. Então as demandas de exportação de frutas, da produção do agronegócio, por exemplo, acabam indo parar no Porto de Salvador ou no Porto de Pecém. Tanto pela questão do custo de operação, como também pelas rotas. Os armadores preferem concentrar em alguns locais para ter uma rota direta, principalmente esses produtos que o Brasil exporta mais, que são da agricultura e precisam de prazos bem curtos. Esse momento de crise econômica é mais desafiador para novas empresas buscarem o mercado internacional? Ou essa é a hora de apostar nisso? Depende. O comércio exterior pode ser até uma solução a depender de qual o motivo daquela crise. Se, de repente, o mercado interno não tem demanda, o idela seria investir no mercado externo. E se tiver uma taxa de câmbio favorável, que é um outro fator importante, melhoram ainda as oportunidades para se exportar. E já no caso da importação, se tiver com a a taxa de câmbio muito baixa, aí já compensa realmente estar importando. As vezes pode acontecer no momento de crise que esteja faltando ofertas de produtos no mercado interno. Aí a solução é realmente importar para suprir essa demanda. Que segmentos da economia pernambucana ainda não explorados pelo mercado internacional tem maior potencial na sua opinião? O estado de Pernambuco tem um grande potencial na produção da indústria têxtil, ou seja, vestuário. Então, é uma área que eu acho que poderia ser muito mais explorada. Aqui se consegue fabricar os produtos da linha da indústria têxtil, de vestuário em geral, com custo baixo. Como são vários pequenos produtores, de repente se formasse uma cooperativa conseguiria fazer uma grande indústria, com grande potencial para exportação, porque tem qualidade e tem preço. . . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente rafael@algomais.com rafaeldantas.jornalista@gmail.com

"Pernambuco tem um grande potencial de exportação no setor têxtil" Read More »

Venda de produtos eletroeletrônicos com o exterior cresce mais de 15% em janeiro

A comercialização de produtos eletroeletrônicos com o exterior cresceu mais de 15% no mês de janeiro, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). As exportações do setor, no primeiro mês do ano, totalizaram US$ 407,9 milhões, um crescimento de 16,8% em relação a janeiro do ano passado. Na mesma comparação, as importações chegaram a US$ 2,93 bilhões, 15,3% acima das registradas no mesmo mês de 2017 (US$ 2,54 bilhões). Com o resultado, o déficit da balança comercial dos produtos elétricos e eletrônicos brasileiros somou US$ 2,52 bilhões em janeiro, 15% superior ao computado no mesmo período de 2017 (US$ 2,19 bilhões). “O déficit comercial dos produtos elétricos e eletrônicos deverá seguir trajetória de crescimento devido ao aumento da atividade econômica. Apesar das exportações terem aumentado 16,8%, o saldo da balança comercial apresentou maior déficit do que no ano passado devido à influência do aumento expressivo das importações”, destacou, em nota a Abinee. Segundo a entidade, o destaque para as vendas ao exterior ficou por conta de bens de informática (acréscimo de 90,1%), automação industrial (34,2%) e de componentes (20,3%). Nas importações, destacaram-se os componentes para telecomunicações (30%), semicondutores (21%) e eletrônica embarcada (21%). (Agência Brasil)

Venda de produtos eletroeletrônicos com o exterior cresce mais de 15% em janeiro Read More »

Gastos de brasileiros no exterior chegaram a US$ 2 bilhões em janeiro

Os gastos de brasileiros em viagens ao exterior chegaram a US$ 2,002 bilhões em janeiro deste ano. Esse foi o maior resultado desde janeiro de 2015, quando ficou em US$ 2,239 bilhões. Em janeiro de 2016, esses gastos ficaram em US$ 1,579 bilhão. Em todo o ano passado, os brasileiros gastaram US$ 19,002 bilhões, no exterior. O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, afirmou que esse aumento das despesas é consequência do aumento da renda e do emprego, em recuperação a partir do segundo semestre de 2017. Rocha disse que a melhora da renda dos brasileiros estimula a demanda interna e no exterior. As receitas de estrangeiros no Brasil ficaram em US$ 779 milhões no mês passado. Com esses resultados, houve déficit na conta de viagens, de US$ 1,223 bilhão, em janeiro. Nos dados preliminares deste mês, até o dia 22, a conta de viagens ficou negativa em US$ 649 milhões, com despesas de brasileiros no exterior em US$ 1,041 bilhão e receitas de estrangeiro em US$ 491 milhões. (Agência Brasil)

Gastos de brasileiros no exterior chegaram a US$ 2 bilhões em janeiro Read More »

Brasileiros gastam US$ 19 bilhões em viagens ao exterior, maior valor desde 2014

Os gastos de brasileiros no exterior em viagens chegaram a US$ 19 bilhões em 2017, informou hoje (26) o Banco Central (BC). A despesa é a maior desde 2014, quando foram gastos em viagens ao exterior US$ 25,6 bilhões. As receitas, ou seja, gastos de estrangeiros em viagens ao Brasil foram US$ 5,8 bilhões, menor que os gastos dos brasileiros. Com isso, o saldo em viagens ficou negativo no ano passado, chegando a um déficit US$ 13,2 bilhões. Trata-se também do maior saldo negativo desde 2014, quando essa conta fechou com um déficit de US$ 18,7 bilhões. Os dados das viagens internacionais fazem parte da conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) das transações correntes. No ano passado, os serviços fecharam com um déficit de US$ 33,8 bilhões, o maior desde 2015, quando chegou a US$ 36,9 bilhões negativos. "A maioria das rubricas de serviços têm apresentado crescimento de déficit, mostrando, de fato, que é disseminada uma maior demanda por serviços importados", diz o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha. A conta de serviços faz parte das transações correntes, ou seja, as contas externas do país, que em 2017 fecharam com saldo negativo. O déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo, ficou negativo em US$ 9,8 bilhões. O déficit, é o menor desde 2007, quando o país registrou saldo positivo de US$ 408 milhões. (Agência Brasil)

Brasileiros gastam US$ 19 bilhões em viagens ao exterior, maior valor desde 2014 Read More »

Gastos de brasileiros no exterior chegam a US$ 1,5 bilhão

Os gastos de brasileiros em viagens ao exterior chegaram a US$ 1,595 bilhão, em novembro, o maior para o período desde 2014, quando foi registrado US$ 1,715 bilhão no mês. Os dados foram divulgados hoje (20) pelo Banco Central (BC). Em relação a novembro de 2016, cujos gastos foram de US$ 1,204 bilhão, houve um crescimento de 32,5%. De janeiro a novembro deste ano, os gastos de brasileiros no exterior chegaram a US$ 17,378 bilhões, com aumento de 32,6% na comparação com igual período de 2016, que foram de US$ 13,105 bilhões. As receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil ficaram em US$ 485 milhões, em novembro, e em US$ 5,308 bilhões, em 11 meses. Com esses resultados, a conta de viagens internacionais ficou negativa em R$ 1,11 bilhão, em novembro, e em US$ 12,07 bilhões no ano. A projeção do BC para o déficit dessa conta permanece em US$ 13,5 bilhões, em 2017, e em US$ 17,3 bilhões, no próximo ano. (Agência Brasil)

Gastos de brasileiros no exterior chegam a US$ 1,5 bilhão Read More »

Programa vai levar startups brasileiras para vender no exterior

As pequenas empresas classificadas como startup vão ter oportunidades de vender as suas ideias no exterior, fechar acordos bilaterais ou negócios com a ajuda de profissionais do governo e do setor privado por meio do novo programa StartOut Brasil lançado na última sexta-feira, em São Paulo. Estão programadas quatro missões empresariais do gênero, a primeira prevista para dezembro em Paris. As demais estão programadas para maio (Berlim); julho (Miami) e novembro (Lisboa). O lançamento ocorreu com a participação de representantes dos ministérios das Relações Exteriores e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços; da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil); da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Para cada uma dessas inciativas serão selecionadas 15 startups. Os interessados que forem selecionados em processo licitatório contarão com consultoria especializada para se preparar para os negócios e as demais tratativas nos países programados que incluem visitas a empresas locais, incubadoras e aceleradoras, reuniões, encontros para investidores, e apoio pós-missão para definição de estratégia de internacionalização ou softlanding. O secretário de Inovação e Novos Negócios do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Vinicius de Souza , informou que os critérios de escolha levam em consideração entre outros itens o grau de inovação, a capacidade de integração dos projetos ao ecossistema e maturidade das empresas. “Muitas empresas têm tecnologia, mas falta experiência para negociar”, pontuou. A consultoria e o apoio, segundo ele, prosseguem após o retorno da viagem. A diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes, disse que “o programa vai identificar oportunidades, além da capacitação, a mentoria e consultoria especializada e voltadas de acordo com as especificidades de cada empresa”. Também presente ao ato, o embaixador Roberto Jaguaribe falou sobre a vantagem do programa "cada país tem um código de negócios”. Ele defende que o Brasil precisa recuperar espaços no mercado globalizado e que a China poderia ser um importante destino para essas iniciativas que podem render joint-venture (acordos comerciais), já que este país é “responsável“ por 30% do crescimento da economia no mundo". (Agência Brasil)

Programa vai levar startups brasileiras para vender no exterior Read More »

Estudantes de todo o país e do exterior mostram sua ciência no Recife

A partir desta quinta (09), 270 projetos científicos de estudantes e 30 trabalhos de professores estarão expostos no Shopping Paço Alfândega. É a 23ª edição da Ciência Jovem, feira internacional de Ciências que, anualmente, reúne o que de melhor é produzido nas escolas do país. Haverá trabalhos de todos os estados do Brasil, além de México, Paraguai, Chile e Colômbia. O evento acontece na quinta, sexta e sábado (09, 10 e 11), a partir das 10 horas. A Ciência Jovem é organizada pelo Espaço Ciência - Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado e promete atrair um público de mais de 10 mil pessoas. Os projetos são realizados por estudantes de escolas públicas ou particulares, em cinco categorias: Iniciação à Pesquisa, para Educação Infantil e Fundamental 1; Divulgação Científica, para alunos do Fundamental 2; Iniciação à Pesquisa, para estudantes do Ensino Médio; Desenvolvimento Tecnológico, para projetos do Ensino Médio que resultem em um produto; e Francis Dupuis, para trabalhos internacionais. Já os professores podem compartilhar experiências pedagógicas exitosas por meio da categoria Educação Científica, que inclui apresentação oral e exposição em banners. Para Antônio Carlos Pavão, diretor do Espaço Ciência, as grandes ideias surgem dos jovens, só é preciso que sejam estimuladas. “As Feiras de Ciência são uma revolução pedagógica. Elas fogem do modelo do professor que sabe tudo e repassa aos alunos. É um trabalho colaborativo em que as questões são lançadas para investigação e descoberta”, afirma Pavão. No caso da Ciência Jovem, as escolas são estimuladas a elaborar projetos durante todo o ano letivo, de forma articulada ao conteúdo curricular. “No início do ano, lançamos as pré-inscrições, que garantem um ponto a mais no resultado final”, explica Eulália Almeida, da coordenação da Ciência Jovem. Mais de 500 projetos se inscreveram e foram submetidos à análise da Comissão Avaliadora. Para a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo de Pernambuco, Lúcia Melo, o evento demonstra como a ciência é capaz de despertar o interesse de estudantes e da sociedade. “É uma oportunidade para disseminar o conhecimento científico, o que é fundamental para a segurança, autonomia e liberdade de uma nação", destaca. A qualidade dos trabalhos da Ciência Jovem pode ser comprovada pelos resultados obtidos em outros eventos. Os projetos premiados são credenciados para participar de outras Feiras Internacionais e boa parte deles garante destaque. É o caso do grupo de Limoeiro, que foi vencedor de Feira realizada no Rio Grande do Sul e segue para o México no ano que vem; ou do grupo de São Vicente Férrer que foi premiado no México e credenciado para feiras em Porto Rico e na Argentina. Outras iniciativas, como o aplicativo de combate ao Aedes Aegypti criado pelos estudantes de Jardim Brasil, chegaram a ser avaliadas por representantes do Ministério da Saúde, em Brasília, e Secretaria de Saúde do Estado, como alternativas de políticas públicas de Saúde. A avaliação dos trabalhos é feita por uma comissão com cerca de 150 profissionais especializados das universidades locais. Os resultados são divulgados no último dia da Feira, durante a cerimônia de encerramento, que tem início às 15 horas. SERVIÇO: 23ª CIÊNCIA JOVEM Dias 9, 10 e 11 no Shopping Paço Alfândega De 10h às 18h Cerimônia de Abertura – 09/11, 14h Cerimônia de Encerramento – 11/11, 15h

Estudantes de todo o país e do exterior mostram sua ciência no Recife Read More »

Gastos de brasileiros no exterior aumentam 32,6% em setembro

Os gastos de brasileiros no exterior chegaram a US$ 1,716 bilhão, em setembro, e acumularam US$ 14,145 bilhões nos nove meses do ano, informou ontem (26) o Banco Central (BC). Os resultados superaram em 32,6% e em 15,9%, respectivamente, os gastos registrados em iguais períodos de 2016. As despesas mensais foram as maiores para o período desde setembro de 2014, quando ficaram em US$ 2,377 bilhões. O chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Renato Baldini, explicou que o dólar mais barato que no ano passado estimula as viagens ao exterior. Ele acrescentou que a recuperação da economia ainda é gradual e deve influenciar as viagens ao exterior ao longo do tempo. “A recuperação da atividade é um fator que justifica o aumento dos gastos com viagens, mas a taxa de câmbio é um fator mais determinante”, disse. Baldini disse ainda que não se espera grandes variações na taxa de câmbio nos próximos meses. Já as despesas de estrangeiros em viagem no Brasil ficaram em US$ 407 milhões, em setembro, e em US$ 4,360 bilhões de janeiro ao mês passado. Com os gastos de brasileiros no exterior maiores que os de estrangeiros no país, a conta de viagens internacionais ficou negativa em US$ 1,309 bilhão, no mês passado, e em US$ 9,785 bilhões, no acumulado do ano. Os dados das viagens internacionais fazem parte da conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) das transações correntes. Em setembro, o país registrou superávit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo. O resultado positivo ficou em US$ 434 milhões. No mesmo mês de 2016, houve déficit de US$ 504 milhões. No acumulado deste ano, as transações correntes registraram saldo negativo de US$ 2,706 bilhões, contra US$ 13,590 bilhões em igual período de 2016. A conta de serviços costuma registrar saldo negativo. Em setembro, o déficit ficou em US$ 2,879 bilhões e nos nove meses, em US$ 24,335 bilhões. Por outro lado, o superávit comerciale chegou a US$ 4,918 bilhões, no mês passado, e a US$ 51,224 bilhões, de janeiro a setembro. O balanço das transações é formado também pela conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) que apresentou saldo negativo de US$ 1,995 bilhão, em setembro, e de US$ 31,318 bilhões, no acumulado do ano. A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) ficou positiva em US$ 390 milhões, em setembro, e em US$ 1,723 bilhão, no acumulado do ano. Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir esse déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o investimento direto no país (IDP), porque recursos são aplicados no setor produtivo do país. Em setembro, esses investimentos chegaram a US$ 6,339 bilhões e acumularam US$ 51,758 bilhões, nos nove meses do ano. Baldini destacou que a tendência é de continuidade do processo de redução do déficit em transações correntes, que deve ficar abaixo da projeção do BC de US$ 16 bilhões deste ano. (Agência Brasil)

Gastos de brasileiros no exterior aumentam 32,6% em setembro Read More »

Balança comercial brasileira tem melhor julho da história

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 6,3 bilhões em julho. Trata-se do melhor resultado para o mês desde o início da série histórica do governo, em 1989. O saldo positivo supera o recorde de julho de 2006, quando a balança ficou positiva em US$ 5,659 bilhões. Os dados foram divulgados ontem (1°) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. De janeiro a julho deste ano, a balança acumula superávit de US$ 42,5 bilhões. O valor também é o maior da história, superando o recorde de US$ 28,2 bilhões registrado de janeiro a julho de 2016. O governo elevou de US$ 55 bilhões para mais de US$ 60 bilhões a estimativa de superávit da balança comercial para 2017. Caso se confirme, o resultado será o maior anual da série histórica, superando o saldo positivo recorde de US$ 47,5 bilhões verificado em 2016. O principal motivo para o bom desempenho da balança neste ano é o crescimento dos preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional). Também aumentaram os volumes exportados de alguns produtos. A balança comercial tem superávit quando as exportações (vendas do Brasil para parceiros de negócios no exterior) superam as importações (aquisições de produtos e serviços no exterior). No mês de julho, as exportações brasileiras ficaram em US$ 18,769 bilhões, superando os US$ 12,471 bilhões em importações. As exportações cresceram 14,9% em relação a julho de 2016, segundo o critério da média diária, que leva em conta o valor negociado por dia útil. Ante junho deste ano, houve queda de 5,1% sob o mesmo critério. As importações, por sua vez, aumentaram 6,1% na comparação com julho do ano passado e caíram 1% em relação a junho deste ano, também segundo o critério da média diária. Destaques Em julho cresceram as exportações de itens básicos (19%), manufaturados (12,6%) e semimanufaturados (8,7%). Entre os itens básicos, foram destaque as vendas de milho em grão (alta de 93,7% na comparação com julho de 2016), minério de cobre (88,2%), petróleo bruto (72%), carne bovina (38,5%), minério de ferro (18,2%) e carne suína (10%). Nos manufaturados, produtos como óleos combustíveis (273,3 %), tratores (91,7%), máquinas para terraplanagem (83,4 %) e automóveis de passageiros (69,7 %) puxaram a alta das exportações. Entre os semimanufaturados, cresceu a exportação de itens como óleo de soja bruto (94,4 %) e semimanufaturados de ferro e aço (60,1%). Nas importações, cresceu a compra de combustíveis e lubrificantes (57,3 %), de bens intermediários (6,8%) e de bens de consumo (3,4%). Por outro lado, caiu a aquisição de bens de capital (22,7%) .

Balança comercial brasileira tem melhor julho da história Read More »