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Pandemia faz o consumo das famílias cair 16,3% no Recife

O estudo IPC Maps 2020 prevê que o montante de consumo das famílias pernambucanas em 2020 alcance o patamar de R$ 143,5 bilhões. Como em 2019 o total foi de R$ 154,0 bilhões, a queda nominal deste ano será de 6,81%. O impacto foi maior na capital pernambucana. Para o Recife a projeção é de R$ 33,3 bilhões, enquanto em 2019 o consumo das famílias foi de R$ 39,8 bilhões, uma queda nominal de 16,3%. "Em Pernambuco, houve queda na quantidade de domicílios das classes A e B e aumento apenas nas classes C e D/E. Esse processo é chamado de migração social negativa, com deslocamento dos domicílios do topo da pirâmide para a base. Em termos de valores de potencial de consumo, houve queda em todas as classes econômicas, com destaque negativo para a classe A, com redução nominal de 16,4% nos valores de consumo em 2020, comparativamente a 2019", afirmou Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa IPC Maps. No gráfico abaixo é possível notar a redução dos valores de consumo por cada classe social no meio urbano e rural. Pazzini explica que no Recife o processo de deslocamento de domicílios para as classes C e D/E foi semelhante ao ocorrido no Estado de PE. "Isso resultou na queda de potencial de consumo de todas as classes, só que na Capital o destaque negativo ocorreu no consumo da classe B, com queda de 20,5% em relação a 2019". SETORES MAIS AFETADOS As perspectivas do estudo para o Estado é que a maior queda em valores de potencial de consumo será na categoria de Eletroeletrônicos, com redução de 43,7%. Em seguida, aparece a categoria de Joias/Bijuterias e Artigos de Armarinho, com queda de 39,2%. Em terceiro lugar, temos o setor de Móveis e Artigos para o Lar, com queda de 37,1%. O setor de Vestuário terá queda de 35,0% e, o setor de Calçados, queda de 32,5%. "No Recife, a maior queda em valores de potencial de consumo será, também, na categoria de Eletroeletrônicos com - 49,0%. Em seguida, aparece a categoria de Joias/Bijuterias e Artigos de Armarinho, com queda de 44,1%. Em terceiro lugar, temos o setor de Móveis e Artigos para o Lar, com queda de 43,4%. O setor de Calçados terá queda de 42,6% e, o setor de Vestuário, cai para 42,2%", apontou Pazzini. BRASIL O impacto da pandemia na economia ao longo de 2020 fará que o consumo das famílias brasileiras se iguale a patamares de 2010 e 2012 (descartando a inflação e levando em conta apenas os acréscimos ano a ano). A projeção é uma movimentação de cerca de R$ 4,465 trilhões na economia — um crescimento negativo de 5,39% em relação a 2019 —, a uma taxa também negativa do PIB de 5,89%. Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, esse crescimento negativo após a pandemia cria um efeito déjà-vu, já que a economia “retomará os índices dos últimos anos em que houve um progresso vigoroso”. O especialista ressalta que no início de março, antes desse cenário de pandemia e isolamento social, “a previsão do PIB para 2020, conforme o Boletim Focus do Banco Central, era de +2,17%, o que resultaria numa projeção do consumo brasileiro da ordem de R$ 4,9 trilhões, superando os R$ 4,7 trilhões obtidos no ano passado.” O levantamento aponta que, a exemplo de 2019, as capitais seguirão perdendo espaço no consumo, respondendo por 28,29% desse mercado. Enquanto isso, o interior avançará com 54,8%, bem como as regiões metropolitanas, cujo desempenho equivalerá a 16,9% neste ano. Esta edição do IPC Maps destaca, ainda, a redução na quantidade de domicílios das classes A e B1, o que elevará o número de residências nos demais estratos sociais. Para Pazzini, “essa migração das primeiras classes impactará positivamente o consumo da classe B2, com uma vantagem de 6,8% sobre os valores de 2019”, explica. As outras classes, por sua vez, terão queda nominal do potencial de consumo de 2,94% em relação a 2019.

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CNC: número de brasileiros endividados tem pequeno recuo

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de famílias com dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro recuou ligeiramente em maio, passando de 66,6% (abril) para 66,5%. Já com relação a maio de 2019 (63,4%), o percentual de endividamento foi maior. A proporção de famílias endividadas, medida pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumido (Peic), havia alcançado o maior patamar da série histórica no mês passado, após dois meses consecutivos de crescimento. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que, apesar das medidas para enfrentar a crise provocada pelo novo coronavírus, como a injeção de liquidez na economia e a queda das taxas de juros, a maior aversão ao risco no sistema financeiro tem impedido que o crédito de fato alcance os consumidores. “Apesar da pequena queda no mês, o endividamento das famílias está em proporção elevada, sendo importante também viabilizar prazos mais longos para os pagamentos das dívidas, como forma de evitar o crescimento da inadimplência nos meses à frente”, indica Tadros, ressaltando que “a inflação baixa beneficia a manutenção do poder de compra dos consumidores, especialmente nas faixas de menor renda”. Indicadores de inadimplência A quantidade de brasileiros com dívidas ou contas em atrasos caiu 0,2 ponto percentual na comparação mensal, ficando em 25,1%. No comparativo anual (24,1%), contudo, houve crescimento. “Mesmo com as incertezas impostas pela pandemia, a inadimplência não mostra trajetória explosiva, pelo menos não ainda. Com medidas de auxílio à renda, como o coronavoucher, as famílias mostram alguma resiliência na quitação de seus compromissos financeiros”, destaca a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira. O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes aumentou, passando de 9,9% do total em abril para 10,6% em maio – maior proporção de famílias que permanecerão na inadimplência para um mês de maio desde o início da realização da Peic, em janeiro de 2010, e a mais elevada desde abril de 2018. O total de famílias que se declararam muito endividadas também aumentou em maio, chegando a 16% e atingindo o maior percentual desde setembro de 2011, quando o indicador alcançou 16,3%. Em relação aos tipos de dívida, o cartão de crédito continua sendo o mais apontado pelos brasileiros como a principal modalidade de endividamento: 76,7%. Carnês (18%) e financiamento de veículos (11,1%) também permanecem na segunda e terceira posições, respectivamente. “O cartão de crédito, apesar de seguir em primeiro lugar nos principais tipos de dívida, vem perdendo espaço para outros tipos de dívida, em função de ser uma das modalidades mais caras de crédito. O endividamento com cartão chegou a representar 79,8% em janeiro deste ano”, ressalta a economista.

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Projeto Geração Afeto vai estimular relações entre famílias e crianças nos primeiros anos de vida

Com o objetivo de estimular as relações afetivas entre as famílias e as crianças nos primeiros anos de vida, a Prefeitura do Recife lançou, na tarde desta terça-feira (27), o Projeto Geração Afeto. Ao longo do ano, será feito um acompanhamento personalizado e serão ministradas oficinas sobre desenvolvimento infantil e construção do afeto familiar para as mulheres atendidas pelo Programa Mãe Coruja Recife, que visa fortalecer os vínculos entre mãe, bebê e demais familiares, por meio de ações intersetoriais. O trabalho é fruto de uma parceria da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos (SDSJPDDH), através da Gerência da Criança e do Adolescente do Recife, com a Secretaria de Saúde do Recife. A ação faz parte do empenho da gestão municipal em voltar a atenção das políticas públicas para a primeira infância, visando garantir o desenvolvimento integral dos recifenses de 0 a 6 anos. Está em andamento a criação do Marco Legal da Primeira Infância, que estabelece diretrizes para a formulação e implementação de políticas públicas focadas no desenvolvimento infantil. A legislação tomará como ponto de partida as ações que a Prefeitura do Recife já desenvolve para as crianças de até 6 anos. O marco legal tornará definitiva a priorização da primeira infância pela gestão municipal, para implementar ações que visem o desenvolvimento físico, emocional e social das crianças por entender que uma base sólida proporciona um desenvolvimento mais eficaz. “Se quisermos investimentos transformadores, temos que continuar priorizando a primeira infância. É o que os estudos mostram. Por isso o prefeito Geraldo Julio tomou a decisão estruturante de focar os investimentos na geração que representa o nosso futuro, que vai construir uma sociedade melhor”, afirmou o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, que estava no lançamento ao lado da primeira-dama, Cristina Melo. A secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife, Ana Rita Suassuna, citou alguns estudos nacionais e internacionais que comprovam que os estímulos de afeto devem começar antes mesmo de o bebê nascer. “A maioria das famílias acha que cuidar da saúde e da alimentação já basta. Claro que isso é primordial, mas só isso não é suficiente para garantir o pleno desenvolvimento das crianças. Vamos tentar ajudar as famílias a ver a importância desse campo relacional e mostrar os caminhos, para elas terem ideia do quanto é importante brincar com a criança, conversar, dar carinho, cantar, olhar no olho e contar historinhas”, exemplificou a gestora. Desenvolvido pela Gerência da Criança e do Adolescente da SDSJPDDH, o Projeto Geração Afeto visa promover as relações afetivas entre as famílias e as crianças em seu processo de desenvolvimento infantil, durante as fases gestacional e da primeira infância, com o objetivo de contribuir para a estruturação da organização familiar, por entender que o aspecto afetivo tem fundamental influência no desenvolvimento intelectual do sujeito. A ação começará na próxima semana, em cinco Espaços Mãe Coruja, e será concluída em junho. No segundo semestre, o projeto intersetorial será aplicado nos outros cinco Espaços Mãe Coruja existentes. Neste primeiro ano do projeto, serão atendidas até 300 famílias nos dez espaços – 30 em cada unidade. O foco serão as mães grávidas, sobretudo as adolescentes, e as que têm filhos menores de 6 anos, juntamente com os pais das crianças e outros familiares. As famílias atendidas nos Espaços Mãe Coruja Recife vão participar, cada uma, de quatro oficinas técnicas sobre temas ligados ao desenvolvimento infantil e à construção do afeto familiar. Serão utilizadas técnicas de coaching para apoiar as famílias na busca por respostas para a concretização de metas e objetivos afetivos. Durante as oficinas, que serão realizadas mensalmente, com duração de uma a duas horas, o facilitador do desenvolvimento infantil vai realizar perguntas-chaves para estimular as famílias a chegarem às respostas. Ao final de cada encontro, ainda serão indicadas tarefas que devem ser realizadas para alcançar as metas traçadas conjuntamente. A cada mês, um tema diferente será trabalhado com o grupo de familiares, como por exemplo a preparação para a chegada do bebê, licença maternidade e paternidade, a importância do desenvolvimento infantil na primeira infância, os formatos familiares, como acessar seus direitos, primeiros socorros, entre outros assuntos que também poderão ser sugeridos pelos participantes. A primeira oficina será na próxima segunda-feira (5), às 14h30, no Espaço Mãe Coruja da Cohab, que fica no Centro de Saúde Professor Sebastião Ivo Rabelo, onde será discutida a preparação para a chegada do bebê. Grávida de sete meses, a dona de casa Josefa Maria do Nascimento, 23 anos, participou do lançamento do Projeto Geração Afeto e disse que já está botando em prática os conhecimentos adquiridos no Espaço Mãe Coruja de Joana Bezerra. “Eu já converso muito com minha bebê, mesmo ela ainda estando na minha barriga. Mas confesso que não sabia que ser carinhosa com o bebê era tão importante. Agora, vou tentar dar ainda mais amor à minha filha do que eu já pretendia dar”. MÃE CORUJA – O Projeto Geração Afeto vai fortalecer o trabalho que vem sendo desenvolvido, desde 2014, pelo Programa Mãe Coruja Recife, que tem a proposta de fortalecer os vínculos entre mãe, bebê e demais familiares, por meio de ações intersetoriais, aumentando a capacidade de transformar a realidade das mulheres e seus filhos, com a atenção durante o pré-natal, parto e pós-parto da mãe e do filho, do nascimento aos 5 anos e 11 meses. A equipe do programa favorece o acesso das gestantes aos serviços sociais e de saúde. Recife conta com dez espaços Mãe Coruja espalhados pela cidade. Nesses locais de acolhimento, são promovidas ações intersetoriais, com participação de diversas secretarias da Prefeitura do Recife. Atualmente, o programa acompanha 7.360 mulheres, sendo 1.851 gestantes, além de 4.900 crianças. Já foram distribuídos, para as gestantes que completaram um ciclo de sete consultas de pré-natal, 5.122 kits Mãe Coruja, que vêm com 11 itens de enxoval de bebê, como banheira, fraldas, saboneteira, sabonete, pomada para assadura, entre outros. (PCR)

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Inflação para famílias com renda mais baixa avança e fecha maio em 0,67%

Em todo o país, o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, registrou 0,67% em maio. A taxa é superior ao 0,11% de abril. O indicador também ficou acima do Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda e que fechou em 0,52% em maio. Os dados foram divulgados hoje (6), no Rio de Janeiro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O IPC-C1 acumula taxa de 3,47% em 12 meses. A taxa acumulada é inferior ao anotado pelo IPC-BR, cujo variação em 12 meses chega a 4,05%. Cinco itens puxam inflação O avanço da taxa entre abril e maio foi puxado por cinco das oito classes de despesa avaliadas pela FGV: habitação (cuja taxa subiu -1% para 2,19%), vestuário (de -0,65% para 0,52%), transportes (de 0,12% para 0,31%), despesas diversas (de 0,02% para 0,26%) e educação, leitura e recreação (de -0,02% para 0,15%). Por outro lado, três grupos tiveram queda na taxa: alimentação (de 0,71% para -0,29%), saúde e cuidados pessoais (de 1,27% para 0,81%) e comunicação (de 0,58% para 0,21%). (Agência Brasil)

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