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Francisco Brennand

Fundaj e Oficina Francisco Brennand promovem seminário internacional dedicado à obra do artista

De 21 a 25 de setembro, programação traz painéis com importantes nomes das artes visuais, uma mostra de cinema com filmes que habitaram o pensamento criativo de Brennand e uma visita guiada pela Oficina com a Diretora Artística Júlia Rebouças (Foto: Breno Laprovitera) Pela primeira vez, a Oficina Francisco Brennand e a Fundação Joaquim Nabuco se unem institucionalmente para celebrar a obra e história de um dos mais prestigiados artistas do país. Entre 21 e 25 de setembro, as instituições promovem, no Cinema da Fundação/Museu (Casa Forte) e na Oficina (Várzea), o seminário internacional “Francisco Brennand: a Oficina como território” com uma programação de palestras e filmes que visam a fomentar e difundir a arte, a memória e a história social do escultor, pintor e pensador pernambucano – falecido em 2019. Entre os palestrantes, estão curadores e pesquisadores como Paola Santoscoy (México), Tício Escobar (Paraguai), Clarissa Diniz, Júlia Rebouças, Rose Lima e Jacob Klintowitz. Veja a programação completa abaixo e nos sites www.oficinafranciscobrennand.org.br e www.gov.br/fundaj. “A obra singular de Francisco Brennand permanece e inspira. Tudo o que diz respeito à sua arte provoca curiosidade e tem uma forte identidade. Essa parceria, com a realização do seminário, mostra de cinema e curso formatado em parceria com o Museu do Homem do Nordeste, trará para o público novas reflexões e olhares sobre a arte e a cultura do Nordeste. A Fundaj, como instituição que atua na região, tem esse compromisso. Trazer para o debate a obra de Brennand é levar para o público a genialidade desse artista, proporcionando que cada vez mais seu nome e arte sejam perpetuados”, ressalta o presidente da Fundaj, Antônio Campos. “Este seminário acontece no âmbito da celebração dos 50 anos da Oficina Francisco Brennand, iniciada em novembro de 2021, o que pra nós é motivo de bastante alegria, e é o primeiro projeto que se desdobra a partir dessa importante parceria firmada com a Fundaj. Temos interesse recíproco em promover cooperações técnicas e diálogos em educação e cultura e, certamente, esta será a primeira de muitas colaborações entre a Oficina e a Fundaj”, afirma Ingrid Melo, Diretora de Operações da Oficina Francisco Brennand. Nascido na cidade do Recife, Francisco Brennand herdou o lugar no qual viveu e construiu ao longo de quase meio século o “sonho que não deveria ser interrompido” - a Oficina Francisco Brennand, espaço único no mundo erguido a partir das ruínas da antiga fábrica de telhas e tijolos refratários, a Cerâmica São João, que pertenceu a seu pai Ricardo Lacerda de Almeida Brennand. Localizada na Várzea, segundo maior bairro da cidade do Recife, a Oficina conflui sua existência com a do próprio lugar. Como anunciado por Francisco Brennand: a “Várzea é o seu mundo”. “A trajetória artística de Francisco Brennand, ainda que tenha sido pontuada por importantes leituras críticas ao longo de seu desenvolvimento, merece renovados debates sobre a qualidade de seu trabalho e as reverberações que este tem na contemporaneidade, tanto em termos formais, ao apresentar uma técnica cerâmica única, com motivos característicos de seu trabalho, mas também por evocar discussões que se fazem mais atuais do que nunca, como as relações entre seres, ambientes e história.”, pontua Júlia Rebouças, Diretora Artística da Oficina Francisco Brennand. PALESTRAS A estrutura da programação está alinhada aos eixos temáticos “Outros modernismos na obra de Francisco Brennand: reverberações fora de territórios hegemônicos” e “Reflexões sobre museus de artistas: Oficina Francisco Brennand e seus processos”. O primeiro discutirá os movimentos de articulação artística que aconteciam em Pernambuco e no Nordeste, analisando como tais movimentos se aproximavam ou se distanciavam dos adventos modernistas que ocorreram na década de 1920, mas que continuaram a borbulhar principalmente nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. O painel também insere na discussão as parcerias entre Francisco Brennand com outros artistas e intelectuais contemporâneos a ele como Aloísio Magalhães, Ariano Suassuna, Cícero Dias, Lina Bo Bardi, Paulo Freire, Vicente do Rego Monteiro e Teresa Costa Rêgo. A curadora Clarissa Diniz e o professor Anco Márcio são os convidados do debate que terá a mediação de Gleyce Kelly Heitor, Diretora de Educação e Pesquisa da Oficina Francisco Brennand. A mesa “Reflexões sobre museus de artistas: Oficina Francisco Brennand e seus processos” apresentará um debate sobre a criação de museus que antes foram ateliês de artistas, lançando questões de como estes espaços se transformam, quais são suas contribuições para repensar as distintas naturezas institucionais e como construir convivências entre o acervo, a própria espacialidade criada pelos artistas e outras poéticas/processos. O debate, com mediação de Júlia Rebouças, contará com as participações de Rose Lima, Diretora do Teatro Castro Alves e curadora da exposição comemorativa de 90 anos de Francisco Brennand, e Paola Santoscoy, diretora do Museo Experimental El Eco, na Cidade do México. O Seminário contempla ainda conferências de dois importantes pensadores no campo das artes, influentes referências em museus nacionais e internacionais. O crítico e curador paraguaio Ticio Escobar mostrará as contribuições de sua pesquisa a respeito das culturas do barro, enquanto o gaúcho Jacob Klintowitz, um especialista no trabalho cerâmico de Brennand, com diversos textos publicados sobre o assunto, apresenta o seu olhar sobre o processo criativo do escultor. MOSTRA DE CINEMA Além da grade de palestras, o evento dividirá com o público uma mostra de cinema composta por um recorte de filmes e cineastas que povoaram o pensamento criativo do artista, um grande apreciador da sétima arte: “Maluco Genial” (de Ronald Neame); “Henrique V” (Kenneth Branagh); “O Anjo Azul” (Josef von Sternberg); “Barton Fink” e “Fargo” (Irmãos Cohen); “Veludo Azul” (David Lynch) e a trilogia “As Mil e Uma Noites” (Miguel Gomes), além de “Francisco Brennand”, um filme sobre a sua trajetória dirigido por Marianna Brennand, sua sobrinha-neta, cineasta e Presidente da Oficina Francisco Brennand. VISITA GUIADA NA OFICINA FRANCISCO BRENNAND No sábado, dia 24 de setembro, às 11h, o seminário promove uma visita guiada com Júlia Rebouças pela exposição “Devolver a terra à pedra que era: 50 anos da Oficina Brennand”, uma mostra antológica do artista da

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Francisco Brennand cria urnas cinerárias para o Morada da Paz

Ceramista, escultor, pintor e desenhista com obras expostas no Brasil e exterior, o renomado artista plástico pernambucano Francisco Brennand emprestou seu reconhecido talento para a criação de dois modelos de urnas cinerárias para o Morada da Paz. “No processo de cremação, que está de alguma maneira associado às queimas da cerâmica, verifiquei também um processo de transmutação. Eu diria uma ressurreição”, avalia Francisco Brennand. “Pessoalmente, escolhi a cremação após a minha morte, quando posso imaginar um corpo sem vida entrar no forno e sair ressurreto”, completa o artista plástico. São as primeiras urnas cinerárias (também chamadas de funerárias) criadas sob encomenda pelo artista. “Os primitivos cristãos oravam e faziam suas cerimônias nas catacumbas. Seus ritos, portanto, eram os mais simples e despojados de qualquer pretensão artística”, explica Brennand sobre o processo de criação das peças, que podem ser usadas como elementos decorativos dentro do ambiente familiar. “Pensando em um desenho apropriado para as urnas funerárias onde seriam depositadas as cinzas após a cremação, planejei utilizar tudo o que havia de mais simples e primitivo como forma, tendo como timbre indelével uma cruz”, completa. As peças, de 20x15cm e 25x16cm, são produzidas artesanalmente em cerâmica refratária e queimadas à temperatura de 1.400 °C. Um dos modelos tem formato cúbico, sendo encimado por uma calota. O outro é uma forma esférica apoiada sobre uma base que sugere a cauda de um peixe. “O peixe foi um dos símbolos mais primitivos do Cristianismo nascente”, explica Francisco Brennand. Como se trata de um trabalho artesanal, cada modelo possui um estoque limitado de unidades, conferindo às peças uma característica ainda mais forte de obra de arte. Cremação – Tendência mundial que vem crescendo no Brasil, a cremação tem entre seus diferenciais o fato de ser uma prática mais higiênica que o tradicional sepultamento e, por isso, melhor para o meio ambiente. No Cemitério e Crematório Morada da Paz, os clientes contam ainda com uma cerimônia especialmente criada para aliviar a dor de familiares e amigos no momento da despedida e fazer da cremação um momento repleto de significados. A cerimônia faz uso do video mapping ou mapeamento de vídeo, técnica que consiste na projeção de vídeo em objetos ou superfícies irregulares, como fachadas de edifícios, por exemplo. Por meio da tecnologia, objetos de duas ou três dimensões são formados virtualmente no suporte escolhido. A proposta do trabalho desenvolvido para o Morada da Paz, em Paulista, foi de criar imagens que trouxessem reflexões sobre memória e sentimentos, de modo a trazer mais conforto para as pessoas. “Mergulhamos na psicologia do luto para trabalhar cada etapa da cerimônia com o cuidado e respeito que uma despedida merece”, explica Ibsen Vila, diretor do Grupo Vila, empresa responsável pela administração do cemitério e crematório Morada da Paz, em Paulista. A projeção tem a duração aproximada de 15 minutos e traz imagens que remetem a elementos como vida, memória e passagem. O Morada da paz é pioneiro no País no uso da tecnologia no formato proposto.

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Exposição homenageia artista pernambucano Francisco Brennand na capital paulista

A exposição “Francisco Brennand – Mestre dos Sonhos”, organizada em torno da produção do artista pernambucano reconhecido por sua arte sincrética, estreia na Caixa Cultural São Paulo, no centro da capital paulista, com entrada gratuita, até o dia 17 de dezembro, ano em que o artista completa 90 anos. As obras são organizadas cronologicamente, convidando o público a uma viagem centenária que começa em 1927, no bairro da Várzea, subúrbio de Recife, no local onde hoje está a Oficina Cerâmica Francisco Brennand. Serão exibidas cerâmicas, pinturas, desenhos e fotografias que trazem um pouco do universo místico e fantástico da oficina e do Parque das Esculturas, criados pelo artista, na capital de Pernambuco. Com objetivo de proporcionar um passeio sensorial, a ambientação propõe uma experiência de imersão visual e sonora que remete o público à oficina, onde está a maior parte do acervo de Brennand. Reproduções em profundidade de ambientes do local, vistos em grandes painéis fotográficos, são acompanhados por sonorização de cantos gregorianos, som marcante do museu-ateliê em Pernambuco. A mostra conta com 31 obras do acervo original do artista, criadas em diversas fases da sua carreira, que evidenciam temas como reprodução, mitologia, sexualidade, fauna e flora, personagens históricos e divindades, permeados por signos da tradição popular do Nordeste, bastante valorizados em suas criações. “O público vai conhecer o homem Brennand e a riqueza da sua arte. A exposição pontua seu timbre nordestino com referências diversas à sua família, à literatura, às vivências adquiridas e interações com outros artistas como Abelardo da Hora e Cícero Dias, seus tutores, e os amigos de sua geração que se influenciavam mutuamente como Ariano Suassuna e Lina Bo Bardi”, disse Rose Lima, curadora da exposição. Dispostas em quatro alas, as obras são costuradas por uma linha do tempo que passa pelos 90 anos de vida do artista. O público poderá conhecer peças representativas da carreira de Brennand, que vão desde o começo, a exemplo do óleo Autorretrato aos 19 anos (1947), até outras mais recentes, como Toques (Série O Castigo) (2013). Além das pinturas e desenhos, há o destaque às cerâmicas, que o notabilizaram internacionalmente. Entre elas, as cerâmicas vitrificadas “La tour de Babel” (1975), “Antígona” (1978) e “Pelicano” (1988), além da escultura em bronze a Arvore da vida (1987), com quase 2 metros de altura. A curadora mesclou também ao trabalho de Brennand fotos de seu arquivo pessoal, em que ele aparece com seus pais, sua esposa e amigos como Abelardo da Hora e Ariano Suassuna. A exposição apresenta ainda conteúdo audiovisual composto pela exibição do filme documentário Francisco Brennand, dirigido por Mariana Brennand Fortes, sobrinha-neta do artista. A exposição Francisco Brennand – Mestre dos Sonhos fica em cartaz na Caixa Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111 – Centro),  até 17 de dezembro de 2017. A entrada é gratuita. (Agência Brasil)

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Obras de artistas consagrados vão a leilão

Quadro de João Câmara da década de 1970, 70cm x 100cm, é uma das obras que fazem parte do extenso acervo da recifense Arte Maior Galeria. A tela do artista pernambucano será leiloada juntamente com outras obras de arte, dentre as quais verdadeiras raridades de  Wellington Virgolino, Francisco Brennand, Ariano Suassuna, Reynaldo Fonseca, Bajado, Samico, J. Borges e Romero Brito. Também serão leiloados esculturas, cristais, objetos decorativos e arte popular. São 227 itens que já estão já estão disponíveis para lances do leilão que será promovido pela galeria a partir das 10h do sábado (23/07). Colecionadores e investidores de outros estados do País ou do exterior poderão participar da disputa por meio do site www.artemaiorleiloes.com.br ou presencialmente na Arte Maior – AV. Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem, no Recife Trade Center “O leilão nos últimos anos vem se tornando uma maneira viável e prática para quem deseja se desfazer de obras que não tem mais interesse em possuí-la, ou mesmo por necessidade de capital. Tornou-se uma forma mais rápida de venda, dando mais liquidez ao mercado. Mas para quem compra, tornou-se uma oportunidade única de fazer boas aquisições com preços bastante atrativos”, explica Sergio Oliveira, marchand e perito em obras de arte da Arte Maior Galeria. De acordo com Sergio, no Brasil, hoje, são realizados mensalmente mais de 100 leilões de arte. “A internet deu um grande impulso a este tipo de comercialização. Dos vencedores dos leilões da Arte Maior, 60% são de outros Estados do País, com São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília liderando os primeiros lugares. Isso é excelente para os artistas, pois ele circula em todo o Brasil pelo seu valor e com o seu valor”, destaca o marchand. O João Câmara de 1970 tem lance inicial de R$ 22.500, sendo a peça que mais deve gerar disputa entre os interessados. No acervo, também há a possibilidade de adquirir a obra "Figuras Femininas" do renomado artista Pedro Souza, 50 cm x 70 cm, pelo lance inicial de R$ 2.400. Outros destaques do leilão são a "Mista Bola", de Romero Brito, 20 cm x 20 cm; a Ladeira do Amparo de Zé Som, óleo sobre Eucatex, 63cmx83cm; "Paisagem",  de Mario Nunes, óleo sobre Eucatex, 48cm x 67cm; "O Pastoril", de Bajado, óleo sobre tela, 50cm x 60cm; iluminogravura assinada de Ariano Suassuna, 45 cm x 64cm; "Figurativo", de Virgolino, óleo sobre Eucatex, 60cm x 70cm; "Álbum Infância",  de Reynaldo Fonseca, gravura assinada com 46cm x 106cm; "Nossa Senhora Aparecida",  de J. Borges, matriz de xilogravura com 14cm x 21cm; "Casal", de Juarez Machado, gravura assinada, 50cm x 70cm; "O Psicanalista",  de J. Borges, gravura assinada, 48cm x 66cm; e "Casa Caiada", de Rubens Sacramento, óleo sobre tela com 50cm x 80cm. A liquidez do mercado da arte deve muito à internet. Seja para quem se desfaz de herança, para quem esperou valorização ou quem quer simplesmente converter arte em cash, encontrar o comprador em qualquer lugar do mundo sentado na poltrona de casa. Para os artistas consagrados ou em ascensão a visibilidade é planetária, ou no mínimo, brasileira. “Sempre que a pessoa oferta um lance via internet, e este lance é superado, ela recebe um comunicado por e-mail alertando para decidir se vai cobrir o lance novamente”, detalha Sergio Oliveira. Ele complementa que chegou a vender na Arte Maior um quadro do artista paulista Mabe por R$ 25 mil para um jovem do Recife. Outra tela de João Câmara também já foi comercializada na galeria por R$ 16 mil para uma pessoa mais jovem. “Mas o perfil dos investidores fica na faixa etária entre 40 e 60 anos”, diz. Geralmente, a média dos lances vencedores fica entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. SERVIÇO Leilão Arte Maior Galeria Data: 23 de julho (sábado) Horário: a partir das 10h Site: www.artemaiorleiloes.com.br Telefone: (81) 3301-4354 | (81) 99261-661

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